IBOVESPA +1,09% | 128.509 Pontos
CÂMBIO -0,82% | 5,07/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa concluiu a semana mais curta por conta do feriado do Dia do Trabalho com ganhos de 1,6% em reais e 2,5% em dólares, fechando aos 128.509 pontos, na segunda semana consecutiva em território positivo.
Globalmente, o principal destaque da semana foi a decisão do Federal Reserve de manter a taxa de juros em 5,25-5,5%, sinalizando uma cautela em relação a corte de juros. Porém, Powell indicou que aumentos de juros são improváveis. A decisão levou a um movimento de apetite de risco nos mercados, com juros caindo e ações globais subindo. Este sentimento positivo foi impulsionado pela divulgação de dados de emprego abaixo do esperado na sexta-feira.
O maior destaque positivo na semana no Brasil foi o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3, +22,8%), após anunciar que chegou a um acordo com o Estado de São Paulo para renegociar R$ 3,6 bilhões em dívidas tributárias (leia nossa análise aqui), seguido por CVC Brasil (CVCB3, +13,8%) e Azul (AZUL4, +12,1%) que se beneficiaram do fechamento de juros. Já o destaque negativo foi PRIO (PRIO3, -5,1%), devido a uma queda no preço de petróleo com dados econômicos mais fracos no EUA, o que pode causar uma redução na demanda.
Clique aqui para acessar o Resumo semanal da Bolsa.
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram em queda, principalmente nos vértices intermediários e longos, enquanto os vencimentos curtos fecharam próximos à estabilidade. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro 2026 e 2034 saiu de 103,4 pontos-base na sexta-feira passada para 95,1 pontos na última semana. A curva, portanto, apresentou diminuição de inclinação. DI jan/25 fechou em 10,17% (-2,3bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 10,66% (-15,2bps); DI jan/29 em 11,16% (-18,5bps); DI jan/33 em 11,48% (-19,7bps); DI jan/37 em 11,5% (-21,2bps). Saiba mais sobre a semana na Renda Fixa.
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os mercados operam em alta nos Estados Unidos (S&P 500: 0,3%; Nasdaq 100: 0,2%). Nesta semana, a temporada de resultados desacelera.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,4%), com a temporada de resultados local, dados positivos de atividade econômica e inflação ao produtor em linha com o esperado. Na China, as bolsas fecharam o dia em alta (HSI: 0,6%; CSI 300: 1,5%) impulsionadas por expectativas de estímulos do governo ao setor imobiliário (comentamos mais detalhes no Top 5 Temas Globais).
Economia
Na última sexta-feira, a produção industrial do Brasil expandiu 0,9% em março, abaixo das expectativas (XP: 1,7%; consenso: 1,4%), implicando um tímido ganho de 0,3% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior. O XP Tracker para o crescimento do PIB do primeiro trimestre de 2024 caiu para 0,6% t/t (2,2% a/a) de 0,7% t/t (2,4% a/a). Esperamos que o PIB aumente 2,2% em 2024.
Divulgado na sexta-feira, o Nonfarm Payroll, principal relatório do mercado de trabalho dos EUA, registrou criação de 175 mil empregos em abril, consideravelmente abaixo das expectativas (240 mil). O salário médio por hora aumentou 0,20%, e a variação acumulada em 12 meses passou de 4,11% para 3,92% – seu nível mais baixo desde maio de 2021. Apesar dos indicadores mais fracos em abril, o mercado de trabalho dos EUA segue apertado em meio à taxa de desemprego baixa e crescimento salarial elevado. O índice ISM PMI de Serviços nos EUA caiu consideravelmente para 49,4 em abril de 2024, de 51,4 no mês anterior, marcando a primeira contração na atividade do setor de serviços desde dezembro de 2022, e decepcionando as expectativas do mercado de 52.0 pontos.
Na China, o índice Caixin PMI de Serviços caiu para 52,5 em abril de 2024, de 52,7 em março, em linha com as expectativas. Foi o 16º mês consecutivo de crescimento na atividade de serviços. Na Zona do Euro, a inflação ao produtor registou queda de 0,4% em março, em linha com as expectativas, e a inflação acumulada em doze meses registrou -7,8%.
Esta semana, o protagonismo da agenda econômica doméstica ficará pela decisão de política monetária pelo Copom na 4ª feira. Diante da postergação de cortes de juros nos Estados Unidos, da atividade doméstica robusta e das expectativas de inflação ascendentes, esperamos que o Copom desacelere o ritmo de cortes para 0,25 p.p., reduzindo a taxa Selic para 10,50%.
Na sexta-feira, teremos a divulgação do IPCA de abril, para o qual projetamos aceleração ante março, sobretudo em função de reajustes em produtos farmacêuticos e combustíveis. Do lado da atividade econômica, o IBGE divulgará a Pesquisa Mensal do Comércio referente a março na quarta-feira. Por fim, também será relevante a divulgação das estatísticas fiscais do mesmo mês pelo Banco Central na segunda-feira. Na agenda internacional, teremos indicadores econômicos na China. Destaque para resultados do setor externo de abril (quinta-feira) e inflação ao consumidor e ao produtor de abril (sexta-feira). No Reino Unido, o Banco da Inglaterra anunciará sua decisão de política monetária na quinta-feira, e o PIB do primeiro trimestre será divulgado na sexta-feira.
Veja todos os detalhes
Economia
Semana de política monetária no Brasil
- Na última sexta-feira, a produção industrial do Brasil expandiu 0,9% em março, abaixo das expectativas (XP: 1,7%; consenso: 1,4%), implicando um tímido ganho de 0,3% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior. Esses resultados são compatíveis com nosso cenário de crescimento morno da indústria total neste ano. As categorias de bens de capital e bens de consumo duráveis aumentaram substancialmente no último trimestre, apesar dos números negativos registrados em março. Por sua vez, as indústrias extrativas perderam força nos últimos meses, mas prevemos uma recuperação adiante. O XP Tracker para o crescimento do PIB do primeiro trimestre de 2024 caiu para 0,6% t/t (2,2% a/a) de 0,7% t/t (2,4% a/a). Esperamos que o PIB aumente 2,2% em 2024.
- Divulgado na sexta-feira, o Nonfarm Payroll, principal relatório do mercado de trabalho dos EUA, registrou criação de 175 mil empregos em abril, consideravelmente abaixo das expectativas (240 mil). O salário médio por hora aumentou 0,20% e a variação acumulada em 12 meses passou de 4,11% para 3,92% – seu nível mais baixo desde maio de 2021. A inflação salarial anual continua acima do nível consistente com a inflação na meta (entre 3,0% e 3,5%), embora tenha diminuído consideravelmente desde que atingiu cerca de 6%. A taxa de desemprego subiu de 3,8% para 3,9%, e, embora permaneça em níveis historicamente baixos, o número de pessoas desempregadas foi o maior desde janeiro de 2022 (6.49 milhões de pessoas). Apesar dos indicadores mais fracos em abril, o mercado de trabalho dos EUA segue apertado em meio à taxa de desemprego baixa e crescimento salarial elevado.
- O índice ISM PMI de Serviços nos EUA caiu consideravelmente para 49,4 em abril de 2024, de 51,4 no mês anterior, marcando a primeira contração na atividade do setor de serviços desde dezembro de 2022, e decepcionando as expectativas do mercado de 52.0 pontos. Foi apenas o segundo declínio em atividade econômica desde o início da pandemia, refletindo principalmente uma política monetária mais restritiva por parte da Fed. As novas encomendas aumentaram a um ritmo mais lento (52,2 vs 54,4 em março) e a produção diminuiu consideravelmente (50,9 vs 57,4), levando as empresas a reduzir empregos a um ritmo mais rápido (45,9 vs 48,5), marcando o mês de redução do emprego. Enquanto isso, o índice de preços acelerou consideravelmente (59,2 vs 53,4), impulsionado por custos mais elevados de produtos químicos, metais, combustíveis e alimentos. Os dados reforçam as pressões inflacionistas generalizadas na economia dos EUA.
- O Caixin PMI de Serviços da China caiu para 52,5 em abril de 2024, de 52,7 em março, em linha com as expectativas. Foi o 16º mês consecutivo de crescimento na atividade de serviços. O crescimento de novas encomendas acelerou para o nível mais alto desde maio de 2023 em meio ao aumento da demanda, com as vendas externas registrando o maior aumento em 10 meses, impulsionadas pelo aumento da atividade turística. Por outro lado, o índice de emprego caiu pelo terceiro mês consecutivo devido a demissões, mostrando a fraqueza contínua do mercado de trabalho. No geral, o crescimento da China continua a ser sustentada por estímulos fiscais, embora estruturalmente tenha sido fraco.
- Na Zona do Euro, a inflação ao produtor registou queda de 0,4% em março, em linha com as expectativas. Foi a quinta variação mensal negativa consecutiva, impulsionada pela deflação de energia (-1,8%). Além disso, os custos diminuíram para bens de capital (0,1% vs 0,2% em fevereiro) e bens de consumo duráveis (0,1% vs 0,4%). Por outro lado, os custos avançaram mais rapidamente para bens intermédios (0,1% vs. 0,0%) e bens de consumo não duráveis (0,4% vs. 0,1%). Excluindo a energia, a inflação ao produtor subiu 0,2%, após um aumento de 0,1% em fevereiro. A inflação ao produtor acumulada em doze meses registrou -7,8%, abaixo das expectativas de 7,7%.
- Esta semana, o protagonismo da agenda econômica doméstica ficará pela decisão de política monetária pelo Copom na 4ª feira. Diante da postergação de cortes de juros nos Estados Unidos, da atividade doméstica robusta e das expectativas de inflação ascendentes, esperamos que o Copom desacelere o ritmo de cortes para 0,25 p.p., reduzindo a taxa Selic para 10,50%. Na 6ª feira, teremos a divulgação do IPCA de abril, para o qual projetamos aceleração ante março, sobretudo em função de reajustes em produtos farmacêuticos e combustíveis. Do lado da atividade econômica, o IBGE divulgará a Pesquisa Mensal do Comércio referente a março na 4ª feira. Por fim, também será relevante a divulgação das estatísticas fiscais do mesmo mês pelo Banco Central na 2ª feira.
- Na agenda internacional, teremos indicadores econômicos na China. Destaque para resultados do setor externo de abril (5ª-feira) e inflação ao consumidor e ao produtor de abril (6ª-feira). No Reino Unido, o Banco da Inglaterra anunciará sua decisão de política monetária na 5ª-feira, e o PIB do primeiro trimestre será divulgado na 6ª-feira.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Bradesco ensaia melhora, mas ainda enfrenta grandes desafios (Valor);
- BC: Juro médio das operações de crédito aumenta em março e inadimplência fica estável em 3,2% (Valor);
- CEO do C6 Bank: Itaú, Bradesco e Santander são nossos principais concorrentes (Bloomberg Línea);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Positivo quer IA generativa nos seus dispositivos em até dois anos (Mobile Time)
- Positivo mira expansão de tablets de alto desempenho em 2024 (Mobile Time)
- 5G no Brasil cresce quase 200% em um ano (Teletime)
- Telecom cresceu em 2023 após oito anos de quedas, aponta Anatel (Teletime)
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Congresso pode acabar com isenção de importações de até US$ 50 (Valor Econômico);
- Smart Fit compra participação restante na Smartfit Peru por cerca de R$ 120 milhões (Valor Econômico);
- Arezzo já estuda expansão no CE, onde tem capacidade para 1 milhão de pares (Movimento Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- Produção de bebidas alcoólicas tem freio após 8 altas seguidas e cai 3,5% (Guia da Cerveja).
- Alimentos
- Is Dairy Safe Now That Traces of Bird Flu Are in Milk? (Bloomberg);
- Para indústria de aves e suínos, desabastecimento no RS é “inevitável” (Globo Rural).
- Agro
- Ritmo mais lento das vendas de fertilizantes preocupa a indústria (Globo Rural);
- Chuvas podem provocar quebra de até 5 milhões de toneladas na safra gaúcha de soja (AgFeed).
- Biocombustíveis
- CBios em circulação atendem 50% da meta do RenovaBio para 2024 (NovaCana)
- Clique aqui para acessar o relatório completo
- Bebidas
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Kora: Gestora HIG, controladora da rede hospitalar, pede saída do Novo Mercado (Valor Econômico);
- Acordo entre Alliança Saúde e Unimed Nacional para criação de laboratórios é aprovado no Cade (Valor Econômico);
- Número de inscritos no Mais Médicos dobra em relação ao governo Bolsonaro (Folha);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Justiça anula votação que autorizou privatização da Sabesp na Câmara de São Paulo (InfoMoney);
- Brasil avalia manter importação de energia do Uruguai para restabelecer fornecimento no RS (CNN Brasil);
- A necessidade de inovações regulatórias para ativos existentes nos leilões de linhas de transmissão (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- China se prepara para mais turbulência com os EUA se Trump voltar à Casa Branca (Valor);
- Nova onda de recuperações judiciais afeta investidores (Valor);
- Empresas de energia captam quase R$ 11 bi em debêntures (Valor);
- Ratings da Nu Financeira S.A. elevados para ‘BB’ e ‘brAAA’ por riscos competitivos mais baixos; perspectiva estável (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundo da BB Asset e Iguatemi capta R$ 991 milhões para aquisições (Estadão);
- “O financiamento imobiliário não vai voltar para os bancos”, diz SPX Capital (E-Investidor);
- Fundos imobiliários ‘diferentões’ ganham espaço e interesse dos investidores (Investing);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Controladora da rede hospitalar Kora (KRSA3) pede sua saída do Novo mercado | Café com ESG, 06/05
- Após pregões no negativo, o Ibovespa concluiu a semana mais curta com ganhos de 1,6%, enquanto o ISE subiu 2,5%. O pregão de sexta-feira, por sua vez, terminou em território positivo, com o IBOV e o ISE em alta de 1,09% e 1,79%, respectivamente;
- Do lado das empresas, a Kora, rede de hospitais controlada pela gestora HIG, informou que seu principal acionista solicitou a saída da companhia do Novo Mercado, com dispensa de realização de oferta pública de aquisição de ações (OPA) – a proposta, a ser discutida em assembleia geral extraordinária, é de que a Kora migre para o segmento básico de listagem da B3, sob a visão de que, segundo a HIG, “a participação da companhia no Novo Mercado da B3, apesar de seus muitos e inegáveis aspectos positivos, restringe algumas das alternativas disponíveis para o financiamento e a expansão de suas atividades, (…)”;
- Na política local, (i) o governo brasileiro assinou na sexta-feira (3/5) um acordo de cooperação industrial com o Japão com foco na economia verde – assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Ken Saitô, o documento sobre cooperação industrial aborda descarbonização, economia circular, mobilidade verde e bioeconomia como oportunidades de negócios, assim como economia digital e desenvolvimento de cadeias de valor global; e (ii) durante reunião realizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul – com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de ministros e do governador Eduardo Leite -, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, propôs uma excepcionalidade fiscal semelhante àquela adotada durante a pandemia de covid-19 para permitir que os governos possam dispor de mais recursos e invistam em infraestrutura adaptativa para eventos climáticos extremos, especialmente nos municípios mais vulneráveis;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!