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Expectativa com fim da guerra de preços de petróleo e dados de atividade em foco

Tudo o que você precisa saber sobre os mercados nacional e internacional, com análises econômicas e políticas sobre fatos que podem impactar seus investimentos.

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IBOVESPA 1,81% | 72.254 Pontos

CÂMBIO 0,08% | 5,25/USD

O que pode impactar o mercado hoje

O Ibovespa fechou em alta de 1,8% ontem a 72.253 pontos, seguindo expectativa de fim da guerra de preços de petróleo entre Arábia Saudita e Rússia.

Ontem, os preços de petróleo registraram as maiores altas diárias de sua história, com o Brent avançando cerca de 21% (aos US$29,94/barril) e o WTI subindo 24,7% (aos US$25,32/barril). Tamanha alta foi desencadeada por comentários do presidente Trump, que afirmou esperar que Arábia Saudita e Rússia anunciem um grande corte de produção de petróleo. A imprensa estatal saudita também noticiou que o reino convocou uma reunião emergencial para que os maiores produtores discutam a situação atual do mercado, impulsionando o Brent nesta manhã em cerca de 9%.

Nesta manhã, futuros nos EUA e bolsas na Europa caem quase 1%, enquanto mercados asiáticos fecharam mais estáveis, apresentando leve queda.

Nos EUA, dados divulgados ontem mostraram que 6,6 milhões de americanos solicitaram auxílio desemprego em uma semana, o dobro da semana anterior. Economistas já estimam desemprego em 15% para o segundo trimestre, superando os 10% alcançados na crise de 2008. Clique aqui para nossa análise internacional completa.

Ainda sobre o reflexo da desaceleração econômica causada pela pandemia do coronavírus, o PMI composto, que reúne os setores industrial e de serviços, registrou seu menor nível histórico em março tanto na Zona do Euro (29,7) quanto na Alemanha (35) e no Japão (36,2). Em todas as regiões analisadas, o setor de serviços foi o mais prejudicado pela pandemia.

Na China, por outro lado, o PMI de serviços subiu de 26,5 em fevereiro para 43 em março, trazendo o PMI composto para 46,7. Ainda que a leitura abaixo de 50 indique contração da atividade econômica chinesa, a rápida recuperação apresentada em março chama a atenção.

Além disso, o banco central da China decidiu reduzir os compulsórios bancários de pequenos e médios bancos comerciais e rurais em um ponto percentual e reduzir de 0,72% para 0,35% a taxa de juros cobrada sobre o excesso de reservas dos bancos. As medidas visam ampliar a concessão de crédito para pequenas e médias empresas e devem liberar cerca de 400 bilhões de yuans em liquidez no sistema bancário do país.

Na agenda econômica de hoje, os destaques serão os dados de PMI do setor de serviços brasileiro e o relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos.

No Brasil, o noticiário destaca a entrevista de ontem de Jair Bolsonaro, em que o presidente cobrou “humildade” de Luiz Mandetta, mas avisou que não iria demiti-lo “na guerra”. Bolsonaro voltou a falar ainda na possibilidade de um decreto para reabrir as atividades do comércio.

Câmara e Senado têm sessões nesta sexta-feira. Os deputados pretendem avançar na votação da PEC do Orçamento de Guerra e do Banco Central, que prevê possibilidade de compras pelo BC de títulos públicos e privados. Já os senadores devem votar o projeto que regulamenta relações de direito privado no período de pandemia. O trecho sobre a suspensão de aluguéis, que provocou polêmica, será retirado do texto.

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Brasil

  1. Política Brasil: Bolsonaro cobra “humildade” de Mandetta

Internacional

  1. Política Internacional: Trump diz esperar acordo entre Russia e Arábia Saudita
  2. Petróleo: Maior alta da história após Trump comentar sobre acordo entre Arábia Saudita e Rússia

Empresas

  1. Usiminas (USIM5): Desligamento dos altos-fornos 1 e 2 da Usina de Ipatinga; Paralisação das atividades em Cubatão
  2. Fenabrave: Vendas 23% menores em março; Pior março em 14 anos


Veja todos os detalhes

Brasil

Política Brasil: Bolsonaro cobra “humildade” de Mandetta

  • Na política, o noticiário destaca a entrevista de ontem de Jair Bolsonaro, em que o presidente cobrou “humildade” de Luiz Mandetta, mas avisou que não iria demiti-lo “na guerra”. Bolsonaro voltou a falar ainda na possibilidade de um decreto para reabrir as atividades do comércio;
  • Câmara e Senado têm sessões nesta sexta-feira. Os deputados pretendem avançar na votação da PEC do Orçamento de Guerra e do Banco Central, que prevê possibilidade de compras pelo BC de títulos públicos e privados. Já os senadores devem votar o projeto que regulamenta relações de direito privado no período de pandemia. O trecho sobre a suspensão de aluguéis, que provocou polêmica, será retirado do texto.

Internacional

Política Internacional: Trump diz esperar acordo entre Russia e Arábia Saudita

  • Além do coronavírus, o noticiário político internacional destaca o mais novo desenvolvimento na guerra do petróleo. A OPEP deve se reunir virtualmente nessa segunda-feira após pedido de corte em produção pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que anunciou via Twitter que o príncipe Mohammed bin Salman da Arábia Saudita havia estado em contato com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e um corte global de 10 milhões de barris estava podia ser anunciado em breve. 

Petróleo: Maior alta da história após Trump comentar sobre acordo entre Arábia Saudita e Rússia

  • Ontem, os preços de petróleo registraram as maiores altas diárias de sua história, com o Brent avançando cerca de 21% (aos US$29,94/barril) e o WTI subindo 24,7% (aos US$25,32/barril). Tamanha alta foi desencadeada por comentários do presidente americano Donald Trump, que afirmou esperar que Arábia Saudita e Rússia anunciem um grande corte de produção de petróleo de até 10 ou 15 milhões de barris (não foi detalhado se o número se refere à produção diária, medição mais comum no setor). A imprensa estatal saudita também noticiou que o reino convocou uma reunião emergencial, para que os maiores produtores discutam a situação atual do mercado, impulsionando o Brent nesta manhã em cerca de 9%;
  • A Bloomberg nesta manhã menciona que o bloco OPEP+ de fato está se esforçando para convencer outros grandes produtores de petróleo globais a realizar um corte coordenado de produção de 10 milhões de barris ao dia, e que haverá uma reunião virtual na próxima segunda (6/4);
  •  Apesar do otimismo inesperado (exacerbado no mercado pela grande posição vendida do mercado em petróleo, segundo o Wall Street Journal), ainda há um certo grau de ceticismo no mercado com respeito a se um acordo desse tipo e magnitude é possível (pois corresponde a 45% da produção conjunta de Arábia Saudita e Rússia), e se faz alguma diferença em face da grande queda de demanda devido às quarentenas impostas pelo COVID-19. Para se ter uma idéia, o mercado estima que a demanda de petróleo global tenha caído cerca de 20 a 25 milhões de barris ao dia, muito acima do corte potencialmente debatido. Além disso, o governo russo negou ter iniciado conversas com os sauditas;
  • Apesar de reconhecer o impacto positivo no mercado que o avanço dos preços de petróleo terá no curto prazo, ainda mantemos uma postura cautelosa e acreditamos que a commodity continuará a apresentar elevada volatilidade com a demanda deprimida devido ao coronavírus.

Empresas

Usiminas (USIM5): Desligamento dos altos-fornos 1 e 2 da Usina de Ipatinga; Paralisação das atividades em Cubatão

  • Com a queda da demanda gerada pelos impactos do Covid-19, a Usiminas anunciou: (1) abafamento do Alto-Forno 2 da Usina de Ipatinga e Aciaria 1 a partir de 04 de abril, (2) abafamento do Alto-Forno 1 de Ipatinga a partir de 22 de abril e (3) paralisação temporária das atividades – atualmente apenas de laminação – da Usina de Cubatão;
  • Como acreditamos que a siderurgia brasileira estava rodando, na média, a 60% de capacidade, as decisões de fechamento da Usiminas não impactam nas vendas em caso de demanda estável vs. 2019, imaginando um cenário otimista de retomada das atividades ainda no primeiro semestre de 2020 e demanda forte por aço no segundo semestre. Pois, o Alto-Forno 3 de Ipatinga – que segue em operação normal – responde por, aproximadamente, 60% da capacidade da usina;
  • Temos recomendação Neutra para Usiminas (preço-alvo de R$5,70/ação).

Fenabrave: Vendas 23% menores em março; Pior março em 14 anos

  • De acordo com dados da Fenabrave, as vendas de automóveis novos caíram ~23% em março a/a, levando a uma queda consolidada no primeiro trimestre de 9% a/a. No total, foram ~131,2 mil automóveis emplacados, ou 163,6 mil se considerar todas as categorias (comerciais leves, ônibus e caminhões), o que configura o pior mês de março em 14 anos de acordo com a instituição;
  • De acordo com o Valor, os números se referem aos emplacamentos realizados até a terceira semana de março. Desde então, o processo foi interrompido dado que parte das concessionárias fechou e também que as unidades do Detran interromperam o trabalho.
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