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O que pode impactar o mercado hoje
Após uma semana positiva para o Ibovespa, mercados operam em alta nesta manhã de segunda-feira impulsionados pelos mercados asiáticos. A primeira página do jornal Securities Times da China trouxe reportagem em tom otimista dizendo que a promoção de um mercado em alta e saudável é agora mais importante do que nunca. A mídia local registrou recorde de busca por “abrir uma conta de ações”. Shanghai Index saltou 5,7%, China CSI 300 registrou alta de 4%, EuroStoxx sobe 2,0%, o futuro do S&P avança 1,1%.
No Brasil, em entrevista à CNN, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo brasileiro fará quatro grandes privatizações em até 90 dias e que a Reforma Tributária deverá ser aprovada ainda em 2020. Guedes mencionou a criação de um imposto sobre transações digitais que permita custear a desoneração da folha de pagamentos e uma redução na alíquota do IVA, embora reconheça que o debate sobre esse tópico enfrenta resistência no Congresso – Maia reforçou que não pautará a criação de novo imposto até o fim de seu mandato. Ambos falaram na possibilidade de taxar dividendos para permitir a redução no imposto de renda de pessoa jurídica, e Maia disse que pretende retomar o debate sobre a reforma ainda esta semana.
Durante o final de semana, o BNDES anunciou a prorrogação da linha de crédito do banco para pequenas e médias empresas, até 31 de dezembro, com orçamento ampliado em mais R$ 5 bilhões. A nova ampliação foi decidida após os recursos anunciados anteriormente terem sido totalmente contratados.
A divulgação de dados de atividade econômica (produção de veículos e pesquisa mensal do comércio e de serviços) e do IPCA de junho serão os principais destaques domésticos da agenda de indicadores e eventos dessa semana. No cenário internacional, serão divulgados os dados de PMI dos Estados Unidos e outros dados de atividade econômica das principais economias. Todos os indicadores devem reforçar a mensagem de que os piores efeitos da pandemia sobre a economia nacional e internacional parecem ter ficado para trás.
Do lado das empresas, a Cosan S.A. (CSAN3) divulgou um fato relevante em conjunto com a Cosan Limited (CZZ, holding que controla a Cosan S.A.) e a Cosan Logística (RLOG3, holding que possui participação na Rumo S.A. e também é controlada pela CZZ) anunciando que os conselhos de administração das empresas mencionadas aprovaram o início dos estudos para um processo de reorganização societária. De acordo com a proposta, a Cosan Limited (CZZ) e a Cosan Logística (RLOG3) seriam incorporadas na Cosan S.A. (CSAN3). Para dar acesso direto a investidores aos seus principais negócios, o grupo Cosan pretende realizar ofertas públicas de ações (IPOs) de suas principais subsidiárias operacionais e empresas controladas em conjunto.
Enxergamos como estrategicamente positiva a proposta de reorganização corporativa da Cosan, evento aguardado há muito tempo pelo mercado e diversas vezes mencionado pelos executivos da companhia como possível de ocorrer. Acreditamos que tal processo contribuirá para uma avaliação mais adequada e precisa do mercado do valor das ações, com base nos diferentes negócios de atuação do grupo. Mantemos nossa recomendação de compra na Cosan, com novo preço alvo de R$ 80/ação (era R$ 83/ação anteriormente). Confirma mais detalhes sobre a proposta de reorganização societária da Cosan em nosso relatório completo.
Tópicos do dia
Coronavírus
O caso para se comprar Brasil: Rumo aos 110 mil
Medidas econômicas para combater o coronavirus no Brasil
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Brasil

- Boletim Focus não traz grandes novidades nessa segunda-feira
Internacional

- Política internacional: EUA quebram novo recorde de casos confirmados em 24 horas
Acesse aqui o relatório internacional
Empresas

- Shoppings (IGTA3, MULT3, BRML3, CCPR3): Principais Destaques da 3ª XP Malls Conference
- Cosan (CSAN3): entenda a nova proposta de reorganização societária
- Lojas Americanas (LAME4): Possível proposta de aumento de capital
- Frigoríficos (JBSS3, BRFS3, MRFG3): China suspende importações de mais duas unidades brasileiras
- Construção Civil: Incorporadoras permanecem cautelosas com lançamentos de médio e alto padrão
- Setor Elétrico: 49 das 53 distribuidoras de energia solicitam adesão à Conta-COVID
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Brasil
Boletim Focus não traz grandes novidades nessa segunda-feira
- A projeção de inflação (IPCA) para 2020 e 2021 permaneceu estável em 1,63% e 3,00%, respectivamente;
- A projeção de PIB para 2020 passou de -6,54% para -6,50%. Para 2021, permaneceu em 3,50%;
- A projeção da taxa de câmbio permaneceu em 5,20 para 2020 e passou de 5,00 para 5,05 para 2021. E a projeção de Selic permaneceu em 2,00% ao final de 2020 e 3,00% ao final de 2021. Clique aqui para acessar a análise completa.
Internacional
Política internacional: EUA quebram novo recorde de casos confirmados em 24 horas
- Os Estados Unidos quebraram novo recorde de casos confirmados em 24 horas na quinta-feira (2), com mais de 52,3 mil pessoas diagnosticadas com Covid-19. Florida e Arizona, estados chave a eleição presidencial, estão entre os dos mais afetados pelo novo aumento de casos. Existe ainda risco elevado nos próximos dias pelas celebrações do feriado quatro de julho, que ocorreram neste domingo. Também, mais países como Austrália, Filipinas e Espanha viram novos surtos nos últimos dias;
- Na escalada de tensões com a China, o Reino Unido anunciou que deve retirar Huawei da rede 5g do país após sanções americanas aumentarem preocupações de segurança. O presidente dos EUA, Donald Trump, recomendou que o governo de Boris Johnson banisse a empresa chinesa por complete.
Empresas
Shoppings (IGTA3, MULT3, BRML3, CCPR3): Principais Destaques da 3ª XP Malls Conference
- Realizamos na última semana a 3ª edição da XP Malls Conference, reunindo (digitalmente) alguns dos principais nomes da indústria brasileira de shoppings, entre empresas listadas, não-listadas e fundos imobiliários. Entre os nomes presentes estavam Iguatemi, Multiplan, brMalls, CCP, XP Malls e diversos outros players de igual importância;
- De forma geral os palestrantes vislumbram um cenário desafiador para os próximos meses, com um grau de visibilidade ainda baixo sobre a trajetória de vendas e dinâmica de inadimplência uma vez que os aluguéis voltarem a ser cobrados. Até o momento as vendas oscilam entre 30% e 60% dos patamares pré-Covid em média, com os shoppings funcionando em horários reduzidos, e o impacto na vacância é limitado. Para frente, o foco será minimizar o aumento da vacância nos shoppings, o que deverá resultar na continuidade da concessão de descontos aos lojistas;
- Acesse aqui o Relatório Completo sobre o evento, onde listamos os principais tópicos abordados na conferência e onde compartilhamos o link para nossa última atualização referente ao setor de Propriedades Comerciais.
Cosan (CSAN3): entenda a nova proposta de reorganização societária
- Em 3 de julho, após o fechamento do mercado, a Cosan S.A. (CSAN3) divulgou um fato relevante em conjunto com a Cosan Limited (CZZ, holding que controla a Cosan S.A.) e a Cosan Logística (RLOG3, holding que possui participação na Rumo S.A. e também é controlada pela CZZ) anunciando que os conselhos de administração das empresas mencionadas aprovaram o início dos estudos para um processo de reorganização societária;
- De acordo com a proposta, a Cosan Limited (CZZ) e a Cosan Logística (RLOG3) seriam incorporadas na Cosan S.A. (CSAN3). Após a conclusão do processo, a Cosan S.A. se tornaria a única holding do grupo e suas ações seriam detidas por todos os acionistas das três empresas acima mencionadas. Após a operação, a Cosan permaneceria sob o controle de Aguassanta, veículo de investimento de propriedade da família do empresário Rubens Ometto Silveira Mello (acionista controlador do grupo e presidente do conselho de administração da companhia). Para dar acesso direto a investidores aos seus principais negócios, o grupo Cosan pretende realizar ofertas públicas de ações (IPOs) de suas principais subsidiárias operacionais e empresas controladas em conjunto;
- Enxergamos como estrategicamente positiva a proposta de reorganização corporativa da Cosan, evento aguardado há muito tempo pelo mercado e diversas vezes mencionado pelos executivos da companhia como possível de ocorrer. Acreditamos que a reestruturação corporativa da companhia contribuirá para uma avaliação mais adequada e precisa do mercado do valor das ações, com base nos diferentes negócios de atuação do grupo. Baseamos nossa visão na afirmação contida no fato relevante de que a Cosan pretende preparar suas principais subsidiárias operacionais para serem listadas na bolsa (sendo elas Raízen Energia, Raízen Combustíveis, Compass e Moove);
- Mantemos nossa recomendação de compra na Cosan, com novo preço alvo de R$ 80/ação (era R$ 83/ação anteriormente). Confirma mais detalhes sobre a proposta de reorganização societária da Cosan em nosso relatório completo.
Lojas Americanas (LAME4): Possível proposta de aumento de capital
- No dia 5 de julho, o Brazil Journal (link) informou que a Lojas Americanas poderá anunciar em breve um aumento de capital entre R$ 5,0 bilhões e R$ 7,0 bilhões. Segundo a notícia, a oferta seria 100% primária e com adesão total do bloco de controle (40% das ações em circulação; 61% das ações ordinárias). Por fim, o artigo destaca a possibilidade de que o montante seja direcionado a possíveis oportunidades de aquisições, embora ainda não esteja claro até o momento;
- Não tomamos uma posição em relação à probabilidade de uma transação potencial, uma vez que nenhum anúncio específico foi feito pela empresa até o momento. No entanto, publicamos um material com a nossa visão em relação aos seguintes pontos: 1. Possível impacto no número de ações; 2. Impacto na alavancagem financeira; e 3. Possível injeção de capital na B2W. Clique aqui para conferir o conteúdo completo;
- Mantemos nossa recomendação de Compra para as ações da Lojas Americanas (LAME4) com preço-alvo de R$ 36,0 ao final de 2020. Mantemos nossa recomendação Neutra para as ações da B2W (BTOW3) com preço-alvo de R$ 105,0 ao final de 2020.
Frigoríficos (JBSS3, BRFS3, MRFG3): China suspende importações de mais duas unidades brasileiras
- Após ter suspendido temporariamente as importações de carne de três unidades de frigoríficos brasileiros, a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) retirou mais duas plantas da lista de estabelecimento autorizadas a exportar para o país: uma da BRF em Lajeado (RS) e outra da JBS em Três Passos (RS), ambas dedicadas ao abate de suínos;
- Segundo o Valor, desde a semana retrasada, as autoridades chinesas vêm bloqueando diversos frigoríficos em todo o mundo por causa da contaminação de covid-19 entre funcionários. Embora não existam evidências de que os alimentos possam transmitir o vírus, o país asiático aumentou o controle sobre as importações com o intuito de evitar uma segunda onda de contaminação da doença;
- Com a suspensão das duas unidades, o Brasil passou a contar com 14 plantas de suínos autorizadas a vender aos chineses. Novamente, vale lembrar que grandes indústrias como JBS e BRFcontam com várias plantas habilitadas para exportar para a China, ainda que tais suspensões e fechamentos temporários de diferentes plantas possam contribuam para a volatilidade das margens no curto prazo.
Construção Civil: Incorporadoras permanecem cautelosas com lançamentos de médio e alto padrão.
- De acordo com notícias recentes veiculada nos principais jornais, as incorporadoras de média e alta renda seguem mais conservadoras em relação a novos lançamentos de projetos residenciais;
- Apesar da permissão da reabertura parcial dos estandes de vendas de imóveis e da taxa de juros nas mínimas históricas, as incorporadoras mantêm cautela devido ao impacto da crise atual na demanda;
- Nesse cenário, a preferência de lançamentos das incorporadoras segue pelas unidades dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida” e unidades compactas.
Setor Elétrico: 49 das 53 distribuidoras de energia solicitam adesão à Conta-COVID
- Segundo o portal de notícias focado no setor elétrico Megawhat, 49 das 53 distribuidoras de energia do país solicitaram a adesão ao pacote de auxílio financeiro ao setor elétrico, normalmente denominado Conta-COVID. Ao todo, a soma dos recursos solicitados totaliza R$14,848 bilhões, ou 91% do limite máximo da operação definido pela ANEEL de R$16,1 bilhões;
- Segundo o diretor geral da ANEEL André Pepitone, a intenção é que os recursos da operação sejam liberados até o final deste mês. A Agência também vai avançar para avaliar os impactos da pandemia sobre o setor de distribuição e como eles serão reconhecidos;
- A conclusão da operação Conta-COVID foi uma conquista para o setor elétrico, que foi duramente impactado pela pandemia da COVID-19 devido à queda de demanda de energia e aumento de inadimplência. Entretanto, notamos que a operação não deverá ser suficiente para compensar os impactos sobre o resultado das distribuidoras de energia, elo mais frágil da cadeia de valor por ficar apenas com 20% do que é arrecadado nas contas de luz. Mantemos uma visão negativa para o setor no médio prazo em vista da potencial deterioração de resultados e indicadores como perdas não técnicas e inadimplência com a deterioração da economia, da renda das famílias e do desemprego.

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