IBOVESPA -0,27% | 127.412 Pontos
CÂMBIO +0,23% | 5,12/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em baixa ontem, aos 127.412 pontos (-0,3%). O destaque negativo da sessão foi a Lojas Renner (LREN3, -4,0%) após rebaixamento na recomendação feita pelos analistas da XP, citando o clima e o macro como obstáculos para o crescimento e expansão de margem da companhia, e o risco de uma revisão negativa no lucro (leia nossa análise aqui). O destaque positivo foi a Yduqs (YDUQ3, +10,2%), após seu investor day mostrar uma visão mais clara do que está por vir, definindo um guidance de longo prazo para os principais itens do resultado (leia nossa análise aqui).
Para o pregão de quarta-feira, teremos os resultados globais do 1T24 como Analog Devices, Snowflake, e Target.
No Brasil, a temporada de resultados do 1T24 chegou ao fim. Quase todas as ~150 companhias sob cobertura do nosso time reportaram. Confira a análise consolidada dos resultados, juntamente com os principais destaques das empresas da nossa cobertura aqui.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de terça-feira com leve fechamento por toda a extensão da curva, diante de um noticiário local positivo e um movimento de alívio nos ativos globais. No campo doméstico, o destaque foi para os dados da arrecadação de abril, que vieram em linha com as expectativas do mercado. Nos EUA, houve uma nova rodada de discursos de membros do Federal Reserve que, diferentemente da véspera, trouxeram um tom menos restritivo e impulsionaram os investidores a retirarem prêmios de risco, enquanto esperam pela ata do FOMC. Por lá, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam estáveis em 4,82% (0,0bps) e as de 10 anos em 4,41% (-3,0bps). DI jan/25 fechou em 10,355% (queda de 2bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 10,655% (queda de 4bps); DI jan/27 em 11,005% (queda de 5,4bps); DI jan/29 em 11,49% (queda de 6,1bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os mercados operam em queda nos Estados Unidos (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,1%), no aguardo dos resultados de Nvidia (para os quais existe uma grande expectativa) e da ata da última reunião do Federal Reserve, que devem ser divulgados hoje.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,2%) com inflação britânica acima do esperado. Na China, as bolsas fecharam mistas (CSI 300: 0,2%; HSI: -0,1%), com alta liderada por montadoras de carros elétricos cuja demanda surpreendeu positivamente.
Economia
No Brasil, arrecadação total de impostos federais atingiu R$ 228,9 bilhões em abril, em linha com o consenso (R$ 229,0) e nossa previsão (R$ 228,8 bilhões), e representa o melhor desempenho para o mês na série histórica. Embora significativo em tempos normais, esse aumento está abaixo do que seria necessário para que o governo atingisse a meta de resultado primário (aproximadamente 13,5% em termos reais, de acordo com nossas estimativas).
Ontem, vários dirigentes do Fed falaram publicamente. No geral, os discursos foram consistentes com o cenário- base de manutenção das taxas por mais tempo, com uma probabilidade baixa de novas altas. No Reino Unido, a inflação ao consumidor caiu significativamente, para 2,3%, abaixo dos 3,2% em março – o seu nível mais baixo desde julho de 2021, e próximo da meta de 2%.
Num discurso público ontem, o presidente do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, transmitiu uma mensagem otimista sobre a trajetória futura da política monetária. Estes eventos aumentam a probabilidade da primeira redução na taxa de juros em junho ou agosto.
Veja todos os detalhes
Economia
Arrecadação no Brasil, inflação no Reino Unido, e Fed nos EUA
- No Brasil, a arrecadação de impostos em abril mostra resultados mistos. A arrecadação total de impostos federais atingiu R$ 228,9 bilhões em abril, em linha com o consenso (R$ 229,0) e nossa previsão (R$ 228,8 bilhões) e representa o melhor desempenho para o mês na série histórica. O crescimento anual aumentou de 7,2% em março para 8,3% neste mês, enquanto o acumulado do ano permaneceu estável em torno de 8,3% em termos reais. Embora significativo em tempos normais, esse aumento está abaixo do que seria necessário para que o governo atingisse a meta de resultado primário (aproximadamente 13,5% em termos reais, de acordo com nossas estimativas). Além disso, a decomposição foi positiva, demonstrando o crescimento da receita distribuída em várias linhas e, mais importante, o impacto de certas medidas para aumentar a receita, como a limitação das compensações tributárias. Por outro lado, chamamos a atenção para a queda na arrecadação do IRPJ/CSLL, o que indica que o efeito das alterações legislativas relacionadas às subvenções do ICMS e aos juros sobre o capital próprio mostrou resultados desapontadores. Além disso, não observamos nenhum impacto das mudanças no voto de qualidade do CARF e nas transações tributárias. Antecipamos que os efeitos podem ser desiguais, com a possibilidade de entradas significativas de recursos nos próximos meses. Projetamos que haverá um crescimento da receita de 9,3% este ano, atingindo 2.627,3 bilhões, o que não será suficiente para o governo atingir o resultado primário zero.
- Ontem, vários dirigentes do Fed falaram publicamente. A mensagem principal veio de Christopher Waller, que, apesar de ser bastante expressivo no lado mais duro (“hawkish”, expressão em inglês), transmitiu uma mensagem optimista. Apesar de reiterar que “precisa de ver mais alguns meses de bons dados de inflação”, destacou que os dados de abril sugerem que a inflação não está acelerando e que novas altas na taxa de juro são provavelmente desnecessárias. Acrescentou que a forma como o crescimento está desacelerando deve sustentar o processo de desinflação. Outros membros também fizeram comentários importantes, como Michael Barr e Raphael Bostic, que defenderam a necessidade de paciência no momento do primeiro corte, uma vez que a Fed tem de adquirir mais confiança sobre a convergência da inflação para a meta. No geral, os discursos foram consistentes com o cenário base de manutenção das taxas por mais tempo, com uma probabilidade baixa de novas altas.
- No Reino Unido, a inflação ao consumidor registrou variação mensal de 0,3% em abril de 2024, ligeiramente acima das expectativas, embora muito abaixo do aumento de 1,2% em abril de 2023. A inflação anual caiu significativamente para 2,3%, abaixo dos 3,2% em março – o seu nível mais baixo desde julho de 2021, e próximo da meta de 2%. A queda dos preços do gás e da eletricidade representaram as maiores contribuições baixistas, enquanto a principal contribuição altista veio dos combustíveis para motores. O núcleo do índice (excluindo energia, alimentos, álcool e tabaco) aumentou 3,9% no acumulado em doze meses até abril de 2024, abaixo dos 4,2% de março. Na desagregação, a inflação anual de bens caiu de 0,8% para -0,8%, enquanto a taxa anual do de serviços cedeu ligeiramente, de 6,0% para 5,9%. A inflação deve continuar em trajetória de queda devido a efeitos base favoráveis, justificando o início do ciclo de flexibilização por parte do Banco de Inglaterra.
- Num discurso público ontem, o presidente do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, transmitiu uma mensagem otimista sobre a trajetória futura da política monetária. Ele disse que o Banco da Inglaterra reduziu a sua visão sobre a persistência da inflação, e isto é importante quando se pensa sobre o momento dos cortes na taxa de juros de referência. Um primeiro corte na reunião de agosto é o cenário mais provável, embora um corte em junho não possa ser descartado, dada a quantidade significativa de dados a serem publicados até então. As próximas leituras de inflação e do mercado de trabalho serão importantes.
- A agenda de hoje está relativamente calma. O destaque fica para a ata da reunião de maio do FOMC, que será publicada esta tarde.
Empresas
Frigoríficos: fatos relevantes de Marfrig e Minerva sobre a negativa do órgão antitruste no Uruguai
- Tanto a Marfrig quanto a Minerva divulgaram fatos relevantes anunciando que a CPDC, agência antitruste do Uruguai, negou o acordo entre as duas empresas. Apesar da importância da notícia, o mercado estava ciente desse risco, desde que alguns órgãos noticiaram isso na semana passada.
- Nossa visão. É claro que o tamanho importa no negócio de commodities e, com um modelo de negócio mais diversificado, a Minerva poderia melhorar o resultado de suas ferramentas de arbitragem. No entanto, o timing pode ser um problema.
- Com a oferta de gado surpreendendo em 2024, a perspectiva de curto prazo permanece positiva, mas esperamos que isso mude em 2025, embora apenas ligeiramente no início, marcando uma tendência de baixa.
- A estratégia da Minerva foi um movimento ousado que os investidores não apoiaram, e que pode levar mais tempo do que o esperado para dar frutos, o que não é ideal para um negócio cíclico. Depois de muitas notícias negativas em torno do negócio, mesmo que tudo corra como esperado com a aprovação do Brasil, a iminente virada do ciclo do gado e um ritmo lento de desalavancagem devem constituir uma barreira para a tese de investimento.
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Yduqs (YDUQ3): Uma visão mais clara do que está por vir
- Hoje a Yduqs (YDUQ3) realizou seu Investor Day 2024 e definiu um guidance de longo prazo para os principais itens de resultado:
- Os executivos mostraram um tom otimista com o que vêm em termos de crescimento do mercado e ambiente competitivo;
- Além disso, no nível micro, eles vêm espaço para melhorar a eficiência das Unidades de Negócios (BUs) no Presencial e no Digital, em termos de lucratividade e qualidade;
- Por fim, a empresa também divulgou um guidance de 2024-29 para receita, EBITDA ajustado e lucro líquido ajustado, as quais consideramos como premissas conservadoras.
- Apesar da alta de 10% que a ação apresentou no pregão de hoje, ainda a vemos como subvalorizada, com P/L 2025 de 5,5x no guidance para 2025. Além disso, o evento reforçou nossa visão positiva do setor;
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CBA (CBAV3): Apresentamos nosso preço-alvo de R$ 9,00/ação para o final de 2024 e reiteramos nossa recomendação de Compra
- Estamos atualizando nossas estimativas para CBA e reiterando nossa recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 9,00/ação no final de 2024 (~33% de valorização).
- Prevemos uma demanda estruturalmente mais elevada de alumínio impulsionada por veículos elétricos, energias renováveis, substituição de cobre e redes elétricas, enquanto o déficit de oferta a curto prazo (impulsionado pelo limite de capacidade chinês, baixos estoques na LME e escassez de bauxita) deverá apoiar preços mais elevados do alumínio.
- Dito isto, acreditamos que as operações integradas da CBA garantem o fornecimento de produtos com vantagens competitivas em termos de custos, ao mesmo tempo que contam com uma melhor dinâmica dos preços do alumínio, que não vemos (totalmente) precificados.
- Por fim, vemos a CBA sendo negociada a EV/EBITDA 2024-25E 5 de 5.2-4,6x (desconto de 25% em relação à média do setor), o que implica espaço para uma potencial reavaliação e para conversão de dívida em capital, uma vez que a alavancagem deve se normalizar nos próximos trimestres.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Lucro da XP (XPBR31) cresce 29% no 1º trimestre e alcança R$ 1,03 bilhão (InfoMoney);
- Investimentos de pessoas físicas crescem 6,1% no 1º tri, diz Anbima (Valor);
- Desenrola chega ao fim com saldo de R$ 53 bi de dívidas negociadas e 15 milhões de beneficiados (Estadão);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Temu, rival de Shopee e Shein, já pode operar no Brasil pelo Remessa Conforme (Estadão);
- Empresários sobem o tom e pressionam deputados para derrubar imposto zero das asiáticas (Valor Econômico);
- Classe alta domina compras internacionais de até US$ 50, diz Lira ao citar pesquisa (Estadão);
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- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Incertezas sobre recursos ameaçam financiamento imobiliário (Folha);
- Governo estuda comprar imóveis de até R$ 200 mil para desabrigados no RS (G1);
- Com ‘febre’ da entrega ultrarrápida, já tem galpão mais caro que escritório em São Paulo (O Globo);
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- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Aneel retoma discussão sobre indenização bilionária paga a transmissoras de energia (Valor Econômico);
- Aneel aprova reajuste médio de 7,32% nas tarifas de energia da Cemig (InfoMoney);
- Enel tem de provar que vai mudar e investir ou sair do Brasil, diz ministro de Minas e Energia (O Globo);
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Estratégia
Resultados do 1º trimestre de 2024: Um ponto de inflexão nos resultados
- A temporada de resultados do 1T24 chegou ao fim. Quase todas as ~150 companhias sob cobertura do nosso time reportaram. Esse relatório contém uma análise consolidada dos resultados, juntamente com os principais destaques das empresas da nossa cobertura;
- Nós vemos a temporada de resultados do 1T24 como mais positiva que o esperado. Dentre as empresas cobertas pela XP, 30% superaram nossas estimativas de receita, 25% ficaram aquém e 46% ficaram em linha das projeções dos nossos analistas. Quanto ao EBITDA (lucros operacionais), 34% superaram nossas expectativas, 54% vieram em linha, e 12% ficaram abaixo. Por fim, olhando para o lucro líquido reportado, 43% superaram nossas estimativas, 18% ficaram em linha e 39% ficaram aquém;
- Olhando para o crescimento A/A, nós vimos uma recuperação nesse último trimestre. Em relação ao 1T23, as companhias sob cobertura da XP apresentaram um crescimento de receita e EBITDA consolidados de 2,2% e 6,6%, respectivamente. Quanto ao Ibovespa, as receitas cresceram 7,5% A/A, e o EBITDA em 11,6% – este último vendo um crescimento positivo pela primeira vez após 4 trimestres consecutivos;
- Olhando para frente, estamos vendo as expectativas de lucros pelo consenso sendo revisadas para cima. Desde o começo da temporada em abril, as projeções de lucro por ação para os próximos 12 meses, e também de 2024 e 2024 tem sido revisadas para cima por 2-4%;
- Os setores que se destacaram positivamente foram: Educação, Financeiro, Construtoras, Imobiliários e Shoppings, Frigoríficos e Telecom;
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Fed shifts talk to ‘scenarios’ as policy grows less certain (Reuters);
- XP amplia lucro apesar de ambiente macro pior (Valor Econômico);
- Rede Americanas aprova aumento de capital (Valor Econômico);
- Ratings ‘BB’ e ‘brAAA’ da CESP colocados em CreditWatch negativo por aquisição da AES Brasil S.A. pela Auren (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Estamos reiterando nossa recomendação de Compra para o TEPP11
- Os principais pontos da tese são:
- Boa localização dos imóveis do fundo;
- Expectativa de crescimento de resultados;
- Valuation com potencial de valorização;
- Clique aqui para baixar o relatório completo.
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Recuperação dos fundos de lajes começa pelo alto padrão (Valor Investe);
- KNCR11 anuncia nova oferta com valor máximo de R$ 1,25 bilhão; quem pode participar? (FIIs);
- FIIs de papel dominam o IFIX, mas falhas de comunicação podem abalar a confiança do investidor (Bora Investir B3);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Destaques da ‘Converge Capital Conference’: A visão da Faria Lima sobre clima
- Hoje participamos da ‘Converge Capital Conference‘ (link), um dos maiores encontros com foco em fomentar discussões sobre investimentos sustentáveis e de impacto;
- Contando com a presença de importantes vozes do mercado financeiro, o evento teve sucesso em manter um público engajado no debate sobre o clima;
- De forma geral, saímos da conferência com uma visão positiva de “mais ação; menos conversa”, com foco no risco e na adaptação climática;
- Abaixo nós trazemos as principais conclusões que extraímos dos painéis que participamos;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Conselho da Petrobras (PETR4) se reúne sexta para aprovar indicação de Magda Chambriard | Café com ESG, 22/05
- O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV recuando 0,26%, enquanto o ISE andou de lado (0,08%);
- No Brasil, o conselho de administração da Petrobras vai se reunir na sexta-feira (24) para aprovar a indicação de Magda Chambriard para a presidência da companhia – mesmo com a entrada de Chambriard no lugar de Jean Paul Prates, a expectativa de especialistas é de que a governança da companhia impeça que grandes mudanças de rumo sejam feitas;
- No internacional, (i) o Conselho da União Europeia aprovou, nesta terça (21/5), o regulamento que estabelece regras comuns para o mercado interno de gases, com o objetivo de substituir progressivamente o gás natural por alternativas renováveis ou de baixo carbono – biogás, biometano, metano sintético e hidrogênio verde integram a lista de opções renováveis, enquanto os gases de baixo carbono devem emitir 70% menos de gases de efeito estufa no seu ciclo produtivo (vs. fóssil); e (ii) segundo relatório do Banco Mundial, os mercados globais de carbono movimentaram o valor recorde de US$104bi em 2023 – contudo, os preços seguem baixos e menores do que o preciso para impulsionar as mudanças necessárias para cumprir as metas do acordo de Paris;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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