Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O pregão de segunda-feira terminou em território misto, com o IBOV andando de lado (0,07%) e o ISE em leve queda de 0,31%.
• Do lado das empresas e de olho em mudanças na governança corporativa, (i) o fundador da Vivara Nelson Kaufman renunciou ao cargo de diretor-presidente da companhia, 10 dias após anunciar o seu retorno depois de 13 anos afastado – Kaufman passará a desempenhar a função de presidente do conselho de administração da empresa, enquanto a posição de diretor-presidente será exercida pelo Otavio Chacon do Amaral Lyra, diretor financeiro e de relações com investidores; e (ii) num passo crucial pós-privatização, a Copel deve ter um novo conselho com menor participação do Estado e um plano de remuneração para executivos e conselheiros que alinha melhor seus interesses com o longo prazo da companhia – aguardados desde a oferta de ações que marcou a diluição do governo do Paraná, em agosto do ano passado, as medidas alinham a governança da empresa de energia como uma corporation.
• Na política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou decreto que institui o Comitê Interinstitucional da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB) – o mesmo consiste em um sistema de classificação de atividades, ativos ou categorias de projetos que contribuam para a consecução de objetivos climáticos, ambientais e sociais, por meio de critérios específicos.
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Brasil
Empresas
Symbiosis, a empresa florestal que atraiu a Apple
“Quando a Apple partiu em busca de fornecedores de créditos de carbono, há três anos, a Symbiosis tinha o projeto certo, na hora certa, para oferecer a uma das maiores e mais admiradas empresas do mundo. Àquela altura a startup brasileira de manejo sustentável de madeira nativas entrava em seu 13° ano de vida, depois de estudos, testes de laboratório e um piloto de 1.400 hectares plantados no sul da Bahia, perto de Trancoso. Com um investimento de R$ 70 milhões até aqui, a Symbiosis criou um negócio 100% integrado para restaurar áreas degradadas com árvores de valor comercial. A ideia é cortar periodicamente apenas parte das árvores, mantendo a paisagem e permitindo a recuperação da biodiversidade local. A receita virá principalmente dos metros cúbicos de madeira, mas também do estoque de carbono nas áreas plantadas. “Agora estamos com o modelo comprovado, e com a entrada da Apple vamos escalar”, diz Bruno Mariani, CEO e fundador da empresa, que também tem como sócio José Roberto Marinho, da família que controla o Grupo Globo.”
Fonte: Valor Econômico, 25/03/2024
Copel completa metamorfose pós-privatização com novo conselho e pacote de remuneração
“Num passo crucial pós-privatização, a Copel deve ter um novo conselho com menor participação do Estado e um plano de remuneração para executivos e conselheiros que alinha melhor seus interesses com o longo prazo da companhia. Aguardadas desde a oferta de ações que marcou a diluição do governo do Paraná, em agosto do ano passado, as medidas alinham a governança da empresa de energia como uma corporation e injetam uma cultura meritocrática na gestão para dar tração ao processo de reestruturação operacional que vem sendo levado a cabo pelo CEO Daniel Slaviero. A Squadra e a Radar, dois dos principais acionistas da empresa de energia desde a oferta de agosto de 2023, indicaram respectivamente Pedro Sales, ex-portfolio manager do Verde e Viviane Martins, CEO da Falconi, para compor o board. Eles entrarão no lugar de Fernando Perez a Lucia Casasanta, que ocupavam vagas do governo do Paraná. Os nomes serão levados à assembleia no dia 22 de abril. Na nova composição, seriam três conselheiros indicados pelo governo estadual, três pelos acionistas de referência do mercado – incluindo Marcelo Monteiro, que já está no colegiado –, dois pelo BNDES e um pelos empregados.”
Fonte: Exame, 25/03/2024
Votorantim Cimentos prepara emissão de dívida ‘verde’ no exterior, dizem fontes
“A Votorantim Cimentos prepara uma emissão de títulos de dívida no exterior nesta semana. A operação deve ser fechada na quarta-feira e movimentar cerca de US$ 500 milhões, conforme fontes que acompanham a operação. O vencimento é em dez anos. Com os recursos, a companhia deve recomprar bonds que vencem em 2027. Os novos títulos serão ligados a objetivos de desenvolvimento sustentável, conhecidos em inglês como sustainability linked bond (SLB). Atuam na operação Bradesco BBI, Citi, Goldman Sachs, Itaú BBA, MUFG, Santander e UBS. Bancos que atuam nesse tipo de operação estimam que o volume de bonds brasileiros deve ultrapassar os US$ 20 bilhões em 2024, o que já representaria um aumento de cerca de 30% em relação ao ano passado. Desde janeiro, foram oito operações. A mais recente foi da Raízen Energia, que captou US$ 1,5 bilhão no início de março. A maior das ofertas foi do Tesouro, de US$ 4,5 bilhões. Na lista também aparecem companhias acostumadas a emitir lá fora, como Cosan, Azul, CSN e FS, e novatas como Ambipar e 3R Petroleum. Três das oito operações envolveram títulos rotulados como “verdes”.”
Fonte: Valor Econômico, 25/03/2024
Nelson Kaufman renuncia ao cargo de diretor-presidente da Vivara
“O fundador da Vivara Nelson Kaufman renunciou ao cargo de diretor-presidente da companhia, dez dias após anunciar o seu retorno ao comando da empresa depois de 13 anos afastado. Kaufman passará a desempenhar a função de presidente do conselho de administração da companhia, e o conselho elegeu para a posição de diretor-presidente Otavio Chacon do Amaral Lyra, que continuará a exercer, interinamente, o cargo de diretor financeiro e de relações com investidores. As nomeações foram aprovadas em reunião do conselho da empresa, e o conselho registrou que convocará assembleia geral de acionistas para ratificar as nomeações, bem como para deliberar a respeito de alterações ao estatuto social que se fizerem necessárias à nova composição do conselho. Na mesma reunião, Maria Carolina Ferreira Lacerda foi nomeada para ocupar um cargo vacante no conselho, e João Cox Neto foi nomeado para a nova posição de vice-presidente do conselho de administração, segundo comunicado da Vivara enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Na sexta-feira passada, Kaufman aumentou sua participação para mais de 26% de ações ordinárias da Vivara. A notícia sobre seu retorno ao comando da companhia levou as ações a caírem 17,5% nos dois pregões seguintes, em uma reação negativa do mercado.”
Fonte: Valor Econômico, 25/03/2024
Desonerar produtos feitos com hidrogênio é alternativa “poderosa” a subsídio, diz Prumo
“É possível incentivar o hidrogênio de baixo carbono no Brasil sem subsídios, ao desonerar os produtos feitos com o insumo. Essa seria uma forma de destravar os investimentos no país sem precisar abrir espaço no orçamento público. A proposta foi defendida pelo diretor executivo de Desenvolvimento de Negócios da Prumo, Mauro Andrade, durante entrevista ao estúdio epbr durante a CERAWeek 2024, da S&P Global, no Texas. A Prumo controla o Porto do Açu, no Rio de Janeiro, que aposta na atração de projetos de produção de hidrogênio verde e de consumidores do energético, como as indústrias de siderurgia e fertilizantes. O Brasil ainda aguarda a aprovação de um marco regulatório para o hidrogênio. Atualmente, dois textos estão no Congresso, um de autoria da Câmara – sem subsídios – e outro do Senado – com subsídios. Raízen vê SAF de etanol como produto de exportação. A Raízen acredita que o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) vai permitir a internacionalização do biocombustível brasileiro, disse o vice-presidente de Trading da companhia, Paulo Neves, em entrevista ao estúdio epbr durante a CERAWeek 2024, da S&P Global, no Texas. Veja a íntegra da entrevista.”
Fonte: Epbr, 25/03/2024
Energia solar: Nordeste ultrapassa 5,1 gigawatts
“A energia solar avança na Nordeste, que ultrapassou os 5,177 gigawatts de potência instalada em pequenos terrenos, telhados e fachadas. Os dados foram levantamento pela plataforma de aquisição de créditos de energia solar, a Meu Financiamento Solar. O estudo, baseado nos balanços oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), mostra que os investimentos acumulados na região desde 2012 ultrapassam os R$ 25,8 bilhões. Ainda de acordo com o levantamento, hoje já são 487.436 sistemas fotovoltaicos no Nordeste. Nos dias 10 e 11 de abril, o potencial da região será tema do Intersolar Summit Nordeste, que vai acontecer em Fortaleza.”
Fonte: Exame, 25/03/2024
Brasil é visto como potencial fornecedor de hidrogênio para indústrias
“O Brasil é considerado um potencial parceiro estratégico como gerador e fornecedor internacional de energias renováveis em escala para indústrias que estão em processo de transição energética para fontes verdes. “Há uma grande perspectiva de negócios com o Brasil”, diz Dr. Jochen Köckler, presidente do conselho administrativo da Deutsche Messe AG, empresa que gerencia a maior feira de tecnologia industrial do mundo, que acontece em Hannover, na Alemanha. “O país tem uma enorme capacidade de produzir energia limpa de forma escalável a partir de seus parques solares e eólicos”, afirma. O tradicional evento reúne empresários industriais e políticos há 77 anos. O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, estarão presentes à cerimônia de abertura, que acontece em abril.”
Fonte: Valor Econômico, 25/03/2024
Política
Mercado de carbono e os povos da floresta
“O mercado de créditos de carbono, que desperta cada vez mais interesse nacional e internacional, tem chamado a atenção mais por suas falhas e pelos valores astronômicos envolvidos do que pelos benefícios gerados ao meio ambiente. Nesse complexo cenário, ganham importância as discussões sobre a regulamentação do mercado de carbono, que têm avançado no Brasil: recentemente, foi aprovado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) nº 2.148/2015 (baseado no PL 412/2022, anteriormente aprovado no Senado), denominado de “PL do Carbono”, que trata do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE). Por causa das alterações feitas na Câmara, o PL foi devolvido ao Senado, onde atualmente se encontra para nova apreciação. Um dos principais acertos do PL é o fato de não se omitir sobre a relação entre o mercado de créditos de carbono e as áreas ocupadas por povos originários e comunidades tradicionais. Ao reconhecer que esses povos e comunidades são titulares dos créditos gerados nas áreas que tradicionalmente ocupam, o PL avança em comparação com a legislação vigente. Ainda assim, o PL do Carbono não consegue de fato vencer o preconceito histórico, fruto do colonialismo, de que ainda são vítimas os moradores da floresta.”
Fonte: Valor Econômico, 26/03/2024
Trazer investimento de fora é o maior desafio da descarbonização, diz secretária do Clima
“O grande desafio do Brasil na tarefa de descarbonizar a economia é atrair investimento externo para financiar essas atividades, avalia a secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ana Toni. O Brasil “já mostrou que consegue crescer e combater desmatamento. O mundo agora começa a fazer algo que o Brasil também já sabe: desacoplar crescimento econômico com emissão na área de energia”, afirmou Toni, ao participar do seminário “Brasil rumo à COP30”, realizado pela Editora Globo com apresentação da CCR, nesta segunda-feira (25). “Nosso grande vilão é o tempo, porque temos que descarbonizar muito rapidamente, e o desafio é trazer investimento de fora”, acrescentou, lembrando que o governo tem trabalhado em ações como a taxonomia verde, e a emissão de títulos verdes do fundo soberano para financiar transição ecológica. Para Toni, o país tem experiências para compartilhar nas áreas de desmatamento, agricultura e energia de baixo carbono, mas pretende expandir sua ação justamente para soluções de financiamento. Ela explicou que, atualmente, recursos para essas atividades estão concentrados no países desenvolvidos, e que a ideia é usar o G20 para ampliar a entrada do Brasil e outros emergentes na briga por esse investimento.”
Fonte: Valor Econômico, 25/03/2024
Belém deve estar pronta para sediar a COP em 2025, avalia Alckmin
“O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira, 25, que Belém, no Pará, deverá estar pronta, em novembro do ano que vem, para receber a COP30, como é chamada a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas. “Temos ainda quase dois anos, mais de um ano e meio. O trabalho já começou a ser feito”, disse Alckmin a jornalistas ao responder a uma pergunta sobre a possibilidade de o evento, marcado para os dias 10 a 21 de novembro de 2025, ter outras sedes em caso de atrasos nas obras em Belém. Conforme o vice-presidente, a realização da conferência em Belém carrega um simbolismo por a capital paraense estar dentro da Amazônia Legal. “Então, eu diria que tem tudo para ser uma COP muito bem-sucedida”, reforçou Alckmin após participar da abertura do seminário “Brasil rumo à COP 30″, realizado pela Editora Globo.”
Fonte: Exame, 25/03/2024
Alckmin: Brasil é protagonista nos principais debates do mundo, como segurança alimentar e clima
“O Brasil é protagonista nos principais debates do mundo neste momento, como segurança alimentar, energética e clima, afirmou nesta segunda-feira (25) o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, e Serviços, Geraldo Alckmin. “O Brasil está entre os grandes produtores de alimentos do mundo e é campeão energia limpa. Da nossa matriz, 55% é de energia hidrelétrica e 35% é eólica ou solar, e essa [última] parcela é crescente”, afirmou o vice-presidente, que participa do seminário “Brasil rumo à COP30”, realizado pela Editora Globo com apresentação da CCR. “Temos inúmeras oportunidades no país, de descarbonização e de insumos verdes no país.”. Alckmin lembrou que o país é, também, um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas, com dois terços dos municípios relatando algum problema relacionado ao clima em 2023, o ano mais quente em 74 anos. “O Brasil tem compromisso com o combate às mudanças climáticas e descarbonização”, reforçou, ressaltando que metade das emissões do país é devido apenas ao desmatamento. “Fomos bem-sucedidos nesse caso, somente ano passado reduzimos em 50% o desmatamento na Amazônia”, comemorou.”
Fonte: Valor Econômico, 25/03/2024
Mulheres recebem 19,4% a menos do que os homens no Brasil, diz Ministério do Trabalho e Emprego
“O primeiro relatório de Transparência Salarial e critérios remuneratórios divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) indicou que mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens. Os números foram disponibilizados nesta segunda-feira (25). Em cargos de dirigentes e gerentes, os dados do MTE indicam que a diferença de remuneração entre homens e mulheres chega a 25,2%. As mulheres negras, aponta o MTE, são as que têm renda mais desigual, com salários 27,9% inferiores aos homens – a pasta indica que elas estão em menor número no mercado de trabalho, com 2,9 milhões de vínculos, 16,9% do total. “Mulheres negras estão sempre abaixo dos demais grupos”, disse Paula Montagner, subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho da pasta. O levantamento reúne informações enviadas por 49.587 empresas com 100 ou mais empregados. O relatório também fez um mapeamento por Estados: os Estados de Sergipe e Piauí também apresentaram as menores diferenças salariais, com elas recebendo 7,1% e 6,3% menos, respectivamente. Por outro lado, esses Estados têm remuneração menor do que a média.”
Fonte: Valor Econômico, 25/03/2024
Decreto regula Política Nacional de Desenvolvimento Regional
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou decreto para tratar dos princípios, objetivos e funcionamento da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) que tem como objetivo reduzir as desigualdades econômicas e sociais, intrarregionais e inter-regionais, por meio da criação de oportunidades de desenvolvimento que resultem em crescimento econômico sustentável, geração de renda e melhoria da qualidade de vida da população. Segundo o decreto, a política fundamenta-se na mobilização planejada e articulada da ação federal, estadual, distrital e municipal, pública e privada, por meio da qual programas e investimentos da União e dos entes federativos, associadamente, estimulem e apoiem processos de desenvolvimento. A PNDR, planos regionais e sub-regionais poderão ser financiados pelo Orçamento Geral da União; Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste; Fundos de Desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste e do Centro-Oeste; programas de desenvolvimento regional de bancos públicos federais; incentivos e benefícios de natureza financeira, tributária ou creditícia; e outras fontes de recursos nacionais e internacionais.”
Fonte: Valor Econômico, 25/03/2024
Decreto cria comitê de taxonomia sustentável com ministérios, BC, CVM, Susep, Previc e BNDES
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou decreto que institui o Comitê Interinstitucional da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB). A Taxonomia Sustentável Brasileira consiste em sistema de classificação de atividades, ativos ou categorias de projetos que contribuam para a consecução de objetivos climáticos, ambientais e sociais, por meio de critérios específicos. Segundo o decreto, ao comitê interinstitucional compete elaborar e aprovar o regimento interno; aprovar os planos e as iniciativas de formulação e implementação da Taxonomia Sustentável Brasileira; e monitorar a implementação da Taxonomia Sustentável Brasileira e avaliar os seus resultados. O comitê é instância máxima de deliberação da governança da Taxonomia Sustentável Brasileira e será composto por um representante de 27 órgãos e entidades, sendo 22 de ministérios e o restante do Banco Central (BC), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc); Superintendência de Seguros Privados (Susep) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).”
Fonte: Valor Econômico, 25/03/2024
Macron visitará a floresta amazônica com Lula em uma turnê de três dias no Brasil
“O presidente francês Emmanuel Macron, que criticou o governo anterior do Brasil por não proteger a floresta tropical, chegará na terça-feira à Amazônia, no início de uma visita de três dias ao país sul-americano. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva se encontrará com Macron em Belém, perto da foz do rio Amazonas, onde os dois visitarão parques de conservação com projetos de desenvolvimento sustentável e se reunirão com líderes indígenas. “Lula quer mostrar a Macron a complexidade da Amazônia, que não é apenas uma vasta floresta tropical, mas também um lugar onde vivem 25 milhões de pessoas”, disse a principal diplomata do Brasil para a Europa e América do Norte, Maria Luisa Escorel, a repórteres na sexta-feira. Ela disse que o governo francês pretende financiar o desenvolvimento sustentável e programas para acabar com o desmatamento na Amazônia. Lula e Macron discutirão um caminho comum para combater tanto a mudança climática quanto a pobreza enquanto o Brasil se prepara para sediar a cúpula do G20 no Rio de Janeiro em novembro e as negociações climáticas das Nações Unidas em Belém no ano que vem, das quais o presidente francês participará, disse o Eliseu em uma coletiva.”
Fonte: Reuters, 25/03/2024
Internacional
Empresas
Bilionário do setor de energia solar da China sente o calor enquanto o setor enfrenta turbulências
“Em dezembro do ano passado, o bilionário chinês de painéis solares Li Zhenguo discursou na conferência da ONU sobre mudanças climáticas em Dubai, prometendo um sistema de energia “benevolente e equitativo” para apoiar a descarbonização do mundo. “As oportunidades para que todos contribuam para a luta contra as mudanças climáticas por meio de soluções de energia renovável são ilimitadas”, disse Li. Mas, três meses depois, o fundador da Longi Green Energy Technology foi forçado a recuar em decorrência de um excesso de oferta global, demitindo milhares de trabalhadores de fábricas e novos funcionários de escritórios, à medida que o setor enfrenta um colapso nos preços. Na China, as demissões provocaram críticas à cultura corporativa da empresa. A Longi, um dos maiores fabricantes de painéis solares do mundo, disse na semana passada que esperava cortar 5% de sua força de trabalho de 80.000 pessoas, depois que a Bloomberg informou que a empresa estava planejando cortar 30% de sua equipe. Longi disse que o número de 30% era “falso”, embora os especialistas tenham dito que as eventuais perdas de empregos provavelmente seriam maiores do que 5%, depois que os preços dos módulos solares caíram pela metade no ano passado.”
Fonte: Financial Times, 25/03/2024
Fundos retiram US$ 13,3 bi da BlackRock em campanha anti-ESG
“Quase dois anos após o início de uma campanha entre os republicanos nos EUA para punir a BlackRock por insistir que as mudanças climáticas acarretam riscos financeiros, fundos de investimento de Estados governados pelo partido retiraram cerca de US$ 13,3 bilhões da maior gestora de ativos do mundo. A cifra representa apenas cerca de um décimo de 1% dos US$ 10 trilhões em ativos que a BlackRock administra, e alguns fundos de pensão estatais republicanos ainda têm bem mais de US$ 20 bilhões depositados com a gestora. No total, a BlackRock registrou entradas líquidas de US$ 138 bilhões em toda a América no ano passado. O total de US$ 13,3 bilhões já inclui o anúncio feito na semana passada pelo Texas Permanent School Fund de que retiraria US$ 8,5 bilhões no fim de abril, o maior saque feito até o momento por fundos de pensão geridos por republicanos. A BlackRock tem tentado responder à campanha contra o uso de fatores ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) de várias maneiras. Em Washington, acrescentou à equipe um lobista veterano com ligações republicanas. No mês passado, organizou em conjunto com o vice-governador do Texas, Dan Patrick, uma cúpula em Houston sobre investimentos na rede de energia elétrica. Em ocasiões anteriores, Patrick manifestara “preocupações graves” sobre o fato de o grupo levar em conta fatores ESG ao investir.”
Fonte: Valor Econômico, 26/03/2024
“A Mombak está a poucas semanas de concluir o primeiro ano do projeto de reflorestamento biodiverso em larga escala para remoção de carbono na Amazônia. Com mais de 2 mil hectares de floresta já plantada, a start-up continua expandindo as operações, buscando reflorestar cerca de 30 mil hectares nos próximos anos. Fundada em 2021 pelo ex-CEO da 99 Peter Fernandez e o ex-CFO da Nubank Gabriel Silva, a empresa levantou US$ 120 milhões para iniciar as operações com os investidores da Fundação Rockefeller, AXA, Fundo de Pensão do Canadá e Bain. Com esse aporte inicial, a Mombak comprou fazendas degradadas para realizar o reflorestamento. O tipo de crédito de carbono vendido pela startup é de conservação da floresta por meio do reflorestamento de pastos degradados, ou seja, de fazendas que antes passaram por processo de desmatamento. Esse modelo é mais complexo e custoso do que, por exemplo, o de desmatamento evitado, também conhecido como REED+, gerando um maior impacto no sequestro de carbono, resultando em preços valorizados no mercado.”
Fonte: Valor Econômico, 26/03/2024
Nissan planeja vender mais de uma dúzia de novos modelos de elétricos até 2026
“A Nissan Motor planeja começar a vender mais de uma dúzia de novos modelos de veículos elétricos, com o objetivo de aumentar as vendas totais de automóveis em 1 milhão de unidades dentro de três anos. A montadora japonesa disse que pretende começar a vender 30 novos modelos, incluindo 16 modelos eletrificados, e tem como meta vendas adicionais de 1 milhão de veículos até o ano fiscal que começa em abril de 2026. A Nissan também disse que planeja renovar a maioria dos modelos com motor de combustão interna até então. Em fevereiro, a empresa reduziu sua previsão de vendas globais para 3,55 milhões de unidades para o ano fiscal que termina em março, abaixo da sua projeção anterior de 3,70 milhões de unidades, citando perturbações na logística e intensificação da concorrência. A empresa disse que pretende alcançar a paridade de custos com carros de combustão interna até o ano que começa em abril de 2030. A Nissan disse que aproveitará parcerias estratégicas para se manter competitiva e explorar novas parcerias no Japão e nos Estados Unidos. A Nissan vem tentando remodelar a sua estratégia global após a reestruturação da sua aliança com a Renault e a Mitsubishi Motors anunciada em fevereiro do ano passado.”
Fonte: Valor Econômico, 25/03/2024
Política
Membros da UE pedem revisão da lei antidesmatamento
“Um grupo de países da União Europeia, liderado pela Áustria, está pedindo revisões urgentes da lei antidesmatamento do bloco, que deve entrar em vigor no final do ano, dizendo que ela pode prejudicar os agricultores europeus, de acordo com um documento analisado pela Reuters na segunda-feira. A lei da UE tem como objetivo eliminar o desmatamento das cadeias de suprimento de carne bovina, soja e outros produtos agrícolas vendidos na Europa, para que os consumidores europeus não contribuam para a destruição das florestas globais, desde a Amazônia até o Sudeste Asiático. Essas regras também se aplicam aos agricultores europeus, que serão proibidos de exportar produtos cultivados em florestas desmatadas ou degradadas. “O objetivo geral acordado de combater o desmatamento em países terceiros não deve prejudicar a economia europeia, em particular o setor agrícola e florestal europeu”, diz o documento, que também foi assinado pela Finlândia, Itália, Polônia, Eslováquia, Eslovênia e Suécia.”
Fonte: Reuters, 25/03/2024
Pacto climático e de segurança aceito pelo novo governo de Tuvalu, diz a Austrália
“A Austrália e a nação de Tuvalu, nas Ilhas do Pacífico, seguirão em frente com um pacto de segurança e migração climática, depois que o novo governo de Tuvalu concordou em não alterar o acordo, disse o Ministro do Pacífico da Austrália, Pat Conroy, ao parlamento na terça-feira. As duas nações haviam anunciado o acordo em novembro, mas ele foi colocado em dúvida durante uma campanha eleitoral na remota nação atol de 11.000 pessoas, que está ameaçada pelo aumento do nível do mar. Feleti Teo tornou-se primeiro-ministro em fevereiro, após uma eleição geral observada de perto por Taiwan, China, Estados Unidos e Austrália, em meio a uma disputa geopolítica por influência no Pacífico Sul. Tuvalu é um dos três aliados remanescentes de Taiwan no Pacífico, depois que Nauru cortou os laços no mês passado e mudou para Pequim. “O novo governo de Tuvalu confirmou seu desejo de prosseguir com a União Falepili”, disse Conroy no parlamento na terça-feira, ao apresentar o acordo para ratificação.”
Fonte: Reuters, 26/03/2024
Macron, da França, busca regulamentar a mineração ilegal de ouro na Guiana Francesa
“O presidente francês Emmanuel Macron disse na segunda-feira que o governo está buscando designar novas zonas regulamentadas de mineração de ouro em seu território sul-americano da Guiana Francesa para combater a mineração ilegal e suas consequências ambientais. Em um discurso do território antes de uma viagem de três dias ao Brasil, Macron disse que a França estava considerando a elaboração de um plano dentro de três meses para áreas com importantes reservas de ouro. Os trabalhadores dessas áreas seriam obrigados a seguir regras de mineração sustentável, disse Macron, incluindo uma proibição existente do mercúrio, um metal tóxico que os mineiros ilegais e de pequena escala usam na extração e que vaza para rios, oceanos, florestas e se espalha para as populações humanas. Os garimpeiros ilegais no território liberam cerca de 1,3 kg de mercúrio para cada quilo de ouro extraído, segundo dados do World Wide Fund for Nature (WWF).”
Fonte: Reuters, 25/03/2024
Macron poderá explicar ao Brasil se quer proteger o meio ambiente ou os produtores franceses
“Durante a sua visita ao Brasil, a partir de amanhã, o presidente francês, Emmanuel Macron, terá a chance de explicar ao governo brasileiro se sua intenção é proteger o meio ambiente ou proteger as empresas e os agricultores franceses. O futuro do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul depende dessa definição. A UE vem aprofundando a estratégia de usar o comércio para atingir objetivos climáticos e ambientais. Uma série de medidas nesse sentido estão estrando em vigor. Isso pode ser compatibilizado com abertura comercial. Mas o governo francês está indo além e vem fazendo exigências que mal disfarçam a intenção de proteger a sua economia. Autoridades europeias disseram ao Valor na semana passada que consideram o acordo UE-Mercosul fechado, após a renegociação de alguns pontos, e equilibrado. Macron, porém, continua repetindo a ameaça de bloquear o acordo ao negar a aprovação da França. A UE vem implementando uma série de medidas que, com o objetivo de promover a descarbonização da economia e combater o desmatamento, já trarão alguma proteção aos produtores europeus.”
Fonte: Valor Econômico, 25/03/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Nossos últimos relatórios
Relatórios temáticos
O que uma eventual disputa entre Biden e Trump significa para a agenda ESG? (link)
Abastecendo o futuro: O papel dos biocombustíveis na transição energética(link)
COP28 chega ao fim: O que você precisa saber? (link)
ESG Updates
Principais destaques do Fórum de Transição Energética da BloombergNEF(link)
Feedback da reunião sobre energia nuclear com Marcelo Lopez(link)
Dia Internacional das Mulheres: Mapeando a presença delas na liderança das empresas brasileiras (link)
Brunch com ESG
Governo acelera programa de transição energética; CMIG4 capta R$2bi em emissão verde (link)
Câmara aprova PL Combustível do Futuro; Positivo para empresas de açúcar e etanol (link)
BYD intensifica debate sobre eletrificação no Brasil; PL do ‘Combustível do Futuro’ segue para o Congresso (link)
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