Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• Na semana passada, o Ibovespa registrou perda de 1,64%, enquanto o ISE caiu 0,31%. Já o pregão de sexta-feira terminou em território misto, com o IBOV em queda de 0,98%, enquanto o ISE subiu 0,51%.
• No Brasil, (i) o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a empresa fará a transição energética de forma gradual, responsável e crescente – segundo ele, a companhia está olhando para as novas energias sem abrir mão de uma hora para outra da produção de petróleo; e (ii) a GNR Fortaleza, parceria entre a Ecometano (MDC) e a Marquise Ambiental, acredita ser possível aumentar em 20% a produção de biometano do aterro de Caucaia, Ceará, a partir das flexibilização das regras de especificação do gás renovável pela ANP – iniciado em fevereiro, o projeto piloto permitirá à empresa, por seis meses, operar com teores maiores de CO2 e nitrogênio e um poder calorífico menor que os limites impostos pela Resolução ANP 886/202.
• No cenário internacional, a crescente demanda por combustível nuclear faz com que os proprietários de minas de urânio abandonadas reiniciem as operações nos Estados Unidos (link para nosso feedback sobre o tema) – pelo menos cinco produtores americanos estão reativando minas em estados onde a produção foi alta em anos passados mas que foram perdendo espaço após o desastre nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011.
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Brasil
Empresas
Aterro no Ceará pode elevar em 20% oferta de biometano
“A GNR Fortaleza, parceria entre a Ecometano (MDC) e a Marquise Ambiental, acredita ser possível aumentar em 20% a produção de biometano do aterro de Caucaia, Ceará, a partir das flexibilização das regras de especificação do gás renovável pela Agência Nacional de Petróleo, Gás. Natural e Biocombustíveis (ANP). A planta GNR Fortaleza iniciou em fevereiro um projeto piloto que permitirá à empresa, por seis meses, operar com teores maiores de CO2 e nitrogênio e um poder calorífico menor que os limites impostos pela Resolução ANP 886/2022. GNR e a Cegás, a distribuidora de gás do Ceará, farão uma mistura do biometano ao gás natural de origem fóssil antes de injetar o gás renovável na rede de gás canalizado, para assegurar que o produto final, para o cliente, seja fornecido dentro da qualidade exigida.”
Fonte: Epbr, 08/03/2024
Equinor inaugura 6ª maior usina solar do Brasil
“A Equinor anunciou, nesta sexta-feira (8/3), o início das operações da usina solar fotovoltaica Mendubim, no Rio Grande do Norte. Com 531 MW de capacidade instalada, é a sexta maior usina solar do Brasil. Mendubim produzirá anualmente 1,2 TWh de eletricidade, dos quais 60% já estão vendidos, em um acordo de compra de energia (PPA) com duração de 20 anos, para a Alunorte, da Norsk Hydro, no Pará. O restante será vendido no mercado livre. O projeto fotovoltaico é desenvolvido e operado em joint venture entre Scatec, Hydro Rein e Equinor, que têm participação igual de 30% no projeto. A Alunorte exerceu sua opção de compra e agora detém os 10% restantes. O investimento total é estimado em US$ 430 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).”
Fonte: Epbr, 08/03/2024
Com falta de ativos de impacto ambiental e social, investidor está de olho no Brasil
“A demanda por investimentos em ativos com propósito ambiental, social e de governança (ESG, na sigla em inglês) entre investidores europeus deve aumentar em 15,9 trilhões de euros – equivalente a cerca de US$ 21 trilhões até 2026, segundo estimativa da Alfi, associação da indústria de fundos de Luxemburgo. No final de 2023, o total de recursos alocados por investidores institucionais europeus em ESG somava 3,7 trilhões de euros e a previsão é que chegue a 19,6 trilhões de euros em 2026. Os fundos de pensão e as seguradoras europeias, que respondem por 46% dessa demanda, já percebem uma escassez de oferta de instrumentos financeiros geridos sob esses três critérios para atender as exigências de práticas e compromissos ambientais assumidos pelos governos europeus.”
Fonte: Exame, 10/03/2024
Prates sinaliza para transição energética gradual na Petrobras
“O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta sexta-feira, 8, que a empresa fará a transição energética de forma gradual, responsável e crescente. A declaração foi feita ao longo do comentário sobre os resultados financeiros do ano passado. “Estamos olhando para as novas energias sem abrir mão de uma hora para outra da produção de petróleo. Vamos fazer a transição energética de forma gradual, responsável e crescente. Nesse sentido, podemos comemorar nossos recordes de produção de petróleo e gás porque o nosso petróleo está entre os mais descarbonizados do mundo”, disse Prates. O executivo afirmou ainda que a Petrobras está entre as empresas que mais cresceram em produção em 2023 e com melhor índice de reposição de reservas. “Isso garante o nosso futuro e também os recursos necessários para os nossos projetos de baixo carbono”.”
Fonte: Exame, 08/03/2024
Brasileira entra em ranking global de pioneiras no setor de energia
“Camila Ramos, CEO da CELA (Clean Energy Latin American), foi eleita uma das mulheres pioneiras no mundo do setor de energia. A lista, divulgada nesta sexta-feira, 8, faz parte do relatório global “Trailblazing Women 2024 – Energy”, publicado pela Reuters Events. A lista é composta por 20 mulheres. A seleção foi elaborada a partir de recomendações feitas por partes interessadas da indústria de energia, responsáveis por indicar pessoas com um histórico demonstrável de influência, impacto e liderança. Fundadora e CEO da consultoria e assessoria financeira CELA, Camila também é conselheira e vice-presidente de Investimentos e Hidrogênio Verde da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), membro do Conselho Superior de Infraestrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A executiva é ainda integrante do conselho da Brazilian Rare Earths Limited, empresa de mineração no segmento de terras raras, listada na bolsa da Austrália.”
Fonte: Exame, 08/03/2024
Por que a Stellantis está apostando alto na eletrificação à brasileira
“Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Para a Stellantis, dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, o futuro do mercado automobilístico brasileiro não é da eletrificação total da frota, como acontece nos mercados europeu e chinês – ao menos não no médio prazo. Além da vantagem comparativa do etanol, a descarbonização made in Brazil precisa caber no bolso do consumidor, diz Emanuelle Cappellano, COO da Stellantis na América Latina. Com 31% do mercado nacional, a dona da Fiat está fazendo a sua maior aposta no país: vai investir R$ 30 bilhões até 2030, o maior valor desde que se instalou no país, na década de 70. Os investimentos vão todos para novas tecnologias e não em aumento de capacidade de produção – que está, nas palavras do executivo, ajustada à demanda da região.”
Fonte: Exame, 10/03/2024
Política
Propostas para transição energética enfrentam disputas e ‘jabutis’ no Congresso
“Após não conseguir aprovar o pacote de propostas relativas à transição energética no fim de 2023, o Congresso Nacional volta a se debruçar sobre o tema no primeiro semestre deste ano. Na visão de membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de representantes do setor de energia e de parlamentares, são cinco os projetos de grande importância: o do mercado de crédito de carbono, do hidrogênio verde, dos biocombustíveis, da energia eólica offshore e do Paten (Programa de Aceleração da Transição Energética). Atualmente, o Ministério da Fazenda, de Fernando Haddad, atua em parceria com pastas como Meio Ambiente (Marina Silva), Indústria (Geraldo Alckmin) e Minas e Energia (Alexandre Silveira) para construir planos voltados à descarbonização e à transição energética. E a aprovação desses projetos no Legislativo é vista como fundamental para a aplicação de tais diretrizes, que ainda estão em elaboração pelo Executivo.”
Fonte: Valor Econômico, 09/03/2024
Com 27% das secretarias ocupadas por mulheres, Ricardo Nunes diz que São Paulo ‘dá exemplo’
“Com pouco mais de um quarto do primeiro escalão do governo municipal comandado por mulheres, o prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta sexta-feira (8) que sua gestão “dá exemplo” em relação à participação feminina. Das 33 secretarias, secretarias especiais e executivas, incluindo a Procuradora-Geral do Município e a Controladoria-Geral do Município, nove são chefiadas por mulheres (27%). Das 32 subprefeituras, quatro são comandadas por mulheres (12,5%), segundo informações divulgadas no site do governo municipal. Ao ser questionado pela imprensa sobre a preponderância dos homens no primeiro escalão do governo, Nunes disse ter uma “alegria muito grande” de ter mulheres em cargos de “alta chefia”. “Eu tenho várias mulheres como secretária”, disse o prefeito, ao falar com a imprensa, depois de inaugurar um centro de acolhida especial para mulheres. Segundo Nunes, São Paulo tem “dado exemplo” em relação à “participação muito ativa das mulheres” na gestão.”
Fonte: Valor Econômico, 08/03/2024
Internacional
Empresas
Indústria de urânio renasce com volta da demanda por combustível nuclear
“Nos Estados Unidos e em países aliados, os proprietários de minas de urânio abandonadas estão reiniciando as operações para capitalizar em cima da crescente demanda por combustível nuclear. Pelo menos cinco produtores americanos estão reativando minas em estados como Wyoming, Texas, Arizona e Utah, onde a produção floresceu em anos passados até que os governos se desinteressaram pelo elemento radioativo, em particular após o desastre nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011. A maioria dessas minas americanas ficou inativa após Fukushima, período em que os preços do urânio despencaram e países como Alemanha e Japão iniciaram planos para desativar gradualmente os reatores nucleares, em busca de fontes renováveis e com menos riscos. Mas agora, à medida que os governos recorrem à energia nuclear para cumprir as metas de emissões e os principais produtores de urânio lutando para atender à demanda, os preços do metal estão subindo. Portanto, essas operações de urânio, que antes não eram lucrativas, podem preencher uma lacuna no fornecimento.”
Fonte: Bloomberg Línea, 09/03/2024
Bolha em Wall St? Quatro razões que apontam por que alta das ações é sustentável
“Os ganhos perto de 10% dos principais índices de ações nos Estados Unidos neste início de 2024 têm evocado ciclos anteriores de expansão acelerada e de subsequente queda em Wall Street, suscitando o debate de longa data sobre o risco de o mercado estar com excesso de otimismo. O que, por sua vez, alimentaria eventualmente uma “bolha” não sustentada por fundamentos. Há muitas razões para questionar o avanço das ações a um ritmo insustentável: o índice S&P 500 fechou em máximas recordes 16 vezes neste ano, o equivalente a um terço de todas as negociações no período. A “queridinha” da Inteligência Artificial, a Nvidia (NVDA), disparou quase 80% em pouco mais de dois meses, adicionando cerca de US$ 1 trilhão em valor de mercado, mesmo depois de cair na sexta-feira (08) junto com outras ações de tecnologia. Ativos considerados especulativos como de bitcoin subiram.”
Fonte: Bloomberg Línea, 10/03/2024
Partners considera a venda da empresa alemã de energias renováveis VSB, segundo fontes
“O Partners Group está explorando opções, incluindo uma venda, para a empresa alemã de energia renovável VSB Group, disseram seis fontes familiarizadas com o assunto. A empresa suíça de private equity tem entrevistado consultores financeiros nas últimas semanas, disseram as fontes, acrescentando que o processo de venda poderia começar no segundo trimestre. A venda da VSB poderia chegar a uma avaliação de até US$ 2 bilhões, incluindo dívidas, disseram duas das fontes, enquanto uma terceira disse que o valor ficaria entre US$ 1 e US$ 2 bilhões. As fontes, que pediram anonimato porque o assunto é confidencial, advertiram que um acordo não é garantido e está sujeito às condições do mercado. O Partners Group não quis comentar. A VSB não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A possível venda coincide com uma queda nos valores dos ativos renováveis, embora o interesse no setor continue alto, já que a União Europeia exige que 42,5% da energia do bloco seja renovável até 2030.”
Fonte: Reuters, 08/03/2024
Política
Como a UE quer retardar aplicação mais estrita da lei antidesmate
“Para diferentes operadores, não é segredo que a União Europeia (UE) enfrenta imensas dificuldades para implementar sua lei antidesmatamento até dezembro deste ano. Essa lei visa proibir acesso ao mercado comunitário de seis commodities – carne bovina, soja, café, óleo de palma, madeira e cacau, e seus derivados – produzidas em zonas desmatadas após o final de 2020. E atingirá 34% das exportações brasileiras para o mercado europeu, portanto com potencial de dano elevado no comércio a partir de 2025. Agora, em meio a mudanças geopolíticas e choque de realidade, a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, tem intenção de retardar o controle mais estrito das importações dessas commodities, segundo publicou o jornal Financial Times na sexta-feira.”
Fonte: Valor Econômico, 08/03/2024
Organizações pedem paridade de gênero e raça na COP30 do Brasil
“Mais de 50 organizações da sociedade civil divulgam, nesta sexta (8/3), um manifesto demandando paridade de gênero, raça, etnia, classe social, geração, identidade de gênero e orientação sexual nos preparativos e nas negociações da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) que será sediada pelo Brasil. Publicado no Dia Internacional da Mulher, o documento (.pdf) pede que, além de garantir representatividade no comitê organizador, sejam observadas seis condições: equidade e representatividade nas delegações; promoção da igualdade de oportunidades; inclusão de perspectivas de gênero em políticas climáticas; investimentos em formação; combate à violência de gênero relacionada ao clima; e transparência. “Em ambientes dominados por homens, como o Congresso Nacional e o setor energético, a capacidade das mulheres influenciarem políticas climáticas e participarem da transição para a economia de baixo carbono são severamente limitadas”, diz Nicole Figueiredo, diretora executiva do Instituto Internacional Arayara.”
Fonte: Epbr, 08/03/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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