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Indicadores econômicos divulgados entre 23/09/2019 e 27/09/2019

Agenda de Indicadores econômicos a serem divulgados na próxima semana.

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Quais indicadores econômicos devem ser acompanhados na próxima semana?

Cada um dos indicadores econômicos impacta direta ou indiretamente a economia como um todo, por isso o exercício de classificá-los de acordo com seu nível de importância não é tarefa fácil. Entretanto, existem alguns indicadores que tendem a impactar de forma mais recorrente o mercado (principalmente quando suas divulgações destoam muito das expectativas) e é exatamente por isso que adicionamos a coluna de classificação na agenda de indicadores semanais.

Apesar de todos os indicadores precisarem ser monitorados, aqueles que foram classificados com duas ou três estrelas são os que provavelmente terão maior impacto na semana que vem. Assim, para a próxima semana, vale a pena monitorar mais de perto:

  • No Brasil: Indicadores de confiança (do consumidor, do comércio, da construção e da indústria), Boletim Focus, notas à imprensa (S. Externo, Dívida Pública e Mercado Aberto), ata do Copom, crédito, relatório trimestral de inflação, Caged e taxa de desemprego nacional.
  • Nos Estados Unidos: Índice de atividade nacional, PMI composto, confiança do consumidor, PIB, estoques de varejo e balança comercial.
  • E na Zona do Euro: PMI composto, boletim econômico e índice de confiança na economia.

Quais indicadores econômicos foram divulgados na última semana?

Na última semana, além dos acontecimentos políticos e comerciais que impactaram os mercados (tanto nacional quanto internacionalmente), uma série de indicadores econômicos importantes foram divulgados.

No Brasil, foram divulgados o Boletim Focus e a decisão de política monetária. No último Boletim Focus, o mercado: i) reduziu sua projeção de inflação para 2019 de 3,54% para 3,45%, enquanto a projeção para 2020 foi reduzida de 3,82% para 3,80%; ii) manteve estável sua projeção de PIB para 2019 em 0,87%, mas reduziu sua projeção para 2020 de 2,07% para 2,00%; iii) elevou sua projeção de câmbio para 2019 de 3,87 na última semana para 3,90 e de 3,85 para 3,90 em 2020 e iv) manteve estável a projeção de Selic em 5% em 2019 enquanto a projeção para 2020 foi reduzida de 5,25% para 5,00%. Além disso, o Banco Central do Brasil anunciou sua decisão unânime de cortar a taxa básica de juros da economia em 0,50%, em linha com o nosso call e com as expectativas de mercado coletadas pela Bloomberg. Assim, a taxa Selic passa a ser de 5,50% ao ano, seu menor nível histórico. Esperamos que o Banco Central reduza outros 0,50% tanto na próxima reunião (30 de outubro) quanto na reunião de dezembro, trazendo a Selic para 4,5% em 2019 e permanecendo neste nível até o final de 2020.

Nos Estados Unidos, foram divulgados a produção industrial, que subiu 0,6% na passagem de julho para agosto (acima das expectativas de mercado, de 0,2%) a e decisão de política monetária do Banco Central (Fed), que foi de cortar a taxa de juros norte-americana em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 1,75% e 2%.

Na Zona do Euro, foram divulgados o índice de expectativas da Alemanha, dados de inflação (CPI) e confiança do consumidor. O índice de expectativas econômicas da Alemanha subiu de -44,1 pontos em agosto para -22,5 em setembro, enquanto os analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam alta bem menor do indicador, para -38 pontos. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 1% na comparação anual de agosto, permanecendo no mesmo nível de julho e confirmando as expectativas de mercado. E o índice de confiança do consumidor da zona do euro subiu de -7,1 em agosto para -6,5 em setembro, surpreendendo positivamente as expectativas dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam manutenção do indicador.

Por fim, na China, as principais divulgações foram a produção industrial e as vendas do varejo.  A produção industrial avançou 4,4% em agosto deste ano em relação ao mesmo mês de 2018, frustrando as expectativas de mercado (5,2%) e apresentando um crescimento menor do que o observado no mês anterior, de 4,8%. E as vendas no varejo chinês registraram alta de 7,5% em agosto ante o mesmo mês do ano passado, abaixo das projeções do mercado de ganho de 7,9%, e ligeiramente menor do que o crescimento de 7,6% de julho.

Assim, os indicadores divulgados ao longo da última semana reforçaram a mensagem de que os cenários nacional e internacional permanecem mistos e com ritmo gradual de crescimento.

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