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Indicadores econômicos divulgados entre 16/09/2019 e 20/09/2019

Agenda de Indicadores econômicos a serem divulgados na próxima semana

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Quais indicadores econômicos devem ser acompanhados na próxima semana?

Cada um dos indicadores econômicos impacta direta ou indiretamente a economia como um todo, por isso o exercício de classificá-los de acordo com seu nível de importância não é tarefa fácil. Entretanto, existem alguns indicadores que tendem a impactar de forma mais recorrente o mercado (principalmente quando suas divulgações destoam muito das expectativas) e é exatamente por isso que adicionamos a coluna de classificação na agenda de indicadores semanais.

Apesar de todos os indicadores precisarem ser monitorados, aqueles que foram classificados com duas ou três estrelas são os que provavelmente terão maior impacto na semana que vem. Assim, para a próxima semana, vale a pena monitorar mais de perto:

  • No Brasil: Boletim Focus na segunda-feira e decisão de política monetária na quarta (esperamos um corte de 0.5 ponto na taxa Selic);
  • Nos Estados Unidos: Produção industrial na terça e decisão de política monetária na quarta;
  • Na Zona do Euro: índice de expectativas na terça, inflação (CPI) na quarta e confiança do consumidor na sexta;
  • E na China: Produção industrial, vendas do varejo e taxa de desemprego no domingo.

Quais indicadores econômicos foram divulgados na última semana?

Na última semana, além dos acontecimentos políticos e comerciais que impactaram os mercados (tanto nacional quanto internacionalmente), uma série de indicadores econômicos importantes foram divulgados.

No Brasil, foram divulgados o Boletim Focus, o resultado do varejo e do setor de serviços em julho e o índice de atividade do Banco Central, também de julho deste ano. No último Boletim Focus, relatório que resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado, a projeção de mercado de inflação para 2019 passou de 3,59% na última semana para 3,54%, enquanto a projeção para 2020 foi reduzida de 3,85% para 3,82%. As revisões aumentam a possibilidade de que o Banco Central reduza a taxa Selic em sua próxima reunião. Quanto ao PIB, o mercado manteve estável sua projeção para 2019 em 0,87%, mas reduziu sua projeção para 2020 de 2,10% para 2,07%. Em julho, o comércio varejista ampliado apresentou expansão de 7.7% na comparação anual (jul19 / jul18), surpreendendo positivamente tanto as nossas expectativas (4.9%) quanto as expectativas de mercado coletadas pela Bloomberg (4.0%). Na base de comparação mensal (jul19 / jun19), o comércio varejista ampliado apresentou expansão de 0.7%, também acima tanto das nossas expectativas (-0.5%) quanto das expectativas de mercado (-0.8%). Também em julho de 2019, o setor de serviços surpreendeu positivamente ao apresentar expansão de 1.8% na comparação anual e de 1.2% na comparação mensal. Por fim, o Índice de Atividade Econômica calculado mensalmente pelo Banco Central (IBC-Br) recuou 0,16% em julho ante junho, em linha com as nossas expectativas. Em relação a julho do ano passado, por outro lado, o IBC-Br apresentou expansão de 1,3%, acima tanto das nossas expectativas quanto das expectativas de mercado. Olhando para frente, ainda vemos um cenário de recuperação gradual da economia brasileira.

Nos Estados Unidos, foram divulgados dados de inflação (CPI e PPI), ofertas de emprego e vendas no varejo. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,1% na passagem de julho para agosto, em linha com a projeção de mercado. Já o índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,1% na mesma base de comparação, levemente acima das expectativas (0.0%). O número de postos de trabalho abertos nos Estados Unidos caiu de 7,248 milhões em junho para 7,217 milhões em julho, segundo o relatório Jolts divulgado pelo Departamento do Trabalho do país. E as vendas no varejo subiram 0,4% em agosto ante julho, levemente acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam aumento de 0,2% nas vendas.

Na Zona do Euro, a produção industrial caiu 0,4% entre junho e julho, enquanto os analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda menor na produção, de 0,1%. Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou uma série de medidas de estímulos, incluindo cortes de juros e a retomada de compras mensais de ativos. A taxa de depósito foi reduzida de -0,40% para -0,50%.

Por fim, na China, a inflação medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI) apresentou expansão de 2.8% na comparação anual de agosto, levemente acima das expectativas de mercado (2,6%). As carnes foram os principais impulsionadores dos preços, principalmente a carne de porco, que teve valorização de 46,7% na comparação anual de agosto devido a uma escassez do produto. Por outro lado, o índice de preços ao produtor (PPI) sofreu contração de 0,8% em agosto ante o mesmo mês do ano passado, recuo ligeiramente menor do que os 0,9% projetados pelo mercado.

Assim, os indicadores divulgados ao longo da última semana reforçaram a mensagem de que os cenários nacional e internacional permanecem mistos e com ritmo gradual de crescimento.

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