Destaques da semana: 06/08 a 13/08
Ibovespa: -1,3% | 121.194 pontos
A semana terminou com o Ibovespa acumulando uma queda de -1,3%, aos 121.194 pontos com o aumento incertezas políticas e riscos fiscais, além do cenário de taxa de juros mais altas. Durante a semana, discussões sobre a reforma tributária cuja votação foi adiada, o impasse quanto ao pagamento dos precatórios de 2022, e questões sobre o novo programa de auxílio social levaram à maior volatilidade nos mercados e pesaram sobre os ativos brasileiros. Com isso, o índice chegou a marcar o menor nível desde 12 de maio na quinta-feira antes de uma leve recuperação na sexta. Destaque também para a temporada divulgações de balanços que se intensificou nos últimos dias, na qual grande parte dos resultados surpreenderam até agora, porém preocupações com o cenário macro pesaram mais.
A Bolsa brasileira se descolou dos mercados americanos e europeus, onde os principais índices encerraram a sexta-feira nas máximas históricas refletindo a forte temporada de resultados nas duas regiões. Nos EUA, dados de inflação divulgados durante a semana trouxeram mais segurança quanto à tese de transitoriedade do Federal Reserve, e trouxe alívio aos mercados em relação a uma retirada de estímulos monetários antes do esperado. Por outro lado, o dado de sentimento do consumidor americano caiu de 81,2 para 70,2 pontos, o menor nível desde 2011, refletindo preocupações com a variante Delta do coronavírus. O S&P 500 e Dow Jones renovaram as máximas com retornos de +0,7% e +0,9% na semana, respectivamente, enquanto o Nasdaq caiu levemente -0,1%. E o índice europeu Euro Stoxx 50 registrou ganhos de +1,7% no mesmo período.
Já as bolsas da Ásia fecharam a semana em alta, mas caíram na sexta-feira diante de temores com o avanço da Covid-19. Países como Japão, Coréia do Sul e China passam por um aumento expressivo de novos casos, e há a expectativa de uma desaceleração no crescimento na região, principalmente da econômica chinesa após a implementação de novos lockdowns em cidade afetadas. Destaque para o fechamento de um dos portos mais importantes do mundo na China após a confirmação de um caso, que pode levar a sérias consequências na cadeia de suprimentos global.
Em commodities, preocupações quanto ao crescimento global também refletiram nos preços de petróleo. A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) alertou sobre uma queda nas projeções de demanda neste ano por conta da nova onda de infecções de Covid-19 que estão levando a mais restrições de mobilidade globalmente. Com isso, os preços do Brent caíram na sexta e fecharam a semana com uma leve queda de -0,1%.
Gráfico da semana:
Como as ações estão reagindo à temporada de resultados
Clique aqui para ver mais detalhes sobre o gráfico da semana.
Perdeu algum resultado da semana? Confira abaixo os destaques
Klabin (KLBN11): Mais um resultado forte no segundo trimestre. Mantemos Compra
Marfrig (MRFG3): no 2T21, quase R$ 1 bilhão em dividendos – reiteramos Compra para o papel
Locaweb (LWSA3): Resultados do 2T21 – outro trimestre sólido, apesar da pressão de margem
JBS (JBSS3): no 2T21, estabelecendo novos recordes para EBITDA e Lucro Líquido; reiteramos Compra
d1000 (DMVF3): Revertendo a tendência; Fortes resultados de 2T21
TAESA (TAEE11): Resultados do 2T21 em linha com nossas estimativas; Mantemos Neutro
BRF (BRFS3): apesar das estratégias para captura de valor, custos seguiram incomodando no 2T21
Banrisul (BRSR6): Em linha com o esperado | Revisão 2T21
AALR (AALR3) – 2T21: Resultados mistos; aumento de volume, mas queda dos tickets
Noite de Resultados das Incorporadoras (DIRR3, EVEN3, MELK3) – Todo o foco nas margens brutas
SulAmérica (SULA11): Impactado pela elevada sinistralidade | Revisão 2T21
Via (VVAR3): Aceleração do marketplace como o principal destaque do 2T21
B3 (B3SA3): Acima das expectativas; embora com algumas surpresas na linha de despesas | Revisão 2T21
Sabesp (SBSP3): Resultados do 2T21 Abaixo do Esperado; Mantemos Neutro
Rumo (RAIL3) 2T21: Um Trimestre Forte, com Incertezas Apontadas para 2S21; Neutro
brMalls (BRML3) – 2T21: Ganhando Momentum; A recuperação está a caminho
Happy Hour (ou Rave?) de resultados no varejo: 2T21 de Renner, Arezzo, Americanas e Grupo Mateus
Cogna (COGN3) – 2T21: Um trimestre melhor do que o esperado finalmente
Blau (BLAU3) – 2T21: Melhora da receita líquida combinada com margens mais altas
Porto Seguro (PSSA3): Prêmios e sinistros surpreendem positivamente | Revisão 2T21
Positivo (POSI3): Elevando o nível; Resultados sólidos do 2T21
RD – Raia Drogasil (RADL3): Forte resultados do 2T21; Plataforma de saúde tomando forma
Estapar (ALPK3) – 2T21: Ainda estacionado; perspectivas melhoram, mas endividamento preocupa
Aeris Energy (AERI3): Resultados Mais Fracos do que o Esperado; Mudando Recomendação para “Neutro”
Copel (CPLE6): Resultado do 2T21 sólidos em meio à crise; Mantemos a recomendação de compra
Sanepar (SAPR11): Entregando mais do que água no resultado do 2T21; Mantemos Neutro
Orizon (ORVR3): Volumes mais fortes no 2T21; Mantemos Compra
Ser Educacional (SEER3) – 2T21: Melhor receita ofuscada por lucro abaixo do esperado
CCR (CCRO3) 2T21: Melhoria Contínua de Tráfego em Todas as Divisões; Positivo
Câmbio e juros
O Dólar fechou a semana com uma alta de +0,31% em relação ao Real, em R$ 5,25/USD. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou alta, abrindo 43 bps na semana, atingindo 10,26%.
O que esperar
Para a semana que vem, o destaque será a divulgação da ata da última reunião do comitê de política monetária dos EUA, o FOMC. Na seara de dados internacionais, a atividade econômica fica em evidência, com indicadores de vendas no varejo e produção industrial na China e nos Estados Unidos. Também na China, acontecerá a decisão das taxas de juros de 1 e 5 anos.
No Brasil, atenções voltadas para o cenário fiscal, com destaque para a PEC dos Precatórios e a tramitação da reforma tributária, que enfrenta dificuldades para chegar a votação em plenário. No campo político, seguem as investigações da CPI da Pandemia. Por sua vez, o calendário de indicadores será menos agitado, e contará apenas com a divulgação de alguns índices de inflação da FGV (IGP-M, IPC e IGP-10).

Ações

A empresa encontra-se restrita por determinação da área de compliance.

O mercado se mostrou animado após a empresa publicar seus resultados de 2T21, mostrando forte recuperação após a performance operacional mais desafiadora nos trimestres subsequentes à pandemia, mostrando aumento de 107% A/A na receita e um lucro líquido ajustado de R$213 milhões, primeiro valor positivo desde 1T18.

Apesar da empresa apresentar resultados pressionados no 2T21, atribuímos a alta a melhores perspectivas com relação aos próximos períodos, com a redução da sinistralidade relacionada aos tratamentos da Covid-19.

Apesar de a empresa apresentar resultados pressionados no 2T21, atribuímos a alta a melhores perspectivas com relação aos próximos períodos, com a redução da sinistralidade relacionada aos tratamentos da Covid-19.

As ações reagiram positivamente ao resultado do 2T21 acima das expectativas do mercado somado ao anúncio de dividendos.

Atribuímos a forte baixa aos resultados apresentados pela companhia nesta semana, abaixo dos valores esperados pelo mercado.

Atribuímos a performance negativa das ações à dois possíveis fatores: (i) incertezas relacionadas ao cenário macroeconômico; e (ii) divulgação de resultados (leia nossa visão aqui) abaixo do esperado, com taxas de crescimento dos canais online e físico abaixo das principais concorrentes, sinalizando uma intensificação do cenário competitivo do setor.

A empresa encontra-se restrita por determinação da área de compliance.

As ações reagiram negativamente ao resultado do 2T21 que veio abaixo das expectativas do mercado.

Atribuímos a queda do papel à perspectiva de resultados ainda pressionados da companhia, pelo fato de outras empresas do setor já terem divulgado resultados ruins e ainda a baixa perspectiva quanto ao ciclo de captação do 2S21. A Yduqs divulgará os seus resultados no dia 16 de agosto, após o fechamento do mercado.
Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira
Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi de -R$600 milhões*.
*Até dia 11/08/2021