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Americanas: Lista de Credores Revisada

No dia 11 de fevereiro, a Companhia divulgou a lista de credores revisada: a dívida total declarada subiu para R$ 42,5 bilhões, com um total de credores ao redor de 9.460 nomes.

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O relatório será atualizado à medida em que novas e relevantes informações venham a público.

No dia 25 de janeiro, a Americanas entregou a sua relação de débitos e credores à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, órgão que aceitou o pedido de recuperação judicial da empresa no dia 19 de janeiro. Na lista, a Americanas declarou uma dívida total de R$ 41,2 bilhões a 7.967 nomes. No dia 11 de fevereiro, a Companhia divulgou a lista de credores revisada: a dívida total declarada subiu para R$ 42,5 bilhões, com um total de credores ao redor de 9.460 nomes.

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Lista de Credores

No dia 11 de fevereiro, a Americanas apresentou a retificação da lista de credores publicada originalmente em 25 de janeiro.

Alguns destaques da lista de credores retificada, ainda sob possibilidade de contestação:

  • O Deutsche Bank permanece como grande credor, com um passivo total de R$ 5,2 bilhões (ou US$ 1 bilhão, na moeda original da dívida). No entanto, em matéria divulgada no Estadão, o banco já afirmou não ter exposição direta à Americanas.
    • O Deutsche atua como agente fiduciário de dois bonds da companhia – não se configurando como credor (que são os investidores que compraram os papeis no exterior).
  • O Bradesco figura dentre os maiores credores, tendo sua dívida revisada de R$ 4,8 bilhões para 5,2 bilhões.
  • O Itaú também teve sua posição revisada, que passou de R$ 2,9 bilhões para R$ 4,3 bilhões, com a incorporação das aplicações em fundos geridos pelo banco.
  • Foi também corrigido o montante de exposição do BV, de R$ 3,3 bilhões para R$ 207 milhões.
  • Os demais bancos não sofreram alterações significativas.

Demais Credores

  • A dívida com detentores dos bonds soma R$ 6,7 bilhões. Com debenturistas, totaliza cerca de R$ 5 bilhões.
  • Entre os fornecedores, destaque para a Samsung, fabricante de eletrônicos, smartphones e microcomputadores, com dívida de R$ 1,2 bilhão.
  • Um dos credores da Americanas é a Ambev, que pertence acionistas de referência da varejista, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
    • A dívida com a fabricante de bebidas é de R$ 4,1 milhões.
  • Autodenominada como “a maior varejista de ovos de Páscoa do mundo”, fabricantes de chocolates também compõem o grupo de credores.

Os credores ainda podem se manifestar a fim de contestar os valores apresentados pela companhia.

  • Bancos
    • Deutsche Bank: R$ 5,2 bilhões (sem alterações)
      • Conforme colocado acima, o banco já se manifestou desmentindo a informação.
    • Bradesco: R$ 5,2 bilhões (retificado de R$ 4,8 bilhões)
    • Santander (Brasil): R$ 3,6 bilhões (sem alterações)
    • BTG Pactual: R$ 3,5 bilhões (sem alterações)
    • Votorantim: Após o banco ter se manifestado, o valor de sua exposição foi corrigido de R$ 3,3 bilhões para R$ 207 milhões
    • Itaú Unibanco: R$ 4,3 bilhões (versus R$ 2,9 bilhões na primeira lista)
    • Safra: R$ 2,5 bilhões (sem alterações)
    • Banco do Brasil: R$ 1,6 bilhão (ante R$ 1,3 bilhão)
    • Caixa Econômica Federal: R$ 500 milhões (sem alterações)
    • O Bank of America (BofA) não estava presente na lista anterior, e apareceu na atual com R$ 363 milhões a receber
    • Por fim, os bancos BNDES e BNB foram retirados como credores na lista revisada

Leia relatório – Bancos: Qual o impacto estimado do caso Americanas?

  • Empresas de tecnologia
    • Apple: R$ 98 milhões
    • Google: R$ 94 milhões
    • Facebook: R$ 11 milhões
  • Fabricantes de chocolates
    • Nestlé: R$ 259 milhões
    • Mondelez: R$ 97 milhões
    • Hershey’s: R$ 16,7 milhões
    • Neugebauer: R$ 15 milhões
  • Fabricantes de eletros
    • Samsung: R$ 1,2 bilhão
    • Semp: R$ 70 milhões
    • LG: R$ 52,8 milhões
    • Dell: R$ 36,8 milhões.
    • Lenovo: R$ 31 milhões

Últimos Acontecimentos

07/fev: A Americanas sinalizou aos seus credores que uma nova proposta para solucionar a crise da varejista deve ser encaminhada até a próxima semana. As negociações vem sendo conduzidas por Luiz Muniz, sócio da Rothschild. A consultoria Alvarez & Marsal também segue atuando nas negociações paralelamente.

08/fev: A CVM abriu dois procedimentos para analisar se houve irregularidades na conduta da prestação de serviços de auditoria pelas empresas KPMG e PwC, entre os anos 2017 e 2022.

09/fev: A organização entre debenturistas da Americanas que somam R$ 6 bilhões em dívidas está avançando, de modo a buscar uma posição de destaque nas votações das Assembleias. Se houver adesão dos bondholders e dos detentores do CRA de Hortifruti, o volume subiria para R$ 12 bilhões, cerca de 29% do total de créditos classe III (quirografários), de dívidas com terceiros. Ao final do dia, também foi noticiado que a Americanas conseguiu aval da Justiça para o financiamento extraconcursal (ou seja, que não faz parte da Recuperação Judicial em curso), através da modalidade DIP (devedor em posse). A captação, no total de até R$ 2 bilhões, será realizada em duas tranches, sendo a primeira integralizada pelo trio de acionistas de referência, no valor de R$ 1 bilhão. O DIP não contará com garantias, custo de até 128% do CDI, e prazo de vencimento de 24 meses.

11/fev: A Americanas apresentou a lista de credores revisada, com incremento da dívida total com os cinco maiores bancos do país de R$ 13,1 bilhões para R$ 15,2 bilhões. A maior alteração ocorreu na posição do Itaú, que passou de R$ 2,9 bilhões para R$ 4,3 bilhões, com a incorporação das aplicações em fundos geridos pelo banco, seguido pela posição do Bradesco, de R$ 4,8 bilhões para R$ 5,2 bilhões. Foi também corrigido o montante de exposição do BV, de R$ 3,3 bilhões para R$ 207 milhões. Os demais bancos não sofreram alterações significativas.

Próximos Passos

Acompanhe aqui o passo a passo da Recuperação Judicial da Americanas, como as datas de Assembleias e decisões.

A Companhia tem o prazo de 60 dias para elaborar e publicar o seu Plano de Recuperação Judicial, que deverá ser avaliado e votado em Assembleia Geral de Credores.

Em paralelo, conforme notícia veiculada na mídia, diante de restrições de acesso a linhas de crédito, a Americanas estuda alternativas de novas fontes de financiamento. Dentre as possibilidades, foram citadas fundos de crédito para antecipação de recebíveis, DIP Financing (“devedor em posse”), que tem prioridade de recebimento fora da RJ.

Fontes

Valor Econômico

O Globo

CNN

Broadcast

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