O que aconteceu nesta semana na renda fixa?
As taxas futuras de juros fecharam a semana perto da estabilidade, com diversos assuntos no radar dos investidores. Os principais destaques foram (i) o quadro fiscal doméstico, (ii) a série de revisões para a economia brasileira, a partir da leitura do IBC-Br de março, e (iii) as negociações acerca do teto da dívida pública nos Estados Unidos.
Na seara internacional, em meio às discussões relacionadas à ampliação do teto de gastos no país e às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, os rendimentos dos Treasuries fecharam a semana em alta. Comparando com o fechamento da sexta-feira anterior (12), a taxa de 2 anos passou de 3,99% para 4,28% e a de 10 anos saiu de 3,5% para 3,7%.
O que esperar para a próxima semana?
Na semana que vem, no Brasil, o protagonismo será do IPCA-15 (prévia mensal) de maio. Ademais, os agentes de mercado acompanharão as estatísticas do mercado de crédito, as contas externas (balanço de pagamentos) e a arrecadação tributária federal referentes a abril. No campo político, atenções voltadas à votação do projeto do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, que deve ocorrer na quarta-feira.
Para facilitar a navegação pelo conteúdo, utilize o índice à esquerda da página.
Cenário macroeconômico
No cenário internacional, o destaque da semana foram as negociações acerca do teto da dívida pública nos Estados Unidos, que permanece indefinida. Além disso, tivemos a divulgação de indicadores de atividade econômica nos Estados Unidos e na Zona do Euro, que mostraram desaceleração na margem, e na China, que mostrou crescimento abaixo do esperado da indústria e do varejo.
Já no Brasil, o substitutivo do novo arcabouço fiscal teve uma avaliação neutra, com aumento de despesas no curto prazo combinado a algumas medidas de ajuste. Os dados sobre atividade econômica relacionados a serviços e varejo vieram acima do esperado, resultando em uma revisão das estimativas de crescimento do primeiro trimestre. E a Petrobras anunciou a redução de preços de combustíveis, o que deve impactar a inflação no curto prazo.
Leia o resumo completo de economia da semana
Juros e inflação
As taxas futuras de juros fecharam a semana perto da estabilidade, com diversos assuntos no rodar dos investidores. Os principais destaques foram (i) o quadro fiscal doméstico, (ii) a série de revisões para a economia brasileira, a partir da leitura do IBC-Br de março, e (iii) as negociações acerca do teto da dívida pública nos Estados Unidos.
No mercado local, o substitutivo do novo arcabouço fiscal obteve uma avaliação neutra, uma vez que o projeto trouxe algum aperto em relação ao texto do governo. Além disso, enquanto a Petrobras anunciou um corte de preço dos combustíveis, os resultados de serviços do primeiro trimestre de 2023 demonstram uma atividade resiliente.
Na seara internacional, em meio às discussões relacionadas à ampliação do teto de gastos no país e às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, os rendimentos dos Treasuries fecharam a semana em alta. Comparando com o fechamento da sexta-feira anterior (12), a taxa de 2 anos passou de 3,99% para 4,28% e a de 10 anos saiu de 3,5% para 3,7%.



A curva de juros pode ser compreendida como as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos prefixados sem cupom (ou seja, sem pagamentos semestrais), de hoje até uma determinada data futura, a partir dos contratos futuros de juros (ou DI). Enquanto isso, a Taxa Selic Esperada é a rentabilidade da taxa básica de juros esperada no final de cada período. Entenda mais aqui.
Títulos públicos
Mercado primário (leilões)
Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.
Leilão do dia 16/05 – NTN-B e LFT

Na terça-feira, o Tesouro Nacional (TN) ofertou 2,8 milhões de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B). Além disso, ofertou 1 milhão de Letras Financeiras do Tesouro (LFT), aumentando a oferta para ambas as categorias.
As NTN-Bs ofertadas foram totalmente absorvidas, com todos os vencimentos com taxas inferiores a 6% a.a.. Por sua vez, o volume financeiro foi de, aproximadamente, R$ 11,9 bilhões.
Por outro lado, o TN não obteve performance semelhante com as LFTs, uma vez que foram parcialmente absorvidas. O volume financeiro foi cerca de R$ 6,6 bilhões.
Leilão do dia 18/05 – LTN e NTN-F

No leilão de quinta-feira, houve oferta de 10 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN), com vencimentos para os próximos três anos, e 1,75 milhão de Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F), divididas em duas séries de vencimentos em 2029 e 2033. Houve redução para a primeira categoria e aumento para a segunda, em comparação com o volume da semana anterior.
O TN obteve demanda para a totalidade das LTNs ofertadas. O volume financeiro atingiu R$ 7,8 bilhões. Além disso, vale mencionar que quase todos os vértice fecharam abaixo do patamar de 13% a.a., com exceção do vencimento de 2023.
As NTN-Fs, por sua vez, também foram totalmente colocadas. Com taxas inferiores a 12% a.a., o volume financeiro foi de R$ 1,7 bilhão.
Vale mencionar ainda que ambas as categorias conseguiram demanda integral a taxas inferiores ao consenso de mercado.
Mercado Secundário
O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F).
Ambos são calculados pela Anbima e podem sofrer variações devido à dinâmica de oferta e demanda de títulos no mercado, reflexo das movimentações no cenário econômico.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.


Acompanhe as taxas do títulos do Tesouro Direto disponíveis para compra e para resgate
Crédito Privado
Fluxo
Nesta seção, analisamos os dados da Anbima de negociações definitivas de crédito privado, realizando um filtro cujo spread (diferença) entre os preços máximo e mínimo negociados representam mais do que 0,01% do volume negociado no dia, com o intuito de descartar o que acreditamos serem as operações diretas dentro de instituições.
Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 978 milhões (ante R$ 839 milhões na semana anterior), R$ 553 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 549 milhões), R$ 334 milhões em CRIs (vs. 139 milhões) e R$ 274 milhões em CRAs (vs. R$ 276 milhões).
Os papéis mais negociados por classe de ativos foram as debêntures da COELCE (COCE19), a debênture incentivada da Petro Rio (PEJA11), o CRI da GSFI e, por fim, o CRA da Klabin.
Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira serão considerados no acumulado da próxima semana.




Ações de rating
Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

O que esperar - Semana de 22/05 a 26/05
Agenda econômica
Na agenda internacional, destaque para dados econômicos nos EUA, como a medida de núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal – indicador de inflação preferido do Federal Reserve – referente a abril. O mercado também avaliará a ata da última reunião do comitê de política monetária do banco central americano. Além disso, diversos índices de sentimento econômico serão publicados: índices de gerentes de compras – PMI, na sigla em inglês – nos EUA e zona do euro (prévia de maio); índices de clima de negócios (maio) e confiança do consumidor (junho) na Alemanha.
No Brasil, por sua vez, protagonismo para o IPCA-15 (prévia mensal) de maio. Ademais, os agentes de mercado acompanharão as estatísticas do mercado de crédito, as contas externas (balanço de pagamentos) e a arrecadação tributária federal referentes a abril. No campo político, atenções voltadas à votação do projeto do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, que deve ocorrer na quarta-feira.
Leilões do Tesouro Nacional

Vencimentos de debêntures da próxima semana
Não há vencimentos para a semana que vem.
Relatórios recentes em destaque
Renda Fixa
Outras editorias
Gostou? Tem alguma sugestão? Não deixe de avaliar e deixar seus comentários!

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!