IBOVESPA -0,1% | 110.979 Pontos
CÂMBIO +0,5% | 5,44/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O índice Ibovespa terminou a quinta-feira em queda de -0,1% e fechou o mês com perdas de -6,6% – o pior mês desde março de 2020 quando o índice recuou quase -30% por conta da crise da pandemia. Enquanto isso, o dólar registrou uma alta de +0,3%, a R$ 5,45 ontem, e, no acumulado do mês, a moeda americana valorizou +5,3% frente ao real. As taxas futuras de juros, que iniciaram a sessão de ontem em movimento de queda, fecharam em alta, após falas do presidente Banco Central, Roberto Campos Neto, sugerindo Selic terminal mais elevada que expectativas de mercado e em meio à alta das Treasuries norte-americanas e preocupações com o cenário fiscal. DI jan/22 fechou em 7,185%; DI jan/24 foi para 9,895%; DI jan/26 encerrou em 10,45%; e DI jan/28 fechou em 10,78%.
Os mercados globais amanhecem negativos (EUA -0,4% e Europa -0,8%) após o adiamento da votação do pacote de infraestrutura nos EUA devido à falta de acordo sobre o plano entre governantes. Na Europa, a inflação da Zona do Euro em setembro subiu 3,4% vs. 3% em agosto em consequência do aumento no preço da energia, registrando o seu maior valor desde 2008. Na China (+0,7%), o mercado permanecerá fechado dos dias 1 ao 7 de outubro por conta do feriado nacional chinês. O petróleo (-0,6%) amanhece em queda enquanto investidores aguardam a próxima reunião da OPEC+, que poderá resultar em um aumento de produção da commodity.
Em política internacional, faltando apenas horas para que o orçamento expirasse, o Congresso americano aprovou na tarde desta quinta-feira um projeto que evitou o shutdown ou paralisação do governo federal. A medida é de curto prazo e terá que ser estendida antes do dia 3 de dezembro. Na Câmara, o pacote de infraestrutura de US$ 1,2 trilhões foi removido da pauta devido à desafio da ala mais à esquerda do partido, que ameaçou voto negativo devido à falta de comprometimento de moderados no Senado com o Plano das Famílias Americanas. Negociações continuarão nesta sexta-feira.
Em economia, o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central manteve a sinalização de que os juros devem subir para pelo menos 8,50%, dado que a inflação segue pressionada. Na agenda de hoje, todas as atenções estão voltadas para o deflator dos gastos do consumo de agosto nos EUA, PCE, o indicador de inflação favorito do Federal Reserve. O resultado é fundamental para o banco central americano calibrar o ritmo de redução dos estímulos monetários. No Brasil, a discussão está centrada em como o governo vai expandir os programas sociais sem quebrar as regras fiscais vigentes. Por fim, publicamos o Raio XP: Encontrando oportunidades na turbulência, na qual atualizamos o preço-alvo do Ibovespa para 130.000 para o final do ano de 135.000 anteriormente. Para o mês de outubro, estamos fazendo alterações nas Carteiras Top 10, Top Dividendos e Top Small Caps. Além disso, com o objetivo de ajudar os investidores no processo de alocação de recursos, estamos lançando nossa carteira recomendada ESG (link). Optamos por uma abordagem mais qualitativa neste primeiro momento, combinando empresas que gostamos sob uma perspectiva fundamentalista e que possuem altos padrões ESG, tendo como base nossa análise proprietária.
Tópicos do dia
Economia
- Todos as atenções estão voltadas para o deflator dos gastos do consumo de agosto nos EUA, o indicador de inflação favorito do Fed. O resultado é fundamental para o banco central calibrar o ritmo de redução dos estímulos monetários. No Brasil a discussão está centrada em como o governo vai expandir os programas sociais sem quebrar as regras fiscais vigentes
Política
- Área do governo quer usar PEC dos Precatórios para autorizar prorrogação do auxílio emergencial em 2022
- EUA evita paralisação do governo federal
- Pacote de infraestrutura removido da agenda da Câmara devido à divergências entre democratas
Empresas
- MRV (MRVE3): Venda de mais dois projetos da AHS
- Principais notícias dos setores
Mercados
- Raio-XP da Bolsa: Encontrando oportunidades na turbulência
- Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Novo alvo dos EUA
ESG
- Nova carteira ESG XP: Selecionando as empresas melhores posicionadas no tema sob o universo de cobertura da XP
- Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 01/10
Veja todos os detalhes
Economia
Todos as atenções estão voltadas para o deflator dos gastos do consumo de agosto nos EUA, o indicador de inflação favorito do Fed. O resultado é fundamental para o banco central calibrar o ritmo de redução dos estímulos monetários. No Brasil a discussão está centrada em como o governo vai expandir os programas sociais sem quebrar as regras fiscais vigentes
- Os mercados se concentrarão no deflator de despesas de consumo pessoal dos EUA em agosto, o indicador de inflação favorito do Fed. O mercado espera variação mensal de 0,2% para o núcleo do indicador. O resultado é fundamental para o Fed calibrar o ritmo de redução do estímulo monetário. Outro dado importante hoje é a pesquisa ISM do setor manufatureiro de setembro. O mercado teme que o Fed tenha que iniciar a redução dos estímulos em meio à desaceleração do crescimento econômico, gargalos na cadeia de suprimentos e crise energética global;
- Na frente política, o mercado monitora a possibilidade de um acordo no Congresso dos EUA para permitir que o presidente Biden aumente o teto da dívida e implemente seu plano de infraestrutura. O presidente Biden assinou um projeto de lei para evitar o apagão orçamentário no curto prazo, mas que não resolve o problema do limite da dívida. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que se os congressistas não aumentarem o teto da dívida até 18 de outubro, o governo não conseguirá pagar suas contas.
- Depois de ultrapassar US $ 80 o barril, os preços do petróleo bruto caíram pelo segundo dia consecutivo, para US $78. De acordo com a Bloomberg News, alguns analistas especulam que a pressão de alta pode retornar depois que a China ordenou que suas empresas estatais garantam o fornecimento de energia a todo custo;
- No Brasil, a discussão está centrada em como o governo vai expandir os programas sociais sem quebrar o arcabouço legal fiscal. A equipe econômica do governo planeja ajustar a proposta orçamentária com o objetivo de aumentar o programa Bolsa Família dentro do limite de gastos. Mas o Ministério da Cidadania está sugerindo estender o programa de Auxílio Emergencial ligado à covid, que é maior e pode ser pago acima do teto de gastos;
- O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou ontem seu Relatório Trimestral de Inflação. A nosso ver, o relatório pouco acrescenta à ata do Copom publicada na terça-feira. O BCB vê a inflação sob pressão no curto prazo, devido à inflação de custos, reabertura econômica e preços de energia. Mesmo assim, a autoridade monetária parece bastante confortável com suas projeções e expectativas de inflação. Acreditamos que o plano de vôo do BCB vê a Selic do terminal em 8,5% ou um pouco mais alta. Os riscos tendem para o lado positivo, se a inflação corrente continuar alta no primeiro trimestre de 2022 (o que é provável) ou se as perspectivas fiscais se deteriorarem;
- Conforme divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, a taxa de desemprego brasileira atingiu 13,7% no trimestre móvel encerrado em julho, um pouco abaixo da nossa expectativa (13,8%) e do consenso de mercado (13,9%). Em termos dessazonalizados, estimamos que a taxa nacional de desemprego caiu de 13,9% em junho para 13,6% em julho. Em nossa visão, a população total empregada retornará aos níveis anteriores à crise no final de 2022 (cerca de 93,5 milhões). Esperamos que a taxa de desemprego brasileira seja de 12,8% ao final de 2021 e de 12,3% ao final de 2022 (série com ajuste sazonal). A taxa média anual de desemprego deve ficar em 13,8% neste ano e 12,6% no próximo.
Política
Área do governo quer usar PEC dos Precatórios para autorizar prorrogação do auxílio emergencial em 2022
- Uma ala do governo trabalha para que a PEC dos Precatórios, enviada pelo Executivo para equacionar o pagamento de dívidas judiciais, traga uma autorização para a extensão do auxílio emergencial em 2022;
- Ainda não há consenso na cúpula do Congresso sobre adotar ou não essa possibilidade;
- O time econômico segue resistindo à pressão e se posiciona contra a tentativa;
- A avaliação é que os dados positivos na redução do desemprego anunciados ontem pelo IBGE possam dar argumento contra a prorrogação.
EUA evita paralisação do governo federal
- Faltando apenas horas para que o orçamento expirasse, o Congresso americano aprovou na tarde desta quinta-feira (30) um projeto que evitou o shutdown ou paralisação do governo federal. A medida é de curto prazo e terá que ser estendida antes do dia 3 de dezembro.
Pacote de infraestrutura removido da agenda da Câmara devido à divergências entre democratas
- Na Câmara, o pacote de infraestrutura de USD 1,2 trilhões foi removido da pauta devido à desafio da ala mais à esquerda do partido, que ameaçou voto negativo devido à falta de comprometimento de moderados no Senado com o Plano das Famílias Americanas no Senado. Negociações continuarão nesta sexta-feira (1);
- Vale destacar que documento distribuído pelo senador moderado Joe Manchin a correligionários defendia um Plano das Famílias Americanas de USD 1,5 trilhões – valor que será difícil de conciliar com os USD 3,5 trilhões considerados mínimos pela ala mais à esquerda do partido.
Empresas
MRV (MRVE3): Venda de mais dois projetos da AHS
- A MRV divulgou fato material destacando a venda de mais dois projetos da AHS nos EUA (Bayan Ride e Tamiami Landings), atingindo US$ 123 milhões em VGV, representando lucro bruto de US$ 33,1 milhões, implicando um atrativo cap rate de 4,76% e um yield on cost de 6,7%;
- Na nossa opinião, embora a empresa tenha mencionado a possibilidade de vender estes projetos no curto prazo, o mercado estava considerando a venda desses projetos no próximo ano, após sua maturação. Dito isso, vemos o negócio como assertivo devido ao (i) impacto positivo nos lucros durante o próximo trimestre; (ii) demanda por projetos da AHS permanece sólida;
- Desse modo, vemos uma possível reação positiva para as ações.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Santander adquire Liderança Cobranças, de recuperação de créditos. O Santander Brasil adquiriu a empresa de recuperação de créditos Liderança Cobranças, que possui quatro escritórios no País. (Estadão);
- Susep flexibiliza normas para insurtechs. O consumidor mudou seu hábito de consumo e quer tudo na palma da mão. Isso exigiu uma simplificação monumental do arcabouço regulatório do mercado segurador. Missão assumida pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que desde o início de 2019 se debruça na simplificação das normas. (Sindesp);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Raia Drogasil inaugura unidades no Norte e chega a todos os Estados do País. (Estado);
- Shopee dispara e já é o quarto app de mobile commerce mais usado pelos brasileiros. (O Globo);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Tempero a gosto: Indústrias de alimentos enchem o prato com M&A (Pipeline);
- BRF aprova programa de recompra de até 3,69 mi de ações ordinárias (Notícias Agrícolas);
- Vendas de etanol hidratado recuaram 17% em agosto, segundo ANP (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Leilão de energia termina com contratação de 151 MW médios. (Canal Energia);
- Lula diz que Petrobras acumula recursos para dar a acionistas americanos (Valor Econômico);
- Consumo de energia cresce 4,7% em agosto, aponta ONS. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Raio-XP da Bolsa: Encontrando oportunidades na turbulência
- Em setembro, fatores domésticos e externos pesaram sobre a Bolsa brasileira. 1) Por aqui, projeções menores de crescimento em 2022, inflação alta, crise hídrica e eleições se aproximando, 2) no cenário externo, a China trouxe volatilidade no mercado, por conta de uma crise no setor imobiliário, uma crise energética e desaceleração no crescimento, fatores que contribuíram para a queda de >20% nos preços do minério de ferro. Nos EUA, o S&P 500 viu a sua primeira correção acima de 5% desde outubro de 2020, após o Federal Reserve indicar o início da retirada dos estímulos (“tapering”) ainda esse ano;
- Onde investir nesse cenário? Esse cenário de quase uma “tempestade perfeita” no mercado brasileiro requer estar atento às oportunidades que aparecem, mas também cautela com relação ao cenário mais conturbado adiante. Por isso, dois temas principais estão por trás das nossas alocações em Bolsa: 1) histórias com crescimento secular e pouco dependentes do cenário Macro, e 2) commodities, que seguem sendo uma excelente proteção em relação à alta de inflação;
- A bolsa está barata? Sim, continuamos a enxergar as ações brasileiras como atrativas, mas principalmente devido às ações de commodities. Quando excluímos os setores de Energia e Metais, o P/L do Ibovespa se encontra próximo das médias históricas. Estamos atualizando o preço-alvo do Ibovespa para 130.000 para o final do ano, de 135.000 anteriormente, levando em consideração o contínuo aumento do custo de capital e uma queda leve nas projeções de lucros. Também reduzimos marginalmente a meta de múltiplos Preço/Lucro 9,5x para 9,0x. Nossa análise continua mostrando uma relação de risco/retorno bastante favorável nos preços atuais. Além disso, o 4o trimestre historicamente é o que traz melhores retornos, olhando para os últimos 20 anos;
- Nesse mês, fizemos alterações nas carteiras Top 10 Ações XP, Top Dividendos, Top Small Caps XP. Além disso, estamos lançando uma nova carteira: a Carteira ESG XP, combinando empresas que gostamos sob uma perspectiva fundamentalista e que possuem altos padrões ESG, tendo como base nossa análise proprietária;
- Clique aqui para ver o relatório completo.
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Novo alvo dos EUA
- A gigante farmacêutica Merck & Co. anunciou aquisição da Acceleron Pharma por US$ 11,5bi.
- BDRs do Facebook registram queda de -5,6% em setembro após pressão das autoridades americanas sobre os potenciais danos psicológicos da rede social em crianças e adolescentes;
- TikTok atinge a marca de 1 bilhão de usuários ativos mensalmente;
- O patrimônio imobiliário das empresas americanas cresceu +38% ao longo dos últimos 10 anos e é atualmente avaliado em US$ 1,64tri;
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
Nova carteira ESG XP: Selecionando as empresas melhores posicionadas no tema sob o universo de cobertura da XP
- Globalmente, mais de US$ 35,3 trilhões em ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês) são administrados por fundos que definiram estratégias de investimento sustentáveis (36% do AuM total), o que revela a percepção por parte dos investidores de que os critérios ESG são fatores-chave na alocação de recursos;
- Dando mais um passo importante nessa agenda, e com o objetivo de ajudar os investidores no processo de alocação de recursos, estamos lançando nossa carteira de ações recomendada ESG, composta por 10 nomes e com atualização mensal;
- Optamos por uma abordagem mais qualitativa neste primeiro momento, combinando empresas que gostamos sob uma perspectiva fundamentalista e que possuem altos padrões ESG, tendo como base nossa análise proprietária. Clique aqui para acessar nossa nova carteira ESG XP.
Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 01/10
- O mercado encerrou o pregão de ontem em leve queda, com o Ibov e ISE recuando -0,1% e -0,2%, respectivamente;
- No Brasil, (i) uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com o Ipespe mostra que 77% dos brasileiros afirmam que a adoção de boas práticas de sustentabilidade por empresas e governos deve ser prioridade, ainda que sob o risco de diminuir os lucros e o crescimento econômico; e (ii) o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que o Brasil gera “empregos verdes” na indústria do biodiesel, logo após visitar a BSBIOS, empresa líder na produção do biocombustível no país, e relatou que levará o case para a Cop-26;
- No internacional, a General Motors anunciou ontem que planeja abastecer todas as suas instalações nos EUA apenas com fontes de energia renovável até 2025, encurtando em cinco anos o prazo estabelecido anteriormente. No início deste ano, a companhia também se comprometeu a investir US$35bn em veículos elétricos e autônomos, com o plano de lançar mais de 30 modelos no mundo inteiro até 2025. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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