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🌎RADAR GLOBAL: Novo alvo dos EUA

Regulação do Facebook, fusões em biotech e 1 bilhão no TikTok

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MACRO

Mercados globais amanhecem negativos (EUA -0,4% e Europa -0,7%) após o adiamento da votação do pacote de infraestrutura nos EUA devido a falta de acordo sobre o plano entre governantes. Na Europa, a inflação da zona do euro em setembro cresceu para 3,4% vs. 3% em agosto em consequência do aumento no preço da energia, registrando o seu maior valor desde 2008. Na China (+0,7%), o mercado permanecerá fechado dos dias 1 ao 7 de outubro por conta do feriado nacional Chinês. O petróleo (-0,8%) amanhece em queda enquanto investidores aguardam a próxima reunião da OPEC+, que poderá resultar em um aumento de produção da commodity.

Coronavírus: Dr. Fauci afirmou que o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) está próximo de concluir seus testes sobre a segurança e eficácia da inoculação de vacinas diferentes aplicadas num mesmo indivíduo. Dados da Moderna (M1RN34) já foram coletados, os da Johnson & Johnson (JNJB34) deverão estar prontos já na próxima semana enquanto os da Pfizer (PFIZ34) devem estar disponíveis em meados de outubro.

EMPRESAS

Consolidação em biotecnologia: A gigante farmacêutica Merck & Co. (MRCK34) anunciou a aquisição da Acceleron Pharma por US$ 11,5bi. O acordo avaliou a adquirida por US$ 180/ação, US$ 40 acima de seu preço de fechamento na semana passada.O objetivo da compra é incrementar o portfólio da Merck no tratamento de doenças raras e severas.

Segundo o CEO da empresa, “a aquisição amplifica e diversifica a nossa carteira de produtos”, uma vez que o tratamento mais promissor da Acceleron é uma droga experimental para hipertensão pulmonar com possibilidade de ser aprovada em 2024 e, segundo o Credit Suisse, podendo gerar receitas anuais de US$ 750 milhões em 2030. A atividade consolidação mostra o aquecimento da indústria global de biotecnologia, um setor que possuímos perspectiva construtiva para o longo-prazo.

Entenda mais sobre o setor em: CONEXÃO GLOBAL: Biotecnologia, a revolução da saúde.

O novo alvo do Senado americano: BDRs do Facebook (FBOK34) registram queda de -5,6% em setembro após pressão de autoridades americanas sobre os potenciais danos psicológicos em crianças e adolescentes associados às suas principais redes sociais Instagram e Facebook.

A empresa, que já executava sua estratégia de expansão para o público mais jovem, pausou recentemente seu projeto do Instagram para crianças por conta do atrito que isso gerou com a opinião pública. Atualmente, o Facebook já conta com o aplicativo de mensagens Messenger for Kids, que promete oferecer um ambiente mais seguro e com mais controle parental. Tendência global: Outras regiões, como China e Europa também têm elevado o tom frente às Big Techs por seus potenciais riscos com privacidade de dados e prejuízos à saúde mental de crianças e adolescentes.

O Head de Segurança do Facebook disse que espera do Senado audiências com outras plataformas focadas no público infantil, como o TikTok e o YouTube, criando riscos de curto-prazo para estas empresas.

Um bilhão de TikTokers: O TikTok anunciou que a sua rede social atingiu a marca de 1 bilhão de usuários ativos mensalmente, refletindo o forte crescimento da sua plataforma de vídeos curtos. Colocando em perspectiva, a companhia possuía apenas 55 milhões de usuários em janeiro de 2018, e, em pouco mais de 3 anos, multiplicou por 17 vezes a sua base de usuários.

Um novo fenômeno? O crescimento de usuários do TikTok supera até mesmo o de seus maiores rivais como o Facebook e o YouTube, ambos demorando cerca de 8 anos para atingir marca de 1bi mensais. Outra conhecida rede social, o Twitter, nunca reportou este número de usuários em sua plataforma, criada em 2006. Todo este crescimento começa agora a ser refletido nas demonstrações financeiras da ByteDance (dona do TikTok), que embora não divulgue separadamente os dados financeiros da rede social, apresentou um crescimento total de receitas na casa de 111% em 2020, acompanhado de um aumento de 93% em seu lucro bruto.

ANÁLISES

Big Techs imobiliárias: Após aumento de +38% nos últimos 10 anos, o patrimônio imobiliário de corporações americanas é atualmente avaliado em US$ 1,64tri. Como observado no gráfico, além das tradicionais empresas como Walmart e McDonald’s, as Big Techs agora figuram entre as maiores detentoras de imóveis nos EUA. Nos últimos 10 anos, a Alphabet (GOOG34, dona do Google) expandiu o seu patrimônio imobiliário de US$ 5,2bi para cerca de US$ 49,7bi em 2021, se tornando uma das maiores donas de imóveis em Nova Iorque e no país. Atualmente, as companhias aproveitam a queda de preços dos imóveis para aumentarem as suas presenças em cidades relevantes e com uma alta concentração de mão de obra qualificada. Estas atividades das empresas de tecnologia parecem ir contra a tendência de “novo normal”, com sistemas híbridos e remotos de trabalho. Alguns líderes, como John Schoettler da Amazon, acreditam até mesmo que ao final da pandemia, grande parte dos trabalhadores retornarão aos escritórios, visto que eles fornecem um ambiente colaborativo mais favorável que o sistema remoto.

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