IBOVESPA-0,25% | 138.534 Pontos
CÂMBIO -0,47% | 5,67/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira em queda de 0,3%, aos 138.534 pontos. As discussões tarifárias voltaram ao radar dos investidores após a Corte de Comércio Internacional dos EUA anular as “tarifas recíprocas” impostas pelo governo Trump. No entanto, um tribunal de apelação suspendeu temporariamente a decisão, adicionando incerteza ao cenário. Como resultado, os índices americanos fecharam em leve alta: o S&P 500 avançou 0,4% e o Nasdaq, 0,2%.
O destaque positivo do dia na Bolsa brasileira foi Petz (PETZ3, +2,4%) em movimento de recuperação após acumular queda de 6,3% na semana até quarta-feira (28). Já a Azul (AZUL4, -6,3%) teve queda, após a companhia anunciar que entrou com um pedido de recuperação judicial (Chapter 11) nos EUA. Com isso, a ação será excluída do índice Ibovespa a partir desta sexta-feira (30). Os nossos analistas da XP colocaram o papel sob revisão (veja mais detalhes aqui).
Para o pregão de sexta-feira, os destaques da agenda econômica são o PIB do primeiro trimestre no Brasil e o deflator PCE de abril nos EUA.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de ontem com abertura no vértice intermediário e fechamento na ponta longa da curva. Nos EUA, a revisão do PIB do primeiro trimestre mostrou contração de 0,2%, levemente melhor que a estimativa anterior, mas ainda sinalizando fraqueza na economia. Além disso, o leilão de T-notes de 7 anos, no valor de US$ 44 bilhões, teve forte demanda, com juro máximo de 4,194%, o que contribuiu para queda dos rendimentos dos Treasuries.
No Brasil, o foco ainda esteve na divulgação de dados que reforçam a resiliência da atividade econômica, como a criação de 257,5 mil vagas formais em abril, acima das expectativas, e a taxa de desemprego da Pnad Contínua, que caiu para 6,6%. Além disso, a proposta de alteração do IOF, interpretada como uma medida de aperto fiscal, gerou desconforto no mercado. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,93% (-6,21bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,42% (-5,88bps). Na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,76% (+2,9bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,04% (+11,3bps); DI jan/29 em 13,52% (+5,1bps); DI jan/31 em 13,68% (- 2,2bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam em leve queda (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,1%), após uma sessão marcada por volatilidade e incertezas comerciais. Os índices acumulam ganhos robustos em maio (S&P 500: +6%; Nasdaq: +10%) e seguem positivos na semana.
As taxas dos Treasuries operam próximas da estabilidade nesta manhã (2Y: estável; 10Y: +1 bp; 30Y: +1 bp), com investidores aguardando a divulgação do PCE, métrica preferida do Fed para a inflação.
Na Europa, as bolsas avançam (Stoxx 600: +0,7%), mesmo com o ambiente de incerteza em torno das tarifas dos EUA. O comissário europeu Valdis Dombrovskis classificou o cenário como “urgente” e reafirmou o compromisso da UE com um acordo comercial negociado com os EUA.
Na China, os mercados fecharam em baixa (CSI 300: -0,5%; HSI: -1,2%), pressionados pela decisão judicial que reinstaurou temporariamente as tarifas americanas. No Japão, o Nikkei caiu 1,2%, com dados de inflação acima do esperado (núcleo de Tóquio: +3,6% A/A).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira com uma leve alta de 0,09%, acumulando valorização de 0,98% no mês, antes do último pregão de maio. Tanto os FIIs de Papel quanto os Fundos de Tijolos apresentaram desempenho positivo na sessão, com valorizações médias de 0,14% e 0,25%, respectivamente. Entre os destaques positivos estiveram BBIG11 (+2,7%), HCTR11 (+2,6%) e HTMX11 (+1,6%), enquanto CACR11 (-1,7%), HGRU11 (-0,9%) e MALL11 (-0,8%) figuraram entre as maiores quedas do dia.
Economia
No Brasil, a taxa de desemprego caiu para 6,6% no trimestre móvel até abril, abaixo das expectativas. O mercado de trabalho continua sólido, com crescimento do emprego formal e avanço dos salários reais. Hoje será divulgado o PIB do 1T25. Esperamos que o PIB tenha crescido 1,6% em relação ao trimestre anterior, impulsionado pela demanda interna e forte desempenho da produção agrícola.
Nos Estados Unidos, o destaque será a divulgação do Core PCE de abril, o indicador de inflação mais relevante para decisões de política monetária. O mercado projeta um aumento de 0,1% em relação ao mês anterior, o que resultaria em um recuo na variação em 12 meses, passando de 2,6% para 2,5%.
Veja todos os detalhes
Economia
PIB no Brasil e PCE nos Estados Unidos
- No Brasil, a taxa de desemprego caiu para 6,6% no trimestre móvel até abril, em comparação com 7,0% no primeiro trimestre de 2025. Esse resultado ficou abaixo das expectativas (XP: 6,8%; Mercado: 6,9%). Na média móvel trimestral, desconsiderando os efeitos sazonais, o indicador caiu para 6,2% em abril, ante 6,4% em março. Considerando nossa estimativa mensal e ajustada sazonalmente, por sua vez, a taxa de desemprego caiu de 6,4% para 6,0%, alcançando o nível mais baixo na série histórica que começou em 2012;
- No geral, o mercado de trabalho brasileiro continua sólido. O emprego total continua a crescer, com ênfase nas categorias formais. Além disso, os salários reais têm avançado de forma constante, o que mantém os custos unitários do trabalho sob pressão. Essa dinâmica reforça nosso cenário base de atividade doméstica resiliente e alta inflação de serviços este ano;
- Hoje será divulgado o PIB do primeiro trimestre. Esperamos que a atividade econômica tenha acelerado no primeiro trimestre, refletindo a recuperação da demanda interna e o forte desempenho da agricultura. Estimamos que o PIB total tenha aumentado 1,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior (3,1% em relação ao mesmo trimestre do ano passado), após um ganho de 0,2% no quarto trimestre de 2024 (3,6% na base interanual);
- Do lado da oferta, a Agropecuária provavelmente registrará crescimento de dois dígitos, em meio à produção recorde de soja. O setor de Serviços deve mostrar aumento moderado, enquanto a Indústria deve recuar levemente, com sinais mistos entre seus componentes. Do lado da demanda, a Absorção Doméstica cresceu de forma robusta no primeiro trimestre, após uma queda inesperada no final de 2024. Tanto o Consumo das Famílias quanto a Formação Bruta de Capital Fixo permanecem resilientes. Por sua vez, a contribuição do Setor Externo foi novamente negativa, devido ao forte aumento nas Importações;
- Nos Estados Unidos, o destaque será a divulgação do Core PCE de abril, o indicador de inflação de maior relevância para decisões de política monetária. O mercado espera aumento de 0,1% em relação ao mês anterior, o que significaria um recuo na variação em 12 meses, passando de 2,6% para 2,5%.
XP Macro Insights: a visão de grandes gestores do mercado
- Nessa quarta-feira (28), a XP realizou o XP Macro Insights, evento exclusivo para alocadores parceiros, que contou com a presença de grandes gestores e especialistas do mercado para discutir os principais temas do cenário macroeconômico global, local e político;
- Ao longo de três painéis, os convidados compartilharam visões sobre os rumos da economia e dos mercados, oferecendo perspectivas relevantes para a alocação de ativos em um contexto de incertezas crescentes;
- Os principais pontos discutidos foram: (i) mudanças no perfil do eleitor e impacto potencial da corrida presidencial de 2026 nos mercados; (ii) nova dinâmica da economia global, com menor risco de recessão nos EUA e foco crescente na sustentabilidade fiscal das economias desenvolvidas; e (iii) riscos fiscais no Brasil, desafios para a política monetária e oportunidades táticas em meio a um cenário externo mais desafiador;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Empresas
Engie Brasil (EGIE3): atualizando estimativas pós 1T25
- Estamos atualizando nossas estimativas para a Engie Brasil (EGIE3) e mantendo nossa recomendação Neutra com um preço-alvo revisado de R$40/ação para 2025 (reduzido de R$42/ação).
- Incorporamos em nossas estimativas:
- os resultados financeiros do 1T25;
- as premissas macroeconômicas atualizadas; e
- a aquisição anunciada de duas usinas hidrelétricas da EDP (mais detalhes aqui).
- Mantemos uma perspectiva neutra para a Engie, principalmente explicada por:
- um valuation apertado quando comparada aos seus pares;
- um saldo ainda significativo de energia descontratada no médio e longo prazo a ser resolvido; e
- projetos relevantes atualmente em desenvolvimento que exigem capex adicional e alavancagem sustentada.
- Por fim, acreditamos que a ação está sendo negociada a uma TIR real alavancada pouco atraente de 8,7%, vs. a média do setor de ~10%.
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Data Expert | Carrinho XP: entenda os efeitos iniciais do crédito consignado no varejo
- Nesta edição do Carrinho XP, trazemos uma visão rápida sobre os impactos iniciais dos novos empréstimos consignados:
- Segundo nossa equipe de Economia, as novas regras podem funcionar como um amortecedor para apoiar a demanda e impulsionar o crescimento das vendas no varejo, caso as taxas de juros efetivas permaneçam abaixo da média do mercado, enquanto os efeitos inflacionários e o endividamento das famílias são riscos;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Bancos: o despertar da inadimplência?
- Os dados de crédito do BC para abril, publicados hoje (29), mostraram uma ligeira recuperação na taxa de crescimento do saldo de crédito:
- O crescimento A/A foi de 11,5%, acima da faixa sugerida pelo guidance dos bancos incumbentes;
- O crescimento de dois dígitos, impulsionado por Pessoas Físicas, indica alguma resiliência, apesar do ambiente de taxas de juros mais altas;
- Mas o maior destaque do mês foi a inadimplência, que, após um longo período de relativa estabilidade, voltou ao nível observado em outubro de 2023 (3,5%), refletindo a expansão tanto no segmento de Pessoas Físicas quanto no de Pessoas Jurídicas;
- Vale mencionar que os NPLs do Agronegócio para pessoas físicas apresentaram um aumento de 31 bps M/M, mostrando que o segmento ainda está sob pressão;
- As taxas de juros dos empréstimos de consignado privado também foram notáveis, saltando de 44% em março para 59,1% em abril;
- Essa linha, que foi recentemente reestruturada pelo governo, parece ter impulsionado o crescimento do saldo, mas o custo tem sido maior do que o previsto, sugerindo que o produto ainda é visto com cautela pelos bancos;
- No geral, embora a taxa de crescimento ainda esteja acima das faixas de crescimento sugeridas pelo guidance dos bancos incumbentes para 2025, acreditamos que, nos próximos meses, o crescimento deve continuar a desacelerar gradualmente até atingir as faixas do guidance (de um dígito médio a alto).
- Mantemos uma perspectiva positiva para os grandes bancos e reiteramos o Itaú (ITUB4) como nossa top-pick;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields little changed as investors await Fed’s preferred inflation gauge (CNBC);
- Governo central tem superávit primário de R$ 17,8 bi em abril, o maior para o mês desde 2022 (Valor Econômico);
- Tanure busca assessor financeiro para montar oferta pela Braskem a bancos (Estadão);
- Fitch Rebaixa Ratings da Oi para ‘C’/‘C(bra)’ (Fitch Ratings);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- MXRF11, maior fundo imobiliário em número de investidores, quer captar R$ 1 bilhão (Valor Investe);
- FII “mais pop” da Bolsa se aproxima de 1,3 mi de cotistas – e dividendos acima do CDI (InfoMoney);
- VISC11 fecha aquisição de mais 25% de shopping em Salvador (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Mercado de carbono: tendências para a América Latina e o Brasil
- Hoje, participamos do evento promovido pela MSCI sobre o cenário e as perspectivas para os mercados de carbono na América Latina e no Brasil;
- De modo geral, o fórum reforçou o potencial da região como um grande celeiro de originação de créditos de carbono baseados em soluções da natureza (NbS, na sigla em inglês);
- As principais mensagens reforçaram: (i) o papel estratégico da América Latina no mercado de carbono; (ii) mercados regulados ganhando força; (iii) projetos de alta integridade estão em destaque (…); (iv) (…) embora desafios de qualidade ainda persistam; (v) o potencial do Brasil para liderar o mercado de créditos em soluções baseadas na natureza; e (vi) o Sistema de Comércio de Emissões do Brasil deve destravar demanda local, além do Artigo 6;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.
Lula anuncia chamada de R$ 10 bi para atrair investimentos na transição energética no Nordeste | Café com ESG, 30/05
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território misto, com o IBOV recuando 0,25%, enquanto o ISE andou de lado (+0,04%);
- No Brasil, (i) o presidente Lula anunciou a abertura de uma chamada pública com orçamento de R$ 10 bilhões para selecionar planos de negócios com investimentos estratégicos para o desenvolvimento econômico e social da região Nordeste - o edital, que faz parte da Nova Indústria Brasil, política industrial do governo, abrange projetos de setores como soluções industriais para armazenamento de energia renovável; data centers verdes; descarbonização, com foco em hidrogênio verde; dentre outros; e (ii) o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vai finalizar nesta semana dois pareceres de conexão para data centers no Complexo do Pecém, Ceará - os projetos são fruto de uma parceria entre Bytedance, dona da rede social chinesa TikTok, e a brasileira Casa dos Ventos;
- No internacional, a Comissão Europeia deve propor uma nova e mais flexível meta climática da UE em julho, em meio às crescentes críticas aos objetivos ambientais do bloco, segundo diplomatas da UE - o comissário europeu para o clima, Wopke Hoekstra, confirmou os planos de apresentar em julho a meta climática para 2040;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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