IBOVESPA -0,54% | 115.908 Pontos
CÂMBIO -0,02% | 5,04/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Impactado por novas tensões no Oriente Médio, e por dados de vendas de varejo e produção industrial nos Estados Unidos que apontam para uma economia ainda resiliente, o Ibovespa fechou em queda de 0,5%, aos 115.908 pontos. No lado positivo, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) subiram com o aumento do preço das commodities, e fecharam em alta de 2,7% e 0,8%, respectivamente. Na outra ponta, Magazine Luiza (MGLU3) e YDUQS (YDUQ3) tiveram fortes quedas de 5,6% e 4,1%, respectivamente, com a alta nos juros futuros.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros fecharam em alta ao longo de toda a estrutura a termo da curva, refletindo o avanço expressivo dos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). O movimento de alta no mercado global foi desencadeado, por sua vez, por dados de atividade mais fortes que o esperado nos EUA, afetando o humor no mercado doméstico. DI jan/24 fechou em 12,18 (-0,5bps); DI jan/25 em 11,065 (15,5bps); DI jan/26 em 10,925 (23bps); DI jan/27 em 11,105 (22,5bps).
Mercados globais
Nos Estados Unidos, os futuros apresentam queda nesta quarta-feira (S&P 500: -0,5%; Nasdaq 100: -0,6%). Hoje, ASML, Netflix, Morgan Stanley e Tesla reportam resultados do terceiro trimestre de 2023. P&G reportou receita e lucros acima das expectativas do mercado, e as ações negociam em alta de 0,8% nas negociações pré-mercado. As treasuries longas voltaram a disparar com o aumento da probabilidade que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) realize uma alta adicional de juros em 2023 após dados de vendas no varejo mais fortes que o esperado. Os juros de 10 anos negociam acima de 4,8%.
Em resposta ao aumento de juros nos EUA, os ativos de risco caem ao redor do mundo. Na Europa, os mercados operam em queda (Stoxx 600: -0,6%). Dados de inflação na região apontam desaceleração de preços, mas dirigentes do Banco Central Europeu indicam a possibilidade de nova alta de juros.
Na China, as bolsas têm queda (CSI 300: -0,8%; HSI: -0,2%), mesmo após dados de atividade econômica acima das expectativas. Para o lado negativo, pesa a expectativa de necessidade de mais estímulos. A incorporadora Country Garden declarou que não será capaz de arcar com as obrigações de dívidas offshore, e os EUA restringiram exportações de chips para a China. Hoje, os presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin se reúnem em Pequim.
Economia
No Brasil, o setor de serviços surpreendeu negativamente em agosto e hoje teremos a divulgação das vendas no varejo pelo IBGE.
Na agenda internacional, indicadores econômicos dos Estados Unidos e da China surpreenderam positivamente. Dados de inflação na zona do euro e no Reino Unido também foram divulgados.
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Economia
Atividade econômica surpreende positivamente na China e nos Estados Unidos; no Brasil, o setor de serviços desapontou em agosto
- No Brasil, a receita real do setor de serviços recuou 0,9% em agosto em relação a julho, muito abaixo das expectativas (XP: 0,6%; Consenso do mercado: 0,4%). Com isso, o indicador cedeu para 0,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, antes em 1,0% no trimestre móvel encerrado em julho. As receitas reais de serviços aumentaram 0,9% em relação a agosto de 2022 (XP: 3,0%; Consenso de mercado: 2,8%). Em destaque, os serviços para as famílias despencaram em agosto, interrompendo uma sequência de quatro aumentos consecutivos (-3,8% na comparação mensal). Os próximos resultados serão cruciais para avaliar se a leitura de agosto significa uma reversão de tendência ou um ponto fora da curva em relação aos gastos pessoais com serviços. Nosso cenário base incorpora uma desaceleração nos serviços às famílias, mas de forma gradual.
- Não só os serviços prestados às famílias, mas as outras categorias de serviços mostraram números fracos. Quatro das cinco principais categorias caíram na base mensal. Projetamos que o PIB de Serviços crescerá 0,4% no 3T e 0,2% no 4T, abaixo do crescimento médio trimestral de 0,6% nos dois primeiros trimestres do ano. Para 2023, esperamos que o PIB do Brasil avançará 2,8%;
- Na agenda de hoje, teremos a divulgação das vendas no varejo de agosto pelo IBGE. No conceito restrito, o mercado e a XP esperam queda de 0,7% m/m. Já para o varejo ampliado, a mediana de mercado está em -0,7% m/m e a XP projeta -0,8% m/m;
- Nos Estados Unidos, dados de atividade econômica surpreenderam positivamente. As vendas no varejo avançaram 0,7% m/m em setembro (exp. 0,3%) e seu núcleo, que exclui automóveis e gasolina, subiu 0,6% m/m (exp. 0,1%). A produção industrial, por sua vez, cresceu 0,3% no mês, enquanto a expectativa do mercado era de estabilidade. Hoje, teremos a divulgação do livro bege do Federal Reserve, uma compilação de informações acerca da atividade econômica americana;
- Na China, a atividade econômica também mostrou força. O PIB do 3T23 avançou 1,3% t/t (exp. 0,9%), condizente com crescimento interanual de 4,9% (exp. 4,5%). Em setembro, o crescimento de 5,5% a/a (exp. 4,9%) das vendas no varejo e da produção industrial (4,5% a/a vs 4,4% a/a) surpreenderam positivamente. Já os investimentos em ativos fixos urbanos (+3,1% a/a) e as vendas de imóveis residenciais (-9,1% a/a) vieram levemente abaixo das expectativas. Commodities reagiram positivamente durante a madrugada ao combo de dados da segunda maior economia do mundo;
- Na Europa, a leitura final do CPI de setembro veio em linha com a prévia tanto no índice cheio (4,3% a/a) quanto no núcleo (4,5% a/a), métrica que exclui itens mais voláteis. No Reino Unido, o CPI ficou estável em 6,7% a/a em setembro (exp. 6,6%) e o núcleo desacelerou de 6,2% a/a para 6,1% a/a (exp. 6,0%).
Empresas
MRV (MRVE) | Vendas líquidas sólidas parcialmente compensadas pelo maior consumo de caixa da Resia
- A MRV apresentou dados operacionais ligeiramente positivos no 3T23, parcialmente compensados por um maior consumo de caixa;
- Os lançamentos tiveram um leve crescimento (+3% A/A) para focar em projetos de maior rentabilidade, em nossa opinião;
- As vendas líquidas das operações principais (MRV Inc.) foram o destaque, aumentando 55% A/A e levando a VSO a 30,4% (+12 p.p. A/A), o que consideramos forte;
- Os preços mantiveram a tendência de alta, atingindo R$ 239 mil (+19% A/A e +6% T/T), impulsionados por um maior teto de preços no MCMV;
- A queima de caixa atingiu R$635 milhões (R$129 milhões da MRV Inc. e R$443 milhões da Resia), impactada negativamente pela falta de vendas nas operações dos EUA;
- Mantemos nossa recomendação de compra a um preço alvo de R$ 17,00/ação, baseado em um valuation atrativo negociando a 0,7x P/B 24E;
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Sabesp (SBSP3): Projeto de lei de privatização enviado à Assembleia do Estado
- O estado de São Paulo enviou hoje à assembleia estadual o projeto de lei para a privatização da Sabesp. As principais questões já haviam sido antecipadas como: i) a autorização para venda de ações; ii) a meta de universalização em 2029; e iii) as tarifas serem subsidiadas por um fundo do Estado proveniente da venda e dividendos futuros que ele receber da Empresa. O governo quer aprovar o projeto antes do final do ano;
- Além disso, o estado terá uma golden share nos casos de alteração dos limites de voto no estatuto da Sabesp. Não vemos nenhuma surpresa no que foi enviado e consideramos como mais um passo relevante para a privatização da Companhia, que é o principal gatilho para as ações;
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Vale (VALE3) | Produção e Vendas do 3T23: Volumes menores parcialmente compensados por melhores preços
- Hoje (17), a Vale reportou resultados operacionais neutros no 3T2, com volume de vendas abaixo do esperado compensados por uma melhor qualidade do minério de ferro e preços realizados (nossas estimativas atualizadas implicam um EBITDA ajustado de US$ 4,5 bilhões, -3% vs. nossa previsão anterior). Destacamos:
- (i) Produção de minério de ferro -4% A/A, dada a menor produção de ROM do complexo de Paraopeba e menor produção da Serra Norte;
- (ii) Vendas de minério de ferro +4% A/A, parcialmente suportados pela venda de estoques do 1S23; e
- (iii) Preços realizados de US$ 105/t +2% XPe (+7% T/T), com um gap menor vs. preços referência de 62% Fe no 3T23 apoiado por um melhor teor de minério de ferro.
- Por fim, o guidance de produção de cobre foi revisado para baixo, para 315-325 kt (de 335-370 kt).
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CPFL (CPFE3): Feedback Investor Day 2023; Investimento para impulsionar o crescimento
- Sem grandes surpresas no Investor Day da CPFL. Na ocasião, a empresa focou muito nas suas iniciativas operacionais e as oportunidades de investimentos nos ativos existentes especialmente no segmento de distribuição e transmissão. A empresa continua atenta a oportunidades de crescimento inorgânico, mesmo após a desistência de Coelce;
- Além disso, entre os assuntos discutidos, destacamos o elevado volume de investimentos na distribuição, que terá um patamar de 3x a depreciação regulatória – o que trará a aumentos relevantes na base regulatória (patamares de R$5bi anuais). Na transmissão, a empresa conseguiu identificar oportunidades de reforços e melhorias na CEEE T, o que elevará o Capex de R$1,3 para R$3bi;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Dívida local retoma patamar pré-Americanas (Valor);
- Cinco maiores bancos do país fecharam mais de 2,5 mil agências em 3 anos. E estão mudando as que ficaram (O Globo);
- BC estuda limite de 12 parcelas sem juros no cartão de crédito para baixar custo do rotativo (InfoMoney);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Em desaceleração, Brisanet adquire 47 mil clientes no 3º trimestre (telesintese);
- Lucro da América Móvil cai 88,9% na comparação anual do 3º tri (Valor);
- EUA limita mais venda de chips à China (Valor);
- Cidades com 5G têm entre 30% e 40% da área urbana coberta, aponta Anatel (TELETIME);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Pressionado por varejo nacional, governo diz estudar taxa para compras internacionais de até US$ 50 ainda em 2023 (O Globo);
- Magalu vai aderir ao Remessa Conforme e trará itens da China (Valor);
- Shein responde por quase um terço dos galpões alugados em SP no trimestre (Estadão);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- Can Small Breweries Save Craft Beer? Industry Data Suggests, Yes (Forbes);
- Alimentos
- Brasil envia à China lista com 20 frigoríficos para habilitar exportações (GloboRural);
- Custo de produção do milho caiu 1,1% em setembro; Imea fala em cenário “desafiador” (NovaCana);
- Agro
- India Extends Sugar Export Curbs in Risk to Global Supply (Bloomberg);
- Crop Watch: Corn optimism jumps amid mixed pace of harvest (Reuters);
- Biocombustíveis
- Embraer conclui testes de voo com combustível de aviação 100% sustentável (Udop);
- Acelen da início a projeto para uso da macaúba como fonte de energia (GloboRural);
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- Bebidas
- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- EUA podem “relaxar” sanções à PDVSA, diz o Washington Post (Petróleo Hoje);
- Petrobras discute no Carf cobranças de R$ 9 bi (Valor Econômico);
- De olho em fusões e aquisições, Unipar aprimora estrutura de capital (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Volatilidade de Treasuries longos é a mais alta desde pandemia (Valor);
- Dívida local retoma patamar pré-Americanas (Valor);
- BNDES subscreve R$ 750 milhões em debêntures de infraestrutura em oferta pública de R$ 1,5 bi da Rumo (Valor);
- Ratings ‘BB-’ e ‘brAA+’ da Prio reafirmados por sólidas operações e baixa alavancagem, em meio à escala e diversificação limitadas; perspectiva estável (S&P Global);
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs caem até 70% em 2023: afinal, fundos imobiliários podem falir e fazer investimento virar pó? (InfoMoney);
- HGRU11 conclui venda de Casas Pernambucanas e recebe R$ 37 milhões (FIIs);
- Vacância de condomínios logísticos cai no terceiro trimestre (Valor);
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ESG
Setor de saneamento é o maior emissor de dívida ESG no Brasil, segundo Nint | Café com ESG, 18/10
- O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE em queda de -0,53% e -1,57%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a Raizen e a Wartsila, líder em propulsão de transporte marítimo, firmaram uma parceria para testar o uso de etanol de primeira e segunda geração como opção sustentável de combustível para embarcações – caso os testes sejam bem sucedidos, a cooperação pode contribuir para que o setor de transporte marítimo atinja sua meta de redução de emissões de carbono em 40% até 2030 e 70% até 2050; e (ii) o setor de saneamento básico despontou como líder absoluto das emissões de dívida ESG no Brasil neste ano até agora, segundo levantamento feito pela Nint – dos R$ 30 bilhões em títulos com atributos de sustentabilidade que foram ao mercado, um terço coube a apenas duas empresas, que fizeram operações jumbo: Aegea e Iguá, ambas concessionárias de serviços de água e esgoto;
- No internacional, a autoridade bancária da Europa será a primeira do mundo a obrigar os bancos a incluir riscos ambientais e sociais no cálculo das suas reservas de capital obrigatórias – para cada cliente que toma empréstimos, os bancos agora serão obrigados a fazer um cálculo para incorporar riscos ambientais e sociais, além do tradicional risco de inadimplência, e, a partir disso, fazer uma reserva de capital para cobrir eventuais perdas que venham a acontecer;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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