IBOVESPA -0,2% | 105.244 Pontos
CÂMBIO -1,5% | 5,66/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Em dia de baixo volume de negociação o Ibovespa encerrou o dia de ontem aos 105.244 pontos, apresentando uma leve queda de 0,2%. Enquanto isso o dólar teve queda expressiva (-1,47%), a maior dos últimos 15 dias, e fechou em R$ 5,66. A taxas futuras de juros fecharam o dia com viés de alta, que possivelmente teve relação com a contínua percepção de risco fiscal elevado no Brasil. Ao final da sessão, a divulgação do Relatório Mensal da Dívida de novembro, que mostrou que o Tesouro Nacional continua sem dificuldades de acesso ao mercado, reduziu o movimento de elevação da curva. DI jan/23 fechou em 11,37%; DI jan/25 encerrou em 10,40%; DI jan/27 foi para 10,34%; e DI jan/29 fechou em 10,44%.
As contas externas do Brasil continuam bastante sólidas. Conforme publicado ontem (22) pelo Banco Central, os superávits na conta financeira do balanço de pagamentos, com destaque aos Investimentos Diretos no País (3,2% do PIB em 12 meses), estão muito acima do déficit em transações correntes (-1,9% do PIB em 12 meses). Na agenda doméstica de hoje, destaque para a divulgação do IPCA-15 de dezembro e dos resultados do CAGED (criação líquida de empregos formais) em novembro.
As bolsas internacionais amanhecem levemente positivas (EUA +0,2% e Europa +0,5%) em consequência de novos estudos sugerindo que pessoas contaminadas com a nova variante Ômicron, possuem uma probabilidade 70% a 80% menor de hospitalização. Além disso, ontem o FDA aprovou o uso emergencial da pílula desenvolvida pela Pfizer para o tratamento da COVID-19 e ambas, AstraZeneca e Novavax, afirmaram que suas vacinas oferecem proteção contra a nova cepa. Na China, os índices CSI 300 (+0,7%) e Hang Seng (+0,4%) encerraram em alta na esteira do otimismo global, mesmo com o anúncio de confinamento na cidade de Xian, com 13 milhões de habitantes, para a contenção das novas infecções. Por fim, o Bitcoin amanheceu em leve queda de 1,5% e permanece na faixa de US$ 47-49 mil dólares.
Ainda no cenário internacional, o PIB dos Estados Unidos cresceu 2,3% no 3º trimestre de 2021 em comparação ao trimestre imediatamente anterior (taxa anualizada com ajuste sazonal), de acordo com a terceira e última estimativa oficial publicada ontem. O resultado veio um pouco acima do consenso de mercado e da leitura anterior (elevação de 2,1%). Ainda no que diz respeito à maior economia do mundo, a sondagem de confiança do consumidor do Conference Board referente a dezembro superou consideravelmente as projeções, puxada pelo componente de expectativas. Na sessão de hoje, os mercados estarão atentos à divulgação de vários outros indicadores econômicos dos Estados Unidos: deflator das despesas de consumo pessoal (PCE, medida de inflação preferida do Federal Reserve, banco central americano), renda pessoal, encomendas de bens de capital/bens duráveis e vendas de novas moradias em novembro, além da sondagem de confiança da Universidade de Michigan relativa a dezembro e dos pedidos iniciais de seguro-desemprego na última semana.
Na pauta ESG do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou ontem a alteração das regras do Formulário de Referência, ampliando a exigência de divulgação de informações sobre os aspectos ESG dos negócios, através de mudanças que vieram em linha com o texto que foi para consulta pública um ano atrás, com algumas alterações pontuais, mas de caráter de orientação para o mercado e não de obrigação.
Tópicos do dia
Economia
- Atividade econômica continua sólida nos Estados Unidos. No Brasil, atenções voltadas para o IPCA-15 de dezembro
Empresas
- Data Expert | Monitor ANS 3Q21: A ponte Entre Resultados e Operações
- MRV (MRVE3): Venda de mais dois projetos da AHS (Pine Groves e Princeton)
- Principais notícias dos setores
Mercados
- Raio-XP: Retrospectiva 2021
- Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Os planos da ExxonMobil
ESG
- CVM altera regras e passa a exigir informações ESG no formulário de referência das empresas listadas | Café com ESG, 23/12
Veja todos os detalhes
Economia
Atividade econômica continua sólida nos Estados Unidos. No Brasil, atenções voltadas para o IPCA-15 de dezembro
- Conforme publicado ontem (22) pelo Banco Central, as transações correntes do Brasil apresentaram déficit de US$ 6,5 bilhões em novembro, resultado mais ou menos em linha com o consenso de mercado (US$ 6,2 bilhões). Com isso, o saldo acumulado em 12 meses ficou negativo em US$ 30,8 bilhões (-1,9% do PIB). Em relação à conta financeira do balanço de pagamentos, os Investimentos Diretos no País (IDP) totalizaram US$ 4,6 bilhões em novembro, levando a soma dos últimos 12 meses para US$ 51,5 bilhões (3,2% do PIB). Os Investimentos em Portfólio também tiveram bom desempenho no mês passado: entradas líquidas de US$ 833 milhões em renda fixa e US$ 155 milhões em ações e fundos de investimento. Em linhas gerais, os superávits na conta financeira cobrem facilmente o atual déficit em conta corrente da economia brasileira. Temos argumentado que, a despeito do enfraquecimento e alta volatilidade da taxa de câmbio, o balanço de pagamentos segue bastante sólido. Na agenda doméstica de hoje (23), destaque para a publicação do (I) IPCA-15 de dezembro (projeção XP: 0,83% m/m e 10,48% em 12 meses; consenso de mercado: 0,81% m/m e 10,46% em 12 meses) e (II) CAGED de novembro – criação líquida de empregos formais (projeção XP: +210 mil vagas; consenso de mercado: +223 mil vagas);
- No cenário internacional, o PIB dos Estados Unidos cresceu 2,3% no 3º trimestre de 2021 em comparação ao trimestre imediatamente anterior (taxa anualizada com ajuste sazonal), de acordo com a terceira e última estimativa publicada ontem. O resultado veio um pouco acima do consenso de mercado e da leitura anterior (elevação de 2,1%). Esta revisão altista pode ser explicada, em grande medida, pelos números mais fortes de consumo das famílias e recomposição de estoques corporativos ante as estimativas iniciais. Além disso, a sondagem de confiança do consumidor do Conference Board referente a dezembro superou consideravelmente as projeções (efetivo: 115,8; consenso: 111,0), com o componente de expectativas saltando de 90,2 em novembro para 96,9. Por sua vez, as vendas de moradias existentes na economia americana cresceram um pouco abaixo do esperado em novembro (6,46 milhões vs. 6,52 milhões, em termos anualizados e dessazonalizados), mas permanecem em níveis elevados. Na agenda internacional de hoje, os mercados estarão atentos à divulgação de outros indicadores econômicos dos Estados Unidos: (I) deflator das despesas de consumo pessoal (PCE, medida de inflação preferida do Federal Reserve, banco central americano) em novembro; (II) renda pessoal em novembro; (III) encomendas de bens de capital e bens duráveis em novembro; (IV) vendas de novas moradias em novembro; (V) sondagem de confiança da Universidade de Michigan referente a dezembro; e (VI) pedidos iniciais de seguro-desemprego relativos à última semana.
Empresas
Data Expert | Monitor ANS 3Q21: A ponte Entre Resultados e Operações
- Estamos lançando o nosso Monitor ANS, para avaliar a saúde das operadoras analisando dados financeiros e operacionais fornecidos ao órgão regulador. Nosso estudo considerou operadoras médias e grandes (>20k beneficiários), e os destaques são:
- Olhando para os últimos 12 meses 55% das operadoras analisadas tiveram margem EBIT menor que 10% e 72% tiveram sinistralidade maior que 77%;
- As maiores operadoras do Brasil (>1M beneficiários) não tiveram desempenho substancialmente superior à média do mercado, com margem EBIT entre -29% e 40%, e sinistralidade entre 75% e 97%;
- Desempenho financeiro (medido por margem) se mostrou um bom indicador de crescimento de carteira de beneficiários.
- Acesse o relatório completo aqui.
MRV (MRVE3): Venda de mais dois projetos da AHS (Pine Groves e Princeton)
- A MRV divulgou fato relevante destacando a venda de mais dois projetos da AHS nos EUA (Pine Groves e Princeton), atingindo US$ 95 milhões em VGV, representando lucro bruto de US$ 35,5 milhões, implicando um atrativo cap rate de 4,3% e um yield on cost de 7,6%;
- Na nossa opinião, embora a empresa tenha mencionado a possibilidade de vender estes projetos no curto prazo, o mercado estava considerando a venda desses projetos no próximo ano, após sua maturação. Dito isso, vemos o negócio como assertivo devido ao (i) impacto positivo nos lucros durante o 4T21; (ii) demanda por projetos da AHS permanece sólida;
- Portanto, vemos uma possível reação positiva para as ações.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Após ano de recordes, crédito privado vive fase de cautela. (Valor);
- Mega seguradora encara concorrência com novos produtos. (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Mesmo com vacinação, microempreendedores ainda penam para retomar atividade. (Estadão);
- Intenção de compra do brasileiro neste Natal cai 24%, o maior recuo em 5 anos. (Estadão);
- Confiança do consumidor no Brasil tem leve alta em dezembro, aponta FGV. (Exame);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- ‘Fator China’ deve influenciar preços da arroba e da carne bovina em 2022. (Pecsite);
- China Will Need World’s Grains to Feed Home-Grown Meat Ambitious. (Bloomberg);
- Whithering Crops Highlight La Nina Fears for Brazil Soy Farmers. (Bloomberg);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- CNPE atualiza cálculos de privatização da Eletrobras. (epbr);
- EUA se tornarão maior exportador de GNL, em meio a crise energética. (Valor Econômico);
- Clique aqui aqui para acessar o relatório.
Mercados
Raio-XP: Retrospectiva 2021
- O início de 2021 foi marcado por uma luz no final do túnel. A esperança era que pudesse ser o ano do fim da pandemia, já que as vacinas começaram a ser disponibilizadas e deu-se início na vacinação em todo o mundo. Pelo lado positivo, a vacina, de fato, permitiu a retomada das atividades e uma sólida recuperação da economia global. Por outro, não chegamos a uma solução definitiva para a pandemia, que continua sendo um risco à medida que caminhamos para 2022, junto com as preocupações com a inflação e com a retirada dos estímulos monetários em todo o mundo e, no Brasil, da dívida pública e das próximas eleições presidenciais;
- E quanto ao Brasil? O primeiro semestre de 2021 foi marcado pela vacinação, reabertura econômica e expectativa de um superciclo de commodities;
- Na segunda metade do ano: de volta ao antigo equilíbrio Macro. O segundo semestre de 2021 foi mais desafiador para os mercados à medida que os riscos fiscais e as tensões políticas aumentaram. Os dados econômicos também começaram a decepcionar, com a inflação mais persistente do que o esperado pressionando a política monetária, e as projeções de crescimento revisadas cada vez mais para baixo;
- Como a Bolsa brasileira reagiu em 2021? O setor com o melhor desempenho foi o Petróleo e Gás em meio à retomada econômica e ao crescimento da demanda por energia. Por outro lado, os piores setores foram aqueles mais impactados pela deterioração macroeconômica, alta de juros e temor de variantes da Covid-19, como Imobiliários e Shoppings, e Varejo;
- Clique aqui para relembrar os principais acontecimentos de 2021.
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Os planos da ExxonMobil
- ExxonMobil anuncia plano para corte de gastos e pagamento de dívidas;
- Empresa de veículos autônomos da Google, Waymo, inicia testes com robô-táxis;
- Economia chinesa passa por desaceleração em 2021, mas investimentos estrangeiros no país aumentam;
- Múltiplos do setor farmacêutico americano se encontram no nível mais atrativo dos últimos 15 anos vs. S&P 500.
ESG
CVM altera regras e passa a exigir informações ESG no formulário de referência das empresas listadas | Café com ESG, 23/12
- O mercado fechou o pregão desta quarta-feira de lado, com o Ibov e o ISE em leve queda de -0,2% e -0,3%, respectivamente;
- No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou ontem a alteração das regras do Formulário de Referência, ampliando a exigência de divulgação de informações sobre os aspectos ESG dos negócios, através de mudanças que vieram em linha com o texto que foi para consulta pública um ano atrás, com algumas alterações pontuais, mas de caráter de orientação para o mercado e não de obrigação;
- No internacional, (i) os créditos de carbono negociados na China atingiram os maiores valores em quatro meses na última segunda-feira, à medida que as empresas do país correm para comprar crédito e cumprir suas metas de emissão do gás poluente, saltando +5,4% em relação ao dia anterior e fechando em 49,18 yuans (US$ 7,71); e (ii) de acordo com uma pesquisa da Thomson Reuters Practical Law, o número de empresas listadas no FTSE 350 com pelo menos um conselheiro negro mais do que dobrou este ano, mas a maioria ainda são brancos: de 272 empresas do FTSE 350 analisadas, 123 tinham um conselheiro negro em 2021, em comparação com apenas 59 no ano anterior. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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