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Dados do mercado de trabalho dos EUA são destaque

Dados do mercado de trabalho dos EUA são alguns dos temas de maior destaque nesta sexta-feira, 04/11/2022

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IBOVESPA -0,03% | 116.896 Pontos

CÂMBIO -0,6% | 5,12/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Destaque do dia

Mercados amanhecem positivos, à espera da publicação de dados do mercado de trabalho americano para obter mais pistas sobre a saúde da economia e a provável trajetória da política monetária. Na agenda de hoje, destaque principal para a divulgação dos dados do mercado de trabalho nos EUA e, no Brasil, destaque para o PMI de serviços.

Brasil

O Ibovespa fechou em leve queda de -0,03% aos 116.896 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira, embora tenha performado melhor do que seus pares globais, seguiu reverberando a alta nas taxas de juros americanas e o discurso mais hawkish – duro – do presidente do Federal Reserve. As taxas futuras de juros fecharam ligeiramente em alta, interrompendo uma sequência de quatro pregões de baixa. As taxas locais se ajustaram aos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano) na quarta-feira. DI jan/23 fechou em 13,668%; DI jan/24 foi para 12,625 %; DI jan/25 encerrou em 11,77%; DI jan/27 fechou em 11,525%; e DI jan/29 foi para 11,62%.

Mundo

Mercados globais amanhecem positivos (EUA +0,6% e Europa +1,2%) enquanto investidores aguardam a divulgação dos dados do mercado de trabalho americano, que poderão influenciar o rumo da política monetária do país. O consenso do Dow Jones aponta para uma geração de 205 mil novos postos de trabalho e uma taxa de desemprego de 3,5%. Na Europa, o Banco da Inglaterra subiu a taxa de juros em 75 pontos-base e reiterou seu compromisso para combater a alta inflação local. Ainda em solo europeu, o foco ficará por conta da divulgação dos dados do PMI composto da zona do euro. Na China, o índice de Hang Seng (+5,4%) encerra em forte alta, impulsionado por novas especulações sobre o fim da política de zero-covid. Nesta sexta-feira, Zeng Guang, ex-chefe do centro de controle e prevenção de doenças chinês, afirmou que a política de zero-covid passará por grandes mudanças e 90% dos testes serão eliminados.

Início do governo de transição no Brasil

O novo governo de transição se iniciou formalmente ontem (03). Depois de uma reunião dos representantes do governo eleito e o relator do orçamento de 2023, houve a indicação de que será necessário aprovar uma PEC com a liberação de novos gastos além do teto para o próximo ano, especialmente para manter o pagamento do auxílio-brasil e para abrir espaço para outras promessas feitas durante a campanha. A equipe de economia da XP estima que a nova PEC pode requerer um espaço de até R$ 140 bilhões.

Aumento nas taxas de juros no Reino Unido

O Banco da Inglaterra elevou as taxas de juros em 75 bps (de 2,25% para 3%) e alertou que a economia britânica pode não crescer por mais dois anos – a queda mais longa em registros desde a década de 1920 – se as taxas subirem tanto quanto os mercados apostaram recentemente. O BoE disse que agora espera que a inflação atinja uma alta de 40 anos de cerca de 11% durante o trimestre atual, mais de cinco vezes sua meta de 2%. Além disso, o banco central britânico também afirmou que a economia pode já ter entrado em uma recessão, que pode significar uma contração em 2023 e 2024 e encolher 2,9% no total.

PMI na Zona do Euro

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da Zona do Euro caiu para 47,3 em outubro, o menor número em 23 meses, ante 48,1 em setembro. Uma leitura abaixo de 50 indica contração. A inflação alta está enfraquecendo a demanda e prejudicando a confiança dos empresários. Os temores de que a crise energética possa se intensificar durante o período de inverno também alimentam a incerteza e pesam na tomada de decisões.

Veja todos os detalhes

Agenda de resultados

SLC Agrícola (SLCE3): Após o fechamento
Embraer (EMBR3): Antes da abertura

Calendário do 3T22
Temporada de resultados do 3º trimestre 2022 – o que esperar?

Economia

Os serviços nos EUA caíram para sua taxa mais lenta em mais de dois anos. No Brasil, o governo eleito deve enviar proposta de aumento de gastos. Na agenda de hoje, mercado de trabalho nos EUA

  • A atividade de serviços dos EUA caiu para sua taxa de crescimento mais lenta em mais de dois anos em outubro, de acordo com uma pesquisa do Institute for Supply Management na quinta-feira. O PMI não industrial mensal da ISM para o mês caiu para uma leitura de 54,4, abaixo dos 56,7 em setembro e abaixo das previsões dos economistas de 55,5. É a marca mais baixa desde maio de 2020. Um nível acima de 50 geralmente indica expansão no setor de serviços, que representa mais de dois terços de toda a atividade econômica dos EUA. O índice de preços do ISM, que mede quanto as empresas do setor de serviços pagam por insumos, subiu após cinco meses seguidos de quedas. Esse aumento, juntamente com um declínio nos preços das matérias-primas no índice de manufatura do ISM no início desta semana, sinalizou que a inflação pode estar se transferindo de bens para serviços;
  • O número de americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente na semana passada, sugerindo que o mercado de trabalho continua forte apesar da desaceleração da demanda doméstica em meio a fortes aumentos das taxas de juros do Federal Reserve para controlar a inflação. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram 1.000 para 217.000 ajustados sazonalmente na semana encerrada em 29 de outubro. Os dados da semana anterior foram revisados ​​para mostrar 1.000 pedidos a mais do que o informado anteriormente. Economistas consultados pela Reuters previam 220.000 pedidos para a última semana. O relatório semanal de pedidos de seguro-desemprego do Departamento do Trabalho na quinta-feira seguiu-se às notícias desta semana de um salto inesperado nas vagas de emprego em setembro. A resiliência do mercado de trabalho dá cobertura ao Fed para continuar apertando a política monetária e mantém a economia crescendo por enquanto;
  • O Banco da Inglaterra elevou as taxas de juros de 2,25% para 3% e alertou que a economia britânica pode não crescer por mais dois anos – a queda mais longa em registros desde a década de 1920 – se as taxas subirem tanto quanto os mercados apostaram recentemente. O BoE disse que agora espera que a inflação atinja uma alta de 40 anos de cerca de 11% durante o trimestre atual, mais de cinco vezes sua meta de 2%. Mas também acha que a economia entrou em uma recessão que pode significar uma contração em 2023 e 2024 e encolher 2,9% no total. O desemprego aumentaria de forma constante para 6,4% no final de 2025, quase dobrando dos atuais 3,5%, sua taxa mais baixa desde 1974. No entanto, essas previsões refletiam as expectativas do mercado no final de outubro de que a taxa bancária atingiria um pico de 5,2%, um nível que o BoE disse em quinta-feira não esperava chegar;
  • A atividade econômica da zona do euro contraiu em outubro quando a crise do custo de vida atingiu a demanda, revelou a pesquisa do S&P Global PMI na sexta-feira. Seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto final para a zona do euro do bloco de moeda única de 19 países caiu para 47,3 em outubro, a menor em 23 meses, ante 48,1 em setembro. Uma leitura abaixo de 50 indica contração. A inflação alta está enfraquecendo a demanda e prejudicando a confiança dos empresários. Os temores de que a crise energética possa se intensificar durante o período de inverno também alimentam a incerteza e pesam na tomada de decisões. O índice de novos negócios caiu para 45,0, de 46,3 em setembro, sua leitura mais baixa desde novembro de 2020;
  • Os preços ao produtor da zona do euro subiram um pouco menos do que o esperado em setembro, graças a alguma desaceleração dos custos de energia, mas ainda estavam 41,9% mais altos do que um ano antes, anunciando uma pressão de alta contínua sobre os preços ao consumidor, mostraram dados na sexta-feira. O escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que os preços do produtor industrial nos 19 países que compartilham o euro subiram 1,6% em setembro em relação ao mês anterior, pouco abaixo da previsão de 1,7% dos economistas consultados pela Reuters. Os preços de energia aumentaram 3,3% no mês e 108,2% na comparação anual, mas isso foi uma desaceleração em relação ao aumento mensal de 11,8% e 117,1% anual em agosto. Sem o componente de energia altamente volátil, os preços ao produtor subiram apenas 0,4% no mês e 14,5% no ano;
  • No Brasil, a transição para um novo governo começou ontem. Houve reuniões com representantes do Congresso e com o relator do orçamento. Após a reunião, os representantes do novo governo anunciaram a intenção de apresentar uma proposta de emenda constitucional para elevar os gastos além do teto de gastos, com a manutenção de maiores transferências do Auxílio-Brasil e aumento dos investimentos. Estimamos que para cumprir as promessas apresentadas durante a eleição seria necessário um aumento inicial de cerca de R$ 140 bilhões;
  • Na agenda de hoje, esperamos a divulgação de dados do mercado de trabalho nos EUA, incluindo a criação de novos empregos, a taxa de desemprego e salário médio por hora. O consenso do mercado é um aumento de 195 mil no número de novos empregos, um aumento de 3,5% para 3,6% do desemprego (após uma recuperação na taxa de participação do trabalho) e uma alta de 0,3% no salário médio por hora.

Empresas

Petrobras (PETR4) | Resultados do 3T22: One More Time!

  • A Petrobras reportou um EBITDA Ajustado de US$ 17,4 bilhões (-13% T/T, 54% de margem), em linha com nossa estimativa e consenso (mas a Receita Líquida ficou +5% acima da nossa estimativa e do consenso de mercado);
  • O desembolso de investimentos foi de US$ 1,9 bilhão e o FCL (caixa líquido gerado pelas atividades operacionais – CAPEX) foi de US$ 10,1 bilhões (yield de 12,5% sobre o market cap, 50% anualizado). A empresa também recebeu US$ 0,5 bilhão em desinvestimentos (R$ 0,4 bilhão da Gaspetro);
  • A forte posição financeira da Petrobras permitiu que a empresa aprovasse outra distribuição de dividendos, de R$ 3,35/ação (11,2% dividend yield sobre PETR4, 45% anualizado), equivalente a R$ 43,7 bilhões (US$ 8,5 bilhões no câmbio atual). Isso ficou acima do pagamento mínimo de acordo com a política da Petrobras (US$ 6 bilhões). O pagamento será feito em duas parcelas: R$ 1,67445 em 20 de dezembro (a partir de 28 de dezembro para os detentores de ADRs) e R$ 1,67445 em 19 de janeiro (a partir de 26 de janeiro para os detentores de ADRs). A data de corte é 21 de novembro para ações negociadas na B3 e 23 de novembro para ADR;
  • Nossa opinião: Apesar dos números em linha com as estimativas, a Petrobras apresentou mais um trimestre forte, A empresa se manteve como uma das majors de O&G mais baratas do mundo, negociando a 2,2 EV/EBITDA 2023. No entanto, existem várias questões em aberto sobre como será a governança corporativa da empresa a partir de 2023. Acreditamos que os investidores negociarão a ação no curto prazo de acordo com o fluxo de notícias relacionadas a indicações de como o próximo governo se comportará em suas políticas econômicas. No entanto, vemos muitos dos piores resultados já incorporados nos preços das ações e, portanto, mantemos nossa recomendação de compra;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

A Rumo Anunciou Atualização do Projeto Lucas do Rio Verde (LRV); Positivo

  • A Rumo publicou fato relevante divulgando estimativas atualizadas para seu Projeto de LRV e aprovação do Conselho de Administração para início das obras;
  • O aumento total do capex em relação ao guidance anterior (R$ 14-15 bilhões, versus R$ 9-11 bilhões anteriormente), foi compensado pela melhoria da competitividade da Rumo em relação a outras alternativas logísticas (tarifa competitiva máxima agora é 46% maior);
  • Estimamos que a TIR do projeto permaneça estável em um patamar alto (~21% real, alavancada) após o ajuste do capex mais alto e das tarifas mais altas;
  • Vemos os fatores de redução de risco importantes para o projeto, tais como:
    • Conselho de Administração da Rumo aprovou o início das obras;
    • A Rumo indica em sua apresentação pública um possível acordo com o Ministério Público Federal (MPF) para um inquérito civil público sobre distância mínima de áreas indígenas que pode desbloquear o processo de licenciamento ambiental;
    • O primeiro terminal do projeto (sediado na cidade de Campo Verde) será executado por um cliente/parceiro com capacidade mínima de 10 milhões de toneladas;
    • Possíveis riscos de atraso ficam mitigados pela flexibilidade do tamanho dos terminais intermediários (de 10 a 30 milhões de toneladas de capacidade no caso do terminal de Campo Verde);
  • Por fim, vemos como positiva a indicação da TIR da empresa (12-14% real, desalavancada) para a primeira parte do projeto (trecho entre Rondonópolis e Campo Verde), pois é esperado que o retorno seja maior para os trechos seguintes.

Marcopolo (POMO4) Resultados 3T22: Um Melhor Mix e Recuperação de Volumes Impulsionando Melhorias de Rentabilidade e Receita

  • A Marcopolo apresentou resultados sólidos no 3T22, com EBITDA recorrente de R$ 101 milhões mais que dobrando em relação aos números reportados no 1T22 e 2T22 e vs. -R$ 6 milhões no 3T21, impactado positivamente pela melhora no mix de receitas, com os ônibus rodoviários pesados ​​aumentando sua relevância no 3T22 (60% da produção nacional de ônibus rodoviários vs. apenas 11% no 3T21);
  • Vemos o crescimento do faturamento como o principal destaque positivo, com receita líquida de R$ 1,5 bilhão +100% A/A e +32% T/T, impulsionado pela melhoria do mix acima mencionado e recuperação contínua de volumes (+83% A/A; +20% T/T e + 4% vs. 3T19);
  • Como resultado, notamos uma importante melhora na rentabilidade, com margem EBITDA de 8,0% (excluindo equivalência patrimonial e custo não recorrente de R$ 10 milhões) +8,7p.p. A/A e +3,5p.p. T/T, embora ainda impactado negativamente por (i) operações externas e (ii) uma menor rentabilidade do programa “Caminho da Escola” entregue ao longo do 3T22 (que esperamos melhorar progressivamente a partir do 4T22);
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

JSL (JSLG3) – 3T22: Crescimento Orgânico Mais Que Compensando Cenário Difícil de Custos; Positivo

  • A JSL apresentou fortes resultados do 3T22, com EBITDA de R$299 milhões +7% acima das nossas estimativas (+51% A/A e +13% T/T);
  • A empresa registrou uma receita líquida robusta de R$ 1,6 bilhão (+38% A/A), apoiada por ambos os segmentos (asset-light +35% A/A e asset-heavy +41% A/A) e refletindo um forte ritmo de crescimento orgânico e implantação de novos projetos;
  • Apesar de um cenário de custo desfavorável (custos de combustível +74% A/A), a JSL conseguiu repassar a inflação e melhorar sua margem operacional para 18,4% (+1,6p.p. A/A e +1.0p.p. T/T);
  • Do lado negativo, os resultados financeiros líquidos da empresa continuam pressionados (em -R$ 172 milhões contra -R$51 milhões no 3T21), impedindo maior expansão do lucro líquido;
  • Reiteramos nossa visão positiva e nossa recomendação de Compra para JSL;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Vitrine XP – Resultados do 3T22: Lojas Renner, Alpargatas e GPA

  • Tivemos três companhias reportando resultados hoje: Lojas Renner (LREN3), Alpargatas (ALPA4) e GPA (PCAR3);
  • Os resultados de varejo da Lojas Renner foram o destaque da noite, apesar de tendências fracas ainda serem vistas em Realize, porém com perspectivas positivas para o 4T;
  • Alpargatas foi o destaque negativo do dia, com volumes fracos na operação brasileira, resultados pressionados nos EUA e China e desaceleração da Rothy’s;
  • Por fim, GPA também reportou resultados fracos, com rentabilidade pressionada e Cnova impactando negativamente o lucro líquido;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo de LREN3;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo de ALPA4;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo de PCAR3.

RD (RADL3): Feedback do Investor Day 2022; Foco na melhora do LTV dos consumidores

  • A RD realizou seu Investor Day nesta manhã, para dar mais detalhes sobre seus pilares estratégicos e iniciativas de crescimento;
  • As principais mensagens foram:
    • Os executivos estão focando na melhora do LTV dos consumidores (valor gerado pelos clientes) através da maior oferta de serviços e adição de produtos ao portfólio;
    • A plataforma de saúde digital e a nova farmácia em destaque, assumindo um papel central ao longo da jornada de saúde dos consumidores;
    • O RD Ads acelerou em 2022 e surge como uma iniciativa de monetização promissora; e
    • outlook  é otimista para frente, com a empresa esperando melhora da rentabilidade por conta da alavancagem operacional;
  • Mantemos nossa recomendação neutra e preço-alvo de R$21,0, por enxergarmos o valuation como justo;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Sanepar (SAPR11): 3T22, mais um trimestre com margens pressionadas

  • Os resultados da Sanepar no 3T22 ficaram abaixo da nossa estimativa e do consenso de mercado. As margens mais pressionadas podem explicar a piora nos resultados, principalmente reflexo de um aumento nos custos gerenciáveis. Por outro lado, melhores resultados financeiros aliviaram o lucro líquido;
  • Nenhuma notícia relevante sobre o imbróglio da revisão tarifária. Com relação à 2ª e última fase da revisão tarifária, o regulador abriu mais uma consulta pública este trimestre. Além disso, a empresa responsável pela avaliação da RAB incremental para o período de 2016 – 2020 entregou seu relatório à AGEPAR;
  • Temos uma avaliação negativa dos resultados da Sanepar no 3T22. Embora a Sanepar esteja atualmente negociando a um EV/RAB implícito de 0,6x, continuamos acreditando que o risco regulatório persiste, e ainda há incertezas em relação à 2ª e última fase da revisão tarifária, que está agendada para abril-23. Mantemos nossa recomendação Neutra para SAPR11, com preço-alvo de R$ 26,0/unit. Clique aqui para acessar o relatório completo.

AES Brasil (AESB3): Resultados do 3T22 estáveis, mas com sinais de melhora

  • Em 3 de novembro, a AES Brasil divulgou seus resultados do 3T22 abaixo das nossas expectativas. A geração hídrica ainda sente o impacto do hedge implementado no ano passado, e a energia eólica e solar permaneceram estáveis. Após o aumento de capital, vemos a alavancagem como confortável para desenvolver seus projetos atuais, mas novos investimentos podem ter que esperar;
  • A geração hídrica teve um desempenho mais forte do que no ano passado devido à melhor hidrologia e menor despacho de usinas térmicas. Embora o resultado financeiro ainda sinta o impacto do hedge implementado no ano anterior (R$ 164/MWh preço médio de aquisição vs. R$ 55,7/MWh PLD), ao contrário do trimestre passado, podemos observar uma redução nos custos de compra de energia de ~20 %. Os complexos eólicos estão 100% localizados no Nordeste. Ainda assim, apesar dos impactos do fenômeno La Niña, a energia gerada permaneceu estável em relação ao ano passado, o que por si só não é uma boa notícia. Devemos lembrar que a Ventus teve menor disponibilidade (81,1%) devido a maior manutenção (contratualmente, a AES tem um acordo garantindo 96% de disponibilidade com isso, esperamos algum reembolso no futuro). Mandacaru e Salinas estão mostrando sinais de melhora na disponibilidade, o que é fundamental para o processo de turnaround em desenvolvimento;
  • Mantemos nossa recomendação de Compra na AES Brasil com preço alvo de R$ 15/ação. Clique aqui para acessar o relatório completo.

Copasa (CSMG3): 3T22 com sólidos resultados operacionais e disciplina financeira

  • A Copasa divulgou seus resultados do 3T22 em linha com nossas estimativas. Em uma perspectiva anual, os resultados da Copasa tiveram melhora significativa. Do lado operacional, temos níveis mais confortáveis de reservatórios e um bem-sucedido programa de demissão voluntária concluído em Ago-21. Além disso, a mudança anunciada recentemente na data-base dos reajustes tarifários reduziu a percepção de risco regulatório;
  • Como podemos ver na forte valorização das ações da companhia no último ano, as expectativas com relação a uma potencial privatização são altas. O governador Zema foi reeleito e seu discurso sempre foi de tom liberal. Se isso se concretizar, poderemos ver uma valorização mais forte nas ações. Atualmente, as ações são negociadas a ~0,7x EV/RAB, e se o processo de privatização começar a ganhar força, podemos ver estas negociando mais perto de 1,0x ou R$27/ação;
  • Por todos os motivos acima, vemos uma queda na percepção de risco da Copasa e, portanto, estamos elevando nossa recomendação de venda para neutro com preço-alvo de R$ 17/ação. Clique aqui para acessar o relatório completo.

Multiplan (MULT3) | Resultados 3T22 – Trazendo de volta os velhos tempos

  • A Multiplan reportou um crescimento de SSR de 59,8% vs. 2019 e 27,3% A/A, representando um crescimento real de 9,1% (12M). Como resultado, a receita de locação atingiu níveis recorde para um terceiro trimestre, atingindo R$ 378 milhões (+41,9% vs. 2019 e +25,4% A/A);
  • A receita líquida veio forte como esperado, atingindo R$ 456 milhões (+41% A/A e +4% T/T). Além disso, destacamos o EBITDA atingindo R$ 323 milhões (+49% A/A e +12% T/T), superando o crescimento da receita líquida, explicado pelos ganhos de eficiência nas despesas gerais e administrativas, representando agora 9,4% da receita líquida vs. 11,2% no 3T21;
  • Em nossa visão, o FFO foi o destaque, atingindo patamares excelentes de R$ 247 milhões (+70% A/A e +7% T/T), superando nossas estimativas em ~10%, explicado pelos incentivos fiscais, devido à distribuição de juros sobre capital próprio (JCP). Com isso, a Multiplan reforçou seu posicionamento de caixa e reduziu sua alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) para 1,72x vs. 2,05x no 2T22, abrindo espaço para um novo ciclo de crescimento para a companhia em nossa visão;
  • Além disso, as vendas em outubro aumentaram 26,2% em relação a 2019, o que deve levar a uma tendência positiva de vendas no 4T22, em nossa opinião;
  • Dito isso, reiteramos a Multiplan como nossa principal escolha no setor, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 33,00/ação;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Tenda (TEND3) | Resultados 3T22 – Custos ainda sob pressão, impactando o P&L

  • A Tenda apresentou resultados fracos conforme o esperado no 3T22, especialmente afetados por uma significativa compressão da margem bruta ajustada;
  • A receita líquida foi de R$ 573 milhões (-20,5% A/A e -8,6% T/T), ligeiramente acima das nossas estimativas (+3,5% vs. XPe), mas afetada por (i) vendas líquidas fracas, dado a maior seletividade de projetos para focar em rentabilidade vs. volume; e (ii) maiores impactos de provisão (PDD), representando 7% da receita líquida;
  • A Tenda reportou uma série de eventos não recorrentes no 3T22. Como resultado, a margem bruta ajustada consolidada atingiu 5,6% (-16,9 p.p. A/A e -10,7 p.p. T/T), majoritariamente em linha com nossas estimativas;
  • A companhia apresentou um prejuízo líquido de R$ 210 milhões (-83,9% T/T), ligeiramente acima das nossas estimativas, e principalmente afetado por eventos não recorrentes. Por outro lado, o consumo de caixa operacional atingiu R$ 47,6 milhões, melhorando 39,9% na comparação anual. Ainda assim, a Tenda aumentou sua alavancagem (dívida líquida corporativa/patrimônio líquido) para 54,5% (+21,5 p.p. T/T);
  • A margem bruta das novas vendas melhorou para 30,4% (vs. 28,8% no 2T22), refletindo os sólidos aumentos de preços da Tenda no trimestre (+19,6% A/A). Como resultado, a margem a apropriar atingiu 25,7% (+0,8 p.p. T/T), o que vemos como um sinal positivo para a recuperação da rentabilidade da empresa daqui para frente;
  • Dito isso, mantemos nossa recomendação neutra para Tenda, com preço-alvo de R$ 11,00/ação;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Construtoras | Prévia de Resultados 3T22: Destaques positivos para Cury, Direcional e Cyrela

  • Esperamos resultados mistos para o setor das construtoras no 3T22. Do lado positivo, vemos algumas empresas da cobertura mantendo um desempenho positivo de vendas líquidas, levando ao crescimento da receita líquida. Por outro lado, vemos algumas empresas tendo maior dificuldade para recuperar a rentabilidade, reportando margens fracas (Tenda e MRV);
  • Cury e Direcional devem ser os destaques em nossa visão com (i) fortes resultados operacionais levando a uma aceleração da receita líquida; e (ii) manutenção dos níveis de margem bruta acima dos seus pares;
  • Cyrela  pode ser a surpresa positivacom sólido crescimento de lucro líquido (+18% A/A) devido (i) recuperação de margem bruta (+90bps QoQ); e (ii) ganho não recorrente vindo da venda de ações da Cury;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Fleury (FLRY3) – 3T22: Resultados positivos, acima das nossas estimativas

  • O Fleury apresentou resultados ligeiramente positivos no 3T22, com lucro líquido de R$97M;
    • A receita aumentou 6,3% A/A organicamente, apesar de uma queda de 4,5 p.p. na participação de testes Covid-19, uma vez que as receitas de unidades de atendimento aumentaram 14,6% A/A de forma orgânica;
    • Embora a margem EBITDA recorrente tenha permanecido estável em relação ao ano anterior, vemos potencial para expansão da margem, uma vez que a empresa ainda pode capturar sinergias de aquisições e também diluir custos e despesas fixos;
    • A geração de caixa operacional foi de sólidos 105% do EBITDA, e notamos que o aumento do EBITDA foi totalmente consumido por maiores despesas financeiras líquidas.
  • Além de números positivos, os resultados indicam uma recuperação na demanda por diagnósticos;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Blau (BLAU3) – 3T22: Resultados negativos, conforme esperado

  • A Blau reportou resultados ligeiramente negativos – mas em linha com nossas estimativas – no 3T22, com lucro líquido de R$94M;
    • As receitas aumentaram 13% A/A apoiadas por um aumento de 64% nas vendas de imunoglobulina, mas a empresa conseguiu vender apenas 55% do que planejou para esta droga no trimestre;
    • A margem EBITDA comprimiu em 0,8 p.p. A/A, com o aumento das despesas compensando ganhos de margem bruta promovidos por melhor mix de vendas;
    • Anteriormente, prevíamos EBITDA de R$546 milhões e lucro líquido de R$398 milhões para o ano de 2022, mas dada a decepção nas vendas de imunoglobulina, achamos altamente improvável que a empresa entregue nossas projeções para o ano;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Agro (grãos): Prévia dos resultados no 3T22

  • Esperamos que o AGXY3 seja o destaque, a qual deve apresentar forte crescimento de EBITDA com melhora de margens, em nossa visão, pois a empresa está integrando com excelência as fusões e aquisições realizadas recentemente.
  • Para VITT3 e SOJA3, prevemos que os fundamentos permaneçam resilientes e esperamos que ambas as empresas apresentem um sólido crescimento do EBITDA, apesar da queda nas margens, em nossa opinião.
  • Por fim, esperamos que o AGRO3 apresente resultados em forte queda, embora acima das médias históricas, principalmente devido à acomodação dos preços das commodities aliada ao aumento dos custos.
  • Clique aqui para acessar o relatório completo

PetroReconcavo (RECV3): Justiça determina a revogação da liminar do polo Bahia Terra

  • Hoje (03), a PetroReconcavo anunciou a revogação da liminar que paralisava as negociações dos acordos contratuais do pólo Bahia Terra;
  • Vemos a notícia como altamente positiva para a PetroReconcavo, pois consideramos que a aquisição pode ser um negócio revolucionário, aumentando significativamente sua escala e oferecendo novas oportunidades para aumentar sua exposição no segmento midstream;
  • Além disso, pela proximidade física dos campos, o ativo pode ser estratégico, pois permite colher benefícios sinérgicos;
  • Mantemos nosso rating de compra do PetroReconcavo com R$ 33,80 TP;
  • Clique aqui para mais detalhes.

PRIO (PRIO3) | Alienação de participação em Manati

  • Hoje (03), a PRIO anunciou que assinou um acordo com a Gas Bridge para a venda de sua participação de 10% no campo de Manati por R$ 124 milhões, dos quais 10% serão pagos na assinatura e o restante na conclusão da operação;
  • Vemos o impacto dessa transação como irrelevante. Manati é um pequeno campo de gás não associado, operado pela Petrobras junto a um consórcio formado pela Enauta, Geopark e PRIO;
  • O campo não se encaixa na estratégia da empresa (ser a operadora e captar ganhos sinérgicos com outros campos);
  • Mantemos nosso rating de compra para PRIO com R$ 41,60 TP;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Notícias Diárias do Setor Financeiro
    • Mudança na Stone: Pedro Zinner assume como CEO (Pipeline);
    • Nubank passa a oferecer empréstimos com garantia de investimentos (Valor);
    • Banco Pan ultrapassa 22 milhões de clientes e registra lucro de R$ 193 milhões no 3º trimestre (Valor);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
    • Tim amplia conexão 4G para mais duas fazendas do grupo agrícola insolo (Telesíntese);
    • Grupos ‘apertam o cinto’ e demitem (Valor);
    • Emmanoel Campelo deixa o Conselho Diretor da Anatel (Teletime);
    • Pedro Zinner assume como CEO da Stone. E não terá vida fácil pela frente (Neofeed);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Shein vai abrir duas lojas temporárias neste ano em SP e MG (Valor);
    • Grupo Boticário compra marca de produtos para cabelo Truss Professional (Folha);
    • Lucro do Mercado Livre sobe 36% no 3º trimestre (Valor);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Alimentos e Bebidas
      • Indústria vê risco de desabastecimento de carnes se bloqueios seguirem – Avisite;
      • O USDA divulgou suas previsões para os mercados globais de carne em 2023 – Euromeat;
    • Agro
      • Mubadala e Raízen disputam BP Bunge Bioenergia – Valor;
      • CBios sobem e voltam ao patamar de R$ 100 – Valor;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
    • Justiça do Rio anula liminar que suspendia negociações da Petrobras para venda do Polo Bahia Terra (Valor Econômico);
    • Térmicas em atraso levam multas milionárias da Aneel (Canal Energia);
    • Dividendos anunciados pela Petrobras em 2022 chegam a R$ 180 bilhões (Valor Econômico);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Mercados

Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Meta segue como uma das empresas com pior performance em 2022

  • Qualcomm cai após previsão pessimista;
  • PayPal vê desaceleração nos gastos reduzindo a receita anual;
  • Meta segue como uma das empresas com pior performance do S&P 500 em 2022;
  • Margens da Amazon perdem eficiência quando não se considera o AWS;
  • Acesse aqui o relatório internacional.

Criptoativos

Principais notícias

  • Hoje em Criptos: JPMorgan realiza transação em sistema de DeFi
    • Fidelity lança produto de negociação de criptomoedas focada nos investidores de varejo (Money Times);
    • Mastercard adiciona 7 startups de blockchain à sua aceleradora de criptomoedas (Cointelegraph);
    • JPMorgan realiza transação em sistema de DeFi (Investing);
    • Gucci vai inaugurar loja em The Sandbox (Investing);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Renda fixa

De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa

  • Mercados
    • Nem eleição inibe avanço do crédito privado (Valor Econômico);
    • B3 credencia duas empresas em programa de formador de mercado para debêntures (Valor Econômico).
  • Noticiário Corporativo
    • Pedro Zinner será o novo CEO da Stone (Valor Econômico);
    • Banco Pan já liberou quase R$ 1 bilhão em crédito consignado no Auxílio Brasil (Valor Econômico).
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias e fatos relevantes
    • Oportunidade? Quatro FIIs com bons fundamentos e que negociam abaixo do valor justo (InfoMoney);
    • 10 fundos imobiliários com dividendos de até 1,27% para novembro, segundo a Terra (MoneyTimes);
    • FIIs de “papel” têm oportunidades e volta de IPCA positivo favorece compra do KNSC11, diz BTG; Ifix fecha estável (InfoMoney);

ESG

ONU mobiliza o mundo a apoiar o grupo de países menos desenvolvidos | Café com ESG, 04/11

  • O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território neutro, com o Ibov estável e o ISE em alta de +0,8%;;
  • No Brasil, representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) disseram em entrevista que o Brasil possui um potencial grande para liderar o mercado de carbono na região, mas existem gargalos na regulação e na infraestrutura do mercado – “a gente enxerga uma enorme oportunidade para o Brasil”, disse Morgan Doyle ao citar um estudo da consultoria McKinsey que aponta que o país pode ser o sexto maior mercado de créditos de carbono do mundo;
  • Na exterior, (i) o enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, afirmou ontem que confia que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva fará o que for necessário para salvar a Amazônia – em entrevista coletiva em Washington, Kerry destacou que Lula está “comprometido” com o clima, algo que ele demonstrou com políticas durante o seu governo entre 2003 e 2011; e (ii) as Nações Unidas lançaram hoje o Relatório sobre os Países Menos Desenvolvidos 2022, uma publicação mobiliza o mundo a apoiar o grupo de 46 nações no caminho de “uma transição de baixo carbono justa, equilibrada e sustentável” – o apelo aos países é para que usem formas de produção sustentáveis e invistam mais na construção de novas capacidades produtivas e na expansão das já existentes;
  • Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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