IBOVESPA -0,1% | 108.719 Pontos
CÂMBIO -0,6% | 3,99/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa fechou o dia ontem praticamente estável, em 108.719 pontos. No Brasil, o foco hoje estará principalmente no leilão de quatro campos do excedente da cessão onerosa, evento que poderá ter impacto no câmbio e na bolsa.
O leilão dos barris excedentes da Cessão Onerosa deverá começar hoje a partir das 10:00, evento em que serão leiloados 4 campos: Búzios, Itapu, Atapu e Sépia. Notícias recentes apontam para riscos de nem todos os campos receberem ofertas após a desistência de grandes nomes como BP e Total. Observamos que é importante monitorar o tamanho da participação da Petrobras no leilão e as possíveis consequências disso para sua trajetória de endividamento, caso a empresa gaste acima do ressarcimento da União de US$ 9,058 bilhões. Além disso, o evento tem impacto para o valor do Real ante o Dólar devido à possível entrada de expressivos recursos, além de suas contribuições para as finanças públicas.
Ainda no campo doméstico, o Ministério da Economia anunciou ontem o “Plano mais Brasil”, que visa reduzir o tamanho do Estado na economia e abrir espaço no orçamento nos próximos dois anos para a realização de investimentos. O plano foi dividido em três PECs: Pacto Federativo, Emergencial e Fundos. Em linhas gerais, o plano ataca os principais problemas enfrentados pelo Brasil, como a indexação do orçamento, uso ineficiente de recursos e rigidez dos gastos com folha.
Por outro lado, o documento trouxe poucos detalhes sobre a economia produzida por cada PEC e, no nosso entendimento, a estratégia de levar ao congresso 3 PECs bastante abrangentes ao mesmo tempo pode tornar o ambiente mais incerto e aumentar o risco das negociações se contaminarem. No relatório que divulgamos sobre o assunto, destacamos os principais detalhes e algumas observações a respeito delas. Clique aqui para acessar o relatório na íntegra.
Por fim, a ata do COPOM divulgada ontem trouxe um tom bastante cauteloso, reforçando que as características do atual ciclo econômico podem afetar a sensibilidade de variáveis macroeconômicas de uma forma ainda não totalmente conhecida. Apesar de reconhecermos que o documento trouxe elementos que reforçam o cenário de juros a 4,5%, o nosso entendimento é de que o Banco Central tenha espaço para levar a Selic até 4,25% em fevereiro, patamar que deve ser mantido até o final de 2020.
No campo internacional, as bolsas Asiáticas fecharam o último pregão em queda e os futuros dos EUA operam sem direção única, com a China pressionando os EUA a remover tarifas impostas a produtos chineses antes de fechar a “fase 1” de um acordo comercial preliminar segundo a imprensa chinesa. Já os mercados Europeus operam majoritariamente no campo positivo, após a IHS Markit divulgar índices de atividade acima das expectativas na Zona do Euro, indicando expansão marginalmente mais forte no mês de outubro.
O PMI composto da zona do euro, que engloba os setores da indústria e de serviços, subiu para 50,6 em outubro ante 50,1 em setembro, surpreendendo positivamente a expectativa de mercado de 50,2. Já na Alemanha, o índice subiu de 48,5 em setembro, seu menor nível em quase sete anos, para 48,9 em outubro. As últimas leituras positivas da atividade econômica da Europa reforçam a hipótese de que existe uma recuperação gradual em curso das principais economias do mundo, o que pode reduzir a aversão a risco global.
Por último, na agenda corporativa destacamos a divulgação de alguns balanços por parte das companhias. Ontem a AES Tietê reportou resultados do 3T19 levemente acima do esperado, com o lucro líquido acima das nossas estimativas apesar do cenário desafiador para as geradoras no trimestre. Já os resultados da Engie Brasil vieram em linha, devido a uma estratégia otimizada de comercialização de energia que compensou os menores resultados da TAG.
Do lado negativo tivemos o resultado da CTEEP com EBITDA abaixo do esperado apesar do lucro acima das expectativas devido a um benefício fiscal. Além disso, as empresas anunciaram pagamentos de proventos com um dividend yield de 2,2% para TIET11 e 3,18% para EGIE3 e TRPL4.
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Brasil

- Governo anunciou ontem o “Plano mais Brasil” dividido em três PECs: Pacto Federativo, Emergencial e Fundos
- Cessão Onerosa: O dia chegou
- Ata do COPOM mostra bastante cautela com a condução de política monetária e destaca a falta de evidência histórica para o atual grau de ajuste
- Comissão mista amplia valor do saque nas contas do FGTS
Empresas

- AES Tietê (TIET11): Resultado 3T19; Nada mal para um trimestre desafiador para as geradoras; Compra
- Engie Brasil (EGIE3): 3T19 em linha com as nossas estimativas; Melhores resultados na comercialização de energia compensaram os efeitos negativos da TAG
- CTEEP (TRPL4): EBITDA do 3T19 abaixo do esperado, mas lucro acima devido a benefício fiscal; dividend yield de 3,18%
- Equatorial Energia (EQTL3): Assina acordo de investimento de R$1 bi
- Frigoríficos: EUA resiste em reabrir mercado para carne bovina in natura brasileira; Expectativa de novas habilitações pela China continua
- Grupo Pão de Açúcar (PCAR4): GPA sofre derrota em disputa sobre ágio
- Gol (GOLL4): Dados de tráfego novamente fortes em outubro
Renda Fixa

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Brasil
Governo anunciou ontem o “Plano mais Brasil” dividido em três PECs: Pacto Federativo, Emergencial e Fundos
- O Ministério da Economia anunciou ontem o “Plano mais Brasil”, que visa reduzir o tamanho do Estado na economia e abrir espaço no orçamento nos próximos dois anos para a realização de investimentos. O plano foi dividido em três PECs: Pacto Federativo, Emergencial e Fundos. As duas primeiras apresentam uma intersecção considerável e visam principalmente equacionar os problemas de fluxo e rigidez do orçamento, ao passo que a PEC de desvinculação dos Fundos setoriais visa reduzir a dívida bruta e extinguir a maioria dos fundos setoriais;
- Em linhas gerais, o plano ataca os principais problemas enfrentados pelo Brasil: indexação do orçamento, uso ineficiente de recursos e rigidez dos gastos com folha. Por outro lado, o documento traz poucos detalhes sobre a economia produzida por cada PEC e não endereça pontos técnicos;
- Nosso entendimento é de que a estratégia de levar ao congresso 3 PECs bastante abrangentes ao mesmo tempo pode tornar o ambiente mais incerto e aumentar o risco das negociações se contaminarem. A tramitação será difícil e a expectativa é de que o texto sofra alterações. Além disso, a disputa por protagonismo travada por Câmara e Senado por uma pauta tão abrangente provavelmente aparecerá como um entrave à aprovação dessas PECs. Clique aqui para acessar o nosso relatório completo, onde destacamos os principais detalhes do plano e algumas observações a respeito delas.
Cessão Onerosa: O dia chegou
- Hoje deverá ocorrer o leilão dos barris excedentes da Cessão Onerosa. O evento deverá ter início após a retirada de credenciais dos participantes da sessão de ofertas, que termina às 9:45 (horário de Brasília);
- Serão leiloados 4 campos, com os seguintes bônus de outorga: Búzios (R$68,2 bilhões), Itapu (R$1,8 bilhões), Atapu (R$ 13,7 bilhões) e Sépia (R$22,9 bilhões). Os pagamentos dos bônus podem ser feitos de maneira parcelada, nas datas de 27 de dezembro de 2019 e 20 de junho de 2020, nas seguintes proporções: para os campos de Búzios e Itapu, 75%/25% e para Atapu e Sépia, 50%/50%;
- O evento tem muitos impactos para o valor do Real ante o Dólar devido à possível entrada de expressivos recursos, além de suas contribuições para as finanças públicas. Observamos que notícias recentes apontam para riscos de todos os campos receberem ofertas após a desistência de grandes nomes como BP e Total;
- Finalmente, o mercado deverá monitorar o tamanho da participação da Petrobras no leilão, e suas possíveis consequências para a trajetória de endividamento da empresa, caso a mesma gaste acima do ressarcimento da União de US$ 9,058 bilhões.
Ata do COPOM mostra bastante cautela com a condução de política monetária e destaca a falta de evidência histórica para o atual grau de ajuste
- A ata do COPOM divulgada ontem trouxe um tom bastante cauteloso com possíveis novos cortes a partir de uma Selic em 4,50%, reforçando que as características do atual ciclo econômico podem afetar a sensibilidade de variáveis macroeconômicas de uma forma ainda não totalmente conhecida;
- No documento, o comitê pontua que a inflação se comportará de forma benigna, mas destaca algum risco para os preços administrados. Além disso, o comitê ressalta que suas projeções de inflação para 2021 estão “ligeiramente” abaixo da meta, revelando alguma preocupação, e voltou a destacar a necessidade do avanço das reformas para a consolidação da queda da taxa de juros, enfatizando que o atual ciclo econômico exige cautela na condução da política monetária;
- Apesar de reconhecermos que o documento trouxe elementos que reforçam o cenário de juros a 4,5%, o nosso entendimento é de que o Banco Central tenha espaço para levar a Selic até 4,25% em fevereiro, patamar que deve ser mantido até o final de 2020. Clique aqui para acessar a nossa análise completa do documento.
Comissão mista amplia valor do saque nas contas do FGTS
- De acordo com o Correio Braziliense, a comissão mista que discute a Medida Provisória que trata da liberação de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ampliou os valores que podem ser retirados pelos cotistas;
- Aprovado ontem, o parecer do relator da matéria, deputado Hugo Motta, aumenta o limite do saque dos R$ 500 propostos pelo governo para um salário mínimo (R$ 998, este ano);
- Esse montante só poderá ser retirado pelos cotistas que tinham nas contas do fundo um valor inferior ao mínimo até 24 de julho. Os cotistas que se enquadram nas condições, mas que já retiraram os R$ 500 neste ano, poderão pedir o restante depois que a matéria for aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. Quem tinha valores depositados acima de um mínimo não poderá receber mais do que os R$ 500 já previstos anteriormente.
Empresas
AES Tietê (TIET11): Resultado 3T19; Nada mal para um trimestre desafiador para as geradoras; Compra
- Em 5 de novembro, a AES Tietê reportou o resultado do 3T19 com um lucro líquido de R$ 97,1 mi, acima da nossa estimativa de R$ 83,7 mi. O EBITDA ajustado de R$ 254,2 mi veio levemente abaixo dos nossos R$ 263,1 mi (-3,4%), uma vez que a menor margem de contribuição (receitas de energia menos custos de comercialização e transmissão) de R$ 352,9 milhões, contra nossos R$ 370,1 mi, foi parcialmente compensada por custos gerenciáveis menores do que o esperado (R$ 83,1 mi vs. R$ 94,2 mi). Por outro lado, a menor tributação de imposto de renda no trimestre fez com que o lucro líquido viesse acima das nossas expectativas;
- A empresa também propôs uma distribuição de dividendos de R$ 0,26667/unit (yield de 2,2%), ou um pagamento de 110%. As ações serão negociadas ex-dividendos a partir 11 de novembro de 2019 (data de registro em 8 de novembro) e o pagamento será feito em 22 de novembro de 2019;
- Temos uma avaliação ligeiramente positiva dos resultados do 3T19 da Tietê, dado que o lucro líquido superou nossas estimativas, apesar do cenário desafiador para as geradores no trimestre, que apresentou uma uma combinação adversa de baixa incidência de chuvas e preços mais baixos de energia no mercado de curto prazo;Acreditamos que as ações da AES Tietê fornece uma das melhores histórias de risco-retorno entre as elétricas. Mantemos nossa recomendação de compra e nosso preço-alvo de R$ 16,50/unit;
- Clique aqui para a análise completa dos resultados.
Engie Brasil (EGIE3): 3T19 em linha com as nossas estimativas; Melhores resultados na comercialização de energia compensaram os efeitos negativos da TAG
- A Engie Brasil divulgou um Lucro Líquido do 3T19 de R$742,4 milhões, acima nossa estimativa de R$572,1 milhões. O EBITDA ajustado foi de R$1.237 milhões, abaixo da nossa estimativa de R$1.272,7 milhões (-2,8%) e acima do consenso de mercado de R$1.213,2 (+2,0%);
- O resultado refletiu a combinação dos seguintes efeitos: (1) excelentes resultados nas operações de compra e venda de energia, também impulsionados pela entrada em operação de duas usinas eólicas e uma térmica e (2) menor resultado da participação na TAG devido a maiores encargos da dívida e amortização da mais-valia originada na aquisição do controle compartilhado da subsidiária;
- Também notamos que os resultados foram impactados por um um ganho não recorrente de R$ 321,0 milhões, oriundo de indenizações por atraso na conclusão da construção da Usina Termelétrica Pampa Sul.
- A Engie anunciou uma distribuição de dividendos intercalares e um crédito de juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 1.194 mi (R$1,464/ação, ou 3,18% yield). A data de corte para os detentores de ações será no dia 3 de dezembro de 2019 e a data do pagamento será divulgada posteriormente;
- Temos uma avaliação neutra dos resultados do 3T19 da Engie uma vez que os resultados vieram em linha, dado que a estratégia otimizada de comercialização de energia da empresa compensou os menores resultados da TAG. Consideramos as ações da Engie como precificadas e mantemos nossa recomendação neutra com um preço alvo de R$45,00/ação.
CTEEP (TRPL4): EBITDA do 3T19 abaixo do esperado, mas lucro acima devido a benefício fiscal; dividend yield de 3,18%
- Em 5 de novembro, a CTEEP anunciou seu resultado do 3T19, com EBITDA ajustado de R$ 509,7mi abaixo da nossa estimativa de R$ 543,8mi, principalmente devido a (i) custos gerenciáveis +9,1% acima das nossas estimativas e (ii) encargos mais elevados na receita devido a uma maior participação do mercado livre de energia no portfólio da empresa, efeito que deve ser neutralizado daqui pra frente;
- As diferenças também refletem um crédito de imposto de renda de R$67,3mi contra nossa estimativa de R$ -48,8mi de despesas tributárias, devido ao benefício fiscal de juros sobre capital próprio no trimestre;
- Finalmente, a CTEEP anunciou um total de proventos distribuídos de R$ 0.784661/ação, abrangendo tanto os dividendos intermediários quanto os juros sobre capital próprio (JCP), o que nos leva a estimar um dividend yield de 3,18% (já líquido da alíquota de 15% de imposto de renda no componente de JCP). A data de corte para os detentores de ações será no dia 08 de novembro de 2019 e a data do pagamento será dia 03 de dezembro de 2019. Ao longo do ano a CTEEP distribuiu 100% do lucro líquido para os acionistas;
- Apensar de considerarmos a CTEEP como precificada, não descartamos potenciais distribuições de dividendos extraordinárias em 2019, motivo pelo qual acreditamos que uma exposição temporária às ações seja justificada no curto prazo. Mantemos nossa recomendação Neutra e preço alvo de R$ 25,00/ação, e notamos que a CTEEP faz parte da nossa carteira de dividendos.
Equatorial Energia (EQTL3): Assina acordo de investimento de R$1 bi
- Em fato relevante divulgado ontem, a Equatorial anunciou um acordo de investimento com um banco de investimentos na Equatorial Distribuição S.A., controlada que reune as participações do grupo nas subsidiárias Celpa e Cemar;
- O acordo prevê a criação de ações ordinárias e preferenciais da nova controlada Equatorial Distribuição, e a subscrição das mesmas pelo referido banco de investimento por R$1 bilhão. Após a transação, tal banco será titular de 9,9% do capital social da Equatorial Distribuição, enquanto a Equatorial Energia terá 90,1%;
- Vemos a transação como uma alternativa à Equatorial Energia de obter recursos de modo a não violar cláusulas restritivas de dívidas (covenants), e também não recorrer a um aumento de capital, que poderia pressionar as ações. O impacto econômico dependerá do pagamento de dividendos que a nova subsidiária Equatorial Distribuição fará ao referido banco de investimentos, e notamos que tais termos não foram apresentados no fato relevante. Mantemos recomendação de compra na EQTL3 com preço-alvo de R$110/ ação.
Frigoríficos: EUA resiste em reabrir mercado para carne bovina in natura brasileira; Expectativa de novas habilitações pela China continua
- Segundo notícia do Valor Econômico, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou ontem que ficou “um pouco decepcionada” com a negativa dos Estados Unidos em reabrir o mercado para a carne bovina in natura brasileira. Diante disso, a ministra disse que avaliaria a necessidade de pedir uma reunião para tratar do assunto com o secretário de Agricultura americano, Sonny Perdue, em viagem que fará aos EUA, no dia 17 desse mês;
- A carne bovina in natura do Brasil está barrada nos EUA há mais de dois anos, após a detecção de carregamentos do produto com abscessos. A manutenção do veto ocorreu após o resultado de uma inspeção técnica realizada pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em unidades brasileiras cujo relatório foi entregue ao Ministério da Agricultura na última quinta-feira;
- Do lado positivo, as expectativas de que a China habilite mais uma leva de frigoríficos para exportar ao país continua alta e a esperança é que um anúncio ocorra ainda no curto prazo. Segundo fontes, a BRF, JBS e Aurora devem aparecer na nova lista do país asiático. A potencial habilitação de mais plantas para exportar para a China é vista com bons olhos e, se confirmada, representa um avanço positivo para o setor.
Grupo Pão de Açúcar (PCAR4): GPA sofre derrota em disputa sobre ágio
- De acordo com uma notícia publicada pelo jornal Valor Econômico, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) perdeu uma disputa no CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) referente ao uso supostamente indevido de amortização de ágio para fins de dedução de impostos. Por outro lado, segundo o artigo, a companhia obteve decisão favorável em relação à qualificação da multa a ser possivelmente cobrada, o que reduz o valor da mesma de 150% do imposto devido para 75%;
- Segundo o formulário de referência da empresa, o valor total da autuação é de R$ 656 milhões (não provisionado pela empresa). Porém, ressaltamos que o valor final mantido pelo Conselho não foi divulgado e que, apesar da decisão desfavorável no CARF, ainda cabe à empresa recurso no Judiciário para tentar derrubar a cobrança;
- Por último, também destacamos que a empresa tem outros dois processos de natureza semelhante em trânsito, nos valores de R$ 663 milhões e R$ 793 milhões e que nenhuma delas foi provisionada pela empresa;
- Nossa visão: A notícia tem impacto limitado para os fundamentos do Pão de Açúcar, mas o ruído gerado pela notícia deve ser levemente negativo para ações. Apesar de não termos acesso ao valor final da cobrança mantida pelo CARF, o valor dessa autuação específica que foi classificado como “perda possível” nos documentos da empresa (R$ 493 milhões) representa apenas 2,1% do valor de mercado do Pão de Açúcar. Caso incluíssemos os valores também classificados da mesma maneira para as outras duas disputas, o valor total (R$ 1,3 bilhões) representaria 5,7% do valor de mercado da empresa.
Gol (GOLL4): Dados de tráfego novamente fortes em outubro
- A Gol divulgou ontem dados novamente fortes de tráfego relativos ao mês de outubro, com crescimento sólido em ambos os mercados internacional e doméstico. A oferta total foi superior em 9,7% no A/A, com crescimento da demanda de 13,3%, resultando em taxa de ocupação consolidada de 81,7%;
- No mercado doméstico a oferta aumentou 7,5% e a demanda 11,3%, resultando em taxa de ocupação ao nível de 82,8% crescendo 2,8 p.p. na comparação anual. Apesar do crescimento forte de oferta, o mercado doméstico continua a apresentar tendência saudável na dinâmica entre oferta e demanda, resultando em evolução na positiva na taxa de ocupação;
- Já no mercado internacional na comparação A/A, a oferta aumentou em 28,4% e a demanda em 32,6%, com a taxa de ocupação crescendo em 2,3 p.p. para 73,7%.
Renda Fixa
Tudo sobre Renda Fixa em outubro e o que esperar
- Publicamos nosso relatório mensal “Tudo sobre Renda Fixa no mês (e o que esperar)”. Nele, mostramos o que aconteceu de relevante no mercado de renda fixa durante o mês de outubro, os efeitos dos principais indicadores sobre os títulos e o que esperar para os próximos meses do ano.
- Para acessar o relatório, clique aqui.

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