IBOVESPA -0,2% | 108.942 Pontos
CÂMBIO +0,7% | 5,46/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaques da semana
Nesta semana, no campo internacional, o destaque deverá ser a decisão de juros do comitê de política monetária (FOMC) do banco central dos Estados Unidos (o Fed). Além disso, também devem atrair a atenção do mercado as divulgações do deflator das despesas de consumo pessoal (PCE) nos EUA referente a dezembro, do PIB americano do 4º trimestre e dos índices de gerentes de compras (PMI) de países desenvolvidos. Já no Brasil, o destaque vai para a publicação da prévia da inflação ao consumidor (IPCA-15) e do IGP-M de janeiro, além de dados gerais do mercado de trabalho (PNAD Contínua de novembro e CAGED de dezembro), bem como estatísticas fiscais referentes a 2021 (arrecadação tributária federal e resultado primário do governo central).
Brasil
Seguindo momento positivo que vem sendo observado, o Ibovespa encerrou a semana passada novamente em alta, desta vez de +1,9%, chegando em quase 109 mil pontos. Por outro lado, nos EUA, os três principais índices acumularam perdas pela terceira semana seguida. Os mercados continuariam repercutindo uma eventual subida de juros pelo Fed, levando a taxa do título de 10 anos americano a alcançar 1,9%. Além disso, balanços piores do que esperado também teriam afetado os mercados americanos, com uma a surpresa negativa causada por Netflix (NFLX34) que fechou com queda de -22% na sexta-feira.
Mundo
Hoje, bolsas internacionais amanhecem negativas (EUA -0,3% e Europa -2%) enquanto investidores aguardam a já mencionada reunião do Fed. Nesta semana, importantes empresas americanas devem divulgar seus resultados, incluindo IBM, Apple, Tesla e Microsoft. Até o momento, das 64 empresas presentes no S&P 500 que reportaram, 77% vieram com lucros acima das expectativas do consenso. Na Europa, o mercado segue em tom negativo com a escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia, o que poderá afetar a oferta energética no continente. Na China, o índice de Hang Seng (-1,2%) encerra em campo negativo, acompanhando seus pares americanos e refletindo preocupações com o aumento no volume de casos diários de Covid-19, que atingiu seu maior valor dos últimos 18 meses. No universo das criptomoedas, o Bitcoin (-4,9%) e o Ethereum (-6,0%) amanhecem em baixa com a redução do apetite por risco dos investidores globais.
Orçamento de 2022
No Brasil, no campo da Política, destaque para a notícia de que o presidente Bolsonaro sancionou o orçamento de 2022. O Presidente teria vetado R$ 3,2 bilhões em gastos discricionários para poder recompor o orçamento de gastos obrigatórios, principalmente no que tange à folha de pagamento. Pelos cálculos do time de Economia da XP, no orçamento aprovado, as despesas obrigatórias ficaram R$ 16 bilhões abaixo do necessário, então o veto deveria ter sido maior. De qualquer forma, isso é algo que o Poder Executivo poderia ajustar durante a execução orçamentária ao longo do ano sem grandes dificuldades.
O que esperar da decisão do Fed
O FOMC é o comitê de política monetária do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (geralmente chamado de Fed). Na sua reunião nesta quarta-feira, investidores esperam que o FOMC intensifique o ritmo de redução do seu balanço e sinalize um aumento das taxas de juros já em março. No geral, os mercados estariam precificando quatro altas de juros nos EUA neste ano, mas alguns analistas já discutem uma normalização monetária ainda mais rápida. Vale lembrar que uma política monetária mais restritiva está normalmente associada a queda nos preços de ações e alta nos juros de títulos públicos. Além disso, outros bancos centrais se reúnem nesta semana para decidir sobre política monetária, inclusive no Canadá, Chile e Colômbia.
Política Internacional
Por fim, vale lembrar que tensões geopolíticas seguem em destaque no campo internacional. Após reunião entre diplomatas russos e americanos não produzir resultados no fim da semana passada, Estados Unidos e Reino Unido deram ordens às famílias de diplomatas e parte das equipes de suas embaixadas na Ucrânia de retornarem aos seus respectivos países devido ao risco de guerra. No entanto, o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, disse que por enquanto ainda seria muito cedo para elevar sanções sobre a Rússia.
Veja todos os detalhes
Economia
Os mercados começam a semana cautelosos, na expectativa da importante decisão do Fed na quarta-feira
- Os mercados começam a semana com cautela, antes da importante decisão do Fed (banco central americano) na quarta-feira. Espera-se que o FOMC – comitê de política monetária do Fed – intensifique o ritmo de redução do seu balanço e sinalize um aumento das taxas de juros já em março. Os mercados estão apreçando em quatro altas de juros este ano, mas alguns analistas já discutem uma normalização monetária ainda mais rápida. Uma política monetária mais restritiva está normalmente associada a preços de ações mais baixos e juros mais elevados de títulos públicos;
- Outros bancos centrais se reúnem esta semana para decidir sobre política monetária. Em particular no Canadá, Chile e Colômbia;
- Os resultados do Índice de Gerentes de Compra (PMI) de janeiro ficaram em linha com as expectativas na Europa, sugerindo que a Ômicron afetou apenas levemente as expectativas econômicas na região até agora. O PMI Composto da Zona do Euro ficou em 52,4, apenas um pouco abaixo do resultado de dezembro (53,3). Leituras acima de 50 indicam expansão. Em geral, o PMI de Serviços teve um desempenho pior do que Manufatura nos números entre os países;
- No Brasil, o presidente Bolsonaro sancionou o orçamento de 2022. O Presidente vetou R$ 3,2 bilhões de gastos discricionários para recompor orçamento de gastos obrigatórios (principalmente folha de pagamento). Pelos nossos cálculos, as despesas obrigatórias ficaram 16 bilhões abaixo do necessário no orçamento aprovado, então o veto deveria ter sido maior. De qualquer forma, isso é algo que o Poder Executivo poderia ajustar facilmente durante a execução orçamentária ao longo do ano.
Política
Tensões geopolíticas seguem em destaque na seara internacional
- Após reunião entre diplomatas russos e americanos não produzir resultados no fim da semana passada, tanto os EUA quanto o Reino Unido deram ordens às famílias de diplomatas e parte das equipas de suas embaixadas na Ucrânia de retornar ao seus respectivos países devido o risco de guerra. No entanto, o secretario de Estado dos EUA, Anthony Blinken, disse que seria muito cedo para elevar sanções sobre a Rússia.
Empresas
TIM S.A (TIMS3): Pietro Labriola, CEO TIM Brasil, deixará o comando da companhia
- Pietro Labriola, CEO da TIM Brasil, foi efetivado como CEO na Telecom Italia e deixará o comando da TIM no Brasil. Labriola vinha acumulando o cargo de CEO no Brasil e na Italia desde dezembro;
- Em Fato Relevante divulgado na sexta-feira(21) a companhia informou que o processo de sucessão do CEO da TIM Brasil já foi iniciado e a TIM Brasil espera anunciar seu novo CEO nos próximos dias. Labriola manterá seu atual cargo de CEO e membro do conselho da TIM Brasil até que o novo CEO seja nomeado;
- A noticia é ligeiramente negativa, mas já esperada pelo mercado. A reunião do conselho da Telecom Italia já estava marcada com pauta pública. O Fato Relevante foi divulgado no meio do pregão e não fez preço. Mantemos nossa recomendação de compra e preço alvo de R$21/ação para TIMS3;
- Clique aqui para conferir nosso relatório de início de cobertura de TIM.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Itaú unifica estruturas do ‘private’ local e internacional. (Valor);
- Crédito via Pix acirra concorrência com cartões. (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Casas Bahia dá cashback de 50% para incentivar compras do dia-a-dia. (Exame);
- Cansou do sofá? Mobly lança startup que vende e entrega móveis usados. (Exame);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Líder em biodiesel, BSBios congela investimentos com retorno ao B10. (Valor);
- Boi/Cepea: apesar da retomada de envios à China, EUA seguem como principal destino. (Valor);
- China parece caminhar para 100% de autossuficiência em carne suína. (Euromeat);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- PEC dos Combustíveis pode tirar quase 1 p.p. do IPCA em 2022, mas custo fiscal é alto, dizem economistas. (Valor Econômico);
- ONS reduz previsão de queda da carga em janeiro para 0,7%. (Canal Energia);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Investimento bilionário da Intel
- Snap visa expansão global;
- Intel investirá US$ 20bi em nova fábrica nos EUA;
- Ações da Shopify sofrem forte queda com rompimento de contratos logísticos nos EUA;
- Dados apontam que 19% das viagens aéreas executivas poderão deixar de existir já em 2023;
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
Ministério de Minas e Energia propõe criação de mercado de carbono envolvendo o setor elétrico | Café com ESG, 24/01
- Na sexta-feira, o Ibov fechou em território neutro, com queda de -0,14%, enquanto o ISE em leve alta de +0,1%. Na semana, o Ibov e o ISE encerraram subindo +1,9% e +2,9%, respectivamente;
- No Brasil, do lado das empresas, com meta de eliminar o carvão de suas operações de geração de energia no mundo ainda nesta década, a Engie está concentrando esforços na venda da sua última termelétrica que utiliza essa fonte, a Usina Termelétrica Pampa Sul, e prevê concretizar a operação até junho. Já no campo político, o Ministério de Minas e Energia propôs nesta sexta-feira uma série de diretrizes para criar um mercado de carbono envolvendo o setor elétrico brasileiro, que tem potencial para se tornar um importante ofertante de créditos devido à predominância de fontes de geração renováveis e de baixa emissão de gases estufa;
- No internacional, a Alemanha apresentou na sexta-feira seu programa para a presidência do G7 este ano, com foco na proteção climática – segundo o chanceler Olaf Scholz, o país quer transformar o G7 em um “clube climático”, trabalhando para chegar a acordos sobre padrões uniformes de emissões e preços de CO2 para acelerar a implementação do Acordo Climático de Paris. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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