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Bolsas hoje: divulgação de dados de emprego no Brasil e balanço da Nvidia no radar

Resultados da Nvidia e relatório do Caged são alguns dos temas de maior destaque nesta quarta-feira, 28/08/2024

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IBOVESPA -0,08% | 136.775 Pontos

CÂMBIO + 0,19% | 5,50/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Ibovespa

O Ibovespa fechou em leve queda de 0,1% ontem, aos 136.776 pontos, repercutindo um movimento de abertura nos juros futuros e realização de lucros.

Entre os principais destaques positivos da sessão está Vale (VALE3, +3,0%), impulsionada pelo anúncio de novo CEO (veja aqui a nossa análise) e aumento no preço do minério de ferro. Já na ponta negativa, temos São Martinho (SMTO3, -3,5%), após a companhia anunciar que em torno de 20 mil hectares de cana-de açúcar da sua produção foram impactados pelos incêndios no interior de São Paulo (veja aqui o nosso comentário sobre as queimadas em São Paulo).

Para o pregão desta quarta-feira, teremos o encontro do Eurogroup. O foco na semana segue no PCE de julho, nos EUA, divulgado na sexta-feira, enquanto no Brasil o foco é na conferência da Expert, na sexta-feira e no sábado.

Renda Fixa

As taxas da curva de juros encerraram a sessão de terça-feira com abertura por toda extensão da curva. Domesticamente, apesar da aceleração de 0,19% do IPCA-15 de agosto ter vindo em linha com as expectativas do mercado, a precificação de risco nos ativos locais aumentou.

Nos EUA, houve manutenção da cautela por parte dos investidores. Por lá, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam em 3,83% (-8,0bps) e as de 10 anos em 3,83% (+1,0bps). DI jan/25 fechou em 10,88% (alta de 4,5bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,58% (alta de 15,5bps); DI jan/27 em 11,525% (alta de 13,5bps); DI jan/29 em 11,615% (alta de 10,5bps).

Mercados globais

Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em alta (S&P 500: 0,1%; Nasdaq 100: 0,1%), com pressões no setor de tecnologia. Hoje, a Nvidia divulga seu balanço do segundo trimestre. No campo macro, o mercado espera a divulgação da inflação medida pelo deflator do índice de consumo pessoal (PCE) nessa semana.

Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,5%), impulsionada pelos setores de seguros, químicos e mineração. Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -0,6%; HSI: -1,0%), e o índice da China continental atingiu mínima em 7 meses.

Economia

O IPCA-15 (prévia da inflação mensal) subiu 0,19% em agosto contra julho, exatamente em linha com a nossa expectativa. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses cedeu de 4,45% para 4,35%. No entanto, os resultados desagregados não trouxeram alívio. A medida de núcleo da inflação avançou 0,28% em agosto, enquanto sua média móvel de três meses anualizada e dessazonalizada (tendência de curto prazo) permaneceu em 4,2%, consideravelmente acima da meta de 3%. Mercado de trabalho apertado, demanda doméstica sólida e expectativas de inflação desancoradas devem manter os preços de serviços pressionados nos próximos trimestres. Continuamos a projetar alta de 4,4% para o IPCA de 2024. Acreditamos que o Copom iniciará um ciclo de aperto monetário moderado, levando a taxa Selic para 12,00% até janeiro de 2025.

Na agenda econômica desta quarta-feira, destaque para a divulgação do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego. Estimamos geração líquida de 210 mil ocupações em julho, uma aceleração frente aos dois meses anteriores. O mercado de trabalho formal continua aquecido, com forte desempenho da população ocupada e dos salários reais. Os dados do Caged e da Pnad Contínua – IBGE divulgará na sexta-feira – serão importantes para a definição dos próximos passos do Copom.

Veja todos os detalhes

Economia

IPCA-15 de agosto (prévia da inflação mensal) não traz sinais de alívio  

  • O IPCA-15 (prévia da inflação mensal) subiu 0,19% em agosto contra julho, exatamente em linha com a nossa expectativa. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses cedeu de 4,45% para 4,35%. No entanto, os resultados desagregados não trouxeram alívio. A medida de núcleo da inflação avançou 0,28% em agosto, enquanto sua média móvel de três meses anualizada e dessazonalizada (3M SAAR) permaneceu em 4,2%, consideravelmente acima da meta de 3%. De forma semelhante, o grupo de serviços subjacentes subiu 0,39% no mês e 5,4% com base na métrica de 3M SAAR (acima dos 4,9% registrados na leitura anterior). Mercado de trabalho apertado, demanda doméstica sólida e expectativas de inflação desancoradas devem manter os preços de serviços pressionados nos próximos trimestres. Em resumo, o IPCA-15 de agosto não alterou nossas premissas de curto prazo. Continuamos a projetar alta de 4,4% para o IPCA de 2024. Inflação de serviços resistente e aceleração na inflação de bens industrializados sustentam nossa visão de que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) deve agir. Acreditamos que o Comitê iniciará um ciclo de aperto moderado, visando reancorar as expectativas inflacionárias. Prevemos a taxa Selic em 12,00% até janeiro de 2025, considerando altas de 0,25 p.p. (setembro), 0,50 p.p. (novembro), 0,50 p.p. (dezembro) e 0,25 p.p. (janeiro);
  • Na agenda econômica desta quarta-feira, destaque para a divulgação do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego. Estimamos geração líquida de 210 mil ocupações em julho, uma aceleração frente aos dois meses anteriores. A mediana das projeções de mercado indica criação de aproximadamente 190 mil vagas. O mercado de trabalho formal continua aquecido, com forte desempenho da população ocupada e dos salários reais. Os dados do Caged e da Pnad Contínua – IBGE divulgará na sexta-feira – serão importantes para a definição dos próximos passos do Copom;
  • Indicadores de atividade dos EUA corroboram o cenário de desaceleração econômica gradual. O Índice de Atividade Industrial do Fed de Richmond, divulgado ontem, recuou de -17 em julho para -19 em agosto, aquém da expectativa do mercado (-14) e o patamar mais baixo desde maio de 2020. O componente de embarques aumentou no período (de -21 para -15), enquanto os de novas encomendas (de -23 para -26) e emprego (de -5 para -15) declinaram. Por sua vez, o Índice de Confiança do Consumidor do instituto Conference Board atingiu em agosto o maior patamar em seis meses. O índice subiu de 101,9 em julho para 103,3 no mês corrente, acima da projeção de mercado (100,9). O componente de Situação Atual avançou de 133,1 para 134,4, ao passo que o componente de Expectativas aumentou de 81,1 para 82,5. Os consumidores dos EUA vêm expressando sinais mistos em relação às condições econômicas e de mercado.  

Empresas

Mineração e Siderurgia: Gustavo Pimenta é anunciado como o próximo CEO da Vale

  • O tema principal da semana foi o anúncio do próximo CEO da Vale.
    • (i) O Sr. Gustavo Pimenta, atual CFO da Vale, foi anunciado como o próximo CEO da empresa, representando uma transição suave da atual gestão da empresa, ao mesmo tempo em que aborda uma potencial preocupação (e overhang) para os investidores da Vale, em nossa opinião;
    • (ii) Os preços do minério de ferro aumentaram 3% S/S, com os estoques totais de aço chinês em traders diminuindo 5% S/S, enquanto a produção de aço bruto ficou estável S/S;
    • (iii) Finalmente, vemos a Vale precificando o minério de ferro a US$ 87/t, um desconto de 12% em relação aos preços spot de US$ 99/t, enquanto a CMIN está precificando o minério de ferro a US$ 117/t, +18% em relação aos preços spot;
    • ​Clique aqui para acessar o relatório completo.

Marfrig (MRFG3) e Minerva(BEEF3) | A novela do deal está próxima do fim

  • À medida que o “Deal” se aproxima do final, consideramos o resultado positivo para a Marfrig e a Minerva, apesar do longo prazo e do risco de possíveis medidas corretivas. Para a Marfrig, a venda de ativos proporciona um apoio essencial aos seus esforços de desalavancagem, aumentando o valor do equity. Para a Minerva, ainda há tempo para capitalizar um momento de ciclo favorável, embora acreditemos que a empresa tenha pago mais do que o valor justo pelos ativos adquiridos.
  • Com maior clareza sobre as condições de aprovação, incorporamos a venda de ativos em nossos modelos. Permanecemos neutros em relação à Marfrig, embora tenhamos aumentado nosso preço-alvo para R$ 17.50/ação, impulsionado principalmente pelo aumento do Valuation da BRF, mas também devido ao impacto positivo da desalavancagem.
  • Por outro lado, estamos rebaixando a Minerva de Compra para Neutro com preço-alvo de R$ 8.40/ação, já que a maior alavancagem pressiona o valor do equity. Nossas preferências nos setores de Alimentos e Bebidas e Agro continuam sendo a JBS e a BRF, já que um aperto de ciclo (tanto nos EUA quanto no Brasil) e o aumento das taxas de juros podem limitar a geração de caixa e o ritmo de desalavancagem da Marfrig e da Minerva.
  • Clique aqui e acesse o relatório completo

Energisa (ENGI11) & Equatorial (EQTL3): Iniciando a cobertura de Energisa e atualizando a tese de investimento de Equatorial

  • Estamos iniciando a cobertura de Energisa com recomendação de Compra e atualizando nossas estimativas para a Equatorial;
  • Essas duas empresas são cases de sucesso no segmento de distribuição brasileiro, conhecidas por adquirir ativos com dificuldades (por exemplo, Grupo Rede e distribuidoras estatais) e implementar programas de turnaround bem-sucedidos, reduzindo perdas e inadimplência, cortando opex e melhorando indicadores de qualidade;
  • Em busca de novas oportunidades de crescimento, as empresas iniciaram uma abordagem multi-utilities nos segmentos de Gás Natural e Saneamento;
  • Na frente regulatória, o decreto nº 12.068 sobre Renovações de Concessões de Distribuição afastou o principal risco para ambas as empresas (especialmente a Energisa, que teve ~60% de sua RAB afetada por isso);
  • Estamos iniciando a cobertura da Energisa com preço-alvo de R$ 67,00/ação e com TIR real de 11,6%.;
  • Para a Equatorial, revisamos o preço-alvo para R$ 46,00 (TIR real de 12,0%), refletindo a aquisição de 15% de participação na Sabesp;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Rumo (RAIL3): Sentimentos mistos entre o aumento de capex e tarifa

  • Estamos atualizando nosso modelo para incorporar:
    • Guidance de 2024 revisado para cima (EBITDA de R$ 7,6-7,8 bilhões, vindo de R$ 7,2-7,7 bilhões);
    • Resultados positivos do 2T24, principalmente ancorados em yields acima do esperado em meio a um ambiente positivo de oferta/demanda (S&D); e
    • Maior guidance de capex unitário para o projeto Lucas do Rio Verde (LRV) (capex/km +27% para a fase inicial do projeto), totalmente compensado pelo cenário de maior rentabilidade/tarifa;
  • Reiteramos a Rumo como nossa principal escolha em Transportes no Brasil com base em:
    • Condições positivas de S&D que apoiam yields fortes no futuro próximo;
    • Níveis de valuation atrativos (6,7x EV/EBITDA);
  • Clique aqui para acessar o relatório completo

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Notícias Diárias do Setor Financeiro
  • Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
    • De novo sócio a IPO: as opções da Vero, da Vinci Partners, para crescer em telecom (Bloomberg Linea);
    • Oi: Acionistas têm até 30 de setembro para participar do aumento de capital (Telesíntese);
    • Telebras fornecerá conectividade em agências do Ministério do Trabalho (Teletime);
    • Apple anuncia que Luca Maestri deixará o posto de diretor financeiro em 2025 (Valor);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Teses sobre base de cálculo de tributos no STF podem custar R$ 118,9 bilhões à União (Valor Econômico);
    • Endividamento ainda afeta consumo e planos das empresas, dizem redes de varejo (Valor Econômico);
    • Confiança do comerciante paulista retoma patamar de janeiro animaram empresários após quatro meses de queda (Folha de São Paulo);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Bebidas
      • AB InBev invests in US brewery – JustDrinks
      • Carlos Lisboa assume presidência da Ambev a partir de 1º de janeiro no lugar de Jean Jereissati – Valor
    • Alimentos
      • Smithfield Foods spins off European business amid US IPO plans – Reuters
      • African Swine Fever remains “massive” risk amid border control cuts, say leading UK meat associations – FoodIngredients
    • Agro
      • Biggest takeaways on US corn, soy crops after annual crop tour – Reuters
      • Produtores e indústria chegam a acordo sobre projeto para uso de bioinsumos ‘on farm’ – GloboRural
    • Biocombustíveis
      • Dívidas aumentam e FS sai do lucro para o prejuízo – AgFeed
      • Hedgepoint reduz estimativa da safra de cana 2024/25 para 614 milhões de toneladas – NovaCana
    • Clique aqui para acessar o relatório completo;
  • Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
    • Amil abre serviço de emergência pediátrica em Botafogo, no Rio (O Globo);
    • Mater Dei quer segurar concorrência com nova unidade em MG (Valor Econômico);
    • Nova Lei da Pesquisa Clínica entra em vigor e impulsiona desenvolvimento do setor no Brasil (Saúde Business)
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
    • Mercado imobiliário prevê recorde de vendas em 2024 e aumento de preço (Valor);
    • Lançado em abril, financiamento imobiliário com ‘FGTS Futuro’ ainda não decolou (Estadão);
    • Presidente da ABRAINC destaca desafios do saque-aniversário do FGTS durante Convenção Secovi-SP (Abrainc);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Renda fixa

De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa

  • Treasury yields mixed as investors look ahead to U.S. inflation data (CNBC);
  • Haddad diz que falou com Campos Neto e que agosto seria um bom mês de anunciar presidência do BC (Valor Econômico);
  • Pouco alavancada, Sabesp começa a buscar recursos com emissão de R$ 2,5 bi (Estadão);
  • Fitch Afirma Ratings ‘AAA(bra)’ da Enel Brasil e de Suas Subsidiárias; Perspectiva Estável (Fitch);
  • Clique aqui para acessar o clipping.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • Fiagros têm recorde de saques em julho (Valor Investe);
    • Renda mínima garantida é peça central nas transações e pode mudar completamente os rendimentos dos FIIs (SiiLA);
    • HGRU11 divulga quanto já captou em sua oferta bilionária; veja o valor (FIIs);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

ESG

A imediata – e crescente – ameaça climática

  • Temperaturas recordes e aumento de eventos climáticos extremos estão impactando a Terra, representando uma ameaça iminente para os setores;
  • Os impactos físicos das mudanças climáticas estão aumentando, e a janela de oportunidade de construir resiliência e se adaptar está se fechando rapidamente;
  • Embora os investidores estejam cada vez mais buscando precificar e incorporar esses riscos, quantificar efetivamente seu impacto nas ações das companhias continua sendo um desafio – nesse sentido, este relatório temático visa ajudar os investidores a identificar, através da nossa avalição proprietária, a exposição dos diferentes setores da Bolsa aos principais riscos climáticos;
  • Clique aqui para ler o conteúdo completo.

Ambev (ABEV3) anuncia Carlos Lisboa como novo CEO no lugar de Jean Jereissati | Café com ESG, 28/08

  • O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,08% e 0,42%, respectivamente.
  • No Brasil, em comunicado ao mercado, a Ambev anunciou ontem que o executivo Carlos Lisboa se tornará presidente da companhia a partir do início de 2025, assumindo o lugar de Jean Jereissati – Lisboa lidera as operações da Anheuser-Busch InBev, controladora da Ambev, na América Central, e é membro do conselho de administração da cervejaria brasileira.
  • No internacional, (i) a General Motors anunciou ontem que atrasará o início da produção em uma planta de baterias em Indiana em cerca de um ano (de 2026 para 2027) em mais uma sinalização de recuo em sua estratégia para veículos elétricos – a montadora, assim como a Ford, vem atrasando o lançamento de alguns modelos elétricos em meio à desaceleração da demanda nos Estados Unidos; e (ii) pela primeira vez em 2023, as tecnologias de baixo carbono representaram mais de 40% da geração global de eletricidade, de acordo com um relatório divulgado ontem pela BloombergNEF – enquanto isso, os combustíveis fósseis, incluindo carvão e gás natural, produziram 57% da eletricidade global no ano passado.
  • Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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