Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,08% e 0,42%, respectivamente.
• No Brasil, em comunicado ao mercado, a Ambev anunciou ontem que o executivo Carlos Lisboa se tornará presidente da companhia a partir do início de 2025, assumindo o lugar de Jean Jereissati – Lisboa lidera as operações da Anheuser-Busch InBev, controladora da Ambev, na América Central, e é membro do conselho de administração da cervejaria brasileira.
• No internacional, (i) a General Motors anunciou ontem que atrasará o início da produção em uma planta de baterias em Indiana em cerca de um ano (de 2026 para 2027) em mais uma sinalização de recuo em sua estratégia para veículos elétricos – a montadora, assim como a Ford, vem atrasando o lançamento de alguns modelos elétricos em meio à desaceleração da demanda nos Estados Unidos; e (ii) pela primeira vez em 2023, as tecnologias de baixo carbono representaram mais de 40% da geração global de eletricidade, de acordo com um relatório divulgado ontem pela BloombergNEF – enquanto isso, os combustíveis fósseis, incluindo carvão e gás natural, produziram 57% da eletricidade global no ano passado.
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Brasil
Empresas
Carlos Lisboa vai substituir Jereissati Neto na presidência da Ambev a partir de 2025
“A Ambev (ABEV3) anunciou nesta terça-feira (27) que o executivo Carlos Lisboa se tornará presidente da companhia a partir do início de 2025, no lugar de Jean Jereissati, segundo comunicado ao mercado. Lisboa, que é natural de Pernambuco e está há 30 anos na companhia, lidera as operações da Anheuser-Busch InBev, controladora da Ambev, na América Central, e é membro do conselho de administração da cervejaria brasileira. Segundo o comunicado da empresa, o executivo foi responsável por uma “sólida” transformação digital na sua operação e elevou a região ao maior mercado da AB InBev. Jereissati, que é presidente-executivo da Ambev desde 2019, vai assumir o posto de Lisboa na Zona da América Central, afirmou a Ambev. O atual CEO liderou por cinco anos e foi responsável por uma grande inovação do portfólio da companhia, além da transformação digital no Brasil com o BEES e o Zé Delivery. Sob a sua liderança, a Ambev entregou volumes recordes nos últimos anos. “Jean e Lisboa estão finalizando ciclos de sucessos em suas respectivas funções e são as pessoas certas para entregar todo o potencial de cada zona, mantendo a nossa estratégia de negócio e a mentalidade de crescimento compartilhado”, afirma Michel Doukeris, presidente do Conselho da Ambev e CEO da AB InBev.”
Fonte: Valor Econômico; 27/08/2024
““À medida que o mundo enfrenta os efeitos crescentes das mudanças climáticas, os mercados financeiros e os setores precisam agir.” Foi assim que a área de análise da XP justificou por que as pessoas deveriam ler o mais novo relatório sobre ESG, o “A imediata – e crescente – ameaça climática”. O documento, de 26 páginas, traz um completo panorama dos riscos iminentes para as empresas e, consequentemente, aos investidores que apostam dinheiro nas companhias. Para Marcella Ungaretti, head de Research ESG da XP, o nível de entendimento das empresas sobre os riscos climáticos vem evoluindo ao longo do tempo, com um maior número de companhias preocupadas em identificar e mapear os riscos climáticos e seus potenciais impactos em ativos físicos e estratégias de negócios. A frequência cada vez maior de eventos climáticos extremos nos últimos anos entrou no radar. O documento cita, por exemplo, mais de 400 desastres naturais foram registrados globalmente apenas em 2023 e que um aumento aproximado de 1ºC na temperatura global será suficiente para intensificar ondas de calor extremas, causar inundações repentinas, incêndios florestais e secas mais severas, além de impactar níveis de água nos mares e padrões de chuva, lembrando documento do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Os eventos climáticos deste ano, como as chuvas intensas no Rio Grande do Sul, a seca na Amazônia e os incêndios no Pantanal e na Amazônia, tiveram, certamente, impacto no engajamento das empresas e investidores com a agenda climática. Esses eventos não só causaram danos diretos às operações empresariais, como também elevaram a conscientização sobre a importância da gestão de riscos climáticos.”
Fonte: Valor Econômico; 27/08/2024
Mesmo quem divulga relatório de sustentabilidade terá de se adaptar para novas regras contábeis ESG
“O número de empresas que divulgam relatórios de sustentabilidade cresceu nos últimos dois anos. Segundo levantamento feito pelo Instituto de Auditoria Independente do Brasil (Ibracon), 96% das 95 maiores empresas de capital aberto do país, que compõem o índice IBrX 100 B3, já publicam os documentos com práticas ESG [sigla em inglês para questões ambientas, sociais e de governança corporativa]. Mas, o próprio instituto alerta que isso não significa que elas devem parar por aí. Pelo contrário, a partir de 2026 será obrigatório divulgar uma série de outras informações ESG que não estão totalmente contempladas nos relatórios de sustentabilidade. De acordo com a pesquisa “Panorama das Divulgações de Relatórios de Sustentabilidade no Brasil – Edição 2024”, a primeira de uma série anual do Ibracon, 86% das companhias de capital aberto divulgaram relatórios sobre sustentabilidade neste ano com base em dados do último exercício social contábil (2023), enquanto 10% divulgaram relatórios referentes ao penúltimo exercício social (2022). “[O relatório de sustentabilidade] é um bom ponto de partida, pois se dispõe a medir e divulgar e buscar asseguração. Mas a materialidade dele é diferente do que é requerido na nova norma”, comenta Sebastian Soares, presidente do Ibracon. Pelas normas (Resolução 193) divulgadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em outubro de 2023, companhias abertas, fundos de investimentos e companhias securitizadoras podem aderir de forma voluntária à elaboração e divulgação de relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade com base no padrão internacional emitido pelo International Sustainability Standards Board (ISSB) de 2024 a 2026.”
Fonte: Valor Econômico; 27/08/2024
“Os cortes na geração de energia renovável no Brasil resultaram em perdas que se aproximam de R$ 1 bilhão segundo levantamento feito pelas associações do setor. Só no setor de energia solar, as empresas acumulam prejuízos de R$ 237 milhões, enquanto que no segmento de energia eólica as perdas ultrapassam R$ 700 milhões. Os cortes de geração por falta de demanda, também conhecidos pelo termo em inglês “curtailment”, no jargão do setor, são decididos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Como as usinas não têm controle sobre essa decisão, elas defendem na justiça que sejam compensadas por meio do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que seria repassado aos consumidores na conta de luz. Durante o Intersolar South America, em São Paulo, o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, disse que os cortes se devem principalmente à falta de capacidade de escoamento da energia para os centros consumidores. Segundo Sauaia, desde o apagão do dia 15 de agosto de 2023 o ONS vem adotando uma postura que ele classifica como “excessivamente conservadora”. “As duas fontes [eólica e solar] estão sendo negativamente impactadas devido a esses cortes e a falta de ressarcimento, como previsto legalmente para os empreendedores”, disse. “Esse evento não gerenciável é uma escolha do ONS (…) que tem levado a um volume de cortes de empreendedores de 20% a 70% no mês da sua previsão da sua energia a ser gerada”, acrescenta. Segundo ele, os dados foram mapeados pela consultoria Volt Robotics com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Por outro lado, o ONS tem dito que não pode aumentar a geração de energia sem uma demanda correspondente.”
Fonte: Valor Econômico; 27/08/2024
Energia solar deve injetar 11 GW de capacidade instalada no sistema em 2024, diz Absolar
“A geração de energia solar deve injetar 11 gigawatts (GW) de capacidade instalada até o fim de 2024, segundo previsão feita pela Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), apresentada nesta terça-feira (27), durante a Intersolar South America, em São Paulo. A fonte solar no Brasil iniciou o ano de 2024 com 37 GW de potência instalada e está atualmente com mais de 46 GW. Até o fim do ano, a expectativa é o incremento de mais 2 GW, considerando usinas de grande porte (geração centralizada) e pequenos sistemas solares em telhados e pequenos terrenos (geração distribuída). O presidente do conselho da entidade, Ronaldo Koloszuk, segue otimista em relação ao setor continuar crescendo. Ele acredita que a demanda por energia elétrica no médio e longo prazos deve crescer significativamente com novas tecnologias, crescente demanda em data centers e produção de hidrogênio verde, o que deve impulsionar investimentos em projetos de grande porte. Já o setor de geração distribuída representa cerca de dois terços da potência instalada e continuará a puxar o crescimento do setor, já que, no Brasil, apenas quatro em cada 100 contas de luz utilizam energia solar. “Por outro lado, temos desafios no curto prazo na macroeconomia, com taxas de juros ainda altas, e não encontramos meios para reverter isso no curto prazo”, afirma. Outro problema endereçado ao setor são os cortes de geração impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) por falta de demanda. Nos cálculos da entidade, já resultaram em perdas que se aproximam de R$ 1 bilhão. Deste total, R$ 237 milhões são as perdas do segmento solar e R$ 700 milhões para empresas geradoras de energia eólica.”
Fonte: Valor Econômico; 27/08/2024
Conheça os setores mais vulneráveis às mudanças climáticas segundo a XP
“As mudanças climáticas devem impactar todos os setores econômicos, alguns em maior e outros em menor grau. Para investidores, mapear os riscos climáticos intrínsecos aos negócios das companhias nas quais eles investem começa a fazer parte cativa da análise de investimento. Ou pelo menos deveria fazer parte. Para auxiliar os investidores brasileiros a identificar possíveis riscos climáticos nas empresas da bolsa brasileira, a equipe de análise da XP, sob a liderança de Marcela Ungaretti, fez uma avaliação por setor econômico sob duas óticas: riscos físicos e riscos de transição. Por riscos físicos, entende-se os danos materiais e financeiros decorrentes de eventos climáticos extremos. Já os riscos de transição tem relação com perda de participação no mercado, de seus produtos e serviços ficarem obsoletos, processos e pressão de stakeholders. “A pressão dos investidores surte efeito nas companhias de diversas formas. Em conversas com investidores institucionais ao longo dos últimos meses, vimos um crescente interesse em integrar riscos climáticos na análise financeira dos ativos investidos”, comenta Ungaretti. Contudo, ela destaca que, apesar de mais empresas e seus acionistas reconhecerem a importância das práticas ESG [ambientais, sociais e de governança corporativa] e ações alinhadas a agenda climática, fazer isso não é simples. “A incerteza sobre a melhor forma de avaliar a resiliência e os planos de adaptação das empresas ainda dificulta a integração de informações climáticas no processo de investimento”, diz. Na avaliação de riscos físicos, são considerados o impacto das secas severas; enchentes; tempestades; incêndios; altas temperaturas; e escassez de água.”
Fonte: Valor Econômico; 27/08/2024
Como o risco climático afeta as empresas da B3? A XP mapeou
“A crise climática traz uma série de desafios para toda a economia. Mas eles são distintos para cada parte dela, e carregam consigo diferentes níveis de riscos financeiros. Em um novo relatório temático, de 34 páginas, a equipe de análise da XP se debruçou sobre o tema e analisou a exposição dos setores e empresas da B3, a bolsa brasileira, que fazem parte da sua cobertura. Os setores de papel e celulose, agronegócio e alimentos e bebidas, e mineração e siderurgia são os mais expostos aos chamados riscos físicos causados pela mudança climática – isso é, com prejuízo a ativos, pessoas, propriedades e infraestrutura crítica. Já os setores de óleo e gás, transportes e, mais uma vez, mineração e siderurgia são os mais vulneráveis aos chamados riscos de transição – aqueles decorrentes mudanças de mercado e tecnologia, de impactos negativos à reputação ou dos cenários regulatórios. “Impulsionado por eventos extremos no país, incluindo as chuvas torrenciais que assolaram o Rio Grande do Sul em maio, vemos investidores mais preocupados em mensurar como as empresas estão enfrentando os desafios da adaptação climática, além de quais ações de mitigação estão sendo tomadas”, diz Marcella Ungaretti, chefe de análise ESG da XP. Apesar do interesse, a incerteza sobre a melhor forma de avaliar a resiliência e os planos de adaptação das empresas dificulta a integração de informações climáticas no processo de investimento, complementa Luiza Aguiar, analista ESG na XP e co-autora do relatório. A divisão entre riscos físicos e de transição foi criada pela Task Force on Climate-Related Financial Disclosures (TCFD), uma força-tarefa que desenvolveu um padrão de orientações para que empresas possam medir e divulgar os riscos financeiros relacionados ao clima.”
Fonte: Capital Reset; 28/08/2024
BNDES concede empréstimo de R$ 160 milhões à startup que vende créditos de carbono
“O BNDES concedeu um empréstimo de R$ 160 milhões à startup Mombak, que vende créditos de carbono a partir de reflorestamento, para ampliar sua operação na Amazônia. Esse é o segundo financiamento a uma empresa privada no projeto “Arco da Restauração”, iniciativa do Ministério de Meio Ambiente e do banco de fomento para barrar o desmate. Metade do recurso sairá do Fundo Clima, com taxa de 2,5% ao ano (já incluso spread do BNDES) e prazo de 25 anos. A outra metade da captação será via Finem, com taxa perto de 10,5% e vencimento em 15 anos. “Estamos tratando não de uma ação filantrópica, mas de economia”, afirmou Tereza Campello, diretora socioambiental do BNDES, à reportagem. A operação baseia-se na premissa de que o restauro vai gerar créditos de carbono que serão vendidos no mercado internacional. Com essa tese, a Mombak, que nasceu há três anos, já captou dívida até no exterior. Em julho, a companhia acertou uma captação com o Banco Mundial, que emitiu mais de US$ 200 milhões em bonds comprados por gestoras internacionais. Desse total, a Mombak recebeu US$ 36 milhões. Até então, a startup havia captado apenas via negociação de fatias do negócio em seu primeiro fundo com investidores, o Fundo de Reflorestamento da Amazônia. Ela atraiu US$ 120 milhões da francesa AXA, do fundo de pensão canadense CPPIB, da Bain Capital e da Fundação Rockefeller. A primeira operação do BNDES no âmbito do Arco da Restauração foi com a re.green, que também se propõe a vender créditos de carbono a partir da atividade. Em janeiro, a empresa captou R$ 187 milhões com o banco.”
Fonte: Globo Rural; 28/08/2024
Política
“Durante audiência no Congresso Nacional nesta segunda-feira (26/8), o governo defendeu o Plano Nacional de Mudança do Clima (Plano Clima) como instrumento para reduzir as emissões de metano (CH₄), um dos principais gases de efeito estufa juntamente com o dióxido de carbono (CO₂) e o óxido nitroso (N₂O). Já algumas associações empresariais pediram investimento em biogás. O debate ocorreu na Comissão Mista de Mudanças Climáticas. O Brasil é o quinto maior emissor global de metano, gerado principalmente por atividades agropecuárias (298,6 milhões de toneladas de CO₂ equivalente), resíduos sólidos (66,6 milhões tCO₂e) e mudanças no uso do solo e das florestas (27,8 milhões tCO₂e). O aumento na emissão brasileira foi de 51% entre 1990 e 2019. Representante do Ministério do Meio Ambiente, Érico da Rocha destacou a construção do Plano Clima, com metas e ações de mitigação e adaptação do governo até 2035. Segundo ele, três planos setoriais vão endereçar e discutir a questão de metano – agricultura e pecuária, resíduos e energia – tendo em vista o compromisso assumido pelo governo brasileiro de neutralidade climática até 2050. “Dado o nosso perfil de emissão, alguns setores continuarão com emissões positivas e muito provavelmente a gente vai continuar emitindo metano em 2050. Então, a gente vai ter que ter um papel muito forte do setor de mudança de uso da terra e do setor de energia para que a gente tenha medidas de remoção de gases de efeito estufa”, detalhou. O Plano Clima vai incorporar a nova meta voluntária de redução das emissões brasileiras (NDC), que será anunciada na COP30, a cúpula climática prevista para Belém (PA), no próximo ano.”
Fonte: Epbr; 27/08/2024
Governo vai criar programa para substituir uso de lenha e carvão na cozinha de população mais pobre
“O governo Lula prepara a edição de um decreto para criar a Política Nacional de Energia Limpa na Cozinha, que inclui o lançamento do Programa Cozinha Mais Verdes. O principal objetivo é eliminar o consumo de lenha nas cozinhas brasileiras, um importante indicador de pobreza energética. O Ministério de Minas e Energia (MME) está em articulação com outras pastas em, além do ampliar o acesso ao gás de cozinha, também serão avaliadas diferentes tecnologias de cocção, seguindo as orientações e diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesta terça (27/8), o governo enviou para a Câmara dos Deputados a criação do Gás para Todos, programa que vai substituir o Auxílio Gás. Com orçamento financiado pelo Fundo Social a partir de receitas obtidas com a produção de petróleo, o governo vai passar a cobrir a compra de botijões de GLP para famílias carentes. Hoje, o Auxílio Gás é um pagamento em dinheiro, um adicional dado a cerca de 5 milhões de famílias a cada dois meses, proporcional ao valor de um botijão de 13 kg. Já o Gás para Todos vai funcionar por meio de um aplicativo da Caixa Econômica Federal, usado no ato da compra. E o objetivo é atingir 20 milhões de famílias até o fim de 2025. Desde o ano passado, os preços de uma carga de GLP estão praticamente estáveis, após a disparada de anos recentes. Com a desvalorização do real, um botijão que custava R$ 60 e R$ 70 chegou a duplicar de preço na pandemia e hoje custa pouco mais de R$ 100, na média nacional. Em julho, a região Norte registrou os preços mais altos, R$ 119,88 por 13 kg, com Roraima (R$ 130,35) e Tocantins (R$ 122,21) no topo da lista, segundo da dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados no boletim de preços do Ineep.”
Fonte: Epbr; 28/08/2024
“No ano em que o Rio Grande do Sul viveu a maior tragédia climática da história do país em extensão territorial, o debate sobre desenvolvimento sustentável tomou conta dos planos de governo dos candidatos a prefeito do país — o tema está presente em 82% deles. A análise foi feita a partir do projeto Vota Aí!, uma parceria das universidades estaduais de Campinas (Unicamp) e do Rio de Janeiro (Uerj). Utilizando ferramentas de inteligência artificial, as instituições mapearam 14,5 mil programas apresentados este ano ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na avaliação de uma das pesquisadoras do projeto Nara Salles, do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop) da Unicamp, a boa notícia de o tema estar na pauta política é que o debate ocorre num momento de eventos climáticos cada vez mais extremos e frequentes. A pesquisadora pondera, contudo, que o assunto pode não estar aprofundado, uma vez que tópicos como agricultura, infraestrutura e meio ambiente foram todos agrupados em “desenvolvimento sustentável”, que tem ainda propostas para tratamento adequado do lixo e políticas para rios urbanos e prevenção a enchentes. “Essa abordagem pode ter um caráter eleitoral, já que esse é um tema do debate público, e os candidatos se sentem na obrigação de incluir propostas de infraestrutura e agricultura ambientalmente respaldadas, mas o fato de essa preocupação existir já é algo positivo”, avalia Salles, que elaborou o estudo com Argelina Maria Cheibub Figueiredo, pesquisadora do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Uerj.”
Fonte: O Globo; 28/08/2024
Internacional
Empresas
COP16: Hora do capital natural entrar no radar de riscos das empresas
“Uma série de autoridades e entidades internacionais de peso – Fórum Econômico Mundial, OCDE, TNFD, IFRS e NGFS – já cantaram a pedra de que a dependência dos negócios do chamado capital natural – e seus impactos sobre eles – devem ser avaliados e gerenciados sob o viés de riscos e oportunidades, já que representam riscos econômicos que se espraiam para riscos financeiros globais. O capital natural é o estoque de recursos naturais renováveis ou não, como água, solo, minerais, animais e plantas, que geram benefícios para indivíduos e negócios (matérias-primas e insumos). O reconhecimento de que a dependência desse capital natural e o impacto sobre ele devem ser gerenciados pelo setor privado ganhou recentemente o reforço do Comitê de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), órgão que coordena globalmente os esforços dos reguladores financeiros do mundo todo. A pedido dos Ministros das Finanças do G20, o FSB publicou um balanço global de iniciativas de regulação e supervisão sobre riscos financeiros de natureza. Segundo os achados do FSB: (i) as instituições financeiras do mundo todo estão em diferentes estágios de avaliação dos riscos financeiros de natureza, sendo que as iniciativas variam de acordo com o mandato de cada uma; (ii) a regulação e supervisão estão em estágio inicial globalmente, diferindo consideravelmente entre instituições e jurisdições; e (iii) a divulgação dessas informações constitui importante ferramenta de regulação e supervisão, tendo a TNFD, força tarefa global de empresas e instituições para padronizar esses relatos, assumido o papel de coordenadora voluntária dos esforços, exatamente como o fez a TCFD com os reportes de riscos e oportunidades climáticos.”
Fonte: Capital Reset; 27/08/2024
GM adia fábrica de baterias em Indiana, em novo recuo na mudança para veículos elétricos
“A General Motors anunciou que atrasará o início da produção em uma planta de baterias em Indiana em cerca de um ano, para 2027, o último recuo da empresa em sua mudança para veículos elétricos. A montadora sediada em Detroit e a parceira coreana Samsung SDI divulgaram o novo cronograma para a planta em um comunicado à imprensa na terça-feira, ao formalizarem os planos de seguir em frente com a fábrica de US$ 3,5 bilhões em New Carlisle, Indiana. A GM e sua rival Ford Motor atrasaram ou cancelaram vários modelos de veículos elétricos e metas de produção no ano passado, pois os consumidores dos Estados Unidos têm adotado os veículos elétricos em ritmo mais lento do que as montadoras esperavam. A GM disse em julho que atrasaria os planos para um novo veículo elétrico Buick e adiaria a abertura de uma fábrica de caminhões elétricos pela segunda vez. Ela também abandonou a meta de ter capacidade de fábrica suficiente na América do Norte para produzir um milhão de veículos elétricos em 2025. A presidente-executiva da GM, Mary Barra, disse que a empresa ainda está se posicionando para um futuro totalmente elétrico, mesmo que demore mais para se materializar do que sua equipe esperava originalmente. “O mercado de elétricos e as vendas da GM continuarão a crescer à medida que mais clientes experimentem nossos produtos, a infraestrutura de carregamento se desenvolva e haja expansão para mais segmentos”, disse Barra no comunicado à imprensa na terça-feira. A montadora disse que planeja montar pelo menos 200 mil veículos elétricos este ano. Ela vendeu cerca de 38 mil no primeiro semestre de 2024.”
Fonte: Valor Econômico; 27/08/2024
Mais de 40% da eletricidade mundial veio de fontes de carbono zero em 2023
“Pela primeira vez em 2023, as tecnologias zero-carbono representaram mais de 40% da geração global de eletricidade, de acordo com um relatório divulgado na terça-feira pela BloombergNEF. As fontes de energia renováveis, como a eólica e a solar, representaram 17% da geração total de eletricidade, e a energia hidrelétrica e nuclear contribuiu com 24%. Os combustíveis fósseis, incluindo carvão e gás natural, produziram 57% da eletricidade global no ano passado. “Temos visto a penetração das energias renováveis aumentar consistentemente a cada ano, e este ano atingimos alguns marcos que pareciam mais difíceis de alcançar nos últimos anos”, disse Meredith Annex, chefe de energia limpa da BNEF. Um desses marcos: A energia solar e a eólica representaram mais de 90% das adições de capacidade energética global no ano passado, um avanço em relação a 2022. A capacidade eólica global também ultrapassou o limite de um terawatt. E o Brasil, o país com o mix de energia mais limpo entre as economias do G-20, atingiu 88% de geração de energia renovável em 2023. “Isso apenas mostra o impulso que o espaço está tendo. Muito disso está ligado à história do investimento, em que há um investimento crescente – vertiginoso, honestamente – em energia solar”, disse Annex. A China continental foi responsável por quase um terço da produção total de energia renovável no ano passado. Recentemente, o país atingiu sua meta de energia eólica e solar para 2030 com seis anos de antecedência, de acordo com uma declaração da Administração Nacional de Energia, e reduziu as autorizações para novas usinas de energia a carvão.”
Fonte: WSJ; 27/08/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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