IBOVESPA -1,08% | 137.027 Pontos
CÂMBIO +0,9% | 5,71/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana com queda de 0,6% em reais e 1,1% em dólares, aos 137.027 pontos. Em maio, o índice acumulou alta de 1,5% em reais e 0,9% em dólares.
O destaque negativo da semana foi Azul (AZUL4, -13,5%), após a companhia anunciar que entrou com pedido de recuperação judicial (Chapter 11) nos EUA. Como consequência, o papel foi removido do índice Ibovespa a partir de sexta-feira (30). Nossos analistas da XP colocaram a ação sob revisão (veja mais detalhes aqui).
Já os destaques positivos da semana foram papéis sensíveis aos juros, como Vamos, Azzas 2154 e Assaí (VAMO3 +20,6%; AZZA3 +14,1%; ASAI3 +11,6%), beneficiados pela queda das taxas longas da curva de juros.
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com abertura na parte curta e fechamento nos vértices intermediários e longos da curva. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de -82,50 bps pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -99,50 bps nesta semana. A curva, portanto, apresentou perda de inclinação. As taxas de juro real tiveram redução, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,50% a.a. (vs. 7,56% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,81% (+8bps); DI jan/31 em 13,76% (-8bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -0,6%; Nasdaq 100: -0,7%), diante da escalada nas tensões comerciais entre China e EUA. Após um breve alívio, os ânimos voltaram a se deteriorar com a acusação da China de que os EUA violaram o acordo de Genebra, enquanto Trump anunciou que vai dobrar as tarifas sobre aço para 50% a partir de quarta-feira. Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, disse que uma conversa entre Trump e Xi Jinping pode ocorrer ainda nesta semana, mas não há data marcada.
Com o aumento da tensão geopolítica, as taxas das Treasuries operam em alta, com os títulos de 10 anos subindo mais de 2 bps, o de 30 anos avançando mais de 4 bps e o de 2 anos levemente em alta.
Na Europa, as bolsas abriram em queda (Stoxx 600: -0,4%), refletindo o receio de que o agravamento da guerra comercial leve à imposição de novas tarifas sobre o bloco. Destaque para a correção em ações de tecnologia e automóveis, que caem mais de 1%, enquanto o setor de petróleo sobe com a alta do petróleo após anúncio da OPEP+. O setor de defesa também avança, impulsionado por compromissos de gastos anunciados pelo Reino Unido. A farmacêutica Novo Nordisk sobe 3%, após notícias de corte de pessoal em rivais com versões não autorizadas de medicamentos para obesidade.
Na China, os mercados permaneceram fechados por feriado, mas Hong Kong voltou a recuar com força (HSI: -1,2%), pressionado pela incerteza em relação à guerra comercial e à retomada das tarifas americanas. Investidores monitoram ainda os desdobramentos do acordo de suspensão de tarifas por 90 dias, mas que já mostra sinais de fragilidade.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira em alta de 0,46%, renovando sua máxima histórica e fechando o mês de maio com um ganho acumulado de 1,44%. Os Fundos de Tijolo foram o destaque da sessão, com valorização média de 0,72%, enquanto os FIIs de Papel apresentaram desempenho médio de 0,46%. Entre os destaques positivos estiveram BLMG11 (+5,1%), AIEC11 (+3,9%) e RCRB11 (+3,6%), enquanto URPR11 (-1,8%), MCRE11 (-0,9%) e RBRL11 (-0,8%) figuraram entre as maiores quedas do dia.
Economia
Nos indicadores, a inflação ao consumidor medida pelo deflator do consumo pessoal dos Estados Unidos (PCE, na sigla em inglês) avançou 2,1% no acumulado em 12 meses até abril (alta de 0,1% em comparação a março), em linha com as expectativas.
No Brasil, o PIB avançou 1,4% no primeiro trimestre de 2025 ante o quarto trimestre de 2024, levemente abaixo das expectativas (XP: 1,6%; Mercado: 1,5%). O destaque foi a agropecuária, com expansão de dois dígitos ante o 4º trimestre de 2024 (12,2%), impulsionada principalmente pela safra recorde de soja. Ademais, a Moody’s – uma das principais agências de classificação de risco de crédito – rebaixou sua perspectiva para o Brasil de positiva para estável.
Na agenda, teremos uma semana repleta de indicadores econômicos internacionais. Nos Estados Unidos, haverá a divulgação de estatísticas do mercado de trabalho. Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) decidirá sobre a taxa de juros, em semana também marcada pelo índice de preços ao consumidor de maio. No Brasil, o destaque da agenda será a divulgação da produção industrial (PIM-PF) referente a maio. Além disso, o mercado estará atento às discussões sobre o IOF e às falas públicas de autoridades do Banco Central, após as relevantes divulgações do PIB do 1º trimestre e do IPCA-15 de maio.
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Economia
Tensões tarifárias voltam a aumentar
- As tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China voltaram a escalar após o presidente Donald Trump acusar Pequim de violar o acordo firmado em Genebra, que previa uma trégua tarifária de 90 dias e o fim das restrições chinesas à exportação de metais críticos utilizados nas indústrias de semicondutores e defesa dos Estados Unidos. O governo chinês rebateu as acusações, classificando-as como infundadas, e afirmou que tem cumprido o acordo, enquanto acusa Washington de adotar medidas unilaterais e discriminatórias — incluindo novas restrições à exportação de tecnologia avançada e o cancelamento de vistos de estudantes chineses. A sinalização de impasse nas negociações eleva o risco de retomada das barreiras tarifárias.
- Ainda sobre tarifas, Donald Trump anunciou o aumento de 25% para 50% nas alíquotas de importação do aço e alumínio. A medida entrará em vigor na 4ª-feira. Segundo o Presidente, o intuito é proteger a indústria nacional norte-americana. Em 2024, os Estados Unidos foram o principal destino das exportações brasileiras de ferro e aço, respondendo por 47,9% do total embarcado pelo Brasil nesse grupo de produtos. Do lado das importações norte-americanas, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de ferro e aço, representando 14,9% do total adquirido pelos EUA. O Canadá liderou o ranking com 24,2%, seguido pelo Brasil, México (10,1%), Coreia do Sul (5,9%) e Alemanha (4,6%).
- Nos indicadores, a inflação ao consumidor medida pelo deflator do consumo pessoal dos Estados Unidos (PCE, na sigla em inglês) avançou 2,1% no acumulado em 12 meses até abril (alta de 0,1% em comparação a março), em linha com as expectativas. Por sua vez, o núcleo da inflação – que exclui os itens mais voláteis – recuou de 2,7% para 2,5%. Esse é o indicador favorito do Fed, banco central, e continua se aproximando da meta de 2%, favorecendo assim uma possível decisão de corte de juros. Nosso cenário, próximo ao que o mercado atualmente apreça, é que o Fed deverá ter espaço limitado para cortes de juros em 2025. Esperamos, no máximo, duas reduções no segundo semestre.
- No Brasil, o PIB avançou 1,4% no primeiro trimestre de 2025 ante o quarto trimestre de 2024, levemente abaixo das expectativas (XP: 1,6%; Mercado: 1,5%). O destaque foi a Agropecuária, com expansão de dois dígitos em relação ao 4º trimestre de 2024 (12,2%), impulsionada principalmente pela safra recorde de soja. Reforçamos o cenário de desaceleração suave da atividade em 2025. Além do mercado de trabalho robusto, medidas recentemente anunciadas pelo governo podem dar suporte à demanda interna no curto prazo. Nossa expectativa de crescimento do PIB em 2025 – atualmente em 2,3% – possui ligeiro viés de alta. Para detalhes, leia o relatório “PIB cresce 1,4% no primeiro trimestre, puxado por safra recorde e demanda aquecida”.
- A Moody’s – uma das principais agências de classificação de risco de crédito – rebaixou sua perspectiva para o Brasil de positiva para estável. O rating para o país foi mantido em BA1, um nível abaixo do grau de investimento. Segundo a agência, a mudança da perspectiva reflete a “deterioração acentuada na capacidade de pagamento da dívida” e um “progresso mais lento do que o esperado na resolução da rigidez dos gastos e na construção de credibilidade em torno da política fiscal, apesar do cumprimento das metas de resultado primário”.
- Na agenda internacional, teremos uma semana repleta de indicadores econômicos. Nos Estados Unidos, haverá a divulgação de estatísticas do mercado de trabalho, com destaque para o Nonfarm Payroll na 6ª-feira. Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) decidirá sobre a taxa de juros na 5ª-feira, em semana também marcada pelo índice de preços ao consumidor de maio (3ª-feira). Além disso, serão divulgadas sondagens empresariais para a indústria e serviços para as principais economias do mundo, como China, EUA e Zona do Euro.
- No Brasil, o destaque da agenda será a divulgação da produção industrial (PIM-PF) referente a maio na 3ª-feira. Além disso, o mercado estará atento às discussões sobre o IOF e às falas públicas de autoridades do Banco Central, após as relevantes divulgações do PIB do 1º trimestre e do IPCA-15 de maio.
Empresas
Banco do Brasil (BBAS3): dos campos verdes aos alertas vermelhos
- Após a recente divulgação dos resultados do Banco do Brasil no primeiro trimestre - que ficaram bem abaixo das nossas expectativas e das do mercado - e a subsequente teleconferência de resultados, estamos revisando nosso modelo mais cedo do que o previsto:
- Notadamente, o BB colocou as principais linhas de guidance para 2025 como “em revisão”, o que, em nossa visão, adiciona incerteza e contribui para uma desancoragem das estimativas para o ano;
- Incorporamos agora: (i) NPLs mais elevados; e (ii) maior volatilidade dos resultados trimestrais devido à implementação da Resolução 4.966;
- Como resultado, reduzimos nossas estimativas de lucro líquido em 29% em 2025 e 28% em 2026;
- Embora os índices de capital permaneçam adequados por agora, assumimos um payout de 40% para preservar alguma flexibilidade;
- Refletindo essas mudanças, reduzimos nosso preço-alvo para R$32/ação e rebaixamos o BBAS3 para Neutro;
- Apesar do valuation ainda atraente, a situação pode deteriorar-se ainda mais antes de melhorar.
- Preferimos esperar por sinais mais claros de recuperação antes de tomar uma posição mais convicta sobre um nome que poderia se beneficiar de uma potencial aposta eleitoral;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos
- China Bans All Poultry Imports From Brazil on Bird Flu Case - Bloomberg
- Thai poultry industry poised for growth on Brazil bird flu, lower feed costs - Reuters
- Agro
- Funds finally pause corn selloff as focus turns to US crop - Reuters
- ‘Tarifaço’ de Trump dá impulso a receitas de empresas do agro no Brasil - Globo Rural
- Açúcar e Biocombustíveis
- US ethanol output eases off record pace as summer travels heat up - Reuters
- Fundador da Cosan diz que reestruturação da Raízen está próxima – Valor
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- Alimentos
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury secretary Scott Bessent insists US will ‘never default’ on its debt (Financial Times);
- Empresas estatais têm déficit recorde de R$ 2,73 bilhões entre janeiro e abril, aponta BC (Valor Econômico);
- Cemig foca em mudança para corporação e deve disputar lote de transmissão (Estadão);
- Moody's Ratings changes Brazil's outlook to stable from positive; affirms Ba1 ratings (Moody´s Global);
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Estratégia
Sob o olhar da estratégia: Big Techs, como se posicionar?
- Os mercados mudaram seu posicionamento no início de 2025. Após favorecerem as Big Techs pelos últimos dois anos, a volatilidade dessas companhias agora supera a dos principais índices;
- Os resultados do primeiro trimestre revelaram resiliência das Big Techs e importantes tendências;
- Agora, o mercado segue atento à evolução de fatores como: (i) liquidez e fluxos; (ii) dólar; (iii) tarifas e controle de exportações e (iv) tributação e regulação;
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Raio-XP Brasil - Permanecemos construtivos com a Bolsa brasileira no médio prazo, mas uma correção de curto prazo pode acontecer após a forte alta recente
- Em maio, os mercados globais permaneceram fortes, com a recuperação dos mercados americanos e a diminuição do fluxo de notícias sobre tarifas, e uma sólida temporada de resultados do 1º trimestre. A Bolsa no Brasil teve um desempenho positivo, valorizando-se 1,5% em reais em maio e +23% em dólares em 2025, com a forte entrada de estrangeiros (+R$ 22,1 bi em 2025);
- Neste Raio-XP, dividimos nossa análise em dois períodos: 1) No curto prazo, destacamos 5 tópicos a serem considerados que podem levar a uma correção após a forte alta, mas 2) Destacamos cinco razões pelas quais continuamos a gostar da exposição às ações brasileiras no médio e longo prazo;
- O valuation da Bolsa permanece atrativo em 7,9x o Preço/Lucro, embora algumas métricas, como o prêmio de risco de ações, já não estejam tão atrativas. Atualizamos nosso valor justo para o Ibovespa para o final de 2025 de 149 mil pontos para 150 mil pontos, com as taxas de longo prazo das NTN-Bs caindo novamente. Também atualizamos nossas Carteiras Recomendadas XP: Top Ações, Dividendos e Small Caps;
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- IFIX, principal índice dos fundos imobiliários, fecha maio com recorde (Valor Investe);
- Fundo imobiliário LIFE11 anuncia 8ª emissão de cotas para captar R$ 120 milhões (FIIs);
- Vinci aposta no Shopping Paralela e investe R$ 119,8 milhões para ampliar participação (SiiLA);
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ESG
Câmara dos Deputados dos EUA aprova PL que encerra subsídios para energia limpa | Café com ESG, 02/06
- O mercado fechou a semana passada em território misto, com o Ibovespa recuando 0,6%, enquanto o ISE subiu 1,7%. Já o pregão de sexta-feira fechou em queda, com o IBOV caindo 1,1% e o ISE 0,4%;
No Brasil, com aval do Operador Nacional do Sistema Elétrico para conexão à rede de energia, o projeto de "data center" da Casa dos Ventos terá investimentos de R$ 50 bilhões em sua primeira fase, informou a empresa nesta sexta-feira (30) - em contexto, o projeto, que será instalado no Porto de Pecém, no Ceará, obteve parecer favorável para o acesso de 300 MW na rede básica de transmissão de energia do país;
No internacional, (i) aCâmara dos Deputados dos EUA aprovou por uma margem apertada um projeto de lei de impostos e gastos que encerraria antecipadamente os subsídios da Lei de Redução da Inflação (Inflation Reduction Act, em inglês) para energia limpa - o projeto agora segue para o Senado, onde deve sofrer alterações; e (ii) segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a produção de combustível sustentável para aviação (SAF) deve dobrar em 2025, alcançando 2 milhões de toneladas, o que representa 0,7% do consumo total de combustível das companhias aéreas - o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, afirmou que essa quantidade relativamente pequena de SAF adicionará US$ 4,4 bilhões globalmente à conta das aéreas; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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