IBOVESPA +0,72% | 118.695 Pontos
CÂMBIO +0,16% | 4,88/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Com decisão do Copom no radar dos investidores, o Ibovespa encerrou a quarta-feira em alta de 0,7%, aos 118.695 pontos. O índice chegou a subir mais durante o dia, mas perdeu força após Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), afirmar que podemos voltar a ver altas nos juros americanos, e que eles podem permanecer em níveis elevados por mais tempo.
Renda Fixa
Em um dia marcado por volatilidade devido às decisões de política monetária nos EUA e no Brasil, as taxas futuras de juros enceraram mais um dia em alta. Os rendimentos das Treasuries novamente direcionaram a curva local, após o comunicado mais hawkish (conservador) do Fed em relação à possibilidade de novo aumento dos juros americanos. Por aqui, os agentes permanecem no aguardo da Ata do Copom para avaliar o ritmo de cortes da taxa básica de juros brasileira. DI Jan/24 fechou em 12,26%, mesmo nível do ajuste de ontem; DI Jan/25 saiu de 10,485% para 10,53%, DI Jan/27 oscilou de 10,44% para 10,48%; e DI Jan/31 variou de 11,29% para 11,28%.
Mercados globais
Nos Estados Unidos, os futuros negociam em queda nessa quinta-feira (S&P 500: -0,5%; Nasdaq 100: -0,7%). Apesar de ter ocorrido manutenção da taxa básica de juros (no patamar de 5,25%-5,50%) no país, a comunicação do Fed foi entendida como hawk, ou seja, mais dura, após sinalização de alta adicional até o fim do ano. Com isso, a curva de juros americana abriu: a treasury de 10 anos alcançou nova máxima em 16 anos, a 4,45%.
Outros mercados globais também reagem negativamente. Na China, a bolsas caíram (CSI 300: -0,9%; HSI: -1,3%) repercutindo o Fed e a própria expectativa local de estímulos do governo chinês. Na Europa, os mercados operam em queda (Stoxx 600: -1,0%), também no aguardo da decisão do Banco da Inglaterra, que está dividido entra uma nova alta e uma pausa após dados de inflação mais positivos. Ontem, o banco central suíço surpreendeu o mercado e manteve a taxa de juros inalterada, provocando queda no Franco Suíço. Os bancos da Suécia e da Noruega elevaram suas taxas básicas de juros, sinalizando a possibilidade de novas altas até o final do ano.
Economia
No Brasil, Copom reduziu a taxa Selic em 0,50 p.p. para 12,75%, conforme amplamente esperado. A temática fiscal volta ao comunicado da decisão, e o Banco Central mantém indicação de cortes na mesma magnitude para as próximas reuniões. Após as decisões de política monetária ontem, os especialistas da XP comentaram os impactos para a economia e os mercados. Assista aqui e veja todas as análises.
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Economia
Copom reduz a taxa Selic em 0,50 p.p. para 12,75%; Fed traz projeções altistas para atividade econômica e taxa de juros
- No Brasil, o Copom reduziu, como amplamente esperado, a taxa Selic de 13,25% para 12,75%. O comunicado da reunião trouxe elementos positivos e negativos para as perspectivas de inflação. De um lado, reconheceu que o ambiente externo segue mais desafiador, dadas as altas de juros americanos e menor crescimento chinês. No ambiente interno, destacou a atividade econômica mais resiliente, embora mantenha a visão de desaceleração gradual adiante. De maior relevância, o comitê reforçou a importância da “firme persecução” das metas fiscais estabelecidas pelo novo arcabouço fiscal, temática que havia retirado da última comunicação. Sobre os próximos passos, o comitê manteve a redação da última reunião, enfatizando que “os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões”. A utilização do plural (“reuniões”) indica que o Copom não planeja – pelo menos por ora – uma aceleração no ritmo de queda de juros nos próximos meses. Esperamos reduções de 0,50 p.p. nas próximas reuniões e espaço limitado para cortes de juros em 2024. Projetamos Selic a 11,75% ao final de 2023 e 10,0% em 2024;
- Na agenda de indicadores, teremos a divulgação da arrecadação federal de agosto, para a qual a XP espera R$ 172,8 bi e o mercado, R$ 172,5 bi;
- O FOMC (Comitê de Política Monetária do Fed) manteve as taxas básicas de juros americanas estáveis no intervalo de 5,25%-5,50%, conforme amplamente esperado pelo mercado. No entanto, as projeções econômicas do comitê se moveram de forma relevante ante a última reunião. A projeção de juros médios dos Fed funds para o fim do ano de 2023 permaneceu estável em 5,6%, sugerindo que as autoridades aumentarão 0,25 p.p. a mais antes de encerrar o ciclo de aperto. Ainda assim, as previsões para 2024 aumentaram de 4,6% para 5,1%, implicando apenas redução de 0,50 p.p. na taxa em 2024. Para 2025, a mediana passou de 3,4% para 3,9%. De alta relevância, cinco membros do FOMC não esperam que a taxa dos Fed Funds volte a 2,5% no longo prazo, enviando uma mensagem muito dura de que os juros neutros são provavelmente mais altos daqui para frente. Sobre a atividade econômica, as projeções para o crescimento do PIB de 2023 aumentaram significativamente de 1,0% para 2,1%, para 2024, subiram de 1,1% para 1,5% e, para 2025, mantiveram-se em 1,8%. Enquanto isso, a mediana das previsões de taxa de desemprego caiu de 4,1% para 3,8% para 2023 e para 2024 e 2025 de 4,5% para 4,1%. Em nota positiva, o núcleo da projeção de inflação do PCE para 2023 caiu de 3,9% para 3,7%, e ficou praticamente inalterado nos próximos dois anos (2,6% em 2024 e 2,3% em 2025). Como resposta, os juros de 2 anos americanos avançaram a 5,18%, o maior patamar do ano;
- No Reino Unido, o Banco Central da Inglaterra (BoE, no acrônimo em inglês) deve elevar sua taxa básica em 0,25 p.p. para 5,50% hoje às 8:00. A despeito da leitura de inflação de agosto ter vindo abaixo das expectativas, as variações em 12 meses do núcleo e o índice cheio seguem acima de 6%, muito acima da meta de 2,0% a ser perseguida pela autoridade monetária. Esperamos que o BoE entregue alta de 0,25 p.p. nesta reunião e na próxima, encerrando o ciclo atual de aperto monetário em 5,75%.
Empresas
Unipar (UNIP6) | Explorando caminhos de crescimento
- Realizamos um NDR (non-deal roadshow) com a Unipar com investidores brasileiros para explorar as perspectivas da empresa;
- O atual ciclo de crescimento da empresa tem consistido em múltiplas camadas:
- projetos de autoenergia renovável;
- projetos de expansão: escalada da expansão da unidade de Santo André e nova unidade em Camaçari;
- substituição da produção baseada no mercúrio, o que facilitará a exportação a melhores preços e reduzirá custos;
- O crescimento baseado principalmente em cloro/soda cáustica é justificado pelo potencial de demanda decorrente da baixa penetração de saneamento básico no Brasil;
- Para os próximos passos, a Unipar acredita na combinação do crescimento orgânico e na busca de oportunidades de M&A para trazer diversificação e alcançar uma estrutura de capital mais equilibrada ao longo do tempo;
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Ser Educacional (SEER3): Bem posicionada para surfar o momento do setor
- Estamos atualizando nossas estimativas para a Ser Educacional (SEER3), introduzindo um preço-alvo de R$9,0/ação para o final de 2024 e alterando a nossa recomendação para Compra;
- Esperamos que a Ser se beneficie de uma temporada de captação forte e de um ambiente competitivo mais controlado, o que se traduz em volumes e preços mais altos;
- Além disso, a empresa fez sua lição de casa ao tornar suas operações mais enxutas e buscar ganhos de eficiência que já estão rendendo frutos;
- Por fim, vemos opcionalidades positivas tanto no julgamento do STF em relação às vagas de medicina quanto à uma possível reformulação do FIES.
- Estamos altamente otimistas em relação às perspectivas da empresa e consideramos a ação uma das melhores escolhas para aproveitar a recuperação do setor;
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Agro, Alimentos e Bebidas – Data Expert | Proteínas Animais Brasil – Set/23
- Em todas as proteínas de carne, a mudança na direção dos preços possui fundamentos diferentes, mas uma combinação de boa demanda de exportação, melhor consumo doméstico sazonal e menor oferta de suíno e frango está melhorando a perspectiva de preços;
- Mantemos nossa preferência por BEEF3 no curto prazo, pois a empresa deve aproveitar o aumento das exportações no 2º semestre de 2023 com margens sólidas (margem EBITDA ajustada de 9,8% no 2T23) devido à ampla oferta de gado, apesar dos preços da carne estarem distantes dos picos recentes;
- Além disso, o ajustes na oferta e recente aumento nos preços de frango se juntam a preços mais baixos de grãos como impulsionadores positivos para a BRF no 2º semestre de 2023;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- BTG conclui compra do FIS Privatbank, de Luxemburgo (Valor);
- BB e Caixa fazem transação de título público fracionado no Drex (Valor);
- PagBank lança solução que transforma celular em maquininha (Valor);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Vivo vai cobrir com 4G a Estrada de Ferro de Carajás para a Vale (telesintese);
- Grupo TIM: Itália e KKR querem mais tempo para apresentar oferta (telesintese);
- Entidades e pesquisadores preparam manifesto global contra fair share (TELETIME);
- Eletromídia (ELMD3) fica em 1° lugar em lotes de concessão do aeroporto de Santos Dumont (Finance News);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Natura&Co: The Body Shop já tem três interessados (Brazil Journal);
- Casas Bahia faz uma volta ao passado para tentar mudar de rota (Valor);
- Shopper, e-commerce de supermercado, quer agora concorrer com Petz e Petlove (O Globo);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- CEO da AB InBev: Vendas nos EUA estabilizadas após reação negativa, México crescendo (Bloomberg);
- Tribunal da UE condena regime fiscal da Bélgica, com impacto sobre AB InBev e BP (Valor);
- Alimentos
- Brasil abre cinco novos mercados para exportação de gado vivo (Globo Rural);
- Preços do arroz devem se acomodar em setembro, após recorde em agosto (Globo Rural);
- Agro
- Senado aprova bioinsumos e setor aguarda análise dos pesticidas para avançar na pauta de modernidade no campo (Notícias Agrícolas);
- Pesquisa aponta: há 85 empresas de biológicos no ponto para fusões e aquisições (AgFeed);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Bebidas
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Conselho da Copel aprova contratação de assessorias para desinvestimento na Compagas (Valor Econômico);
- Cemig começa a contratar usinas solares flutuantes para hidrelétricas (EPBR);
- Distribuidoras temem maior inadimplência se energia elétrica não for considerada essencial na reforma tributária (EPBR);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Temperaturas elevadas desafiam abastecimento de combustíveis (Petróleo Hoje);
- Enauta inicia campanha de ancoragem do FPSO Atlanta (Petróleo Hoje);
- Subida da Serra: Compass e governo de SP reagem contra restrições propostas pela ANP (EPBR)
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
Análise (Crédito): Grupo CSN – 2T23
- A Companhia Siderúrgica Nacional (“CSN”) atua em toda a cadeia produtiva do aço, com negócios em siderurgia, mineração, cimento, logística e energia e possui um dos mais baixos custos de produção da siderurgia mundial;
- A maior parte do seu EBITDA provém da siderurgia e mineração (aprox. 70% no 2T23), entretanto a Companhia vem diversificando seu portfólio com aquisições nos setores de energia e cimento;
- Apesar da resiliência da Receita Líquida com os volumes recordes na mineração, a queda de preços do minério ocasionou na redução do EBITDA em 31%, com aumento na alavancagem;
- Acreditamos que a CSN dispõe de posição competitiva na indústria e liquidez suficiente para fazer frente ao momento de baixa do setor;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Fed mantém juro estável, mas indica nova alta ainda neste ano (Valor);
- 10-year Treasury yield hits fresh multiyear high as investors digest Fed rate decision (CNBC);
- Copom manterá cortes de 0,5 ponto e põe em dúvida Selic a 9% em 2024 (Valor);
- Hidrovia do rio Amazonas sofre com seca (Valor);
- Fitch Eleva Rating do Mater Dei Para ‘AA+(bra)’; Perspectiva Estável (Fitch);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Carteira Recomendada Ganho de Capital – Setembro 2023
- A nova Carteira Recomendada de FIIs – Ganho de Capital é composta por 10 ativos, que no cenário atual visualizamos a possibilidade de apreciação de suas cotas;
- A alocação da nossa carteira é orientada a captar assimetrias de mercado no médio prazo, pensando principalmente no atual cenário macroeconômico de início do ciclo de queda de juros;
- A carteira segue diversificada por segmentos, de modo que, apesar de ser orientada para ganho de capital, também apresenta bons parâmetros de ganho de renda mensal;
- A carteira automatizada está disponível para aderência;
- Clique aqui e confira sua composição.
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FII de hotel Maxinvest (HTMX11) registra queda na taxa de ocupação, mas ganha mais investidores (InfoMoney);
- Fundo imobiliário salta 8% antes do Copom; FII muda de nome e ticker a partir de outubro (Money Times);
- IRDM11 tem 3º avanço seguido, VISC11 e KNRI11 são destaques de queda e IFIX cai aos 3.224,8 pontos (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Brasil amplia meta de redução de emissão de 37% para 48% até 2025 | Café com ESG, 21/09
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE em alta de +0,72% e +0,85%, respectivamente;
- Do lado das empresas, a Reservas Votorantim, empresa de soluções baseadas na natureza do Grupo Votorantim, e a consultoria ECCON Soluções Ambientais, lançaram ontem uma metodologia própria para geração de créditos de carbono na Mata Atlântica – chamada de PSA Carbonflor, o potencial calculado é de gerar, em 100 anos, 1,7 milhão de créditos Carbono Plus (C+);
- Na política, (i) o governo brasileiro confirmou durante evento na ONU em Nova York que o Brasil ampliará para 48% sua meta de redução de emissões de gases do efeito estufa até 2025 (vs. 37% anteriormente) e para 53% até 2030 em comparação com os níveis de 2005; e (ii) o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente Lula assinaram ontem, em Nova York, uma parceria conjunta para melhorar as condições de trabalho nos respectivos países – batizada de “Iniciativa Global Lula-Biden para o Avanço dos Direitos Trabalhistas na Economia do Século XXI”, a iniciativa visa proteger o direito dos trabalhadores, combatendo trabalho infantil e forçado;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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