IBOVESPA -0,04% | 131.141 Pontos
CÂMBIO -1,21% | 5,63/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na quinta-feira, o Ibovespa fechou perto da estabilidade, com uma leve queda de 0,04%, aos 131.141 pontos, na contramão dos mercados globais (S&P 500, -4,9%; Nasdaq, -6,0%), que foram pressionados com o anúncio de novas tarifas feito por Donald Trump. Para as ações brasileiras, o dia foi marcado por tendências opostas. Os nomes ligados a commodities caíram em meio a queda de preços e desvalorização do dólar (-1,2%), ambos causados pelo aumento de temores com uma desaceleração da economia norte-americana. Enquanto isso, os papéis domésticos sustentaram o desempenho do índice, beneficiados pelo fechamento da curva de juros.
Como resultado, os destaques negativos na Bolsa brasileira foram as petroleiras, como Brava, Prio e Petrobras (BRAV3, -7,2%; PRIO3, -7,0%; PETR4, -3,2%), acompanhando a forte queda do Brent (-6,7%). Já entre os maiores ganhadores do dia estiveram papéis mais cíclicos como Magazine Luiza, Iguatemi e Assaí (MGLU3, +5,5%; IGTI11, +5,1%; ASAI3, +4,6%.), beneficiados pelo alívio dos juros futuros.
Nesta sexta-feira, a atenção do mercado se volta para a divulgação do relatório de emprego dos EUA referente a março.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com forte fechamento da curva. No Brasil, os investidores reagiram positivamente ao fato de o país ter ficado com a menor alíquota tarifária do “Dia da Libertação” e à proposta alternativa de isenção do IR, na qual se eleva o piso do imposto mínimo de R$ 50.000 para R$ 100.000 e taxa os bancos. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,74% (- 27,1bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,38% (- 47,4bps); DI jan/29 em 14,13% (- 47,9bps); DI jan/31 em 14,37% (- 40,4bps
Nos EUA, os investidores aumentaram a aversão ao risco com o potencial agravamento dos embates comerciais entre as maiores economias do mundo. Com isso, os rendimentos das Treasuries americanas de dois anos terminaram o dia em 3,70% (-16,3bps), enquanto os de dez anos caíram para 4,03% (-9,5bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -1,3%; Nasdaq 100: -1,3%) após o presidente Donald Trump anunciar tarifas recíprocas no “Liberation Day”, o que serviu de gatilho para a maior queda das ações americanas em um único dia nos últimos cinco anos. O anúncio também continua pressionando as taxas das Treasuries nesta manhã, com os títulos de 10 anos recuando mais de 10 bps e os de 2 anos caindo 8 bps.
Na Europa, as bolsas operam em baixa (Stoxx 600: -2,5%), à medida que o risco de recessão nos EUA aumenta, afetando principalmente o setor bancário. No Japão, os mercados encerraram o dia em queda (Nikkei 225: -2,8%), acompanhando o recuo das bolsas americanas. Enquanto isso, os mercados em Hong Kong e na China permanecem fechados devido ao Festival Qingming.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira com uma leve queda de 0,13%, acumulando um recuo de 0,24% neste início de mês, após ter registrado uma valorização expressiva de 6,14% em março. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolos apresentaram desempenhos negativos no dia, com desvalorizações médias de 0,38% e 0,27%, respectivamente. Entre os destaques positivos, figuraram VIUR11 (+1,5%), XPML11 (+1,5%) e ARRI11 (+1,4%). Já entre os destaques negativos, destacaram-se RECT11 (-3,4%), RBVA11 (-2,5%) e CLIN11 (-2,2%).
Economia
Nos Estados Unidos, o índice ISM de serviços – sondagem com empresas – cedeu de 53,5 pontos em fevereiro para 50,8 pontos em março, o menor nível desde junho de 2024. Destaca-se que todos os seus componentes computaram desaceleração – preços, novas encomendas e emprego. Junto com o anúncio das novas tarifas americanas, o indicador impulsionou perdas nos ativos de risco americanos, alimentando receios de recessão no país. Na agenda de hoje, o destaque será a divulgação do relatório de emprego (nonfarm payroll) de março. O mercado espera que a economia americana tenha gerado 140 mil empregos em março e que a taxa de desemprego tenha se mantido em 4,1%.
Divulgamos o nosso relatório macro mensal de abril. Destacamos que o risco de recessão nos EUA aumentou e o dólar americano desvalorizou-se significativamente este ano. Em que pese a elevada incerteza, assumimos, por ora, que os preços das commodities e o DXY (índice global do dólar) se recuperarão um pouco nas próximas semanas e que o Fed não cortará os juros no curto prazo. Como consequência, mantemos nossa projeção de 6,00 reais por dólar ao final de 2025 e 6,20 ao final de 2026.
Um dos destaques dessa publicação foi nossa revisão para o PIB de 2025 (de 2,0% para 2,3%) e 2026 (de 1,0% para 1,5%). Para a inflação, a nossa projeção para o IPCA de 2025 segue em 6,0%, enquanto subimos a de 2026 de 4,5% para 4,7%. Por fim, continuamos a ver a taxa Selic subindo até 15,50%. Veja o relatório completo.
Veja todos os detalhes
Economia
Payroll é o destaque dessa sexta-feira
Nos Estados Unidos, o índice ISM de serviços – sondagem com empresas – cedeu de 53,5 pontos em fevereiro para 50,8 pontos em março, o menor nível desde junho de 2024. Destaca-se que todos os seus componentes computaram desaceleração – preços, novas encomendas e emprego. Por ser um indicador antecedente para a atividade econômica, cresceram a apostas de que a economia dos EUA desacelere profundamente ao longo dos próximos meses. Por fim, bolsas cederam fortemente, bem como as taxas dos títulos públicos, impulsionando o mal-estar após a apresentação da nova política tarifária de Donald Trump.
Na agenda de hoje, o destaque será a divulgação do relatório de emprego (nonfarm payroll) de março. O mercado espera que a economia americana tenha gerado 140 mil empregos em março e que a taxa de desemprego tenha se mantido em 4,1%. Tais indicadores seriam mais relevantes para preços de ativos não fossem as fortes repercussões das tarifas na economia americana. Na visão de analistas, o dado deve ser visto como “informação de retrovisor”.
Divulgamos o nosso relatório macro mensal de abril. Destacamos que o risco de recessão nos EUA aumentou e o dólar americano desvalorizou-se significativamente este ano. Em que pese a elevada incerteza, assumimos, por ora, que os preços das commodities e o DXY (índice global do dólar) se recuperarão um pouco nas próximas semanas e que o Fed não cortará os juros no curto prazo. Como consequência, a incerteza global torna a previsão para o câmbio mais desafiadora. Por ora, mantemos nossa projeção de 6,00 reais por dólar ao final de 2025 e 6,20 ao final de 2026.
Um dos destaques dessa publicação foi nossa revisão para o PIB de 2025 (de 2,0% para 2,3%) e 2026 (de 1,0% para 1,5%). Para a inflação, a nossa projeção para o IPCA de 2025 segue em 6,0%, enquanto subimos a de 2026 de 4,5% para 4,7%. Por fim, continuamos a ver a taxa Selic subindo até 15,50% este ano, embora consideremos que, se a economia desacelerar mais do que o esperado, o Copom pode optar por interromper o ciclo de alta um pouco antes. Para mais detalhes, acessar o relatório.
Commodities
Papel e Celulose: As exportações de celulose do Uruguai aumentaram em Mar’25; Futuros da BHKP acima de US$ 600/t em Mai’25
- Nesta semana, observamos:
- (i) as exportações de celulose do Uruguai aumentaram +73% A/A e +121% M/M em Mar’25, totalizando 543 kt, segundo dados da Uruguay Customs.
- (ii) Os preços de aparas no Brasil totalizaram R$ 1.206/t em Mar’25 (+5% M/M), com aparas Tipo I totalizando R$1.292/t, enquanto aparas Tipo II foi de R$1.147/t, segundo Anguti.
- (iii) Preços (líquidos) da China de US$606/t e US$798/t para a BHKP e a NBSK, respetivamente.
- (iv) Os futuros chineses do BHKP estão atualmente acima de US$600/t para Mai’25 (estável S/S) e acima dos preços spot do BHKP de US$606/t na China.
- (v) Por fim, a Suzano está sendo negociada a um EV/EBITDA de 2025 de 5,2x, um desconto de 23% em relação à sua média histórica de 6,8x.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Empresas
Telecom Brasil: Data Expert | Monitor Anatel; Resultados de Fevereiro de 2025
- A Anatel divulgou a base de dados de assinantes referente a fevereiro de 2025. Em telefonia móvel, a Claro foi a operadora com o maior número de adições líquidas em pós-pago (ex-M2M), com aproximadamente 224 mil novos clientes, mas desconectou cerca de 174 mil no pré-pago. Vivo e TIM apresentaram perda líquida de clientes na base consolidada;
- A Vivo adicionou aproximadamente 205 mil no pós-pago (ex-M2M), mas perdeu cerca de 315 mil no pré-pago, enquanto a TIM adicionou cerca de 103 mil no pós, mas desconectou aproximadamente 347 mil no pré. Além das grandes operadoras, a Brisanet segue expandindo rapidamente sua operação móvel, com adição de cerca de 42 mil clientes pós-pagos, totalizando aproximadamente 417 mil;
- Em participação de mercado (pré + pós), a Vivo lidera com 38,8%, seguida por Claro (33,1%) e TIM (23,5%). Em relação à banda larga (todas as tecnologias), a Brisanet foi o destaque em crescimento orgânico entre as ISPs listadas, com adição de aproximadamente 15 mil clientes (vs. ~15 mil em jan/25), enquanto Desktop e Unifique adicionaram ~9 mil e ~5 mil;
- Em FTTH, Brisanet, Desktop e Unifique adicionaram ~9 mil, ~9 mil e ~5 mil, respectivamente;
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AmBev (ABEV3) | Prévia de Resultados do 1T25: Um trimestre difícil pela frente; Atualizando estimativas e preço-alvo
- Estamos divulgando nossa prévia dos resultados do 1T25 e atualizando nossas estimativas e preço-alvo para R$ 13,0/ação. Projetamos um trimestre desafiador devido a
- (i) um enfraquecimento da indústria de cervejas no Brasil;
- (ii) comps difíceis na Cerveja Brasil e NAB, e
- (iii) resultados abaixo do EBITDA piores.
- Para 2025, estamos elevando nossas estimativas ao incorporar o guidance de custo de caixa da AmBev para Cerveja Brasil, um número mais otimista do que o esperado.
- No entanto, nosso sentimento em relação a tese de investimento não melhora, pois vemos um ambiente competitivo e econômico desafiador, apresentando obstáculos aos lucros da empresa.
- Agora projetamos um lucro por ação (EPS) para 2025 que está 6% abaixo do consenso, com as ações sendo negociadas a 14,4x P/L.
- Reforçamos nossa recomendação Neutra.
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Setor imobiliário: O mercado de escritórios da Chucri Zaidan se fortalece, beneficiando potencialmente a EZTEC
- Nesta semana, organizamos uma reunião com consultores sênior da CBRE Brasil para discutir o mercado de escritórios corporativos na região de Chucri Zaidan. Nossas principais conclusões são:
- (i) mercado de escritórios corporativos em SP está melhorando, com taxas de vacância em declínio em 2024;
- (ii) a região da Chucri Zaidan se destaca por sua forte absorção e demanda sustentada;
- (iii) a Esther Towers poderia se beneficiar da disponibilidade reduzida de grandes áreas locáveis na Chucri Zaidan;
- (iv) embora a Chucri Zaidan tenha uma diferença de preço significativa em comparação com a Faria Lima, a redução nas entregas de projetos a partir de 2027 deve apoiar gradualmente os aumentos de preços;
- De modo geral, a melhor perspectiva para o Chucri Zaidan deve favorecer o processo de locação do Esther Towers, embora as condições macroeconômicas desafiadoras possam prolongar o processo de venda do projeto;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- BTG é cobrado pela CVM e nega ter feito proposta ao Banco Master (Valor)
- Reunião de Galípolo com representantes do FGC é cancelada (Folha);
- Pix parcelado deve estar disponível a partir de setembro, diz BC (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Anatel bate o martelo: Norma nº 4 será extinta a partir de 2027 (Teletime);
- Apple perde US$ 250 bi em valor de mercado devido ao ‘tarifaço’ de Trump (Valor);
- Anatel mantém MVNOs autorizadas (Teletime);
- Anatel confirma adiamento de decisão sobre satélites da Starlink, de Elon Musk (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- China’s response to new U.S. tariffs will likely focus more on stimulus, building trade ties (CNBC);
- PP quer taxar menos super-ricos e cobrar mais de bancos para compensar isenção de IR (Folha de São Paulo);
- Carrefour Brasil altera valores de proposta para deslistagem de ações na B3 (Valor Econômico);
- Fitch Eleva Rating Nacional de Longo Prazo da Sicoob Cocred para ‘A+(bra)’; Perspectiva Estável (Fitch Ratings);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
Ações para se proteger da inflação
Analisando as tendências das taxas de juros e inflação no Brasil, propomos um método alternativo para identificar regimes do mercado de ações e revisitamos o desempenho dos ativos em vários ciclos durante as últimas duas décadas.
- O regime atual, caracterizado por inflação e taxas de juros subindo, geralmente é bastante desafiador para ações, entregando retornos negativos consistentemente.
- Embora não haja setores que se destacam durante o ciclo, concluímos que Bancos, Utilidade Pública e ações de alta Qualidade são aqueles que mais se destacam em qualquer cenário.
- Também mostramos duas cestas de ações: uma com ações de alta qualidade e baixo risco, que é recomendada para o atual regime; e outra com nomes “baratos” e de baixo risco, que se comportam bem no cenário à frente, que antecipamos depois de uma mudança na tendência no ciclo de juros.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos multiestratégia podem substituir FOFs na carteira de FIIs? Kinea responde (InfoMoney);
- Vacância e inadimplência podem tirar dois fundos da “elite” do mercado de FIIs (InfoMoney);
- V2 Prime Properties (VPPR11) assina novo contrato de locação e calcula impacto (Money Times);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Europa adia aplicação de regras para relatórios de sustentabilidade | Café com ESG, 04/04
- O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território misto, com o IBOV andando de lado (-0,03%), enquanto o ISE avançou 1,82%;
No Brasil, a Petrobras e a Braskem assinaram um Memorando de Entendimento para aprofundar estudos de oportunidades de projetos de captura e armazenamento de carbono na Bahia – o documento oficializa que as empresas pretendem estudar potenciais modelos de negócio mutuamente benéficos na economia de baixo carbono;
No internacional, (i) a BP está dissolvendo sua equipe de mobilidade de baixo carbono, responsável por desenvolver soluções elétricas, de hidrogênio e outras de baixas emissões para veículos, especialmente caminhões – segundo o executivo sênior da companhia, Martin Thomsen, manter a equipe não era mais viável comercialmente para a BP manter uma equipe dedicada à área; e (ii) o Parlamento Europeu aprovou o adiamento da aplicação de regras de ‘due diligence’ e de relatórios de sustentabilidade para empresas europeias – a medida votada ontem faz parte de um esforço para que as regulações ESG europeias sejam adiadas ou simplificadas, após pressão de alguns Estados-membros; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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