IBOVESPA +1,3% | 132.216 Pontos
CÂMBIO -0,1% | 5,72/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na quarta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 1,3%, aos 132.216 pontos, acompanhando o movimento positivo dos mercados globais (S&P 500, +1,7%; Nasdaq, +2,3%) após declarações de Donald Trump sinalizando que não possui intenção de demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e de que as tarifas de 145% atualmente impostas à China podem diminuir substancialmente em um eventual acordo entre os dois países.
O principal destaque positivo do dia foi JBS (JBSS3, +6,4%), após a companhia anunciar, via fato relevante, que obteve a declaração de registro junto à SEC para as ações da JBS N.V., em mais um passo relevante no processo de dupla listagem da companhia (veja mais detalhes aqui). Já a Cogna (COGN3, -8,1%) caiu, em movimento técnico, após uma alta acumulada de 12,1% nos dois pregões anteriores.
Nesta quinta-feira, teremos a divulgação do índice de confiança do consumidor da FGV referente a abril no Brasil. Além disso, a temporada de resultados do 1T25 ganha força com os balanços de Multiplan, Usiminas e Vale. Já pela temporada de resultados internacional, os destaques serão Alphabet, American Airlines, BNP Paribas, Intel, Nestlé, PepsiCo e Unilever.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com forte fechamento ao longo da curva. Na política monetária brasileira, o diretor do Banco Central (BC), Nilton David, afirmou que a taxa Selic já se encontrava em patamar restritivo ao fim de 2024, mas, visando se proteger da incerteza local e internacional, o BC optou por estender o aperto de juros. Além disso, o Tesouro Nacional realizou o primeiro leilão off-the-run de NTN-Bs, que teve alocação total. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,67% (-6,3bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,02% (-17,7bps); DI jan/29 em 13,86% (-21bps); DI jan/31 em 14,19% (-16,2bps).
Nos EUA, o mercado reagiu à afirmação do presidente Trump de que não é de seu interesse a demissão de Jerome Powell, presidente do Fed. Além disso, o apetite por risco dos investidores aumentou após notícias apontarem para a redução das tarifas impostas à China. Por lá, os rendimentos das Treasuries americanas de dois anos terminaram o dia em 3,88% (+6,1bps), enquanto os de dez anos em 4,39% (-0,7bp).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros dos EUA operam em queda (S&P 500: -0,4%; Nasdaq 100: -0,5%), após dois dias seguidos de alta impulsionados por expectativas de alívio nas tensões comerciais com a China. Apesar do tom mais conciliador de Trump, investidores seguem cautelosos com a falta de avanços concretos. No dia anterior, o S&P 500 subiu 1,7% e o Nasdaq avançou 2,5%, mas ambos fecharam longe das máximas do dia. Ainda assim, o mercado segue em correção, segundo analistas, após o forte rali de abril.
A taxa das Treasuries operam mistas, o título do título de 10 anos estável em 4,387%, enquanto o de 2 anos sobe +7 bps.
Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -0,1%) com realização de lucros e balanços no radar. Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -0,1%; HSI: -0,7%), com investidores digerindo os dados fracos de crescimento da Coreia do Sul e acompanhando os desdobramentos da disputa comercial.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira com uma alta de 0,29%, marcando a sétima elevação consecutiva desde as quedas registradas no início do mês. O destaque da sessão foi para os Fundos de Tijolos, que apresentaram um desempenho médio de 0,42%, enquanto os FIIs de Papel registraram uma valorização média de apenas 0,02%. Entre os destaques positivos, destacaram-se BTRA11 (4,4%), HGFF11 (4,4%) e RBRF11 (2,9%). Por outro lado, entre os destaques negativos, figuraram RECR11 (-2,2%), BTCI11 (-1,8%) e HTMX11 (-1,7%).
Economia
Nos Estados Unidos, dados do índice de gerentes de compras mostraram uma leve aceleração do crescimento da manufatura, atingindo 50,7 – acima das expectativas. Por outro lado, o crescimento do setor de serviços parece ter se reduzido, com o PMI desacelerando de 54,4 em março para 51,4 em abril, valor abaixo da expectativa. No geral, o PMI composto, que inclui manufatura e serviços, atingiu 51,4, o menor nível em 16 meses. Além dos dados do PMI, os relatos trazidos pelo Livro Bege do Fed também mostraram uma desaceleração da economia, com uma possível alta de preços e do desemprego. Também nos Estados Unidos, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que as tarifas excessivamente altas entre o país e a China terão que ser reduzidas antes que as negociações comerciais possam prosseguir, e indicou acreditar em uma redução mútua. Também afirmou que as negociações com os outros países devem ser concluídas antes de 2 de abril.
Na agenda do dia, teremos indicadores de pedidos de bens duráveis, pedidos de auxílio-desemprego e de vendas de casas usadas nos Estados Unidos. Também teremos os discursos de dois diretores do Banco Central, Diogo Guillen (Política Econômica) e Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos), em eventos em Washington.
Veja todos os detalhes
Economia
Economia dos EUA mostra sinais de desaceleração
- O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor de manufatura dos EUA apresentou um aumento inesperado, de acordo com dados divulgados recentemente. O PMI real foi registrado como 50,7, acima da previsão atual de 49,0 e do resultado anterior de 50,2, indicando uma leve expansão. O aumento inesperado do PMI sugere que o setor industrial está se mantendo melhor do que o esperado, apesar das previsões de uma contração. Por sua vez, os dados mais recentes do PMI de Serviços, divulgados pela Markit Economics, indicaram uma desaceleração no crescimento das empresas de serviços do setor privado. O número real ficou em 51,4, uma queda significativa em relação à previsão de 52,8. O valor real de 51,4, embora ainda acima da marca crítica de 50, indica uma taxa de crescimento mais lenta em comparação com o valor previsto. Quando comparado com o valor do mês anterior, de 54,4, a queda é ainda mais aparente, indicando uma desaceleração no crescimento do setor de serviços. Isso pode sinalizar um início precoce de desaceleração econômica, embora sejam necessários mais dados para confirmar essa tendência. Por fim, o PMI composto, que inclui manufatura e serviços, atingiu 51,2, o menor nível em 16 meses;
- Os preços estão subindo e a atividade econômica começou a desacelerar em algumas partes do país, à medida que as empresas e as famílias tentam se adaptar ao estabelecimento de tarifas abrangentes do presidente dos EUA, Donald Trump. O “Livro Bege”, como é conhecido o relatório, capturou as primeiras consequências das políticas de Trump, descrevendo uma corrida para a compra de carros antes do aumento das tarifas de importação. Mas a atividade diminuiu, pois as empresas se esforçaram para manter o ritmo das mudanças e evitar grandes investimentos em meio ao que alguns descreveram como condições caóticas. Também houve relatos de preços que estavam mudando rapidamente ou prestes a subir acentuadamente, e indícios de demissões que estavam por vir;
- O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse na quarta-feira que acredita que as tarifas excessivamente altas entre os EUA e a China terão que ser reduzidas antes que as negociações comerciais possam prosseguir. Bessent disse que não há planos para que Trump seja o primeiro a reduzir as tarifas para diminuir a amarga guerra comercial entre os EUA e a China: “Não me surpreenderia se elas fossem reduzidas de forma mútua”, acrescentou. Ele também disse que o governo Trump estava trabalhando para restaurar a segurança tarifária por meio de negociações com dezenas de países, e não achava que isso envolveria um “processo prolongado”, porque os países vão querer evitar as tarifas recíprocas mais altas que foram anunciadas em 2 de abril, e esclareceu comentários anteriores sobre um cronograma de dois a três anos para um acordo entre os EUA e a China, dizendo que isso se referia ao processo completo de reequilíbrio, e não às negociações para um acordo, que devem acontecer muito mais rápido;
- A agenda de quinta-feira inclui indicadores nos EUA, como dados sobre pedidos de bens duráveis (anterior: 1,0%), pedidos semanais de auxílio-desemprego e vendas de casas usadas. Além disso, os investidores acompanharão a participação dos diretores do Banco Central Diogo Guillen (Política Econômica) e Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) em eventos em Washington.
Empresas
Bens de Capital: O que os resultados dos pares globais nos dizem sobre a WEG?
- Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas-chave para o setor.
- Nesta semana, destacamos:
- (i)implicações positivas para a WEG dos resultados recentes de seus pares globais (especialmente em termos de tendência de demanda e de rentabilidade), olhando para ABB, Siemens Energy e GE Vernova;
- (ii) as receitas da Frasle cresceram +10% A/A organicamente, enquanto as receitas da Randon excl. Frasle ficaram estáveis A/A em Mar’25;
- (iii) Embraer apresentou números operacionais mais lentos e em linha com a sazonalidade, com números de backlog estáveis em todas as divisões; (mais detalhes aqui), enquanto
- (iv) seu C-390 Millennium surgiu como um forte candidato para substituir o C-130 Hercules na Força Aérea Grega, e
- (v) o CEO da Boeing confirmou que a China parou de receber suas aeronaves em meio à guerra comercial.
- Finalmente, (vi) o momentum score da WEG diminuindo S/S.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Bens de Capital: Um ambiente negativo para bens de capital expostos ao agro
Prévia dos Resultados do 1T25
- Projetamos resultados sazonalmente fracos para a maioria das empresas de Bens de Capital no 1T25, com empresas expostas ao agronegócio, como Randon e Kepler Weber, destacando-se negativamente em meio a condições desafiadoras de demanda (com altas taxas de juros e baixos preços de commodities como ventos contrários para implantações de capex).
- Olhando para a WEG, após dois trimestres de perda de rentabilidade, acreditamos que as expectativas dos investidores agora são mais conservadoras – esperamos margens estáveis, embora vejamos o 1T como um trimestre em desaceleração em termos de crescimento sequencial da receita.
- Vemos uma sazonalidade mais fraca para a Embraer também, com entregas mais baixas (discutidas mais detalhadamente aqui) impulsionando a desalavancagem operacional (embora se espere que aumente no longo do ano).
- Para a Marcopolo, esperamos que um mix pior e receitas sazonalmente mais fracas gerem uma rentabilidade menor – dito isso, vemos quaisquer indicações de melhora para o 2T25 em diante como potenciais catalisadores para as ações.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Brasil ISPs: Prévia para os Resultados do 1T25
- Neste relatório, apresentamos nossas estimativas para os resultados do 1T25 da Desktop (DESK3), Unifique (FIQE3) e Brisanet (BRST3);
- De forma geral, mantemos uma visão neutra para os resultados do trimestre entre as ISPs sob nossa cobertura. Observamos que o ritmo de adições líquidas mensais segue estável, sustentando o crescimento da receita;
- Em termos de EBITDA, esperamos margens saudáveis para Desktop e Brisanet, com leve melhora sequencial na margem da Brisanet;
- Para a Unifique, prevemos uma margem menor devido à expansão do segmento móvel. Pelo lado negativo, esperamos que Below Ebitda, os juros altos pressionem o resultado.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields decline as Trump considers reversing high China tariffs (CNBC);
- Peso da dívida do Brasil no PIB deve ir a 92% em 2025 e saltar 12 pontos no governo Lula, diz FMI (Estadão);
- Com demanda, Minerva levanta R$ 2,25 bi em CRAs (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- BRCO11 sobe mais de 3% depois de anunciar extensão de contrato com a Natura (FIIs);
- Alugar ou comprar: Preço de imóveis comerciais sobem em março, segundo Índice FipeZap (Money Times);
- IFIX chega a nove altas em seguida e está a menos de 2% de máxima histórica (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Brasil é o 5° maior país em capacidade instalada de energia eólica onshore, diz Global Wind Report | Café com ESG, 24/04
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 1,3% e 1,4%, respectivamente;
- No Brasil, segundo o Global Wind Report 2025 divulgado ontem, o país ultrapassou a Espanha e subiu uma posição no ranking de capacidade total instalada de energia eólica onshore – o Brasil registrou a instalação de 3,27 GW no ano passado, atingindo 33,7 GW, ficando atrás somente da China (478,8 GW), Estados Unidos (154,1 GW), Alemanha (63,7 GW) e Índia (48,2 GW);
- No internacional, (i) o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterrez, afirmou, após reunião da Cúpula Virtual sobre Ambição Climática, que o presidente da China, Xi Jinping, confirmou que o país asiático reduzirá a emissão de todos os gases de efeito estufa e em todos os setores econômicos – essa foi a primeira sinalização da China sobre a atualização de sua nova contribuição nacionalmente determinada (NDC); e (ii) o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, acusou o FMI e o Banco Mundial de “desvio de missão”, pedindo que se afastem de agendas com mudanças climáticas e questões de gênero – os comentários foram feitos durante as reuniões do FMI e do Banco Mundial;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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