IBOVESPA +0,6% | 98.672 Pontos
CÂMBIO +0,1% | 5,24/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
A semana será carregada de dados de atividade econômica importantes. No exterior, os destaques serão a divulgação do deflator PCE americano referente a maio, a inflação ao consumidor da Zona do Euro e o índice de gerente de compras (PMIs) de manufatura finais de vários países. No Brasil, os destaques serão a divulgação de dados de mercado de trabalho de maio (Pnad e Caged), resultados fiscais de maio e o IGP-M de junho.
Resumo da Semana
A semana passada foi marcada pela recuperação dos mercados globais, com o S&P 500 e Nasdaq fechando com uma forte alta de +6,5% e +7,5% respectivamente – após a pior semana para os mercados desde 2020. No Brasil, o Ibovespa terminou em queda de -1,2% aos 98 mil pontos, reverberando ainda a queda no preço das commodities, causada pelo temor de recessão econômica.
O Dólar fechou a semana com alta de +1,72% em relação ao Real, em R$ 5,24/US$ impulsionado por maiores temores fiscais. Na Renda Fixa, a curva de juros apresentou forte queda ao longo da semana, com o movimento dos temores de desaceleração da economia global e queda na commodities, mas reverteu a tendência na sexta-feira em cenário de maior percepção de risco fiscal no país e IPCA-15 acima das expectativas.
Mercados hoje
Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +0,4% e Europa +0,7%) estendendo os ganhos de sexta-feira, quando o S&P 500 registrou o maior ganho percentual em um dia dos últimos dois anos. Dados econômicos mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos fizeram com que os investidores reavaliassem as expectativas de um ritmo acelerado de aperto da política monetária do Federal Reserve, relatórios recentes indicam que a economia do país está começando a esfriar. Na sexta-feira, a Universidade de Michigan revisou para baixo a leitura de junho das perspectivas de inflação nos próximos cinco a 10 anos – de 3,3% para 3,1%. Acompanhando esses sinais, os rendimentos das Treasuries caíram nas últimas semanas, com os investidores apostando que os planos do Fed de aumentar as taxas serão arrefecidos. Na China, ambos os índices CSI 300 (+1,1%) e Hang Seng (+2,1%) encerraram em alta, com os investidores cada vez mais otimistas com o crescimento econômico do país e os próximos estímulos econômicos. Ainda sobre a região, as restrições em Shangai e Pequim continuam diminuindo, com a retomada ao ensino presencial nas escolas de Pequim já na segunda-feira.
Inflação continua preocupando
O Banco de Compensações Internacionais (BIS) alertou que as principais economias estão perto de cair em numa armadilha de inflação alta. Em seu relatório anual, divulgado no fim de semana, o banco afirmou que quando a inflação alta passa a fazer parte do cotidiano de famílias e empresas, o que pode ser o caso desta vez, é mais difícil de ser revertida. O BIS recomenda que os bancos centrais ajam “rápida e decisivamente”, mesmo que isso traga custos de curto prazo para a economia. A avaliação do BIS reforça o risco de recessão econômica que vem atingindo os mercados nas últimas semanas.
Sanções contra a Rússia
A Rússia está em rota de dar calote em sua dívida pela primeira vez desde 1998. Cerca de US$ 100 milhões em juros sobre títulos do governo russo venceram ontem, sem sinal de pagamento. Os mercados estão monitorando uma cúpula dos líderes do G7 que está acontecendo na Alemanha. O grupo provavelmente se comprometerá em apoiar a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia e em estabelecer um teto de preço para o petróleo russo.
Mais gastos do Brasil
No Brasil, o Senado provavelmente votará esta semana uma Emenda Constitucional permitindo cerca de 35 a 50 bilhões de reais em novos gastos acima do teto constitucional. O governo planeja usar este espaço para aumentar temporariamente seu programa de transferência de renda (Auxílio Brasil) e criar um auxílio para caminhoneiros comprarem combustível.
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Economia
Inflação persistentemente elevada pode exigir ação mais firme dos Bancos Centrais
- O Banco de Compensações Internacionais – BIS – alertou que as principais economias estão perto de cair em numa armadilha de inflação alta. Em seu relatório anual, divulgado no fim de semana, o banco afirmou que quando a inflação alta passa a fazer parte do cotidiano de famílias e empresas, o que pode ser o caso desta vez, é mais difícil de ser revertida. O BIS recomenda que os bancos centrais ajam “rápida e decisivamente”, mesmo que isso traga custos de curto prazo para a economia. A avaliação do BIS reforça o risco de recessão econômica que vem atingindo os mercados nas últimas semanas;
- A presidente do Federal Reserve de San Francisco, Mary Daly, disse na sexta-feira passada que apoiaria outro aumento de 0,75pp na taxa básice de juros dos EUA (Fed Funds rate) em julho;
- A Rússia está em rota de dar calote em sua dívida pela primeira vez desde 1998. Cerca de US$ 100 milhões em juros sobre títulos do governo russo venceram ontem, sem sinal de pagamento. Os mercados estão monitorando uma cúpula dos líderes do G7 que está acontecendo na Alemanha. O grupo provavelmente se comprometerá em apoiar a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia e em estabelecer um teto de preço para o petróleo russo;
- No Brasil, o Senado provavelmente votará esta semana uma Emenda Constitucional permitindo cerca de 35 a 50 bilhões de reais em novos gastos acima do teto constitucional. O governo planeja usar este espaço para aumentar temporariamente seu programa de transferência de renda (Auxílio Brasil) e criar um auxílio para caminhoneiros comprarem combustível.
Empresas
Redução alíquota de ICMS em Telecom
- Na última semana, o Presidente sancionou a lei que reduz o ICMS de Telecom para 17-18% (~-10 p.p dependendo do Estado) classificando a natureza do serviço como essencial. A princípio, a medida passa a valer imediatamente, apesar da decisão do STF tomada antes da aprovação da lei, que modulava a redução a partir de 2024;
- Alguns pontos:
- Na nossa visão, acreditamos que algum % relevante dessa redução do ICMS deverá ser repassado ao consumidor dado que o intuito da decisão é baratear os serviços para a população. No entanto, cabe pontuar que o Brasil é um dos países com maior carga tributária no setor. Nesse sentido, A Anatel pode se manifestar politicamente sobre qual segmento deveria se apropriar desse corte de imposto. Mesmo em um cenário improvável de repasse integral para os consumidores, a redução de preços deveria trazer um aumento de demanda ou maior upselling das operadoras;
- Existe uma complexidade do ponto de vista de TI para as operadoras ajustarem seus sistemas de billing para aplicar a redução. Esse processo pode levar ~3 meses pra acontecer. As operadoras estão discutindo com o Ministério e Anatel sobre a operacionalização e efetivação dessa mudança.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Recessão severa poderia causar perdas de mais de US$ 600 bi aos maiores bancos dos EUA (Valor);
- C6 e Santander avançam em crédito que utiliza imóvel como garantia (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- AliExpress aumenta voos para o Brasil para atrair ‘órfãos’ do frete grátis. (Estado);
- Guerra de preços diminui estoques dos supermercados e já falta até chocolate nas prateleiras. (Estado);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Go Exper já prevê receita de R$ 800 milhões em 2022/23 (Valor);
- Escassez de produtos químicos afeta fazendas nos EUA (Reuters);
- Risco cresce, mas cenário para o agro até 2031/32 segue positivo (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Diesel já é encontrado a quase R$ 9 por litro após repasse de reajuste, diz ANP. (Valor Econômico);
- Sudeste deverá ter vazões na faixa de 70% da média em julho, indica ONS. (Canal Energia);
- Petróleo fecha sessão em alta, mas WTI encerra semana em queda. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Revisamos o preço-alvo do S&P 500 para 4.300 pontos
- Elevamos as nossas expectativas de inflação nos Estados Unidos para 2022;
- Esperamos ajustes monetários mais agressivos e que o Federal Reserve leve os juros para o campo contracionista;
- Com os juros mais altos uma recessão se torna provável;
- Atualizamos a projeção de preço-alvo do S&P 500 para 4.300 em 2022;
- Por fim, para a China, revisamos as expectativas de crescimento de 2022 para baixo, mas o crescimento de 2023 para cima;
- Acesse aqui o relatório completo.
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | BMW abre fábrica de veículos elétricos na China
- A retomada dos cruzeiros com projeções atualizadas da Carnival;
- Carona compartilhada de volta na Uber;
- BMW abre fábrica de VEs na China, à medida que tentar aumentar sua presença na segunda maior economia do mundo;
- Investidores participam de rali por ações defensivas, à medida que medo da uma recessão aumenta;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Vale a pena investir no agronegócio em 2022? (Suno);
- Gasolina mais cara afeta os fundos imobiliários: como investir? (Uol);
- MXRF11 administra imóveis usados como garantia de ativos inadimplentes (Suno);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
Gestores de ativos europeus consideram interromper o lançamento de produtos que não cumprem padrões ESG | Café com ESG, 27/06
- O mercado fechou o pregão na última sexta-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +0,6% e +0,1%, respectivamente. Na semana, o Ibov e o ISE fecharam recuando -1,2% e -0,2%, respectivamente;
- No Brasil, a maioria dos conselhos de administração que possuem mulheres entre seus membros destinam apenas um assento às conselheiras, de acordo com um levantamento do BMA Advogados;
- No internacional, (i) mais de dois terços dos gestores de ativos europeus estão considerando interromper o lançamento ou distribuição de produtos que não cumprem os padrões ESG, de acordo com uma pesquisa da PwC Luxembourg – a pesquisa com 3.354 entrevistados sugeriu que os ativos ESG na Europa podem crescer entre 7,4 trilhões de euros e 9,0 trilhões de euros até 2025 e representar até 56% do total de ativos de fundos mútuos europeus, contra 37% no final do ano passado; e (ii) na cúpula do G7 na Alemanha neste fim de semana, grandes empresas globais pressionaram os líderes mundiais a intensificar ações no combate às mudanças climáticas, pedindo por preços de carbono de larga escala e medidas para aumentar a demanda por tecnologia limpa. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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