IBOVESPA +0,1% | 145.446 Pontos
CÂMBIO -0,52% | 5,34/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana passada em queda de 0,3% em reais e 0,7% em dólares, aos 145.395 pontos.
A Embraer (EMBR3, +5,3%) acumulou alta, após a companhia anunciar um novo pedido da Latam Airlines para 24 aeronaves E195-E2, além de 50 opções de compra (veja aqui a nota completa dos nossos analistas).
Na ponta negativa, Cosan (CSAN3, -17,3%) recuou após anunciar um aumento de capital de R$ 10 bilhões a R$ 5,00 por ação, com o objetivo de reforçar sua estrutura de capital (veja aqui o relatório completo dos nossos analistas).
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com abertura ao longo da curva, a comunicação mais conservadora de membros do Fed e a postura restritiva do BCB. As taxas de juro real também tiveram alta, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2032 terminando em 7,77% a.a. (vs. 7,73% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,5bp no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,02% (+1,5bp); DI jan/29 em 13,23% (+8bps); DI jan/31 em 13,44% (+13bps); DI jan/35 em 13,52% (+12bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,64% (+6,3bps vs. semana anterior), enquanto os de dez anos em 4,17% (+4,5bps). O dólar encerrou em R$/US$ 5,34, valorização de 0,3% na semana. A moeda já acumula queda de 13,5% no ano.
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,6%; Nasdaq 100: +0,7%) após uma semana negativa, em que o rali de inteligência artificial perdeu força. O S&P 500 caiu 0,3% e o Nasdaq recuou 0,7%, no pior desempenho desde o início de agosto, com investidores questionando a sustentabilidade do boom de infraestrutura de IA e a intensidade do ciclo de cortes do Fed. O foco da semana é o payroll de setembro, que pode definir os próximos passos da política monetária.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,3%), com ganhos distribuídos entre os principais setores. Lufthansa anunciou meta de geração anual de fluxo de caixa acima de EUR 2,5 bilhões e corte de 4.000 vagas administrativas até 2030, enquanto investirá EUR 600 milhões em um novo hub de carga em Frankfurt. Genmab caiu -2,7% após anunciar aquisição da Merus por US$ 8 bilhões, e AstraZeneca avançou 1,2% ao confirmar listagem em Nova York. O mercado também acompanha a inflação da Espanha, que acelerou a 3% em setembro.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +1,9%; CSI 300: +1,5%), acompanhando o otimismo global e com destaque para o setor financeiro. Em Hong Kong, Alibaba Health e JD Health recuperaram parte das perdas recentes. No Japão, a Sony Financial Group disparou 15,9% em sua estreia após o spin-off da controladora, mas o Nikkei 225 recuou 0,7% após renovar máximas na sexta-feira. O movimento regional foi reforçado por ganhos na Coreia do Sul e na Austrália.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) registrou alta de 0,33% na última semana. Entre os principais segmentos, os FIIs de papel que compõem o índice apresentaram desempenho médio de -0,05%, enquanto os fundos de tijolo tiveram performance média de 0,71%. A semana foi marcada por uma agenda econômica intensa e pela abertura da curva de juros, influenciada principalmente por fatores externos. Outro destaque foi a atualização da MP nº 1.303, que, após as alterações propostas pelo relator, manteve a isenção de IR sobre os rendimentos distribuídos por FIIs e Fiagros a investidores pessoas físicas. O texto também preservou a proposta original de redução da alíquota sobre ganhos de capital e as mudanças no regime de distribuição.
Economia
Nos Estados Unidos, o risco de paralisação do governo voltou ao radar dos mercados, diante da dificuldade do Congresso em aprovar um projeto de financiamento antes do encerramento do ano fiscal. A paralisação ocorre quando, por falta de autorização orçamentária, diversas agências federais têm suas atividades suspensas.
Na agenda internacional desta semana, destaque para o combo de dados de mercado de trabalho nos Estados Unidos. Serão divulgados o relatório Jolts de abertura de postos de trabalho, a geração líquida de empregos no setor privado e o payroll, principal relatório de emprego. Além disso, os índices PMIs das principais economias do mundo serão divulgados. Por fim, na Zona do Euro, o destaque será a inflação ao consumidor (CPI) preliminar de setembro, na quarta-feira. No Brasil, destaque para a divulgação de indicadores de mercado de trabalho (Caged e Pnad) e atividade econômica (PIM). A semana também contará com Brasil e Estados Unidos preparando a primeira conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.
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Economia
Indicadores de mercado de trabalho dos EUA serão destaque da semana
- Nos Estados Unidos, o risco de paralisação do governo voltou ao radar dos mercados, diante da dificuldade do Congresso em aprovar um projeto de financiamento antes do encerramento do ano fiscal. A paralisação ocorre quando, por falta de autorização orçamentária, diversas agências federais têm suas atividades suspensas. Apesar do controle republicano sobre ambas as casas legislativas, a aprovação exige apoio de parte dos democratas, que resistem a propostas de curto prazo. Desde 1981, os EUA já enfrentaram 14 paralisações parciais desse tipo.
- Na agenda internacional desta semana, destaque para o combo de dados de mercado de trabalho nos Estados Unidos. Serão divulgados o relatório JOLTS de abertura de postos de trabalho (3ª-feira), a geração líquida de empregos no setor privado (ADP, na 4ª-feira) e o Payroll, principal relatório de emprego, na 6ª-feira. Além disso, os índices PMIs das principais economias do mundo serão divulgados ao longo da semana – os PMIs são sondagens que procuram medir o pulso da atividade econômica nas empresas. Por fim, na Zona do Euro, o destaque será a inflação ao consumidor (CPI) preliminar de setembro, na 4ª-feira.
- No Brasil, destaque para a divulgação de indicadores de mercado de trabalho e atividade econômica. O Caged (2ª-feira) deve mostrar desaceleração adicional da geração de empregos formais em agosto, enquanto a Pnad Contínua (3ª-feira) tende a reforçar o cenário de taxa de desemprego na mínima histórica. Além disso, acreditamos que a Pesquisa Industrial Mensal (PIM, na 6ª-feira) registrará aumento moderado da produção manufatureira no mês passado, interrompendo uma sequência de quatro quedas consecutivas. A semana também contará com Brasil e Estados Unidos preparando a primeira conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. Segundo o jornal O Globo, ainda não está definido se o contato ocorrerá por telefone ou em encontro em território neutro, com opções em discussão na Itália, durante reunião da FAO, ou na Malásia, à margem da cúpula da Asean. O diálogo marca o início de uma reaproximação.
Empresas
Itaú Unibanco (ITUB4): novos modelos de serviço, eficiência e avanços no empréstimo consignado privado
- Realizamos um NDR no Rio de Janeiro com o Itaú Unibanco, representado por Gustavo Rodrigues (IRO) e Pedro Manzano (Gerente de RI). A mensagem principal foi a de uma transformação operacional disciplinada, com foco em eficiência estrutural e digitalização. Vale destacar que as discussões se concentraram em três temas principais:
- A evolução do empréstimo consignado privado;
- Os desdobramentos do Itaú Day realizado no início deste mês; e
- A dinâmica da inadimplência diante das condições financeiras atuais.
- De modo geral, saímos do evento com uma visão construtiva sobre o case de investimento do Itaú e reiteramos nossa recomendação de Compra, com TP de R$ 45,00/ação;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários e Fiagros ‘respiram’ com parecer da MP 1.303, avalia XP (InfoMoney);
- Shoppings, escritórios e logística: o raio-x da Vinci em meio à consolidação dos FIIs (InfoMoney);
- TRXF11 faz oferta de R$ 3 bi ancorada em troca de imóveis por cotas (Metro Quadrado);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Atualizações sobre a MP nº 1.303 e impactos nos FIIs e Fiagros
- Isenção mantida para FIIs e Fiagros: A MP nº 1.303 preserva a isenção de IR para os fundos como veículos e para os rendimentos distribuídos a pessoas físicas, desde que cumpridos os requisitos vigentes (mínimo de 100 cotistas, negociação em bolsa, limites de participação e concentração);
- Redução da alíquota sobre ganhos de capital: Operações com FIIs e Fiagros terão a alíquota de IR reduzida de 20% para 17,5%, beneficiando investidores em operações lucrativas;
- Mudanças no regime de distribuição: Foi revogada a obrigatoriedade de os FIIs distribuírem 95% do lucro em regime de caixa semestral, e proposta a adoção do regime de competência para apuração. Essa mudança pode reduzir as distribuições no curto prazo de algumas classes de FIIs e aumentar a volatilidade;
- Impactos estratégicos e próximos passos: A MP é vista como positiva para os FIIs e Fiagros, pois mantém isenções e reduz alíquotas. Já a elevação da alíquota de IR sobre LCIs e LCAs pode favorecer a migração de recursos para os fundos listados. A votação foi adiada para 30/09, e o texto ainda pode sofrer alterações no Congresso;
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
China anuncia controle de exportação sobre carros elétricos a partir do ano que vem | Café com ESG, 29/09
- O mercado fechou a semana passada em território negativo, com o Ibovespa recuando 0,3% e o ISE apresentando uma queda de 2,3%. Já no pregão de sexta-feira, o IBOV e o ISE avançaram 0,1% e 0,6%, respectivamente;
- No Brasil, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) aposta na entrada em operação da mina de Santa Quitéria (CE), em 2027, para triplicar a produção nacional de urânio e consolidar a autossuficiência do Brasil no ciclo do combustível nuclear, segundo o diretor de gestão corporativa da estatal, Leandro Xingó – o empreendimento deverá produzir cerca de 2,3 mil toneladas anuais de concentrado do mineral;
- No internacional, (i) a China anunciou nesta sexta-feira que implementará controles de exportação sobre carros de passeio elétricos a partir do ano que vem, diante de preocupações internas sobre a concorrência excessiva de preços entre os fabricantes de veículos elétricos do país e as críticas globais sobre uma enxurrada de veículos vendidos a preços baixos nos mercados internacionais – o regime de licenciamento entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026; e (ii) as entregas das atualizações das Contribuições Nacionalmente Determinadas ao Acordo de Paris (NDCs) aceleraram esta semana – mais de uma centena de países usaram a Cúpula do Clima em Nova York para apresentar planos e metas de descarbonização no horizonte até 2035, antecipando as discussões marcadas para a COP30, sendo China, Mongólia, Vanuatu, Micronésia, Paquistão, Libéria, Austrália, Nigéria e Jamaica alguns dos países;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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