Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,8% e 2,1%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) durante a conferência de resultados, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse ontem que a economia que a empresa pretende fazer, com redução de custos e simplificação de projetos para enfrentar o atual cenário da indústria de petróleo, não vai eliminar a transição energética dos planos da companhia - segundo ela, a estatal estuda uma reestruturação na área de gás, que hoje está sob a diretoria de transição energética e sustentabilidade; e (ii) a venda de veículos leves eletrificados no primeiro quadrimestre de 2025 foi 6,6% maior do que no mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) - para a organização, o mercado brasileiro tem sido impulsionado pelo aumento da oferta de modelos e pela entrada de novos fabricantes no setor.
• Na política, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou ontem um memorando de entendimento com a Administração Nacional de Energia da China (NEA) para abrir o mercado chinês ao etanol brasileiro - o acordo visa ampliar as exportações para China, atualmente em fase de adoção do E10 (mistura de 10%), e reforçar a cooperação na descarbonização do setor de transportes.
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Brasil
Empresas
Venda de carros elétricos cresce 6,6% entre janeiro e abril de 2025, aponta ABVE
"A venda de veículos leves eletrificados no primeiro quadrimestre de 2025 foi 6,6% maior do que no mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Até abril deste ano, foram 54,6 mil vendas ante 51,2 mil no mesmo período de 2024. Já em relação a 2023, quando foram vendidas 19,5 mil unidades, o crescimento é de 180%. Segundo a organização, o mercado brasileiro tem sido impulsionado pelo aumento da oferta de modelos e pela entrada de novos fabricantes no setor. “Chegamos a um ponto da evolução da eletromobilidade no Brasil em que o consumidor já pode escolher qual a tecnologia mais adequada ao seu perfil de usuário, em vez de se adaptar às poucas tecnologias existentes antes”, comenta, em nota, o presidente da ABVE, Ricardo Bastos. Desde 2023, veículos híbridos plug-in (PHEV), que combinam um motor à combustão interna com um motor elétrico e podem ser recarregados por rede elétrica externa, lideram as vendas anuais de eletrificados no país. No primeiro quadrimestre de 2025, os PHEV representaram 50% (27,4 mil) do total de veículos elétricos vendidos. No mesmo período de 2024, foram 14,3 mil, ou seja, houve um crescimento de 91%. De acordo com a ABVE, a preferência dos consumidores por essa tecnologia é devido à combinação da eficiência do veículo elétrico com a flexibilidade do motor a combustão, que garante autonomia frente à infraestrutura de recarga limitada no país."
Fonte: Eixos; 13/05/2025
Petrobras conclui simulado "interno" e cobra licença para a Foz do Amazonas
"A Petrobras informou ao Ibama na segunda (12/5) ter concluído um simulado operacional “interno” e voltou a cobrar do órgão ambiental que marque as próximas etapas para, ao cabo, obter a licença ambiental para perfuração nos blocos em águas profundas da Foz do Amazonas. Ela cobra uma resposta até 15 de maio. “Ressaltamos que a atividade de limpeza da sonda está em andamento, com o término para o final deste mês de maio de 2025”, diz a empresa no ofício enviado ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, à Diretoria de Licenciamento Ambiental (DILIC) e à coordenação responsável pelos projetos marinho (CGMAC). A emissão da licença é uma cobrança pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se comprometeu com políticos do Amapá que o investimento será realizado — incluindo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União). Ambos estão na China, juntos na missão oficial que está rendendo novos acordos na área de energia. O órgão ambiental pode negar o pedido da Petrobras, que aguarda novas respostas nos próximos dias. O simulado interno não substitui a Avaliação Pré-Operacional (APO), esta sim, etapa formal do licenciamento ambiental para perfuração de poços marítimos e que depende do Ibama. Na APO, são simuladas ações de resposta a incidentes, acompanhadas por técnicos do órgão, e costuma marcar a reta final antes da emissão de uma licença. Serve para calibrar o plano para emergências que consta nos licenciamentos."
Fonte: Eixos; 13/05/2025
Sem manifestação de agente, Aneel revoga autorização de complexo solar
"A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revogou as autorizações de um complexo de 15 usinas fotovoltaicas no Piauí. O processo ocorreu sem que a Riacho da Serra, responsável pelo projeto, se manifestasse. As UFV Altitude 1 a 15 seriam instaladas na cidade piauiense de Parnaguá e totalizariam uma potência instalada de 657 megawatts (MW). A entrada em operação estava prevista para janeiro de 2023. O início das obras deveria ocorrer em março de 2021, mas a Aneel constatou um avanço de apenas 0,01%. A Superintendência de Fiscalização Técnica (SFT) da agência emitiu termos de intimação em março de 2024, mas a empresa seguiu sem responder. O diretor Fernando Mosna, relator do processo, relembrou que, ao obter autorização da Aneel, o empreendedor se compromete a entregar a energia. A falta de avanço nas obras pode trazer problemas. “A inexecução das usinas expôs o mercado à expectativa de uma energia que não será entregue. Em escala, considerando várias usinas em atraso ou não implantadas, pode haver o comprometimento da segurança operativa do sistema energético brasileiro e, por conseguinte, prejuízos ao consumidor e à sociedade”, escreveu, no voto. O entendimento de Mosna foi no sentido de revogar as autorizações das UFVs. O processo foi inserido no bloco de pauta e, assim, aprovado por unanimidade."
Fonte: Eixos; 13/05/2025
Produção de insumos virgens cresce, e circularidade perde espaço
"Reduzir a produção de matérias-primas do zero e aumentar a chamada circularidade é um dos caminhos para levar o mundo ao net zero até 2050. Apesar do fortalecimento da agenda, o percentual de materiais reciclados e reaproveitados no mundo tem caído. Em 2024, a taxa global de circularidade manteve a tendência de baixa, alcançando apenas 6,9% dos 106 bilhões de toneladas de matérias-primas usadas. Em 2023, ela foi de 7,1%. O número também é 2,2 pontos percentuais inferior ao registrado em 2018, ano em que foi realizado o primeiro levantamento. O índice foi divulgado nesta terça-feira (13) pela organização Circle Economy Foundation, num relatório global sobre o tema produzido em parceria com a consultoria Deloitte. O que explica a queda da taxa foi o aumento na produção de bens a partir de matérias-primas virgens, numa velocidade acima da demanda pelos insumos secundários. O volume subiu de 92,8 bilhões de toneladas em 2023 para 98,8 bilhões em 2024. No caso dos materiais reaproveitados, também houve um crescimento, mas bem menor. O volume subiu de 7,2 bilhões de toneladas para 7,3 bilhões. Pela primeira vez, o relatório detalha as origens dos insumos além da cadeia circular. A maioria parte de estoques das empresas (38%). Depois vêm a biomassa neutra em carbono (21,5%), materiais não recicláveis (18,1%) e combustíveis fósseis (13,3%). A Circle Economy Foundation afirma que o mundo tem potencial de elevar a taxa para 25% e defende a redução de produção de materiais virgens com estratégias que priorizem o conteúdo reciclado, melhorem a eficiência dos recursos e abordem novos designs."
Fonte: Capital Reset; 13/05/2025
Redução de custos não vai impactar planos para transição energética, diz presidente da Petrobras
"A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse, nesta terça-feira (13), que a economia que a empresa pretende fazer – com redução de custos e simplificação de projetos para enfrentar o atual cenário da indústria de petróleo – não vai eliminar a transição energética dos planos da companhia. Segundo a executiva, a estatal estuda uma reestruturação na área de gás, passando parte das atividades ligadas ao segmento para a diretoria de refino, hoje sob o guarda-chuva da diretoria de transição energética e sustentabilidade. Chambriard disse que “havia um burburinho” sobre o remanejamento do negócio de gás para outras áreas da companhia, que cresceram com a saída do atual diretor, Mauricio Tolmasquim, em direção ao conselho de administração da Eletrobras. “É época de redução de custos e ajustes de portfólio”, disse Chambriard, em entrevista coletiva sobre os resultados do primeiro trimestre. A executiva reiterou os planos da companhia de cortar custos e simplificar projetos, com a redução, nos últimos meses, da cotação do petróleo do tipo Brent no mercado internacional, para uma faixa entre US$ 60 e e US$ 65 o barril. Chambriard disse que a empresa está preocupada em ter postos com a marca própria vendendo combustíveis acima do preço médio do mercado. A executiva foi questionada sobre o fato de que a estatal tem reduzido preços de combustíveis, mas este movimento não tem sido percebido na ponta."
Fonte: Valor Econômico; 13/05/2025
O CFO e o compromisso com a agenda ESG
"Os CFOs têm sido obrigados a lidar com a alta volatilidade nos preços dos ativos, reflexo de um ambiente global cada vez mais instável, impactado por fatores geopolíticos, mudanças regulatórias, avanços tecnológicos e pressões socioambientais. Embora já estejam acostumados a conviver com esses desafios, a preocupação agora é mais ampla, mais intensa, e a atenção voltada para novos riscos tem dominado as pautas. Em um passado não tão distante, o CFO era responsável exclusivamente pelas atividades financeiras e contábeis. Atuava de forma restrita a um universo de números e relatórios, conhecia a empresa por meio do orçamento e de seu cumprimento ou desvios, se relacionava mais com os bancos do que com a área de vendas da organização, e tinha mais familiaridade com as autarquias governamentais do que o time de supply chain. As grandes crises enfrentadas pelo Brasil nos anos 90, marcadas por uma inflação descontrolada e juros que ultrapassaram 3.000% ao ano, contribuíram para moldar o perfil dos CFOs. Esses profissionais passaram a olhar além dos números, prestando mais atenção ao que ocorria ao seu redor e ao impacto do cenário macroeconômico sobre os negócios. Na década de 80, durante três planos econômicos do governo José Sarney, foi adotada a chamada “tablita”, uma tabela utilizada para deflacionar preços e prestações. Foi um período em que o CFO precisou sair da sua sala e se aproximar da área comercial para juntos, pensarem em novas estratégias de vendas, diante dos impactos significativos da tablita nos resultados dos negócios."
Fonte: Valor Econômico; 14/05/2025
Política
Acordo na China visa à exportação de etanol, diz MME
"O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou nesta terça-feira (13/5) um memorando de entendimento com a Administração Nacional de Energia da China (NEA) para abrir o mercado chinês ao etanol brasileiro. O acordo visa ampliar as exportações para China, atualmente em fase de adoção do E10 (mistura de 10%), e reforçar a cooperação na descarbonização do setor de transportes. “O memorando reconhece a importância sustentável do bioetanol como um dos vetores estratégicos da mobilidade de baixo carbono, contribuindo para a transição energética e o combate às mudanças climáticas”, diz a pasta. O documento reconhece o etanol como vetor estratégico de mobilidade de baixo carbono e prevê: (i) Intercâmbio de experiências sobre vantagens econômicas, ambientais, sanitárias e geração de renda do biocombustível; (ii) Criação de Grupo de Trabalho Bilateral para estudar o mercado e os usos de etanol de primeira e segunda gerações de forma complementar à gasolina em veículos convencionais, híbridos e em motores dedicados; (iii) A produção de SAF (combustível de aviação sustentável); sua aplicação como substituto do combustível marítimo (bunker) e como insumo para a produção de bioplásticos; (iv) Apoio à harmonização regulatória, estímulo a investimentos bilaterais e capacitação técnica."
Fonte: Eixos; 13/05/2025
Lula diz estar aguardando para ver postura dos EUA na COP30, a ser realizada no Brasil
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu a entender nesta terça-feira que está curioso para saber como será a postura dos Estados Unidos, de Donald Trump, na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a chamada COP30, a ser realizada no fim do ano em Belém (PA). Na avaliação do presidente brasileiro, a conferência servirá para que o mundo saiba "quem são os países sérios" na questão da transição climática. "Todo mundo vai ter que apresentar as NDCs na COP e aí vamos ver quem são os países sérios. Eu quero saber como o governo americano vai se comportar nessa questão da transição climática. O mundo não é mais o mesmo, nós não queremos xerife, queremos parceiros", disse Lula, numa crítica a Trump. A cobrança do presidente brasileiro se deve ao fato de que, até agora, apenas 17 dos 198 países signatários da convenção sobre a mudança do clima apresentaram novos objetivos climáticos, conhecidos como Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês) - um componente essencial do Acordo de Paris de 2015 para combater a mudança climática. Além disso, Lula defendeu que a questão climática só vai avançar no mundo quando a Organização das Nações Unidas (ONU) voltar a ter força junto à comunidade internacional. "Se não tiver a ONU com força, a questão climática vai ser tratada como uma questão secundária. Se você toma decisão e não acontece nada, isso vai cansando. É por isso que as guerras acontecem com decisões unilaterais."
Fonte: Valor Econômico; 13/05/2025
Internacional
Política
UE incomoda indústria nuclear com atraso nas regras de hidrogênio de “baixo carbono
"O esboço dos planos da União Europeia de esperar até 2028 para classificar o hidrogênio produzido a partir da energia nuclear como um combustível de “baixo carbono” corre o risco de limitar o mercado para a fonte de energia nascente, afirmou o setor nuclear europeu. A Comissão Europeia está elaborando padrões da UE para os tipos de hidrogênio que serão designados como combustível de “baixo carbono” - uma certificação que visa criar um mercado para a nascente fonte de energia verde. Um esboço dessas regras, visto pela Reuters, disse que a Comissão avaliará até julho de 2028 uma classificação para o hidrogênio produzido usando energia nuclear - o que significa que um produtor de hidrogênio assinou um contrato de compra de energia com uma usina nuclear. Bruxelas começará a fazer consultas sobre as regras nucleares até junho de 2026, acrescentou o rascunho. Emmanuel Brutin, diretor geral do grupo industrial Nuclear Europe, disse que esse cronograma prejudicaria o desenvolvimento do hidrogênio de origem nuclear em comparação com outros tipos de combustível. “Esse atraso injustificado de três anos dá uma vantagem competitiva injusta ao hidrogênio produzido por meio de energias renováveis”, disse ele em um comunicado. A UE aprovou regras em 2023 que confirmam como o hidrogênio produzido a partir de energia renovável pode contar para as metas verdes da Europa. Os países da UE estão em desacordo sobre o papel da energia nuclear na transição energética da Europa, e os conflitos políticos sobre a questão paralisaram as negociações sobre várias políticas da UE nos últimos anos."
Fonte: Reuters; 13/05/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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