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Setor de petróleo de olho na transição energética; Legislação local para hidrogênio verde avança | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os domingos pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. BNDES realiza evento sobre transição energética; Defesa da exploração de petróleo na Margem Equatorial em destaque

Na mídia: Petrobras espera perfurar perto da foz do Amazonas em 2024, diz CEO – Reuters, 11 de outubro (link)

Nossa visão: Durante um evento sobre transição energética realizado pelo BNDES nesta semana, o Presidente da Petrobras, Sr. Jean Paul Prates, além de demais executivos da estatal, enfatizaram que, embora a empresa tenha a intenção de ampliar investimentos em energia limpa, a demanda global por combustíveis fósseis ainda está em ascensão, impulsionando grande parte da estratégia no curto e médio prazo. Como mencionamos em nosso relatório ‘BNDES realiza evento sobre transição energética em parceria com a Petrobras’ (acesso aqui), espera-se que a transição energética ocorra de forma gradual, em detrimento de uma transformação mais súbita, com o BNDES determinado em apoiar e acelerar investimentos localmente. Na nossa visão, ao mesmo tempo em que vemos com bons olhos o compromisso do BNDES e da Petrobras em identificar um caminho para a descarbonização de operações, com destaque para soluções de hidrogênio e captura de carbono, os projetos baseados em combustíveis fósseis ainda atraem uma grande parcela dos investimentos, conforme materializado pelo amplo (e comum) interesse na exploração de petróleo na Margem Equatorial, chamada de “novo pré-sal”.

#2. Contagem regressiva para a COP28 começa em meio ao debate sobre o papel dos combustíveis fósseis na transição energética

Na mídia: OPEP terá um pavilhão na Cúpula do Clima da COP pela primeira vez – Bloomberg, 10 de outubro (link)

Nossa visão: Embora vemos com bons olhos a importância de obter “mais vozes à mesa” nas negociações climáticas, incluindo a indústria de combustíveis fósseis que representa a maior parte do total das emissões globais, sendo uma parte significativa do problema (e da solução) das mudanças climáticas, é importante aguardar para ver como o setor responderá a crescente pressão pela eliminação progressiva do uso de combustíveis fósseis na próxima conferência climática da ONU (COP28).

#3. Legislação sobre hidrogênio verde está mais próxima de se tornar realidade no Brasil

Na mídia: Ministério prepara regulação para ter hidrogênio verde como alternativa – Valor Econômico, 13 de outubro (link)

Nossa visão: O hidrogênio verde tem potencial de desempenhar um papel chave na transição energética, especialmente entre os setores de difícil descarbonização, como enfatizado em nosso relatório ‘Hidrogênio Verde (H2V): O combustível do futuro?‘ (acesso aqui). Nesse sentido, vemos com bons olhos a iniciativa do Ministério de Minas e Energia (MME) em liderar a legislação para (i) incluir o hidrogênio verde como fonte de energia; e (ii) definir a governança adequada, além de políticas públicas para incentivar a produção e a sua adoção. De forma geral, na nossa visão, vale acompanhar o ritmo e o conteúdo da legislação à medida em que o texto avança no Congresso, principalmente para podermos mapear o tamanho do impacto nos setores e empresas da cobertura da XP.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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