Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e ISE em alta de 0,61% e 0,11%, respectivamente.
• No lado das empresas, a Stellantis anunciou ontem que irá investir R$30 bilhões no Brasil até 2030, chegando a 11 o número de montadoras que divulgaram planos de investimento após o anúncio do do programa Mover – ao todo, a companhia pretende desembolsar um total de R$ 97,3 bilhões, com foco em carros elétricos e híbridos.
• Na política, (i) a SEC, órgão regulador de valores mobiliários dos EUA, promulgou uma regra que, pela primeira vez, exigirá a divulgação de informações sobre riscos climáticos por parte das empresas – a nova regra é um pilar da agenda do presidente Gary Gensler; e (ii) pela primeira vez, o governo brasileiro vai trabalhar em um índice mínimo de eficiência energética para edificações em 2025, segundo a coordenadora geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia (MME), Samira Sousa.
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Brasil
Empresas
Brasil está pronto para abertura total do mercado livre de energia, diz VP da Delta
“Com meta de captar 15% dos novos clientes no mercado livre de energia, a Delta vê com bons olhos a sinalização do governo de uma abertura geral do ambiente de contratação em que o consumidor negocia diretamente a aquisição de eletricidade, mas defende um cronograma mais acelerado: até 2026. “Houve essa sinalização do governo que falou em 2030. Nós achamos que a sinalização é super válida, mas o prazo pode ser antecipado. Vamos ver o que acontece esse ano”, comenta Luiz Fernando Vianna, VP Institucional e Regulatório da Delta Energia em entrevista à agência epbr. Citando um levantamento da consultoria Bain & Company, que indica que a economia de energia é prioridade para 25% dos brasileiros em 2024, Vianna afirma que o mercado está pronto para ser aberto. Em entrevista à TV Globo, em fevereiro, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD), disse que é possível abrir totalmente o mercado livre até 2030, o que significaria que consumidores residenciais também poderiam escolher sua fornecedora de eletricidade.”
Fonte: Epbr, 06/03/2024
GreenYellow vai fornecer usinas solares para comercializadora da Shell
“A GreenYellow anunciou nesta quarta-feira (6/3) um novo acordo com a comercializadora Prime Energy, do Grupo Shell, para a construção de mais três usinas de energia, com capacidade instalada total de 16,93 MWp, nos estados de São Paulo e Piauí. As empresas já têm um contrato para o fornecimento de quatro plantas, com 26,39 MWp, na Bahia, Piauí e Ceará. As usinas serão direcionadas para geração distribuídas e se enquadram no plano da Prime Energy de operar 100 MWp até o fim de 2024. Duas usinas serão construídas no estado do Piauí, nos municípios de Castelo do Piauí (6,80 MWp) e Lagoa do Piauí (6,74 MWp), dentro da área de cobertura da Equatorial PI. A terceira ficará na cidade de Birigui (3,39 MWp), no estado de São Paulo, região atendida pela CPFL Paulista. “Planejamos operar 100 MWp de Geração Descentralizada ainda em 2024, o que deve nos posicionar como um dos maiores players de GD Compartilhada do Brasil, com operação em 14 concessionárias”, afirmou em comunicado Guilherme Perdigão, CEO da Prime Energy.”
Fonte: Epbr, 06/03/2024
Montadoras investirão quase R$ 100 bilhões com foco em elétricos e híbridos
“A Stellantis anunciou nesta quarta-feira (6/3) que irá investir R$ 30 bilhões no Brasil até 2030. Com isso, chega a 11 o número de montadoras que divulgaram planos de investimento após o anúncio do do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Ao todo, pretende desembolsar um total de R$ 97,3 bilhões, com foco em carros elétricos e híbridos. Responsável por 14 grandes automotivas, como Fiat e Jeep, o grupo Stellantis pretende lançar40 novos produtos durante o período, com destaque para novas tecnologias, como a Bio-Hybrid, que combina eletrificação com motores flex movidos a biocombustíveis (etanol) em três diferentes níveis. A tecnologia está sendo desenvolvida no Polo Automotivo Stellantis em Betim (MG). A expectativa é que, no futuro, a empresa também produza um veículo elétrico a bateria (BEV).”
Fonte: Epbr, 06/03/2024
Unilever amplia metas de redução de emissões apesar de críticas de investidores
“A Unilever anunciou novas metas de redução de emissões mais ambiciosas, que visam fornecedores e até mesmo as lojas que comercializam suas marcas, apesar das preocupações de uma ala de investidores de que os objetivos não-financeiros se tornaram uma distração para a empresa. Em seu mais recente plano climático divulgado nesta quarta-feira (6), a gigante global de bens de consumo, com marcas como Dove, Hellmann’s e Ben & Jerry’s afirmou que pretende reduzir as emissões de gases de efeito estufa associados à comercialização e ao consumo de seus produtos até o final da década. A Unilever planeja, por exemplo, que as emissões provenientes de fontes indiretas, incluindo refrigeradores de sorvete nas lojas e a reciclagem dos produtos que comercializa, diminuam 42% em relação aos níveis de 2021. Ela também busca reduzir as emissões provenientes de florestas, terras e agricultura – o que inclui o cultivo de commodities como o óleo de palma – em 30% no mesmo período.”
Fonte: Bloomberg Línea, 06/03/2024
As condições que levaram ao plano bilionário da Toyota
“Os fatores que levaram a Toyota a definir um pacote de investimentos de R$ 11 bilhões para o Brasil até 2030, o maior da sua história de 66 anos no país, passam por questões de mercado e políticas. Em entrevista ao Valor na tarde de terça-feira (5), após a cerimônia na fábrica de Sorocaba (SP) na qual oficializou o investimento, o presidente da montadora japonesa no Brasil, Evandro Maggio, citou três condições que ajudaram a convencer a matriz.A primeira delas foi de mercado. A Toyota lançou o primeiro carro híbrido flex fabricado no país em 2019 e acertou na decisão. O modelo foi bem aceito no Brasil e além das fronteiras, e tornou a montadora a maior exportadora do seu setor. Hoje o carro é enviado para 22 países.”
Fonte: Valor Econômico, 06/03/2024
No Citi, crédito a fornecedores agora pode ter filtro ESG
“Não é raro que grandes empresas contratem de um banco uma linha de crédito para antecipar o pagamento aos seus fornecedores de produtos e serviços. A tradicional linha de crédito, conhecida pelo nome de risco sacado e que ajuda na gestão do fluxo de caixa de comprador e fornecedor, está passando por uma evolução no Citi: o banco decidiu levar os critérios ambientais, sociais e de governança para esse tipo de operação com a modalidade Supplier Finance ESG. Em 2023, R$ 650 milhões do total oferecido via linhas de risco sacado foram atrelados a critérios ESG. Cinco companhias já contrataram o Supplier Finance ESG e um total de cinquenta fornecedores utilizou o serviço. Para ter acesso à antecipação dos recebíveis, as empresas precisam comprovar o comprometimento com práticas ESG por meio da avaliação de uma certificadora. Boas notas nesses critérios podem se traduzir em taxas de desconto mais baixas, de forma que o valor pago pelo Citi ao fornecedor será maior em comparação com uma operação de risco sacado tradicional.”
Fonte: Capital Reset, 06/03/2024
Stellantis se junta a montadoras globais no Brasil com investimento de US$ 6 bilhões
“A Stellantis revelou um programa de R$ 30 bilhões (US$ 6,1 bilhões) para melhorar a produção no Brasil, elevando para US$ 14 bilhões a onda de investimentos prometidos pelas montadoras globais na maior economia da América Latina este ano. O proprietário das marcas Fiat, Peugeot e Jeep disse na quarta-feira que seu compromisso de gastos de capital para os cinco anos até 2030 foi um recorde para qualquer montadora no setor automotivo da América do Sul. A estratégia atualizada da Stellantis se concentrará na adição de um componente elétrico aos chamados veículos “flex-fuel”, que podem funcionar com gasolina ou etanol e são comuns no Brasil. Sua primeira oferta de híbridos flexíveis será lançada no final deste ano, com o objetivo de lançar 40 novos modelos até o final da década.”
Fonte: Financial Times, 06/03/2024
Política
Governo vai propor índice mínimo de eficiência energética para edificações em 2025
“O governo vai trabalhar em um índice mínimo de eficiência energética para edificações em 2025, disse na segunda (4/3) a coordenadora geral de Eficiência Energética da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Samira Sousa. “É a primeira vez que vamos ter o índice mínimo de eficiência energética que as edificações vão ter que atender”. A Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) calcula que é necessário triplicar os investimentos anuais em eficiência energética para alcançar as metas do Acordo de Paris. Segundo Samira, isto não está ocorrendo e é preciso acelerar. A representante do MME citou estudos demonstrando que, no caso de países emergentes, são necessários 23 vezes mais investimentos em eficiência de energia para que se consiga alcançar o objetivo de emissões líquidas em 2050, no setor de edificações.”
Fonte: Epbr, 06/03/2024
Opinião
Corredores verdes: uma solução ambiental para o calor nas grandes cidades
“O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) apontou, em janeiro, que 2023 foi o ano mais quente da história no Brasil. Além da média anual das temperaturas ter ficado 0,69°C acima do patamar histórico, os termômetros elevados foram quase uma constante: o recorde foi quebrado em 9 dos 12 meses do ano. O fenômeno não foi um caso isolado no Brasil, claro. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a temperatura média do planeta ficou 1,45°C acima dos níveis pré-industriais – um valor bastante simbólico, já que as medidas do Acordo de Paris têm como objetivo limitar esse aumento em, no máximo, 1,5°C. É um cenário ao qual os grandes centros urbanos devem estar atentos, uma vez que são os mais afetados pelas mudanças climáticas. Isso porque, em relação ao ambiente rural, as cidades apresentam temperaturas mais altas, formando as chamadas ilhas de calor, fruto da presença de prédios e ruas pavimentadas com materiais que não absorvem o calor e também pela escassez de cobertura vegetal. E é nesse ponto que a engenharia florestal aplicada a um bom planejamento urbano pode colaborar na qualidade de vida dos cidadãos.”
Fonte: Exame, 06/03/2024
Internacional
Empresas
“Relatório da Wood Mackenzie sobre a descarbonização da indústria de petróleo e gás aponta que a intensidade das emissões diretas e indiretas de escopo 1 e 2 no upstream caiu 12% desde 2017, no entanto, as emissões absolutas podem estabilizar devido ao crescimento da produção. Embora iniciativas como a redução do flare, detecção e reparo de metano, eletrificação de plataformas e investimentos em tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) estejam mostrando algum resultado, volumes mais altos de produção estão elevando as emissões absolutas em algumas regiões. Incluindo os outros componentes da cadeia de valor de petróleo e gás, as emissões absolutas podem exceder os níveis pré-pandêmicos até 2028, diz a consultoria. “Os esforços precisam ir além do que já foi feito”, comenta Adam Pollard, analista principal da Wood Mackenzie.”
Fonte: Epbr, 06/03/2024
Economia circular pode gerar ganho de US$ 108 bilhões para a economia global até 2050
“Sem medidas de proteção, o custo global para gerir resíduos sólidos nas cidades pode chegar a 640,3 bilhões de dólares até 2050, aponta o relatório “Global Waste Management Outlook” (Perspectiva Global de Gerenciamento de Recursos, em tradução livre) feito pela ONU e a International Solid Waste, organização sediada na Holanda que promove estudos e pesquisas sobre o setor de resíduos. Os pesquisadores testaram cenários e avaliaram que, com medidas de controle na geração de lixo, o custo com os resíduos em 2050 poderia cair de 640,3 bilhões para $ 270,2 bilhões de dólares. Com a implementação da circularidade, modelo que aumenta a vida útil dos itens produzidos, a economia global poderia ter ganho de 108,1 bilhões de dólares.”
Fonte: Exame, 07/03/2024
Política
“O órgão regulador de valores mobiliários dos EUA promulgou uma regra que, pela primeira vez, exigirá a divulgação de informações sobre riscos climáticos por parte das empresas, embora a medida não contenha algumas exigências mais ousadas incluídas em uma proposta inicial de dois anos atrás. A tão esperada e polêmica regra da Comissão de Valores Mobiliários é um pilar da agenda do presidente Gary Gensler. Embora a SEC já tenha emitido orientações sobre a divulgação relacionada à mudança climática, a nova medida aprovada na quarta-feira marca a primeira vez que a agência elaborou uma regra especificamente dedicada a ela. “Muito mais investidores estão tomando decisões de investimento que são informadas pelo risco climático, e muito mais empresas estão fazendo divulgações sobre o risco climático” desde que a última orientação foi emitida em 2010, disse Gensler antes de ele e seus colegas comissários da SEC votarem por 3 a 2 pela aprovação da regra em Washington.”
Fonte: Financial Times, 06/03/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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