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Decisão sobre Margem Equatorial deve sair até o fim do ano, diz Alexandre Silveira | Café com ESG, 24/09

Ministro de Minas e Energia espera com otimismo decisão sobre Margem Equatorial; Pará e créditos de carbono

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,37% e 0,59%, respectivamente.

• Do lado das empresas, a Securities and Exchange Commission (SEC) encerrou as atividades de uma força-tarefa que combatia o greenwashing nos EUA – criada em março de 2021, a unidade foi responsável pela punição de bancos e gestoras que desrespeitaram normas ESG da agência.

• Na política, (i) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse esperar “com otimismo” uma decisão sobre o licenciamento de perfuração de um poço de petróleo na bacia da foz do Amazonas até o fim do ano – contudo, ressaltou que o desfecho sobre a exploração da Margem Equatorial não depende apenas do parecer dos órgãos ambientais, destacando que ainda não há previsão de reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) sobre o tema; e (ii) o governador do Pará, Helder Barbalho, deve anunciar hoje uma operação de venda de créditos de carbono no valor de R$ 1 bilhão, durante o evento Casa Amazônia Nova York – se confirmada, a operação, de 12 milhões de toneladas de carbono comercializadas a US$ 15 por tonelada, é a maior do gênero já registrada.

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Brasil

Empresas

Brasil precisa de US$ 1,3 tri em renováveis para net zero até 2050

“Para se manter em trajetória de emissões líquidas zero até 2050, o Brasil precisará investir mais de US$ 1,3 trilhão em seu fornecimento de energia com baixa emissão de carbono a contar de 2024, estima a BloombergNEF (BNEF). O país já é um dos principais destinos mundiais para investimento em transição energética, atraindo quase US$ 35 bilhões em 2023 – sexto maior valor do mundo e o maior entre os mercados emergentes, exceto a China. É também o terceiro maior mercado global para eólica e solar, com recorde de 5 gigawatts de projetos eólicos e 16 GW de capacidade solar entrando em operação em 2023. Nos próximos 25 anos, o país precisará atrair cerca de US$ 0,5 trilhão em energias renováveis, o que, na análise da BNEF, representa uma grande oportunidade para o setor privado. Todo esse volume considera a eletrificação de setores intensivos em energia e carbono, como transporte, construção e indústria. “Essa eletrificação desempenha um papel importante na trajetória de descarbonização do Brasil, representando 53% das emissões evitadas entre hoje e 2050, em comparação com um cenário sem transição no qual não há nenhuma ação adicional de descarbonização. Além disso, as despesas e os investimentos para a demanda por energia chegam a US$ 4,3 trilhões no Cenário Net Zero, liderados principalmente pelas compras de veículos elétricos”, diz o relatório publicado na última semana. Expansão de redes para escoar toda essa geração renovável demandará mais US$ 0,5 trilhão, aproximadamente, enquanto sistemas de armazenamento de energia precisarão de US$ 52 bilhões.”

Fonte: Eixos; 23/09/2024

BB fecha com Citi captação com juros atrelados a metas de sustentabilidade

“O Banco do Brasil (BB) e o Citi assinaram em Nova York na sexta-feira (20) uma operação de financiamento com taxas de juros atreladas ao cumprimento de metas de sustentabilidade. É a primeira operação desse tipo realizada entre um banco brasileiro e um banco americano. Pelo mecanismo, a captação de US$ 50 milhões terá custo condicionado ao cumprimento de objetivos ESG (ambiental, social e governança), fixados pelo banco no ano passado. Esse modelo de operação é conhecido como “sustainability-linked loans” (SLL) e é comum em emissões privadas, mas ainda pouco usado entre instituições financeiras. Na operação, são consideradas as metas de expansão da carteira de agronegócios sustentável e de baixo carbono e a meta para ampliar a liderança de mulheres, pretos e pardos na instituição financeira. As instituições financeiras não informaram qual será a variação na taxa de juros de acordo com o cumprimento das metas. Nos últimos quatro anos, o BB captou cerca de R$ 30 bilhões em recursos para fomentar ações sustentáveis. A assinatura da operação faz parte de uma agenda mais ampla do banco em Nova York, que recebe um extenso calendário de atividades ligadas ao tema da sustentabilidade, às margens da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é ampliar oportunidades de captar recursos externos direcionados a ações sustentáveis, em operações que costumam ter custo mais baixo. O banco busca ainda se beneficiar de uma janela favorável com a queda dos juros americanos. Na quinta-feira (19), a presidente da instituição, Tarciana Medeiros palestrou sobre diversidade no SDGs in Brazil, realizado pelo Pacto Global da ONU.”

Fonte: Valor Econômico; 23/09/2024

Marina quer Autoridade Climática sob guarda-chuva de sua pasta, e não da Presidência

“A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), defendeu a criação de uma Autoridade Climática, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há duas semanas, mas disse que o órgão deve ficar sob o guarda-chuva de sua pasta, e não ser diretamente subordinado à Presidência da República. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Marina afirmou que a futura Autoridade Climática precisa se sobrepor à “sazonalidade política” e à “alternância de poder”. “Eu fico pensando uma estrutura ligada ao gabinete do presidente da República… E, se mudar o presidente, e o presidente não quiser essa instituição ligada a ele? Você tem que pensar o desenho da política pública fortalecendo a governança pública”, defendeu a ministra. “Hoje nós temos a Anvisa, por exemplo. Ela é ligada ao Ministério da Saúde. Nós temos várias instituições que estão ligadas aos seus respectivos ministérios de mérito. E é assim que se desenham políticas públicas, para além da sazonalidade política e da alternância de poder”, prosseguiu Marina. Segundo a ministra do Meio Ambiente, “o presidente Lula quer fazer uma abordagem para além da gestão do desastre”. “Ele quer uma abordagem para a gestão do risco. Vai haver uma diretoria. Tem toda a estrutura de uma autarquia. E deve ser, na minha opinião, ligada ao Ministério do Meio Ambiente e uma instituição de natureza técnica. Ou vai ser um climatologista ou alguém da área técnica ou de notório saber, irrefutável saber, para lidar com o tema”, afirmou. Questionada sobre quais devem ser as principais atribuições da Autoridade Climática do governo, Marina disse que se tratará de “uma instituição de formulação de política, de proposição de regras e até mesmo de fiscalização e de aplicabilidade de algumas sanções”.”

Fonte: InfoMoney; 23/09/2024

Em discurso na ONU, Lula falará sobre crise climática e guerras

“Em seu pronunciamento hoje na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai tratar da crise climática, dos conflitos na Europa e no Oriente Médio e da urgência de reformas nos mecanismos multilaterais. A ambiguidade de seu discurso ambiental, porém, entre a intenção de dar ao Brasil protagonismo verde, mas disputar a exploração da última gota de petróleo, não escapará a análises mais críticas. Clima, guerras e reformas da ONU e dos organismos multilaterais “são temas inescapáveis”, disse fonte do governo. Ontem, Lula fez um discurso com críticas às Nações Unidas: “A ONU, que quando foi criada teve força para criar o Estado de Israel, não tem coragem de criar o Estado Palestino”, afirmou.”

Fonte: Valor Econômico; 24/09/2024

Pará promete operação recorde de R$ 1 bilhão em créditos de carbono

“O governador do Pará, Helder Barbalho, deve anunciar nesta terça-feira, 24, uma operação de venda de créditos de carbono no valor de R$ 1 bilhão, durante o evento Casa Amazônia Nova York. Se confirmada, a operação é a maior do gênero já registrada. Serão 12 milhões de toneladas de carbono comercializadas a US$ 15 por tonelada. A Casa Amazônia é evento visa valorizar as características do modelo sustentável de manejo do território e de seus produtos, de maneira a ressaltar a riqueza cultural da Amazônia. Segundo Helder, os recursos estarão vinculados a uma estratégia de distribuição, com parte deles destinadas à sociedade, o que inclui povos indígenas, quilombolas e extrativistas e integrantes da agricultura familiar. A parte que caberá ao Pará será obrigatoriamente vinculada à continuidade da política de redução de emissões de gases de efeito estufa. “Essa é uma agenda extraordinária, será a maior venda de créditos de carbono da história. Temos o sonho de fazer com que a floresta viva possa valer do que a floresta morta precisa virar a chave e se transformar em em realidade efetiva no momento em que a floresta ganhe valor”, disse Barbalho.”

Fonte: Valor Econômico; 24/09/2024

Silveira vê decisão próxima para Margem Equatorial

“O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse esperar “com otimismo” uma decisão sobre o licenciamento de perfuração de um poço de petróleo na bacia da foz do Amazonas até o fim do ano, mas ressaltou que o desfecho sobre a exploração da Margem Equatorial não depende apenas do parecer dos órgãos ambientais. Destacando que ainda não há previsão de reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) sobre o tema, o ministro afirmou que o debate no governo sobre a extensa área petrolífera entre o Amapá e o Rio Grande do Norte está perto do fim e se disse “convicto” de que a licença ambiental será emitida. Silveira afirmou que apoia a Petrobras na elaboração de planos e estudos para cumprir exigências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em recurso contra a negativa à concessão da licença, em maio do ano passado. “Não abriremos mão do cumprimento mais que rigoroso das condicionantes para a Petrobras”, disse Silveira, após participar da ROG.e (antiga Rio Oil & Gas). Na mesma linha, a diretora de exploração e produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, disse que a estatal está “lutando” para conseguir a licença na Margem Equatorial antes que a produção do país comece a declinar. A executiva disse estar otimista sobre o avanço do tema: “A Petrobras tem investido em atender os pedidos do Ibama. Estamos confiantes de que fizemos tudo o que podíamos”, afirmou. Silveira disse também que está perto de ser concluído acordo que envolve novo valor de indenização, de R$ 167 bilhões, para cobrir todos os prejuízos causados pelo rompimento, em 2015, da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana (MG).”

Fonte: Valor Econômico; 24/09/2024

Internacional

Empresas

ExxonMobil é processada por campanha enganosa sobre reciclagem

“A Califórnia processou a ExxonMobil pela suposta realização, durante décadas, de uma campanha enganosa de reciclagem que, na prática, teria aumentado a compra e o uso de produtos plásticos, informou nesta segunda-feira, 23, a procuradoria deste estado localizado no oeste dos Estados Unidos. A ação judicial apresentada em San Francisco afirma que a gigante petrolífera promoveu a ideia de que todo tipo de plástico era reciclável, apesar de que “a ExxonMobil sabia que a reciclagem mecânica e a chamada reciclagem avançada nunca poderiam processar mais do que uma pequena fração do lixo plástico que produzia”. De acordo com a procuradoria da Califórnia, os cidadãos estariam mais propensos a comprar plásticos de uso único sob esta falsa promessa de reciclagem. A ação judicial busca, entre outras coisas, que a ExxonMobil se encarregue da limpeza de milhões de toneladas de resíduos plásticos despejados na natureza, além de compensar financeiramente os afetados pelo caso, ações que podem custar bilhões de dólares. “Durante décadas, a ExxonMobil enganou o público para nos convencer de que a reciclagem do plástico poderia resolver a crise de resíduos plásticos e a contaminação, quando sabia claramente que isso não era possível”, disse Rob Bonta, procurador-geral da Califórnia, em um comunicado à imprensa. “Os plásticos estão em toda parte, das profundezas dos nossos oceanos até os altos picos da Terra, e até mesmo em nossos corpos, causando danos irreversíveis ao nosso ambiente e potencialmente à nossa saúde”, acrescentou. A ExxonMobil não respondeu de imediato aos pedidos de comentários da AFP.”

Fonte: Exame; 23/09/2024

Gigante da carne dos EUA é processado por metas de “líquido zero”

“Uma gigante da carne dos EUA está sendo processada por grupos ambientais que alegam que seus compromissos declarados de atingir emissões líquidas zero até 2050 estão “enganando” os consumidores. A Tyson Foods é a segunda maior empresa de carnes do mundo, produzindo cerca de 20% da carne bovina, suína e de frango nos Estados Unidos. Em 2021, anunciou metas para atingir emissões líquidas zero até 2050 por meio do aumento do uso de energia renovável e da eliminação do desmatamento de sua cadeia de suprimentos. Em 2023, também revelou seu programa de carne bovina “climaticamente inteligente” com a meta de reduzir 30% de suas emissões de produção de carne bovina até 2030. O Environmental Working Group (EWG) anunciou na semana passada que está processando a Tyson Foods por suas metas, alegando que a empresa não está tomando “nenhuma medida significativa” para alcançá-las.O processo também alega que “carne bovina produzida em massa nunca pode ser uma escolha inteligente para o clima” devido ao grande volume de emissões produzidas no processo de criação de vacas em escala industrial. Outros grupos também envolvidos no processo são Earthjustice, Animal Legal Defense Fund, Edelson PC e FarmStand. Os grupos alegam que a Tyson e outros frigoríficos estão capitalizando os desejos dos consumidores de comprar produtos que ajudarão o meio ambiente, mas “sem articular um plano para eliminar as vastas emissões associadas aos muitos estágios de sua produção de carne bovina, frango e suína.”

Fonte: BeefCentral; 24/09/2024

Maiores bancos do mundo prometem apoio à energia nuclear

“Quatorze dos maiores bancos e instituições financeiras do mundo estão se comprometendo a aumentar seu apoio à energia nuclear, uma medida que os governos e a indústria esperam que desbloqueie o financiamento para uma nova onda de usinas nucleares. Em um evento na segunda-feira em Nova York com o conselheiro de política climática da Casa Branca, John Podesta, instituições como Bank of America, Barclays, BNP Paribas, Citi, Morgan Stanley e Goldman Sachs dirão que apoiam uma meta estabelecida pela primeira vez nas negociações climáticas da COP28 no ano passado para triplicar a capacidade de energia nuclear do mundo até 2050. Eles não explicarão exatamente o que fariam, mas especialistas nucleares disseram que a demonstração pública de apoio foi um reconhecimento há muito esperado de que o setor tinha um papel crítico a desempenhar na transição para a energia de baixo carbono. A dificuldade e o alto custo do financiamento de projetos nucleares têm sido um obstáculo para novas usinas e contribuíram para uma desaceleração significativa nos países ocidentais desde que uma onda de reatores foi construída nas décadas de 1970 e 1980. “Este evento vai mudar o jogo”, disse George Borovas, chefe da prática nuclear no escritório de advocacia Hunton Andrews Kurth e membro do conselho da World Nuclear Association. Até agora, disse ele, os bancos achavam politicamente difícil apoiar novos projetos nucleares, que muitas vezes exigiam a aprovação do gabinete do presidente-executivo.”

Fonte: Financial Times; 24/09/2024

Clima e financiamento em Pacto [sem ambição] pelo Futuro da ONU

“A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou no domingo (22/3) um Pacto pelo Futuro com 56 ações para enfrentar os desafios deste século, entre elas, superar a lacuna de financiamento para nações emergentes adaptarem suas economias para sistemas de produção sustentáveis. “Fecharemos a lacuna de financiamento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nos países em desenvolvimento”, diz o item número 4 do documento multilateral. “Estamos profundamente preocupados com a crescente lacuna de financiamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que os países em desenvolvimento enfrentam. Devemos fechar essa lacuna para evitar uma divisão duradoura do desenvolvimento sustentável, aumentando a desigualdade dentro e entre os países e uma erosão ainda maior da confiança nas relações internacionais e no sistema multilateral”, continua. O documento é um acordo multilateral não vinculativo, ou seja, os países concordam com o que está escrito, mas se vão seguir ou não, como e quando, cabe a cada um decidir. Uma das ações previstas no item 4 é “fornecer e mobilizar financiamento de desenvolvimento sustentável, acessível, transparente e previsível de todas as fontes e os meios necessários de implementação para países em desenvolvimento”. Outra, aumentar e cumprir os compromissos de países ricos de atingir a meta de 0,7% da renda nacional bruta destinada à assistência oficial ao desenvolvimento e 0,15 a 0,20% para países menos desenvolvidos. A preocupação com as consequências da mudança do clima também entrou no documento.”

Fonte: Eixos; 23/09/2024

SEC encerra força-tarefa anti greenwashing

“A Securities and Exchange Commission, órgão que regula os mercados de capital americanos, encerrou as atividades de uma força-tarefa que combatia o greenwashing. Criada em março de 2021, a unidade foi responsável pela punição de bancos e gestoras que desrespeitaram normas ESG da agência. A força-tarefa também foi responsável por uma acusação contra a Vale de fraude em certificados de segurança de barragens. O caso foi encerrado após pagamento de multa de US$ 56 milhões pela mineradora, sem admissão de culpa. O fim da força-tarefa não foi comunicado oficialmente e teria acontecido alguns meses atrás, segundo afirmou um porta-voz da agência à Bloomberg Law. As funções foram distribuídas e permeiam “toda a SEC”. A decisão é lida como mais um recuo diante da pressão de políticos conservadores americanos, que consideram o olhar específico para questões ambientais, sociais e de governança uma influência indevida e “de esquerda” nos negócios. A SEC já havia retirado o ESG da lista de prioridades da divisão de fiscalização de compliance para este ano. O objetivo original da unidade era “identificar proativamente más condutas relacionadas a ESG”. Uma das investigações de maior visibilidade envolveu a gestora alemã, do Deutsche Bank. A empresa foi acusada de fornecer informações “materialmente enganosas” sobre o uso de dados ESG na criação de fundos e em recomendações de investimento. A gestora foi multada em US$ 19 milhões. O Goldman Sachs também foi punido em US$ 4 milhões por descumprir suas próprias regras para fundos ESG.”

Fonte: Capital Reset; 23/09/2024

A agricultura deve pagar por suas emissões, diz o cientista climático chefe da UE

“O principal cientista climático da UE alertou que o bloco não atingirá suas metas climáticas se não forçar o setor agrícola a pagar por suas emissões de gases de efeito estufa. As observações foram feitas no momento em que o continente de aquecimento mais rápido do mundo sofreu graves inundações em toda a Europa Central, em um exemplo de eventos climáticos extremos que, segundo os cientistas, são exacerbados pelas mudanças climáticas. Ottmar Edenhofer, presidente do Conselho Consultivo Científico Europeu sobre Mudanças Climáticas, disse ao Financial Times que seria “quase impossível” atingir o objetivo proposto pela Comissão Europeia de reduzir as emissões em 90% até 2040 sem uma taxa sobre as emissões agrícolas. “Nos últimos 15 anos, as emissões do setor agrícola permaneceram bastante estáveis”, disse Edenhofer, enquanto outros setores reduziram seu impacto climático. “O sinal de preço é importante porque, sem o sinal de preço, é muito improvável que, basicamente, possamos reduzir as emissões”, acrescentou. A agricultura é responsável por 12% das emissões da UE, das quais cerca de dois terços são provenientes da produção de carne e laticínios. No entanto, é um dos poucos setores da UE que até agora evitou uma legislação climática rigorosa, incluindo metas setoriais de redução de emissões, em parte devido à capacidade dos agricultores de organizar protestos generalizados e perturbadores. No início deste ano, bloqueios de tratores e manifestações de agricultores em muitas capitais europeias catalisaram uma reformulação na UE sobre como ela estava abordando os esforços para descarbonizar as fazendas.”

Fonte: Financial Times; 23/09/2024

Biden propõe banir veículos chineses e tecnologia de “carros conectados” das estradas dos EUA

“O Departamento de Comércio dos Estados Unidos propôs, na segunda-feira, a proibição dos principais softwares e hardwares chineses em veículos conectados nas estradas americanas devido a preocupações com a segurança nacional, uma medida que efetivamente impediria a entrada de carros e caminhões chineses no mercado dos Estados Unidos. A regulamentação planejada, relatada pela primeira vez pela Reuters, também forçaria as montadoras americanas e outras grandes montadoras nos próximos anos a remover os principais softwares e hardwares chineses dos veículos nos Estados Unidos. O governo do presidente Joe Biden levantou preocupações sobre a coleta de dados por veículos chineses conectados sobre motoristas e infraestrutura dos EUA e a possível manipulação estrangeira de veículos conectados à Internet e a sistemas de navegação. Em fevereiro, a Casa Branca ordenou uma investigação. As proibições propostas impediriam o teste de carros autônomos nas estradas dos EUA por montadoras chinesas e se estenderiam ao software e hardware de veículos produzidos pela Rússia, podendo ser estendidas a outros adversários dos EUA. A proposta tornaria as proibições de software efetivas no ano modelo de 2027. A proibição de hardware entraria em vigor no ano-modelo de 2030 ou em janeiro de 2029. O Departamento de Comércio está dando ao público 30 dias para comentar a proposta e espera finalizá-la até 20 de janeiro. As regras abrangeriam todos os veículos rodoviários, mas excluiriam veículos agrícolas ou de mineração não utilizados em vias públicas, bem como drones e trens.”

Fonte: Reuters; 23/09/2024

Líderes da ONU pedem que os mais ricos do mundo façam mais pelo clima

“Na segunda-feira, as nações em desenvolvimento pediram na Assembleia Geral da ONU que os países mais ricos do mundo façam mais para ajudá-los a lidar com as dificuldades que enfrentam devido aos extremos climáticos. Os líderes dos pequenos estados insulares que correm mais risco de sofrer com o aumento do nível do mar disseram que era hora de os países que queimam a maior parte dos combustíveis fósseis culpados pelo aumento da temperatura pararem de falar da boca para fora sobre o assunto. “Eu me pergunto se nossos países estão se afastando cada vez mais da unidade e da força moral necessárias para proteger nosso povo”, disse o Ministro de Recursos Naturais e Meio Ambiente de Samoa, Cedric Schuster, que preside a Aliança de Pequenos Estados Insulares (AOSIS). As nações insulares da AOSIS ganharam uma voz poderosa nas negociações globais sobre o clima. Durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira, Schuster chamou a atenção para as maiores economias do mundo no Grupo dos 20, que juntas respondem por mais de 80% das emissões globais de gases de efeito estufa. “Precisamos que todos os países, mas especialmente o G20, liderem o caminho” nos cortes de emissões e no financiamento climático, disse Schuster aos repórteres. “As pessoas vulneráveis do nosso mundo estão sendo drenadas pela conversa fiada”. Ao transmitir uma mensagem semelhante em nome do bloco de negociação dos Países Menos Desenvolvidos, o ministro do clima e dos recursos naturais do Malaui, Yusuf Mkungula, disse: “Os países industrializados devem liderar o caminho”.”

Fonte: Reuters; 23/09/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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