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CVM avança em finanças sustentáveis; China e PETR4 de olho em combustíveis de baixo carbono | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. CVM avança em sua estratégia de finanças sustentáveis e integra ESG na hora de avaliar perfil do investidor

Na mídia: CVM determina que ESG entre nos questionários para definir perfil do investidor – Capital Reset, 26 de dezembro (link)

Nossa visão: À medida que o interesse por investimentos ESG cresce, a necessidade de transparência nas informações relacionados à agenda também aumenta. Comprometida com o investimento responsável, em nossa visão, a agenda de finanças sustentáveis da CVM está avançando na direção certa, conforme vimos pela recente expansão de uma equipe qualificada que faz a gestão do tema na organização. No mais, a inclusão de indicadores ESG nos questionários de perfil do investidor provavelmente irá contribuir para (i) ajudar os investidores a melhor gerenciar suas estratégias ESG, contribuindo para uma definição mais holística do perfil desse investidores; (ii) melhorar as práticas de due diligence (diligência prévia) para aumentar a transparência do mercado; (iii) promover a integração ESG nas decisões de investimento de forma mais coordenada e assertiva; além de (iv) fortalecer o processo de adequação (suitability, no termo em inglês) dos agentes que distribuem produtos de investimento no longo prazo.

#2. China fortalece compromissos para aumentar oferta de navios movidos a metanol

Na mídia: China pretende construir mais da metade dos navios movidos a combustível mais limpo do mundo até 2025 – Reuters, 28 de dezembro (link)

Nossa visão: De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), o transporte marítimo foi responsável por cerca de 2% das emissões globais de CO2 relacionadas à energia em 2022, após um crescimento de 5% vs. o ano anterior. Nesse cenário, o desenvolvimento (e por consequência incentivos de maior adoção) dos combustíveis de baixo carbono é fundamental para descarbonizar o setor. Nesse sentido, vemos com bons olhos a ambição chinesa de construir mais embarcações movidas a combustíveis alternativos e de baixo carbono, como metanol e gás natural liquefeito. Emitindo menos gases de efeito estufa vs. o óleo combustível (o metanol, por exemplo, emite ~80% menos óxidos de nitrogênio e até ~99% menos óxido de enxofre), o plano do país provavelmente contribuirá para o aumento gradual da demanda por navios movidos a metanol no longo prazo, trazendo novos participantes para o mercado. Por fim, como o maior emissor de carbono do mundo, a China tem um papel fundamental na redução das emissões globais, e essa iniciativa pode ajudá-la a atingir a meta de zerar suas emissões líquidas zero até 2060.

#3. Petrobras investe em combustíveis de baixo carbono para o setor de transporte

Na mídia: Petrobras compra tecnologia para produzir bioquerosene de aviação e diesel renovável com óleo de soja e sebo bovino – Valor Econômico, 31 de dezembro (link)

Nossa visão: Como parte do Plano Estratégico 2024-2028+, que prevê investimentos de US$102 bilhões em projetos de baixo carbono, a Petrobras está desenvolvendo iniciativas para reduzir sua pegada de carbono e, ao mesmo tempo, gerar valor a longo prazo. Em nossa visão, por meio deste investimento em uma tecnologia de ponta para desenvolver combustíveis de aviação sustentável, a empresa também mostra potencial em atender às demandas globais de energia do futuro.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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