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Follow on: Saiba o que é e como utilizá-lo nas análises

Follow on é um processo que ocorre quando uma companhia que já possui ações na Bolsa decide ofertar mais papéis no mercado

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Follow on: Saiba o que é e como utilizá-lo nas análises

O follow on é um processo que ocorre quando uma companhia de capital aberto, que já possui ações na Bolsa, decide ofertar mais ações no mercado. Nesse caso, ela, obrigatoriamente, já fez um IPO anteriormente e agora vai retornar ao mercado vendendo mais ações.

No entanto, vale destacar que o conceito de follow on não se mistura com o de IPO (Initial Public Offering), que acontece somente uma vez, quando a empresa abre seu capital na Bolsa.

Sendo assim, enquanto no IPO a empresa precisa avaliar as vantagens e desvantagens de estrear na Bolsa, no follow on essa questão é inexistente, tendo em vista que a estrutura já está construída.

Logo, a decisão de fazer ou não o follow on fica restrita aos custos da oferta em si, além do custo de oportunidade da empresa.

No período entre janeiro de 2010 e setembro de 2020 foram realizados 74 IPOs e 126 follow on, sendo R$ 319,5 bilhões em ofertas primárias (68% do total das ofertas) e R$ 148,3 bilhões em follow on (32% do total).

Importância do follow on

Quando uma empresa abre o capital na Bolsa, ela vende suas ações aos investidores. Uma vez que os papéis foram vendidos, não entram mais recursos decorrentes do IPO, já que as negociações passam a ocorrer somente entre os acionistas, no mercado secundário.

Diante disso, o follow on primário acaba sendo um recurso muito importante para que empresas consigam captar mais recursos no mercado.

Com a nova injeção de capital, a organização pode investir em projetos de expansão e aquisição, reforçar o caixa da companhia, quitar dívidas, entre outros.

Como identificar o follow on da empresa?

Para identificar o follow on de uma empresa é necessário estar atento aos canais de comunicação oficiais, como o site da companhia e os comunicados da CVM.

Outra alternativa é ficar de olho na seção de ofertas públicas disponibilizadas na plataforma online de sua corretora de valores.

Tipos de follow on

Mulher dando as costas a telas de home broker
Entender o follow on poderá ajudar a investir no mercado de ações

O follow on é classificado em duas categorias:

  1. Oferta primária;
  2. Oferta secundária.

Entenda como elas funcionam nos tópicos abaixo:

Oferta Primária

Na oferta primária, ações da própria empresa são oferecidas no mercado. Ou seja, a organização lança novos papéis e os oferece na B3, aumentando então a sua base acionária.

O preço da ação é determinado no processo de bookbuilding, no qual a empresa avalia a demanda dos investidores e o preço definitivo da oferta subsequente. No fim dessa oferta primária, novas ações são oferecidas ampliando tanto o capital social, como a base de acionistas.

Na oferta primária, os recursos captados vão direto para o caixa da organização, possibilitando otimizações que aprimoram as ações, como pagamento de dívidas, novas aquisições e aumento dos negócios, tanto externos quanto internos.

Oferta Secundária

Já na oferta secundária, as ações lançadas ao mercado são de titularidade de um ou mais acionistas que colocam papéis da empresa à venda no mercado, a fim de reduzir ou terminar a participação no negócio.

Devido a já existência das ações da empresa, o recurso da venda dos papéis para os próprios acionistas e o capital social da companhia não sofre alterações. Isso acontece porque as ações são vendidas a outros acionistas, funcionando basicamente como o mercado secundário.

No entanto, o volume das ações vendidas é bastante relevante, tendo em vista que pode distorcer os preços da bolsa de valores, referenciando-se a lei da oferta e da demanda.

Na oferta secundária, o valor da venda da ação vai diretamente para o acionista responsável pela venda.

Como funciona o follow on?

Definido o tipo de follow on, a empresa estabelece para quem as ações serão oferecidas, de modo que a oferta pode ser pública ou restrita.

O follow on de uma oferta pública é aberto para qualquer pessoa que negocia na Bolsa de Valores. Ele possui um trâmite mais burocrático, então, a oferta pública deve ser submetida previamente ao registro na CVM e na B3.

Um follow on em oferta restrita, por sua vez, é destinado exclusivamente para investidores profissionais. Neste caso, não precisa ser registrado na CVM.

Vale destacar que, nesse tipo de oferta, a empresa pode negociar as suas ações com um máximo de 75 acionistas e apenas 50 deles podem adquiri-las.

Para saber mais sobre a B3 e CVM, confira os conteúdos:

Quem pode participar de follow on?

Como visto anteriormente, no follow on de oferta pública qualquer investidor interessado pode participar do processo.

No entanto, é importante ressaltar que, antes de mais nada, o interessado em participar do follow on avalie seu perfil financeiro, estratégias e objetivos na Bolsa de valores.

Ao decidir pela compra das ações, é preciso participar do processo de reserva e aquisição dos papéis.  Esse procedimento pode ser feito junto a uma assessoria de investimento ou corretora de valores experiente e confiável.

Você pode saber mais sobre o perfil do investidor nessa entrevista com a Ana Laura Magalhães, especialista da XP.

Follow on e subscrição

Com isso, ela permite que os atuais acionistas mantenham o seu percentual de participação no negócio mesmo após o aumento do capital social.

Vale lembrar que na subscrição o acionista não é obrigado a adquirir os novos papéis, ele apenas tem a oportunidade de fazê-lo se assim o desejar. Caso não queira adquirir novas ações, ele poderá vender o seu direito de compra para outras pessoas.

O follow on, por sua vez, pode se diferenciar da subscrição pelo fato de as ações serem ofertadas para qualquer investidor do mercado em se tratando de uma oferta pública.

Vale a pena investir em empresas com ofertas follow on?

Dois homens conversando sobre follow on, há diversos papéis sobre finanças na mesa
No follow on de oferta pública qualquer investidor interessado pode participar do processo

O lançamento de um follow on pode trazer uma série de vantagens para uma organização. Ao emitir novas ações no mercado, a organização consegue verificar um aumento na liquidez, por exemplo, tanto para ofertas primárias quanto secundárias.

Cabe destacar ainda que o possível aumento da ação, pensando também na lei da oferta e da demanda, estimula o crescimento da empresa como um todo, devido ao novo aporte de capital.

Contudo, apesar dos pontos positivos existem desvantagens de um follow on que precisam ser mencionadas.

Entre elas está a diluição da participação do acionista nos lucros distribuídos. Neste caso, para não ser diluído o acionista precisa injetar mais dinheiro na organização.

Por isso, é importante que o investidor sempre analise o follow on sob diversas perspectivas a fim de descobrir se vale a pena investir em empresas com esse tipo de oferta.

É necessário avaliar caso a caso, de modo a entender as razões que motivam a empresa a fazer uma oferta subsequente de ações. Só assim será possível concluir se o investimento é vantajoso ou não.

Pontos de atenção com o follow on

O documento que estabelece as regras para o lançamento de um follow on contém uma série de informações que devem ser consideradas pelo investidor.

Nesse sentido é importante ficar atento a pontos como:

  • Preço por ação;
  • Período de lock-up;
  • Público alvo da oferta.

Tendo em vista que esse é um mercado que cresce mais a cada dia, ficar atento a novas ofertas de follow on pode ser vantajoso para o investidor.

Por isso, conte com uma corretora que atualize e auxilie o investidor nesse processo tão importante!

            Conheça mais sobre a XP!

Ofertas follow on no Brasil

Ok, você já sabe o que é follow on e como analisar. Conheça, agora, 3 importantes ofertas de follow on no Brasil:

BTG Pactual

O Banco BTG Pactual levantou R$ 2,57 bilhões em follow on realizado em janeiro de 2021. Os recursos serão usados, sobretudo, para iniciativas estratégicas e crescimento em negócios devarejo digital.

Locaweb

Em fevereiro de 2020, a companhia de hospedagem de sites Locaweb realizou sua oferta de ações. Na época, o follow on levantou R$ 2,34 bilhões que foram destinados inteiramente a novas fusões e aquisições.

Magazine Luiza

A rede de varejo brasileira Magazine Luiza realizou sua oferta subsequente de ações com esforços restritos em julho de 2021.

Com a venda de 175 milhões de ativos ordinários, a Magalu conseguiu realizar a captação de R$ 3,981 bilhões.

Segundo a companhia, o montante foi utilizado para financiar novas aquisições.

Outras companhias que realizaram follow on recentemente foram:

  • BrasilAgro com R$ 440 milhões;
  • PetroRio com R$ 2,04 bilhões captados e;
  • Light, que captou R$ 1,37 milhão em recursos.

Resumão de dúvidas frequentes

Confira as dúvidas frequentes sobre follow on e saiba daqui investindo com segurança! Veja:

O que é oferta subsequente de ações?

A oferta subsequente de ações, ou follow on, é quando uma determinada companhia de capital aberto lança mais ações no mercado, isso ocorre por diferentes razões.

O que é oferta primária de ações?

A oferta primária ou IPO (Initial Public Offering ou em português Oferta Pública Inicial) corresponde à entrada de uma companhia na Bolsa de valores. Desse modo, é quando a organização lança pela primeira vez suas ações ao mercado.

Diante do exposto, entender o que é o follow on pode ser uma boa medida para adquirir novas ações.  Para o investidor interessado em comprar as novas ações, a reserva deve ser solicitada exclusivamente através de uma corretora.

Nesse sentido, sai na frente o investidor que pode contar com uma plataforma de investimentos completa, rápida e atualizada.

Com a XP você tem todas essas ferramentas e muitas outras necessárias para controlar sua carteira. Além disso, nossos assessores podem lhe ajudar a conhecer as opções de follow on e esclarecer dúvidas sobre este tema.

Então não perca tempo e abra logo sua conta na XP Investimentos!

Gostou de saber mais sobre o que é follow on e todas as suas possibilidades? Aproveite e compartilhe com seus amigos investidores.

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