XP Expert

Tudo sobre Renda Fixa em janeiro (e o que esperar)

Leia aqui sobre os principais indicadores macroeconômicos e como impactam os produtos de renda fixa, além do desempenho de títulos públicos e o que esperar para os próximos meses.

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail
Onde Investir em 2025 banner

Para melhor experiência de leitura, recomendamos navegação através do índice na parte inferior da tela.

Caso esteja iniciando sua jornada na Renda Fixa, recomendamos começar pelo conteúdo "Renda Fixa: O que é preciso saber?"

Renda Fixa: tudo sobre o que passou e o que esperar.

No mês de janeiro, houve a primeira reunião do Copom de 2021. Como esperado, a Selic foi mantida em 2% ao ano, porém o Banco Central decidiu retirar o forward guidance, indicando que o período de elevação da taxa básica de juros pode se iniciar antes do que o previamente esperado. Em nosso cenário base, a subida de juros pode começar em maio. A curva de juros abriu durante o mês, refletindo o ainda elevado risco fiscal, o alto volume de casos de covid-19 no Brasil e as incertezas antes da eleição à Câmara e ao Senado, que em fevereiro deram vitória aos candidatos do Planalto. O movimento nas curvas levou à desvalorização dos títulos do Tesouro Direto

Para os próximos meses, continuaremos acompanhando a evolução da vacinação no Brasil e seu impacto sobre a contenção das contaminações, além dos efeitos sobre a atividade econômica. Neste sentido, vale monitorar as movimentações do governo em torno da extensão do auxílio emergencial, que poderia pressionar ainda mais o cenário de risco fiscal. Do lado positivo, a definição das presidências das casas legislativas tem o potencial de destravar agendas importantes de reformas, o que pode mitigar o risco fiscal no país. Com evoluções importantes e redução de incertezas, é possível que o volume de emissões volte a crescer, à medida em que mais empresas sintam confiança para voltar a realizar investimentos.

No Radar

Destaques do mês de janeiro

  1. O risco fiscal segue elevado, ainda que a dinâmica da inflação ajude no cumprimento do teto de gastos em 2022.
  2. Copom manteve Selic a 2%, mas retirou forward guidance. Ciclo de alta deve começar em maio, antes do esperado anteriormente.
  3. Riscos: (i) Fim dos programas emergenciais; e (ii) A pressão por gastos fiscais deve continuar elevada em 2021.

Como agir?

  1. Trazemos indicações em nosso relatório Investindo em Fevereiro 2021: Renda Fixa
  2. É necessário buscar a diversificação de carteiras para alcançar melhores rentabilidades.
    1. Escolha sempre de acordo com seu perfil.
  3. Para investimentos de curto a médio prazo, preferimos ativos pós-fixados, que acompanharão a esperada elevação na Selic.
  4. No caso de investimentos de prazos mais longos, continuamos preferindo ativos indexados à inflação, possibilitando ganhos reais (acima do IPCA).

Alocação recomendada

A alocação recomendada em renda fixa para cada perfil de investidor para o mês de janeiro é a seguinte:

Conforme destacado no relatório 5 anos em 5 minutos, em janeiro os mercados ao redor do mundo passaram por uma alta moderada, com investidores animados com o andamento das campanhas de vacinação e as discussões acerca de um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos.

Ainda de acordo com o relatório, o Brasil foi muito prejudicado pela demora no início das campanhas de vacinação e incertezas sobre o novo formato do Congresso, que só foi definido em fevereiro.

A principal mudança na recomendação de alocação foi no peso de ativos atrelados à inflação, que foi reduzido para dar espaço a outras classes de ativo de risco.

Ativos de renda fixa são recomendados para todos os perfis de investidor. O que muda, basicamente, são três quesitos importantes: o tipo de ativo, o indicador e o percentual a ser alocado. Ou seja: é muito importante manter uma carteira diversificada.

O mercado de Renda Fixa

Poupança

No mês de janeiro, a Poupança apresentou resgates líquidos recorde R$ 18 bilhões. Historicamente, o primeiro mês do ano apresenta resgates líquidos, uma vez que é mês de forte concentração de despesas familiares, mas chama a atenção a magnitude.

No início de 2021, o auxílio emergencial em virtude da pandemia da covid-19 deixou de ser pago pelo governo. Enxergamos este pagamento como um dos fatores que impulsionou a captação líquida recorde da Poupança em 2020, a levando a ultrapassar o estoque de R$ 1 trilhão. Com o fim do auxílio, espera-se que a captação seja mais fraca ao longo de 2021, principalmente ao se considerar que muitos poupadores utilizarão seus recursos para fazer frente às despesas essenciais.

Considerando a taxa Selicem sua mínima histórica, combinada ao rendimento da caderneta de poupança de apenas 70% desta taxa, essa aplicação continua pouco atraente. Apesar disso, o produto continua sendo o investimento preferido dos brasileiros. No entanto, sua participação na carteira vem caindo: Em 2018, representava 88% dos investimentos realizados; em 2019, já era 84%, segundo a publicação Raio X do Investidor, da Anbima.

Veja mais sobre comparações do investimento em Poupança em relação a outras aplicações também conservadoras, como o Tesouro Selic e emissões bancárias.

Tesouro Direto

Captação Líquida

No caso do Tesouro Direto, em dezembro (último dado disponível) houve resgate líquido de R$ 70 milhões, contrastando com a captação líquida de R$ 28 milhões no mês de novembro.

O principal ativo comprado por investidores foi o Tesouro Selic, historicamente o mais buscado. Em termos de captação líquida, o ativo que se destacou positivamente foi o Tesouro IPCA+ com juros semestrais. Já o mais resgatado, em termos líquidos, foi o Tesouro IPCA+ Principal.

O número de investidores cadastrados no programa continua crescendo e atingiu 9,2 milhões em dezembro, evolução de 64% em relação ao mesmo mês de 2019. O número de mulheres alcançou 32,6% do total de investidores.

Consideramos o Tesouro Direto uma excelente porta de entrada ao mundo dos investimentos. Sendo assim, o crescimento é um bom indicativo não apenas para esta aplicação, mas para investimentos como um todo.

Rentabilidade

No mês de dezembro, todos os títulos negociados no Tesouro Direto, com exceção do Tesouro Selic, apresentaram desvalorização, seguindo a abertura na curva de juros observada ao longo do mês, em resposta à elevação na percepção de risco.

Em nosso relatório mensal de investimentos em renda fixa, que passou a ser publicado neste mês, destacamos dois ativos do Tesouro Direto: Tesouro Selic e Tesouro Prefixado 2023.

Escolhemos o Tesouro Selic para gestão de caixa e reserva de emergência. Já o Tesouro Prefixado demonstra ser uma opção interessante para investidores que buscam este tipo de remuneração, uma vez que o mercado parece precificar alta de juros mais elevada do que esperamos que ocorra de fato. Com isso, caso nosso cenário base se concretize, existe a possibilidade de ganhos de capital no curto prazo.

Entenda mais sobre a relação entre preços dos títulos e os juros aqui.

Emissões Bancárias

Para enxergar melhor uma curva específica, clique sobre a legenda para "desativar" os ativos não desejados.

O estoque de emissões bancárias permaneceu praticamente inalterado em janeiro, com destaque principalmente no crescimento do estoque de LIGs. Os outros ativos não apresentaram variação relevante no mês contra mês.

Crédito Privado

Saiba tudo sobre crédito privado

Mercado Primário

Estoque (DEB, CRI e CRA), indexadores e emissão de debêntures

Para enxergar melhor uma curva específica, clique sobre a legenda para "desativar" os ativos não desejados.

O estoque de ativos de crédito privado permaneceu estável em janeiro em relação a dezembro.

Como pode ser visto no segundo slide (acima), ativos pós-fixados continuam predominando no estoque e foram maioria também em termos de novos ativos emitidos.

No terceiro slide, vemos que a emissão de debêntures (incentivadas ou não) atingiu R$ 4,7 bilhões no mês. O prazo médio das emissões subiu em relação à média de 2020, indo para 6,2 anos.

Debêntures incentivadas

O volume emitido de debêntures incentivadas, com foco em financiamento à infraestrutura e isentas de imposto de renda, somou R$ 145 milhões em janeiro. No mês de dezembro, houve uma emissão do setor de transportes (Eixo SP Concessionária de Rodovias S.A.).

Mercado secundário

Fluxo

No mês de janeiro, o volume negociado de debêntures no mercado secundário atingiu R$ 14,2 bilhões (vs. R$ 18,7 bilhões em dezembro).

No caso de CRIs, o volume de negociação foi de R$ 1,4 bilhão, cerca de metade do observado em dezembro. Para CRAs, o volume negociado foi também de R$ 1,2 bilhão, com destaque novamente para o CRA JBS com vencimento em 2030.

Em nosso relatório mensal de investimentos em renda fixa, destacamos dois ativos de crédito privado indexados à inflação (IPCA), que enxergamos ter boa relação risco-retorno: Debênture Petrobras Set/2034 (PETR27) e Debênture Rota das Bandeiras Jul/2034 (CBAN12).

Ressaltamos que ativos de crédito privado também podem apresentar risco mais elevado e, portanto, boas rentabilidades, sendo uma boa alternativa para quem busca diversificar a carteira.

Próximos vencimentos de debêntures

No mês de fevereiro, é esperado R$ 1,7 bilhão em vencimentos de debêntures, sendo que a maior concentração do semestre se dará em junho. O principal vencimento do mês é uma debênture da Cemig-D (CMDT23).

Ratings

Essas foram as ações de ratings das principais agências de classificadoras de risco no mês, tanto para emissores quanto para emissões.

Note que pode ser necessário rolar a tabela para visualizar tudo.

No mês de janeiro, pudemos novamente observar mais elevações do que rebaixamentos de ratings, além de diversos novos ratings de emissão. Por fim, também houve diversos movimentos de mudança de perspectiva indicando potencial de elevação de ratings.

Esses movimentos indicam cenário melhor sob o ponto de vista as agências e novos ratings antecipam novas emissões, o que também pode indicar recuperação de certa forma.

Veja mais

Fontes

Anbima
Banco Central do Brasil
Tesouro Direto
CVM
S&P Global
Fitch Ratings
Moody's
B3

XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este material foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S/A (“XP Investimentos” ou “XP”) tem caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como sendo material promocional, solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Os prazos, taxas e condições aqui contidas são meramente indicativas. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. A XP Investimentos não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados.
Os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.