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A semana na Renda Fixa (15/02 a 19/02)

Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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A última semana foi curta nos mercados no Brasil por conta do feriado do Carnaval. Mesmo assim, ruídos do lado político e a ainda indefinição sobre o auxílio emergencial levaram à continuação da percepção de risco pelos agentes. Ao fim da semana, preocupações em torno da relação do governo com a Petrobras, que culminou com a saída do presidente da estatal, intensificaram o sentimento, que deve ser o destaque da próxima semana. A curva DI abriu, principalmente nos vértices mais longos, tendo efeito sobre os prêmios dos títulos do Tesouro Direto, que desvalorizaram. Os spreads de crédito fecharam ao longo da semana, mas o baixo volume negociado por conta do feriado não permitem inferir que trata-se de uma tendência.

Para a próxima semana, o IPCA-15 e o IGP-M de fevereiro, a nota de crédito do BC de janeiro e a taxa de desemprego da PNAD para dezembro serão os principais destaques. Como mencionado, o tom do começo da semana deverá ser ditado pela reação do mercado aos acontecimentos da sexta-feira em torno da saída do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e sua substituição por um general. Por fim, haverá novo leilão de rolagem de títulos pós-fixados do Tesouro Nacional que vencerão no próximo mês.

Cenário macroeconômico

Conforme destacado em relatório, dados positivos sobre a evolução do números de hospitalizações e mortes pela covid-19 foram destaque, especialmente nos EUA e Europa. No Brasil, o total de vacinados atingiu 6,5 milhões, com quase 900 mil brasileiros já tendo recebido as duas doses do imunizante.

A semana mais curta diante de feriado bancário nos EUA foi marcada por dados fortes de atividade, reforçando a continuidade da recuperação no país especialmente diante do efeito de estímulos fiscais. A produção industrial também apresentou comportamento positivo no mês, avançando +0,9% em janeiroEnquanto isso, a Ata do Comitê de Política Monetária do FED (FOMC), reforçou o tom expansionista, apesar pressões de curto prazo. A semana foi também marcada pela alta nos preços do petróleo internacionalmente.

Na Europa, a revisão do PIB do quarto trimestre divulgada pelo Eurostat apontou para uma queda de 0,6%. Na esteira de indicadores mais positivos, o PMI industrial da Zona do Euro referente a fevereiro atingiu o maior patamar dos últimos 3 anos. No cenário político europeu, o ex-presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi tomou posse formalmente neste sábado como primeiro ministro da Itália.

No Brasil, a semana mais curta devido ao feriado de carnaval foi marcada pela continuidade das discussões sobre a extensão do auxílio emergencial. Também foi destaque o anúncio de reajustes nos preços de combustíveis pela Petrobras, e o posicionamento de Bolsonaro sobre o tema. Finalmente, o Tesouro Nacional captou R$ 18,8 bilhões em títulos prefixados e LTFs, contabilizando R$ 75 bilhões em captações no mês. 

Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.

Curva DI e NTN-B

Na última semana, as taxas futuras fecharam em alta nos vencimentos mais longos. Já as NTN-Bs permaneceram praticamente inalteradas, o que indica elevação da inflação implícita (inflação esperada pelo mercado).

O principal balizador do movimento de abertura da curva DI continua sendo o risco fiscal, nesta semana ampliado por crise política com a prisão de deputado aliado ao governo e, ao fim da semana, ruídos em torno da relação entre governo e Petrobras.

Leilões do Tesouro Nacional

Na última semana, o Tesouro Nacional apenas o leilão de títulos pós e prefixados, devido ao feriado. O montante ofertado foi inferior ao da semana anterior e quase integralmente colocado. LFTs continuam com menor procura pelo mercado.

Leilão do dia 18/02 - LTN, NTN-F e LFT

O Tesouro conseguiu vender quase a totalidade dos papeis prefixados (LTN e NTN-F). Já no caso das LFTs, a demanda foi menor do que a oferta, considerando os níveis máximos de prêmio oferecidos.

Tesouro Direto

No dia 08/02, o Tesouro Direto colocou à disposição dos investidores três novos títulos: Prefixado 2024, Tesouro Selic 2024 e Tesouro Selic 2027. Com isto, deixou de vender em sua plataforma o Tesouro Prefixado 2023 e o Tesouro Selic 2025.

Com os novos títulos, buscou alongar o prazo mínimo para a remuneração prefixada e levou a duas possibilidades para quem busca títulos pós-fixados: encurtar o prazo e, assim, reduzir a exposição a oscilações de preços (Selic 2024) e alongar o prazo e, assim, oferecer maior retorno (2027).

Quase todos os títulos do Tesouro Direto apresentaram desvalorização na semana, em comparação com a semana anterior, com exceção do Tesouro Selic.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Crédito Privado

Fluxo

Na curta semana, foi registrado um fluxo médio diário de negociações de R$ 595 milhões em debêntures (vs. R$ 840 milhões na semana anterior), R$ 67 milhões em CRA (vs. R$ 106 milhões) e R$ 49 milhões em CRI (vs. R$ 44 milhões). Vale lembrar que os dados da sexta-feira ainda não foram divulgados e podem alterar o apresentado.

Os destaques de ativos mais negociados foram debênture da Comgas (GASP18), CRI GFSI e CRA Fibria.

Spreads

Na semana, pudemos observar fechamento relevante dos spreads de crédito em debêntures AAA, AA e A (em especial nos dois últimos) e em todos os vértices. Vale lembrar que foi uma semana curta, de pouco volume de negociação, o que pode afetar a dinâmica dos spreads e, por isso, o movimento não deve ser interpretado como tendência.

As curvas são extraídas a partir de debêntures precificadas diariamente pela ANBIMA (DI Percentual, DI+spread e IPCA+spread) e refletem estruturas de spread zero-cupom sobre a curva soberana para diferentes níveis de risco.

Ações de rating

Fontes: S&P Global e Fitch Ratings. Elaboração: XP Investimentos.

Relatórios publicados na semana de 15/02 a 19/02

Renda Fixa

Atualização 4T20: Banco Pine

Atualização 4T20: Klabin

Novo relatório: CMAA - Vale do Tijuco

Atualização 4T20: Engie Brasil

Atualização 4T20: Rumo

Podcast: Investorcast #56 - Onde Investir em Renda Fixa no Cenário Atual

Rating do Banco Pan elevado para 'brAA'

Novo relatório: LTTE

Outros

Brasil Macro Mensal

Economia em destaque (semanal)

Petrobras (PETR4): Anuncia aumentos consideráveis nos preços dos combustíveis, Bolsonaro faz declarações que devem aumentar percepção de risco

AES Tietê (TIET11): Companhia fecha mais um Contrato de Compra e Venda de Energia (“PPA”) do Complexo Eólico Cajuína

Petrobras (PETR4): Governo anuncia troca do CEO da Petrobras

O que esperar - Semana de 22/02 a 26/02

Agenda econômica

Em relatório publicado pelo time Macro da XP, destaca-se na agenda econômica nacional da próxima semana, o IPCA-15 e o IGP-M de fevereiro, a nota de crédito do BC de janeiro e a taxa de desemprego da PNAD para dezembro serão os principais destaques.

No cenário internacional, o PIB do quarto trimestre de 2020 da França e da Alemanha serão divulgados, assim como dados de confiança das principais economias globais e dados de desemprego do Chile, Colômbia e México.

Acesse aqui o Boletim Focus do dia 22/02

Leilões do Tesouro Nacional

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP Investimentos.

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Fonte: Anbima. Elaboração: XP Investimentos.

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