Tópicos do dia
Brasil
- Lewandowski deve liberar em 15 dias ação sobre privatizações
Internacional
- Sétima rodada de negociações comerciais entre EUA e China
- Petróleo: Apenas metade da OPEP e aliados estão cumprindo os cortes de produção acordados
- Venezuela: Trump adverte militares sobre continuar apoiando Maduro
Empresas
- Mineração: Agência determina o fim das barragens a montante até 2021
- Santander (SANB11): Sergio Rial deve permanecer no comando
- Aéreas: Justiça permite que a Anac execute pedidos de devolução de jatos da Avianca
COE News
- Apple: Reordenando a liderança para acelerar a expansão da divisão de serviços
- Facebook pode chegar a um acordo com o FTC
Resumo
Cautela nos mercados
Mercados europeus e futuros dos EUA operam no campo negativo nesta terça-feira, após sessão mista na Ásia, com agenda leve e investidores aguardando avanços nas negociações comerciais.
A próxima rodada de negociações comerciais entre China e Estados Unidos iniciará hoje em Washington, após discussões em Pequim na semana passada, caracterizadas como “muito produtivas” pelo presidente Donald Trump.
No Brasil, o Ibovespa acumulou queda de 1% ontem seguindo ruído na política com exoneração de Bebianno. O mercado segue no aguardo da apresentação final da proposta da previdência na quarta-feira. Lembrando que o projeto anticrime do ministro Sérgio Moro deve ser apresentado hoje.
Conforme temos ressaltado, seguimos positivos com viés de médio-longo prazo, mas os próximos meses devem ser de volatilidade no Brasil, com idas e vindas da política em relação ao processo de aprovação da reforma, o que pode trazer incertezas, e sugerimos proteção.
Após tragédia de Brumadinho, a Agência Nacional de Mineração publicou ontem uma resolução que estipula que as mineradoras terão até 2021 para descomissionar todas as barragens a montante. Das 84 barragens no Brasil, a Vale possui 10, a CSN possui quatro, a Usiminas duas e a Gerdau duas.
Conteúdo na íntegra
Brasil
Lewandowski deve liberar em 15 dias ação sobre privatizações
- O Ministro do STF Ricardo Lewandowski afirmou ao Valor Econômico que deve liberar no início do próximo mês para votação no próximo mês ação que discute a necessidade de aval do Congresso Nacional para privatização de estatais. O Ministro havia concedido liminar determinando tal exigência em junho de 2018, e conduziu audiência pública sobre o tema em setembro;
- Com a ação liberada para pauta, caberá ao presidente do Supremo, Dias Toffoli, marcar uma data para o julgamento do caso, que poderia ocorrer no primeiro semestre de 2019. O presidente da corte tem demonstrado boa vontade em relação à agenda econômica do governo, mas também expressou descontentamento com as invertidas de aliados do governo contra o poder judiciário;
- O voto do ministro Lewandowski estaria praticamente pronto, e trará elementos para corroborar a sua liminar emitida anteriormente. A PGR também opinou para que o STF mantenha a necessidade de aprovação legislativa para privatizações.
Internacional
Sétima rodada de negociações comerciais entre EUA e China
- Segundo notícias, após uma semana de negociações em Beijing, o Ministério do Comércio da China informou nesta terça-feira que o vice-primeiro-ministro Liu He irá a Washington entre quinta e sexta-feira para negociações comerciais com autoridades dos Estados Unidos;
- Liu se reunirá com o representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e com o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, na sétima rodada das negociações comerciais entre os países, em Washington, informou o ministério;
- As negociações estão progredindo à medida que o prazo de 1 de março para novas tarifas se aproxima e, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, Trump disse que está aberto a estender o prazo por mais 60 dias se os dois paises estiverem próximos de um acordo.
Petróleo: Apenas metade da OPEP e aliados estão cumprindo os cortes de produção acordados
- O grupo OPEP + concluiu em janeiro seu primeiro mês de cortes na oferta após um acordo no final do ano passado. No entanto, de acordo com a Bloomberg, os resultados estão aquém do esperado, já que apenas 10 dos 21 países cumpriram integralmente o acordo de cortes de produção no mês passado;
- A adesão da OPEP foi de 86% em janeiro, enquanto a não-OPEP chegou a 25%. A Arábia Saudita está arcando com o peso de mais da metade dos cortes acordados pela Opep, e prometeu reduzir a produção de petróleo ainda mais no próximo mês;
- A não conformidade de países fora da OPEP foi baixa, principalmente devido ao aumento da produção no Cazaquistão e na flexibilização da Rússia em sua parte do acordo, planejando atingir sua meta de produção apenas em maio. Os cortes de oferta de petróleo devem se estender até junho, mas muito trabalho precisa ser feito por outros membros, especialmente em meio ao crescimento implacável na produção do o petróleo de xisto EUA e incertezas da demanda global em vista da guerra comercial entre EUA e China.
Venezuela: Trump adverte militares sobre continuar apoiando Maduro
- Em um discurso, o presidente norte-americano Trump alertou membros do Exército Venezuelano que continuam a apoiar o regime de Nicolas Maduro que eles estão arriscando suas vidas e seu futuro, e instou-os a permitir a ajuda humanitária no país;
- O presidente afirmou que os EUA estão buscando uma transição pacífica no país, mas todos os caminhos permanecem abertos. O líder da oposição e presidente interino Juan Guaidó ofereceu anistia aos militares que abandonam o regime de Maduro;
- Outras instabilidades na Venezuela podem criar perturbações de curto prazo nos suprimentos globais de petróleo, à medida que a ainda relevante produção de petróleo do país continua sua trajetória de queda.
Empresas
Mineração: Agência determina o fim das barragens a montante até 2021
- A Agência Nacional de Mineração (ANM) publicou ontem uma resolução que estipula que as mineradoras terão até 2021 para descomissionar ou descaracterizar todas as barragens a montante, método utilizado em Brumadinho e Mariana, e determina que as empresas retirem instalações industriais de zonas de risco;
- Em conjunto com essa resolução, uma série de outras medidas e prazos foram estipulados, visando a redução significativa do dano potencial associado às barragens. Como esperado, a legislação em torno das operações de mineração no Brasil vem ficando cada vez mais rigorosa, o que leva as mineradoras a acelerarem a mudança para produção a seco de minério, evitando assim a utilização de barragens;
- O Brasil possui atualmente 84 barragens a montante, das quais 43 são classificadas como de alto dano em caso de rompimento. Das 84, a Vale possui 10, estando todas inativas e em processo de descomissionamento; a CSN possui quatro, todas inativas; a Usiminas duas, estando uma delas já no processo de descomissionamento; e, por fim, a Gerdau possui outras duas, com uma delas ainda ativa.
Santander (SANB11): Sergio Rial deve permanecer no comando
- O CEO do Santander Brasil, Sergio Rial, deve permanecer no cargo apesar de ter sido considerado para assumir o cargo de CEO do conglomerado após a desistência de Andrea Orcel no meio de janeiro;
- Sob sua gestão, o banco elevou sua rentabilidade substancialmente, chegando perto do Itaú. Segundo o Estadão, Rial precisa preparar seu sucessor antes de uma eventual mudança de cargo;
- Há três anos como CEO, o executivo com passagens por ABN Amro, Bear Stearns e Cargill tem bom relacionamento com Ana Botin, presidente do conselho do Santander e herdeira do banco.
Aéreas: Justiça permite que a Anac execute pedidos de devolução de jatos da Avianca
- De acordo com a mídia local, a Justiça de São Paulo suspendeu nesta segunda-feira (18) a proibição imposta à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de executar o pedido de devolução de aeronaves operadas pela Avianca mediante solicitação da empresa arrendadora (lessor);
- A Justiça havia prorrogado até a Assembleia Geral de Credores, em abril. No entanto, de acordo com a Anac, até ontem à noite não havia nenhuma solicitação de empresas requerendo os aviões operados pela Avianca;
- Caso essa decisão resultasse na devolução efetiva de jatos e consequente redução de oferta por parte da Avianca, as empresas listadas poderiam se beneficiar de uma competição menos acirrada. No entanto, até o momento não há nenhuma evidência de que isso acontecerá, e será importante monitorar os acontecimentos subsequentes.
COE News
Apple: Reordenando a liderança para acelerar a expansão da divisão de serviços
- A Apple está reordenando a liderança e prioridades nas divisões de serviços, inteligência artificial, hardware e varejo, com o objetivo acelerar a diversificação de receitas e dependência do iPhone, que atualmente responde por ~60% das vendas. Os esforços dos dirigentes estão focados na transição para tornar a Apple em uma empresa impulsionada por serviços e tecnologias potencialmente disruptivas;
- Em sua última conferência de resultados, Tim Cook, atual presidente, novamente incentivou os investidores a se concentrarem no crescimento dos negócios de serviços que segue em expansão, incluindo assinaturas de streaming de música com o Apple Music, vendas de aplicativos no Apple Store e meio de pagamentos via o Apple Pay;
- A expectativa da empresa é que a divisão de serviços passe a representar ~20% das receitas até 2020 (~US$ 50bi), sendo que hoje responde por 15%, além de atingir a marca de 500 milhões de assinantes pagos, contra os atuais 360 milhões.
Facebook pode chegar a um acordo com o FTC
- Após ter apresentar desempenho recorde no 4T18, com receitas de US$ 16,9bi, 33% superior no A/A, expressivamente acima da expectativa de mercado, a gigante de tecnologia segue evoluindo nas conversas com a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) para chegar a um acordo sobre o encerramento da investigação sobre violação de privacidade;
- O órgão supervisor americano investiga se a rede social infringiu um compromisso assumido com a FTC em 2011, que obrigava a empresa a ser clara com os usuários sobre como seus dados seriam compartilhados. David Vladeck, ex-diretor da FTC que supervisionou tal acordo com o Facebook em 2011, informou publicamente que acredita ser imporvável uma multa abaixo de US$ 1bi;
- O preço das ações do Facebook segue enfrentando maior volatilidade desde o início do escândalo, no qual especialistas da Cambridge Analytica, supostamente, teriam utilizado os dados de ~87mm de usuários para manipular informações nas redes sociais e apoiar a campanha eleitoral de Trump em 2016.
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