IBOVESPA -0,79% | 130.804 Pontos
CÂMBIO +1,05% | 4,91/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou a quarta-feira em queda de 0,8%, aos 130.804 pontos. Em um dia marcado pela alta volatilidade no mercado, o índice brasileiro chegou a alcançar sua nova máxima histórica no intraday, porém caiu após um movimento de realização de lucros.
As maiores altas do pregão foram Grupo Casas Bahia (BHIA3) e Petz (PETZ3), que subiram 8,9% e 4,5%, respectivamente, beneficiadas pelo fechamento da curva de juros no dia. Por outro lado, as maiores baixas foram TOTVS (TOTS3) e Magazine Luiza (MGLU3), com quedas de 4,0% e 2,8%, nesta ordem.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros fecharam perto da estabilidade nos vértices curtos e em ligeira queda nos longos. Os movimentos refletiram (i) expectativas consolidadas de novos cortes de 0,50 ponto porcentual da Selic; (ii) melhora da percepção sobre os fundamentos domésticos; e (iii) queda nos rendimentos (yields) dos títulos públicos norte-americanos (Treasuries). DI jan/25 fechou em 10,065% (1bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 9,63% (1,5bps); DI jan/27 em 9,715% (1bps); DI jan/29 em 10,12% (-2bps).
Mercados globais
Nos Estados Unidos, os futuros operam em alta nesta quinta-feira (S&P 500: 0,5%; Nasdaq 100: 0,6%), retomando o fôlego após correção na quarta-feira da alta forte observada desde a última semana devido à comunicação mais branda do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
Os mercados europeus operam em queda (Stoxx 600: -0,5%), com maioria dos setores em território negativo após a correção da Bolsa americana. Na China, os índices fecharam em alta (CSI 300: 1,0%; HSI: 0,1%), apesar da queda em ações de tecnologia locais.
Economia
No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – uma proxy mensal do PIB – recuou 0,1% em outubro contra setembro, em linha com as expectativas. Esse resultado significou a terceira queda consecutiva na comparação mensal. A nosso ver, a atividade doméstica continuará em desaceleração no curto prazo.
No campo fiscal, o Senado Federal aprovou ontem a medida provisória que estabelece o novo regime jurídico-tributário para as subvenções de investimento (MP nº 1185/2023). A medida será enviada à sanção presidencial, prevalecendo integralmente o texto oriundo da Câmara dos Deputados. Além disso, sucedendo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo abriu crédito extraordinário para regularização do pagamento de precatórios, no montante de aproximadamente R$ 93 bilhões. Por fim, após a promulgação da reforma tributária do consumo realizada ontem, o Congresso deve votar hoje o Orçamento de 2024.
Ainda sobre a agenda econômica desta quinta-feira, destaque para a publicação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central do Brasil. O documento deve fornecer detalhes sobre a avaliação de cenário internacional menos adverso, desaceleração da atividade e avanços no processo de desinflação. No exterior, atenções voltadas para a divulgação de indicadores de atividade nos EUA, como a leitura final do PIB do 3º trimestre, sondagens industriais de novembro e pedidos de auxílio desemprego na semana passada.
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Economia
Relatório Trimestral de Inflação do BCB no centro das atenções
- A confiança do consumidor nos EUA atingiu em dezembro o maior nível em cinco meses. Conforme divulgado ontem, o índice de confiança do instituto Conference Board subiu de 101,0 em novembro para 110,7 no mês corrente. A mediana das estimativas de mercado apontava para 104,0. O componente de situação atual melhorou de 136,5 em novembro para 148,5 em dezembro, enquanto o componente de expectativas saltou de 77,4 para 85,6, acima do nível historicamente associado a uma recessão no curto prazo (80,0). Enquanto isso, o índice de confiança do consumidor na zona do euro subiu 1,8pp em dezembro, chegando a -15,1. A despeito desse avanço, a confiança permanece abaixo da média de longo prazo, indicando fraqueza da atividade econômica local;
- No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – uma proxy mensal do PIB – recuou 0,1% em outubro em relação a setembro, em linha com as expectativas. Esse resultado significou a terceira queda consecutiva na base de comparação mensal. O IBC-Br deve contrair modestamente no 4º trimestre. A nosso ver, a atividade doméstica continuará em desaceleração no curto prazo. Projetamos que o PIB do Brasil crescerá 3,0% em 2023 e 1,5% em 2024;
- Além disso, a arrecadação tributária federal atingiu R$ 179,4 bilhões em novembro, em linha com as expectativas. Em termos reais, esse resultado representa uma queda de 0,4% em relação ao mesmo mês de 2022 e de 0,7% no acumulado do ano. O recuo nos preços das commodities e a desaceleração da atividade econômica explicam, em grande medida, a piora da arrecadação. Para 2024, a implementação de medidas governamentais como a tributação de fundos fechados, de investimentos no exterior e alterações nas subvenções de ICMS deve levar a arrecadação tributária a crescer 7,6% acima da inflação. Porém, este aumento não deve ser suficiente para que o governo federal cumpra a meta de resultado primário zero no ano que vem;
- No campo fiscal, o Senado Federal aprovou ontem a medida provisória que estabelece o novo regime jurídico-tributário para as subvenções de investimento (MP nº 1185/2023). A medida será enviada à sanção presidencial, prevalecendo integralmente o texto oriundo da Câmara dos Deputados. Ademais, sucedendo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo abriu crédito extraordinário para regularização do pagamento de precatórios, no montante de aproximadamente R$ 93 bilhões – que não impactará nas regras fiscais. Por fim, após a promulgação da reforma tributária do consumo ontem, o Congresso deve votar hoje o Orçamento de 2024;
- Ainda sobre a agenda econômica desta quinta-feira, destaque para a publicação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central do Brasil. O documento deve fornecer detalhes sobre a avaliação de cenário internacional menos adverso, desaceleração da atividade e avanços no processo de desinflação, entre outros temas enfatizados pela autoridade monetária no comunicado pós-decisão e na ata da última reunião do Copom. No exterior, atenções voltadas para a divulgação de indicadores de atividade nos EUA: PIB do 3º trimestre (leitura final); Indicadores Antecedentes – Conference Board relativos a novembro; Sondagens Industriais do Fed da Filadélfia e do Fed de Kansas referentes a dezembro; e pedidos de auxílio desemprego na semana passada.
Empresas
Klabin (KLBN11) | Klabin adquire operações florestais da Arauco no Paraná: Aceleração da oferta de madeira própria por meio do “Projeto Caetê”
- A Klabin anunciou que irá adquirir as operações florestais da Arauco por US$ 1,16 bilhões de dólares, acelerando o seu próprio fornecimento de madeira (que anteriormente se esperava que ocorresse plenamente apenas até ao final da década).
- Acreditamos que esta aquisição gere valor (estimamos um VPL de ~R$ 1,5 bilhão, ou ~6% do valor de mercado atual), com base em três pilares principais:
- (i) Aceleração do fornecimento de madeira própria, reduzindo as necessidades de investimentos nos próximos anos (uma das principais preocupações dos investidores, a nosso ver);
- (ii) Monetização do excesso de terra após a colheita da madeira; e
- (iii) Redução dos custos caixa apoiada pela otimização dos custos logísticos;
- Estruturalmente, reiteramos nossa recomendação Neutra na Klabin respaldado principalmente por níveis de valuation pouco atraentes (múltiplo EV/EBITDA 2024 de 7,4x).
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AES Brasil (AESB3): Feedback do NDR; Destaques do nosso encontro com o CFO da empresa e investidores
- Em 20 de dezembro, realizamos um non-deal roadshow com o Sr. José Simão e Sra. Lucia Césari, respectivamente CFO e Gerente de Relações com Investidores da AES. Entre os temas discutidos, destacamos a conclusão dos projetos Cajuína e Tucano, que será fundamental para permitir que a empresa inicie um processo necessário de redução de alavancagem;
- No futuro, as condições para uma nova fase de crescimento dependerão de preços de energia melhores;
- Ao contrário de outros participantes, a primeira opção da AES para crescimento está no segmento eólico, dada a qualidade dos seus projetos com elevado fator de capacidade;
- Outro ponto discutido foi que o mercado está começando a encontrar valor nos ativos hídricos devido à sua flexibilidade e atributos complementares às fontes renováveis;
- Acreditamos que o foco na disciplina de capital (não se envolvendo em novos projetos) e a redução de alavancagem são estratégias corretas para o cenário atual.
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Varejo XP: MP do ICMS aprovada no Senado
- Ontem, a MP do ICMS (MP 1.185) foi aprovada pelo Senado, sem grandes alterações em relação à versão aprovada anteriormente pela Câmara (link), e agora segue para sanção presidencial;
- A medida introduz um novo regime que extingue a distinção entre benefícios do ICMS e limita severamente os benefícios fiscais concedidos no nível do imposto de renda;
- Embora o impacto exato no lucro líquido das varejistas ainda seja difícil de estimar, acreditamos que o efeito será mitigado por meio de estratégias internas e/ou pelo aumentos de preços (link);
- Por fim, apesar da esperada pressão sobre o lucro líquido das varejistas a partir do próximo ano, acreditamos que a aprovação da MP elimina uma importante incerteza em torno do setor, já que agora temos visibilidade sobre as regras finais do novo regime. Entretanto, a judicialização da questão é esperada.
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Papel e Celulose: Mais um aumento no preço da celulose anunciado pela Suzano; futuros da celulose de fibra curta a US$ 640/t em janeiro de 2024
- Nesta semana, observamos:
- (i) outro aumento no preço da celulose foi anunciado pela Suzano na China, Europa e América do Norte para janeiro de 2024;
- (ii) Os futuros da celulose de fibra curta chinesa estão atualmente em US$ 640/t para janeiro de 24 (alta de US$ 2/t S/S), e em linha com os preços spot da celulose de fibra curta de US$ 638/t na China;
- (iii) desempenho preliminar da receita líquida da Suzano no 4T23E de +11% T/T (top-pick em nossa cobertura), enquanto a receita preliminar da Klabin deverá aumentar 1% T/T, e da Irani cair 1% T/T; e
- (iv) a Suzano está negociando a 5,3x EV/EBITDA excluindo Cerrado, um desconto de 24% quando comparado à sua média histórica de 7,0x.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- CMN deve regulamentar teto do rotativo (Valor);
- Febraban: Elevação do rating mostra que Brasil ‘acertou a mão’ na economia este ano (InfoMoney);
- Estrangeiros aportam R$ 1,95 bilhão na B3 em 18 de dezembro (Valor);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Oi fecha acordo com credores para financiamento de até US$ 400 milhões (Valor);
- Uso de redes neutras avança entre provedores no Brasil (Valor);
- Reforma tributária: promulgação dispara prazo às leis complementares (telesintese);
- Congresso aprova alternativa ao fim do JCP; Entenda (telesintese);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Senado aprova MP da subvenção do ICMS, principal aposta de Haddad para elevar arrecadação (Estadão)
- Haddad afirma que resolução da PGFN vai esclarecer que não haverá tributação do crédito presumido no âmbito da MP da Subvenções (Valor)
- Varejo recua no uso de galpões, enquanto Shein expande áreas (Valor);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- Reforma tributária é promulgada em plenário lotado do Congresso Nacional (Valor).
- Alimentos
- A megaoperação da BRF para celebrar o Natal (TheAgriBiz);
- China puxará aumento de embarques brasileiros de carnes no próximo ano (Globo Rural).
- Agro
- Grain supplies under fire: US rallies international naval defense force to combat Houthi Red Sea attacks (Food Ingredients First);
- Goiás solicita mais prazo para plantio de soja na safra 2023/24 (Globo Rural).
- Biocombustíveis
- Biofuels comeback will give West a rare energy win (Reuters).
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- Bebidas
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Tanure aumenta oferta por Amil para R$ 2,5 bi e venda é iminente (Estadão);
- Senado aprova MP das subvenções; medida aumenta arrecadação do governo (Senado);
- Comissão aprova dispensa de licitação para área de saúde durante pandemias ou epidemias (Câmara);
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- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Vibra contrata J.P.Morgan após rejeitar fusão com Eneva, dizem fontes (Valor Econômico);
- Mina 18 da Braskem em Maceió está se estabilizando, diz Defesa Civil (Valor Econômico);
- Cosan vende 0,22% da Vale em operação de R$ 750 milhões (Neofeed);
- US and UK tighten enforcement of Russian oil price cap (Reuters);
- China oil output growth to slow in 2024 as supply harder to extract (Reuters);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Relator da LOA turbina fundo eleitoral e corta verbas voltadas ao Minha Casa, Minha Vida e PAC – Valor
- Relator do Orçamento amplia emendas para R$ 53 bilhões – Valor
- Congresso promulga maior reforma tributária desde a ditadura; desafio agora é regulamentação – Estadão
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Requerimento de CPI das distribuidoras é protocolado na Câmara dos Deputados (Canal Energia);
- Conciliação com União pode eliminar risco legal para Eletrobras, dizem analistas (Folha de S. Paulo);
- Governo pode frear aumento da tarifa no Amapá com apenas R$ 60 milhões, diz TR Soluções (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
S&P Global realiza ajustes em ratings de empresas e bancos após upgrade de soberano para ‘BB’
- No dia 20 de dezembro, a agência de classificação de risco S&P Global elevou os ratings corporativos de 24 Companhias e 16 Instituições Financeiras, seguindo a mudança da nota de crédito do Brasil no dia anterior para ‘BB’ em escala global;
- Uma parte dos ratings atribuídos a empresas e instituições financeiras pelas agências de classificação de risco possui limitações atrelados ao rating soberano vigente. Dessa forma, movimentos para cima ou para baixo nesse rating soberano impactam os ratings de empresas e instituições financeiras;
- A S&P Global também afirma que raramente avalia entidades financeiras acima dos ratings de longo prazo do Brasil;
- Veja aqui todas as empresas e instituições financeiras que tiveram seus ratings e perspectivas alterados.
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Bond market rally drives yields past Wall Street’s end-2024 targets (Financial Times);
- Questionário Pré-Copom do BC traz taxa de juros neutra de 5,0% na visão dos analistas (InfoMoney);
- Restrição à venda de ações será diferente para trio e credores da Americanas (Estadão);
- Ratings na escala global de diversas entidades corporativas e de infraestrutura brasileiras elevados após ação similar nos ratings do Brasil; perspectiva estável (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FII vai pagar dividendos de R$ 12,60 por cota após vender andar do ‘prédio do Google’ (InfoMoney);
- BTLG11 conclui venda de ativo por R$ 81,5 milhões; veja lucro gerado (FIIs);
- Fundo imobiliário esclarece se vai ou não assumir marca global no Brasil (Money Times);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Brasil é o 5° país emergente mais atrativo para investimentos renováveis, diz BloombergNEF | Café com ESG, 21/12
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE registrando queda de 0,79% e 0,81%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a Vibra vai inaugurar até o fim do mês oito “eletropostos” (unidades que têm pontos de recarga para carros elétricos) em diversas cidades do país, entrando em 2024 com 15 no total e cobrindo 2 mil km de estradas – parte de uma estratégia de investir na formação de uma rede de recarga elétrica rodoviária, a meta da empresa é chegar até 2025 a 70 postos com pontos de recarga, formando uma rede de 9 mil km pelas rodovias; e (ii) segundo relatório da BloombergNEF, depois de cair para a 9ª posição no ranking de países emergentes com condições mais favoráveis aos investimentos em energias renováveis em 2022, o Brasil terminará o ano de 2023 como o quinto mais atrativo – a Índia lidera a lista, seguida por China, Chile e Filipinas;
- No internacional, segundo a embaixador da Noruega no Brasil, as empresas norueguesas no país querem aumentar seu alcance local para contribuir com a mudança para uma economia menos poluente e mais verde – a Noruega é hoje uma das principais referências globais em economia verde, e a aproximação entre os dois países vem se dando no âmbito do G20;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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