IBOVESPA -0,3% | 104.745 Pontos
CÂMBIO 0,0% | 4,16/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Setembro foi um mês positivo para o Ibovespa, que subiu +3,57% e fechou em 104.745 pontos. O mês teve dois grandes movimentos: (1) Otimismo na primeira quinzena, com alta dos mercados globais após redução na tensão comercial entre China e EUA, e (2) Aversão a risco na segunda quinzena, com uma possível pausa no ciclo de corte de juros nos EUA, tensões geopolíticas no Oriente Médio e a abertura de processo de impeachment de Donald Trump.
No Brasil, o corte de 0,5% nos juros reaqueceu a discussão de juros mais baixos por mais tempo do que se imagina, sustentando o índice Ibovespa no relativo aos mercados globais, enquanto a agenda de reformas, principalmente no micro, segue evoluindo.
Seguimos otimistas com o Brasil e especialmente com a Bolsa. Mesmo com a alta de setembro, o Ibovespa ainda negocia a 12x preço/lucro 2020, abaixo da média histórica de 12,3x. Nos patamares atuais, vemos um risco-retorno assimétrico para cima, com projeção de 140 mil pontos para o final de 2020. Veja aqui nossa carteira Top 10 ações XP.
Nesta terça-feira, o Senado vota a reforma da previdência em primeiro turno. E a expectativa é que a CCJ aprecie o texto até o meio da tarde. O líder do governo na Casa, Fernando Coelho Bezerra, espera obter 19 votos a favor na comissão. Em seguida o texto irá ao plenário. O presidente Davi Alcolumbre espera concluir hoje a votação e calcula que a matéria terá o apoio de 60 a 63 senadores.
A CCJ do Senado, depois de lidar com a previdência pode colocar em pauta uma PEC para isentar as exportações de ICMS. É mais uma forma de pressão para solucionar o imbróglio em torno da chamada Lei Kandir, que deveria compensar os estados pela isenção do tributo.
Governadores, o Ministério da Economia, Onyx Lorenzoni, Bezerra Coelho e Davi Alcolumbre fecharam acordo que condiciona a aprovação do PLN da cessão onerosa à aprovação pela Câmara do rateio dos recursos do leilão como aprovado no Senado. É uma pressão para que a Casa liderada por Maia sustente a negociação ocorrida anteriormente e que aprove a PEC de maneira célere, que permitirá que a união, estados e municípios recebam ao menos parte do dinheiro ainda este ano.
No internacional, bolsas futuras dos EUA negociam em alta, em meio a sessão mista na Europa e fechamento positivo na Ásia. Mercados na China e Hong Kong estão fechados para as comemorações dos 70 anos da chegada do Partido Comunista chinês.
O foco continua nos relatórios de sexta-feira, que indicam que o governo Trump planeja bloquear as empresas chinesas nas bolsas dos EUA, além de outras maneiras de limitar investimentos de americanos na China. Porém, oficiais negaram algumas das propostas.
Na agenda econômica, destaque para as divulgações dos dados de PMI industrial na Zona do Euro, Reino Unido e Japão. No geral as leituras foram mistas, mas ainda apontam para um quadro de contração da indústria das principais economias globais.
Por fim, os preços de petróleo tipo Brent caem -1,43% nesta manhã para US$59,91/barril, enquanto os preços de celulose iniciaram o mês de outubro ainda em território negativo, com a celulose de fibra curta na China recuando US$3,8/t nessa semana, para US$465,9/t. Veja aqui as movimentações das principais commodities em setembro.
Tópicos do dia
Panorama de Mercado XP

- Uma nova Era no mercado brasileiro: Começa o quarto trimestre
Brasil

- Política Brasil: Senado vota hoje a reforma da previdência
Internacional

- PMI e CPI apontam para um cenário internacional ainda desafiador
- Petróleo: Capacidade de produção da Saudi Aramco retorna à níveis pré-ataques
- OMC reduz significativamente sua projeção de crescimento do comércio mundial
- Violência em protestos em Hong Kong
Empresas

- Iguatemi (IGTA3): Venda fracionada de terreno por R$ 20,1 milhões
Renda Fixa

- Emissões de CRAs verdes devem somar R$10 bilhões em dois anos
Veja todos os detalhes
Panorama de Mercado XP
Ações: O que saber para investir em outubro
- Por fim, publicamos nosso Panorama de Mercado para outubro. Setembro foi um mês positivo para o Ibovespa, que subiu +3,57%, fechando em 104.745 pontos. O mês teve dois grandes movimentos: Otimismo na primeira quinzena, com o arrefecimento da guerra comercial EUA-China e aversão a risco na segunda quinzena, com tensões geopolíticas no Oriente Médio e a abertura de processo de impeachment do presidente americano na Câmara;
- No Brasil, o corte de 0,5% nos juros reaqueceu a discussão de juros mais baixos por mais tempo do que se imagina. Esperamos mais dois cortes de 0,5% até o fim de 2019. Do lado das reformas, apesar de atrasos na aprovação da previdência no Senado, a expectativa ainda é de aprovação na primeira quinzena de outubro, enquanto que a evolução da agenda micro surpreendeu positivamente;
- Seguimos otimistas com o Brasil e especialmente com a Bolsa, que negocia abaixo de sua média histórica. Reiteramos nossa projeção de 140 mil pontos para o final de 2020. Clique aqui para acessar o relatório completo.
Brasil
Política Brasil: Senado vota hoje a reforma da previdência
- Senado vota hoje a reforma da previdência em primeiro turno. E expectativa é que a CCJ aprecie o texto até o meio da tarde. O líder do governo na Casa, Fernando Coelho Bezerra, espera obter 19 votos a favor na comissão. Em seguida o texto irá ao plenário. O presidente Davi Alcolumbre espera concluir hoje a votação e calcula que a matéria terá o apoio de 60 a 63 senadores;
- A CCJ do Senado, depois de lidar com o a previdência pode colocar em pauta uma PEC para isentar as exportações de ICMS. É mais uma forma de pressão para solucionar o imbróglio em torno da chamada Lei Kandir, que deveria compensar os estados pela isenção do tributo;
- Governadores, o Ministério da Economia, Onyx Lorenzoni, Bezerra Coelho e Davi Alcolumbre fecharam acordo que condiciona a aprovação do PLN da cessão onerosa à aprovação pela Câmara do rateio dos recursos do leilão como aprovado no Senado. É uma pressão para que a Casa liderada por Maia sustente a negociação ocorrida anteriormente e que aprove a PEC de maneira célere, que permitirá que a união, estados e municípios recebam ao menos parte do dinheiro ainda este ano.
Internacional
PMI e CPI apontam para um cenário internacional ainda desafiador
- Na agenda econômica internacional, o foco de hoje esteve nas divulgações dos dados de PMI industrial na Zona do Euro, Reino Unido e Japão. No geral as leituras foram mistas, mas ainda apontam para um quadro de contração da indústria das principais economias globais;
- Na Zona do Euro, o PMI industrial caiu de 47 em agosto para 45,7 em setembro, atingindo o menor nível desde outubro de 2012. No Reino Unido, por outro lado, o PMI industrial apresentou expansão na passagem de agosto (47,4) para setembro (48,3), mas a leitura abaixo de 50 continuou refletindo um cenário de contração da indústria da região. E no Japão, o PMI da indústria recuou de 49,3 em agosto para 48,9 em setembro, atingindo seu menor nível desde fevereiro de 2019;
- Além disso, a leitura prévia do índice de preços ao consumidor (CPI) da Zona do Euro mostrou que a inflação da região subiu 0,9% na comparação anual de setembro, desacelerando em relação ao acréscimo de 1% verificado em agosto. O resultado veio abaixo da expectativa de mercado (1%) e sugeriu um distanciamento ainda maior da inflação em relação à meta, o que pode elevar ainda mais a necessidade de novos estímulos monetários na região.
OMC reduz significativamente sua projeção de crescimento do comércio mundial
- A Organização Mundial do Comércio (OMC) reduziu significativamente suas projeções de crescimento do comércio mundial em 2019 (de 2,6% para 1,2%) e 2020 (de 3,0% para 2,7%);
- A revisão ocorre no contexto de uma ampla desaceleração de crescimento global associada ao acirramento de tensões comerciais entre diversos países, com destaque para China e EUA, e de agravamento de tensões geopolíticas, tais como o Brexit;
- O diretor geral da OMC, Roberto Azevedo, disse que “as perspectivas obscuras para o comércio mundial são desanimadoras, mas não inesperadas” e que espera que a organização possa ajudar a resolver os conflitos comerciais atuais.
Petróleo: Capacidade de produção da Saudi Aramco retorna à níveis pré-ataques
- Segundo a Reuters, o diretor-presidente do braço comercial da Saudi Aramco, Ibrahim al-Buainain, afirmou que a capacidade de produção da empresa retornou aos níveis registrados antes do ataque à suas instalações pelos rebeldes Houthis, em 14 de setembro. Em 25 de setembro, a produção da companhia atingiu mais de 9,9 milhões de barris/dia (mbpd) de petróleo;
- Os ataques reduziram pela metade a produção da empresa, o que elevou os preços de petróleo para US$69/barril na época. No entanto, a Arábia Saudita conseguiu manter a estabilidade no fornecimento a seus clientes ao utilizar seus estoques de petróleo cru;
- A Aramco afirmou estar comprometida em atender à demanda de todos de seus clientes e não perdeu nenhuma remessa contratada. Com isso a alta da commodity durou pouco, com preços de petróleo recuando -12% desde o pico em 16 de setembro e fechando em alta de apenas +0,58% no mês de Setembro. Nessa manhã de terça-feira, a commodity opera em queda de -1,43% em US$59,91/barril.
Violência em protestos em Hong Kong
- Segundo o Wall Street Journal, um manifestante em Hong Kong foi baleado com munição de verdade durante uma manifestação que recaiu em violência generalizada nesta terça-feira;
- O incidente foi parte de um protesto que reunião milhares de pessoas nos principais distritos comerciais de Hong Kong com intuito de desafiar a China, que comemora o 70º aniversário do regime comunista;
- Os manifestantes pretendiam tirar o foco a celebração chinesa e expressar oposição à visão do presidente XI Jinping de um país unificado. A líder de Hong Kong, Carrie Lam, participou do desfile militar em Pequim, enquanto seu representante na província hasteou a bandeira chinesa como parte das celebrações.
Empresas
Iguatemi (IGTA3): Venda fracionada de terreno por R$ 20,1 milhões
- A Iguatemi anunciou ontem a venda fracionada de terrenos para construção de torres residenciais nas regiões do Iguatemi Esplanada e Iguatemi São José do Rio Preto;
- A venda fracionada de 2% do terreno anexo ao Iguatemi Sorocaba e 0,5% do terreno anexo ao Iguatemi São José do Rio Preto gerou um resultado líquido de R$ 20,1 milhões (R$ 12,3 milhões para a torre no Iguatemi Esplanada e R$ 7,8 milhões para a torre no Iguatemi Rio Preto), valor a ser contabilizado nos resultados do 3T19;
- A venda fracionada de terrenos para construção de complexos multiuso reforça a estratégia da companhia de densificar os arredores de seus shoppings, potencialmente aumentando o valor dos ativos. Mantemos recomendação de compra para as ações da Iguatemi.
Renda Fixa
Emissões de CRAs verdes devem somar R$10 bilhões em dois anos
- De acordo com notícia do Estadão, a Ecoagro, securitizadora de recebíveis, espera que o mercado de emissões de CRAs com selo “verde” por usinas de açúcar e álcool cresça R$10 bilhões nos próximos dois anos. O selo significa que os recursos serão destinados a projetos responsáveis do ponto de vista ambiental e possibilita custos mais baixos de emissão;
- A expectativa da Ecoagro se baseia no cenário de poucas opções de financiamento menos custoso para empresas do segmento sucroalcooleiro girarem suas operações. Para a produção de etanol, a estimativa é de R$60 bilhões de gastos anuais. Vemos esse movimento como positivo, uma vez que vai na esteira de aumento de interesse dos emissores por esse tipo de papel e permite que empresas do setor tenham maior acesso a funding;
- No Brasil, a demanda por esse tipo de investimento “verde”, considerando todos os setores, já supera em seis vezes a oferta, o que é positivo para as empresas emissoras, uma vez que os custos são reduzidos. Desde 2015, já foram US$5,5 bilhões desse tipo de título emitidos desde 2015.

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