IBOVESPA +0,10% | 132.834 Pontos
CÂMBIO -0,04% | 4,92/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou ontem em alta de 0,1%, aos 132.834 pontos. Os principais destaques do dia foram a divulgação da ata do FOMC, que reduziu o otimismo do mercado com o início do ciclo de cortes de juros em março, e o aumento do petróleo tipo Brent em 3,1%, após um aumento da instabilidade no Oriente Médio.
A maior performance da Bolsa foi do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que subiu 10,5% após discussões sobre um aumento do limite de capital e um possível follow-on. Devido ao aumento do Brent, Petrobras (PETR3 e PETR4) também subiu no pregão (3,4% e 3,1%). Do outro lado da ponta, os frigoríficos caíram, motivados pelo aumento do preço do milho, e, com isso, BRF (BRFS3) foi a maior queda da Bolsa, com performance negativa de 4,9%.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros fecharam perto da estabilidade, em um pregão marcado pela liquidez limitada de negócios. O exterior contribuiu para o movimento à medida que as taxas locais seguiram a direção apontada pelos rendimentos (yields) dos Títulos Públicos norte-americanos (Treasuries), os quais perderam força após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed). DI jan/25 fechou em 10,03% (-1bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 9,64% (1bps); DI jan/27 em 9,76% (1bps); DI jan/29 em 10,135% (1,5bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos Estados Unidos operam em alta (S&P 500: 0,2%; Nasdaq 100: 0,2%), e os índices se recuperam de duas sessões negativas. No campo de dados econômicos, são esperados indicadores de emprego entre hoje e amanhã, que darão sinais adicionais relacionados à evolução do mercado de trabalho.
Na China, o índice de Xangai fechou em queda (CSI 300: -0,9%), enquanto o de Hong Kong permaneceu estável (HSI: 0,0%), após dados econômicos de atividade econômica terem indicado expansão mais rápida do setor de serviços desde julho na China e dados positivos de atividade em Hong Kong. Na Europa, os mercados operam em alta (Stoxx 600: 0,4%), seguindo a tendência dos EUA.
O petróleo tem nova alta, refletindo riscos ampliados de disrupções na oferta, com aumento da tensão entre Israel e Hamas e a interrupção da produção no maior campo da Líbia.
Economia
O banco central dos EUA publicou ontem a ata da sua última reunião de política monetária. O tom foi ligeiramente mais duro em comparação com a comunicação pós-reunião, em nossa opinião. Depois de o presidente Powell ter comentado que “o calendário dos cortes de juros foi discutido nesta reunião”, os detalhes da ata eram muito aguardados. No entanto, o documento revelou que “um intervalo alvo mais baixo para a taxa dos Fed Funds seria apropriado até ao final de 2024”, deixando o momento do início dos cortes incerto. De toda forma, vemos a ata, a comunicação oficial da Fed e os dados recentes – que mostram a atividade econômica desacelerando gradualmente e a inflação caindo, mas ainda acima da meta – como consistente com uma flexibilização monetária cautelosa a partir do segundo trimestre deste ano.
No Brasil, a conta corrente do balanço de pagamentos apresentou um déficit de US$ 1,6 bilhão em novembro, próximo dos US$ 1,7 bilhão registados um ano antes. O balanço de pagamentos brasileiro continua sólido, especialmente devido ao superávit comercial recorde e ao déficit em conta corrente bem abaixo da média histórica.
O time macro da XP publicou esta manhã seu relatório Brasil Macro Mensal. Uma maior deflação global e uma flexibilização mais rápida do Fed sugerem um real um pouco mais forte e a inflação do IPCA mais baixa este ano. Isso abre espaço para que a taxa Selic atinja o nível neutro mais cedo: esperamos agora 9,00% em 2024 – 100 bps abaixo da nossa projeção anterior. Para 2025, vemos a taxa básica estável em 9,00%. A tendência expansionista dos gastos fiscais e parafiscais continua a ser o principal risco para as perspetivas da política monetária.
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Economia
Ata do Fed mais dura do que a comunicação pós-reunião
- O Federal Reserve dos EUA (banco central) publicou ontem a ata da sua última reunião de política monetária. O tom foi ligeiramente mais duro em comparação com a comunicação pós-reunião, em nossa opinião. Depois do Presidente Powell ter comentado que “o calendário dos cortes de juros foi discutido nesta reunião”, os detalhes da ata eram muito aguardados. No entanto, o documento revelou que “um intervalo alvo mais baixo para a taxa dos Fed Funds seria apropriado até ao final de 2024”, deixando o momento do início dos cortes incerto. Além disso, muitos membros acreditam que a política monetária deverá permanecer restritiva por “mais tempo do que o previsto”. De toda forma, vemos a ata, a comunicação oficial da Fed e os dados recentes – que mostram a atividade econômica desacelerando gradualmente e a inflação caindo, mas ainda acima da meta – como consistentes com uma flexibilização monetária cautelosa a partir do segundo trimestre deste ano.
- As atenções agora se voltam para os números do mercado de trabalho. O relatório de abertura de vagas (Jolts), a criação de emprego medida pela consultoria ADP e os pedidos de auxílio de desemprego serão divulgados hoje e servirão de aperitivo para a principal divulgação, o relatório do Departamento do Trabalho dos EUA (também conhecido como “payroll”) que será publicado amanhã. Se os números confirmarem que o mercado de trabalho está de fato perdendo força, os participantes no mercado provavelmente voltarão a apreçar um ciclo de cortes de juros mais intenso este ano;
- Na Europa, a inflação na França foi mais fraca do que o esperado esta manhã, com os preços ao consumidor subindo 0,1% em relação ao mês de Dezembro, um aumento anual de apenas 3,7%. Ainda hoje, serão divulgados os preços ao consumidor de cada estado alemão e os números da sondagem PMI do setor de serviços da maior parte da região;
- Os preços do petróleo estão em alta esta manhã, refletindo diferentes acontecimentos. O campo petrolífero El Sahara, na Líbia (cerca de 300.000 barris por dia), interromperá a produção. Isto somou-se às preocupações atuais sobre transporte marítimo quem tem sido alvo no Mar Vermelho e os dados do American Petroleum Institute, que mostraram que o estoque de petróleo bruto dos EUA caíram mais do que o esperado na semana passada;
- No Brasil, a conta corrente do balanço de pagamentos apresentou um déficit de US$ 1,6 bilhão em novembro, próximo dos US$ 1,7 bilhão registados um ano antes. As projeções apontavam para um déficit mensal menor (XP: US$ -0,2 bi; Street: US$ -0,5 bi). A balança comercial apresentou superávit de US$ 6,7 bilhões em novembro, acima do valor de US$ 4,7 bilhões verificado no mesmo mês de 2022. Em suma, o balanço de pagamentos brasileiro continua sólido, especialmente devido ao superávit comercial recorde e ao déficit em conta corrente bem abaixo da média histórica;
- O time macro da XP publicou esta manhã seu relatório Brasil Macro Mensal. Uma maior deflação global e uma flexibilização mais rápida do Fed sugerem um real um pouco mais forte e a inflação do IPCA mais baixa este ano. Isso abre espaço para que a taxa Selic atinja o nível neutro mais cedo: esperamos agora 9,00% em 2024 – 100 bps abaixo da nossa projeção anterior. Para 2025, vemos a taxa básica estável em 9,00%. A tendência expansionista dos gastos fiscais e parafiscais continua a ser o principal risco para as perspetivas da política monetária.
Empresas
Nubank (ROXO34): Obtenção de Licença de Funcionamento na Colômbia
- A Nu informou hoje (03), através de Comunicado ao Mercado, que a Superintendência Financeira da Colômbia concedeu sua Licença de Funcionamento;
- Esta autorização combinada com a Licença de Incorporação, emitida em Agosto de 2022, ampliam o escopo de atuação da empresa no país;
- Embora vejamos a obtenção das autorizações como condições precedentes para atuação na Colômbia, a notícia não seixa de ser marginalmente positiva, uma vez que sinaliza mais um passo adiante na estratégia de replicar na Colômbia a bem sucedida estratégia desenvolvida no Brasil;
- Como resultado, reafirmamos nossa recomendação Neutra em relação ao case dado o atual patamar de valuation e, consequentemente, o limitado potencial de valorização;
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Vivara (VIVA3): Acompanhando altas expectativas
- Vivara reportou seus resultados preliminares de vendas do 4T, com números fortes mas em linha com nossas estimativas. A receita bruta atingiu R$1 bilhão, +24% A/A e 2% acima das nossas expectativas, apoiada por uma performance forte tanto em Life (+77%) como em Vivara (+13%), assim como no canal digital (+35%). Em relação às categorias, Life foi o destaque mais um vez (+32%), apesar do crescimento também ter vindo de Vivara (+20%);
- Quanto aos eventos sazonais do 4T, as vendas de Black Friday e Natal cresceram 31% e 20% A/A, respectivamente, com as vendas do mês de dezembro correspondendo a 43,5% do trimestre, o que pode se traduzir em melhores níveis de margens brutas;
- No geral, os números vieram em linha com as nossas percepções das visitas aos shoppings e reforça nossa visão positiva sobre a companhia. Assim, reiteramos VIVA como nossa preferência no setor;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- 10 cervejarias contam como foi o ano de 2023 no mercado de artesanais – Guia da Cerveja;
- Alimentos
- Brasil mira Ásia e Europa para ampliar exportações de carnes – Globo Rural;
- Quais as chances de uma fusão entre BRF e Marfrig – Globo Rural;
- Agro
- Entrega de fertilizantes no Brasil aumenta 21,9% em outubro – Globo Rural;
- Brasil passa a contar com 22 usinas de etanol de cereais – Globo Rural;
- Biocombustíveis
- Athon compra 13 usinas de energia solar de joint venture da Raízen – Pipeline;
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- Bebidas
- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Petróleo sobe 3% após explosões no Irã, comunicado da Opep+ e menor oferta da Líbia (Valor Econômico);
- Petrobras reduziu preço de querosene de aviação nas refinarias em 9,8% no dia 1º de janeiro (Valor Econômico);
- Petrobras tem espaço para fazer novas reduções no preço do diesel, avalia corretora (O Globo);
- O presidente Lula não tem escondido de seus auxiliares a irritação crescente com o Maduro diante da escalada da crise entre a Venezuela (O Globo);
- O Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil para apurar “possíveis consequências nocivas” do aumento no percentual de biodiesel no diesel (O Globo);
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- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Minha Casa, Minha Vida atrai incorporadoras pequenas e médias, e concorrência tende a crescer (Estadão);
- Sob pressão, Nunes avalia vetar mudanças em tombamento e em verticalização de bairros (Folha);
- Riscos fiscais da União atingem R$ 1,2 trilhão em 2024 (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Com valor estimado em R$ 60 bilhões, Codemig volta ao centro da disputa política (Valor Econômico);
- Eletrobras recorre ao Supremo após suspensão de assembleia para incorporação de Furnas (Folha de S. Paulo);
- Auren Energia inicia operação de usina fotovoltaica no Piauí (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Fed Minutes Suggest Rate Hikes Are Over, but Offer No Timetable on Cuts (The Wall Street Journal);
- Fitch tem perspectiva ‘neutra’ para bancos brasileiros em 2024, mas cita pressões regulatórias (Valor);
- A safra é desafiadora, mas preços não tem muito espaço para alta (Folha de São Paulo);
- Quais as chances de uma fusão entre BRF e Marfrig (Globo Rural);
- Moody’s Local atribui Rating A.br à Vipal; perspectiva estável (Moody’s Local);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Captações de fundos imobiliários devem passar de R$ 25 bi em 2024 (Estadão);
- 4 FIIs de ‘tijolo’ e um de ‘papel’ são os mais recomendados para 2024 (InfoMoney);
- VISC11 exerce direito de preferência e aumenta participação no Shopping Paralela (FIIs);
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ESG
Vendas de veículos elétricos e híbridos crescem 91% no Brasil em 2023 | Café com ESG, 04/01
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território misto, com o IBOV registrando leve alta de 0,1%, enquanto o ISE andou de lado (0,07%);
- No Brasil, as vendas de veículos elétricos e híbridos cresceram 91% em 2023, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) – ao todo, foram 93.927 emplacamentos (vs. 49.245 em 2022);
- No internacional, (i) pelo segundo ano consecutivo, bancos globais ganharam mais dinheiro com a subscrição de títulos e concessão de empréstimos para projetos verdes do que com o financiamento de atividades de petróleo, gás e carvão – segundo dados da Bloomberg, as maiores instituições financeiras do mundo geraram cerca de US$3 bilhões em taxas no ano passado com a estruturação de dívidas para acordos comercializados como favoráveis ao meio ambiente (vs. US$2,7 bilhões em ganhos agregados provenientes de acordos de combustíveis fósseis); e (ii) a BP e a Equinor chegaram a um acordo para rescindir um contrato de venda de energia de um projeto de energia eólica offshore planejado para o estado de Nova York (EUA) – a rescisão do contrato, assinado em 2022, foi devido à uma combinação de custos e taxas de juros mais altos, além de interrupções no fornecimento de energia;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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