IBOVESPA +0,54% | 136.436 Pontos
CÂMBIO +0,13% | 5,57/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a terça-feira em alta de 0,5%, aos 136.436 pontos, quebrando uma sequência de quatro quedas consecutivas. O movimento foi impulsionado pelo desempenho de Petrobras (PETR3 +3,7%; PETR4 +3,0%) e pela divulgação do IPCA de maio, que veio abaixo das expectativas do mercado. O dado contribuiu para o fechamento da curva de juros, enquanto o mercado continua relativamente dividido entre uma elevação de 25 bps na Selic ou a manutenção da taxa atual na próxima reunião do Copom.
O principal destaque positivo do dia foi Vamos (VAMO3, +5,9%), beneficiada pela queda dos juros futuros. Na ponta negativa, Embraer (EMBR3, -2,4%) devolveu parte dos ganhos da véspera, quando havia subido 4,6%. A ação acumula queda de 6,8% desde o pico mais recente, em 19 de maio.
Para o pregão desta quarta-feira, o destaque da agenda econômica será a divulgação do CPI de maio nos EUA.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, o resultado do IPCA de maio de 0,26% demonstrou forte desaceleração ante a taxa de 0,43% em abril, ficando abaixo da mediana das estimativas do mercado, aliviando a expectativas sobre a Selic no Copom do mês de junho. Nos EUA, as taxas permaneceram praticamente estáveis, enquanto os investidores aguardam avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, e a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de maio. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,02% (+2,44bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,48% (0,63bps). Na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,85% (- 2,3bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,16% (- 6,5bps); DI jan/29 em 13,52% (- 12,6bps); DI jan/31 em 13,69% (- 10,4bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,1%), após Washington e Pequim chegarem a um consenso preliminar sobre um novo arcabouço para negociações comerciais. O avanço nas tratativas reduz incertezas, mas investidores seguem atentos à divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de maio.
No mercado de juros, as Treasuries operam com leve alta nas taxas. A taxa do título de 10 anos avança 2 bps, enquanto o papel de 2 anos sobe 1,5 bp. A Treasury de 30 anos também registra alta de 2 bps.
Na Europa, as bolsas operam estáveis (Stoxx 600: 0,0%), em meio ao alívio parcial no setor de defesa. Após fortes quedas no pregão anterior, o índice Stoxx Europe Aerospace and Defense sobe 0,4%, impulsionado por ações como Hensoldt (+2,7%), Renk (+2,7%), Saab (+2,2%) e Dassault Aviation (+1,3%), na esteira do acordo envolvendo exportações chinesas de terras raras.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,8%; HSI: +0,8%) após representantes dos EUA e da China confirmarem um acordo preliminar para aprofundar a agenda comercial bilateral. A notícia trouxe alívio aos investidores asiáticos, também apoiados por sinais de continuidade nas negociações.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a terça-feira em queda de 0,25%, refletindo a expectativa de uma tributação de 5% sobre os rendimentos dos FIIs, que pode ser incluída na Medida Provisória (MP) a ser enviada pelo governo ao Congresso para compensar ajustes no IOF. Com isso, o IFIX acumula uma queda de 1,56% no mês, afastando-se ainda mais da máxima histórica recente. O destaque negativo da sessão ficou, novamente, com os Fundos de Papel, que recuaram em média 0,63% devido ao risco de dupla tributação. Já os FIIs de Tijolo registraram uma queda média de 0,16%. Entre as maiores altas do dia estiveram VGRI11 (+1,4%), CCME11 (+1,2%) e BTCI11 (+0,9%). Por outro lado, URPR11 (-4,4%), DEVA11 (-2,3%) e RBFF11 (-2,3%) registraram as maiores quedas.
Economia
Autoridades dos Estados Unidos e da China anunciaram que chegaram a um desenho para um possível acordo comercial após dois dias de negociações, com foco nas restrições à exportação de terras raras e chips. O acordo pode representar um avanço após a redução temporária das tarifas praticadas pelos dois países.
No Brasil, a inflação ao consumidor desacelerou em maio, atingindo 0,26%, enquanto a inflação acumulada em 12 meses caiu de 5,53% para 5,32%. O destaque foram os bens industrializados, que ficaram praticamente estáveis, refletindo a valorização do real. Por outro lado, os serviços continuam a pressionar, apesar da leve moderação recente. Nossa projeção para o IPCA de 2025 se mantém em 5,5%.
Na agenda do dia, destaque para a divulgação do CPI nos Estados Unidos, com expectativa de alta do indicador cheio de 0,2% ante o mês anterior e de 0,3% para o núcleo da inflação, levando a inflação anualizada a atingir 2,5% e 2,9%, respectivamente. No Brasil, na ausência de indicadores econômicos, as atenções ficam voltadas para a possível publicação de uma medida provisória que altera a tributação de investimentos, elimina a isenção para instrumentos de crédito do setor imobiliário e do agronegócio e aumenta as alíquotas sobre juros sobre capital próprio, entre outras medidas.
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Economia
Inflação ao consumidor dos EUA em destaque hoje
- Autoridades dos EUA e da China anunciaram na terça-feira que chegaram a desenho para avançar em um acordo comercial após dois dias de negociações de alto nível em Londres, com foco nas restrições à exportação de terras raras e chips. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse a repórteres que autoridades americanas e chinesas concordaram com um “desenho” para implementar um acordo comercial anterior alcançado em Genebra e que seguirão com ele se o presidente Donald Trump aprovar os termos. Separadamente, o vice-ministro do Comércio da China, Li Changgang, sinalizou negociações positivas com os EUA e que o desenho agora será apresentado a Xi para aprovação. O acordo de terça-feira vem depois que os EUA e a China concordaram em maio em reduzir temporariamente suas respectivas tarifas comerciais e marca a retomada das negociações comerciais, que pareciam ter estagnado nas últimas semanas em meio a divergências sobre as exportações de terras raras e os controles de exportação de chips dos EUA;
- A inflação brasileira desacelerou em maio, com o IPCA subindo 0,26%, abaixo das expectativas, e a inflação acumulada em 12 meses caindo de 5,53% para 5,32%. A desaceleração foi impulsionada pela valorização do real, que afetou principalmente os preços dos bens industriais, que subiram apenas 0,06%. A inflação dos serviços essenciais continua pressionada, atingindo 6,75% em 12 meses, apesar da recente ligeira moderação. Os núcleos da inflação também ficaram abaixo das expectativas. Os preços dos alimentos desaceleraram fortemente, enquanto os preços da energia elétrica pressionaram a inflação devido à ativação da bandeira amarela. Os principais riscos para a inflação continuam sendo os estímulos fiscais, o mercado de trabalho restrito e as expectativas elevadas. Nossa projeção para o IPCA em 2025 se mantém em 5,5%, com a expectativa de que o Copom mantenha a taxa Selic em 14,75% por um período prolongado;
- Na agenda de hoje, o destaque é a inflação ao consumidor (IPC) nos Estados Unidos. O indicador geral deve registrar 0,2% na variação mensal e 2,5% na variação anual, enquanto o núcleo da inflação, que exclui itens mais voláteis, como alimentos e energia, deve apresentar um aumento de 0,3% na variação mensal e 2,9% na variação anual. Se confirmado, o resultado mostrará a inflação mais distante da meta. No Brasil, na ausência de indicadores, a atenção está voltada para a possível publicação de uma medida provisória que altera a tributação dos investimentos, encerra a isenção dos títulos de crédito dos setores imobiliário e do agronegócio e aumenta a alíquota do imposto sobre juros sobre o capital próprio, além de outras medidas para aumentar a arrecadação tributária.
Commodities
Mineração e Siderurgia: Menor consumo levantando preocupações de deflação na China; Preços do minério de ferro diminuíram -1% S/S
- Os principais temas da semana foram o CPI/PPI chinês e as siderúrgicas dos EUA aumentando os preços de vergalhão.
- Notamos:
- (i) O PPI e o CPI da China caíram A/A em Mai’25, aumentando as preocupações com a deflação à medida que a economia continua se deteriorando em meio a tensões comerciais e uma desaceleração prolongada no setor imobiliário;
- (ii) Gerdau, Steel Dynamics e CMC anunciaram aumento nos preços de vergalhão em US$ 60/t nos EUA;
- (iii) os preços de BQ ficaram estáveis S/S, enquanto os preços do vergalhão caíram -1% S/S no Brasil, com paridade de aço plano em +31% e paridade de aço longo em -6% para o vergalhão da Turquia, embora os preços do vergalhão do Egito sugiram paridade em +5%;
- (iv) Os estoques portuários de minério de ferro da China diminuíram -1% S/S, e os estoques de aço longo e plano da China foram de -4% e +2% S/S, respectivamente;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Varejo XP | Acompanhamento de preços de vestuário
- Nesta edição do nosso XP Apparel Tracker, destacamos:
- C&A e Renner apresentaram queda de preços em nossa cesta de lojas de departamento, com a primeira puxada por Básicos (-9%) e a segunda por Jeans (-13%);
- Os preços da Riachuelo subiram +2%, impulsionados por Lingerie, Jeans e Alfaiataria;
- Nosso novo Índice de Preços de Moda da XP mostra que C&A e Renner têm preços mais alinhados para itens de moda, enquanto a Riachuelo é mais cara;
- Sem mudanças na atividade promocional, com marketplaces ainda sendo os mais agressivos;
- C&A tem o maior aumento de preço no acumulado do ano (+11%), provavelmente devido ao seu reposicionamento de preços, seguida por Zara (+9%) e Hering (+8%);
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- Nesta edição do nosso XP Apparel Tracker, destacamos:
- Radar Energia XP: Acordo de reperfilamento da RBSE
- Em reunião pública da Diretoria da Aneel realizada hoje, o conselho decidiu sobre o pedido feito por agentes de mercado sobre as Resolução Homologatórias sobre o reperfilamento dos pagamentos do componente financeiro da RBSE, e com isso encerrou efetivamente a discussão do tema em âmbito administrativo;
- Nossa leitura inicial sobre esse acordo é positiva para ISA Energia, Eletrobras, Cemig e Copel, porque tira um risco regulatório com a possibilidade de um recebimento menor que o estabelecido pelo acordo;
- Além disso, a resolução final do acordo veio melhor que o nosso cenário base, destravando valor para essas empresas da nossa cobertura, sendo a ISA Energia a principal delas (upside de quase +4% no equity value), seguida pela Eletrobras (+2% no equity value);
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields inch higher after U.S. and China agree to trade framework (CNBC);
- Mercado reduz aposta em alta da Selic após IPCA abaixo do esperado (Folha de São Paulo);
- Petrobras: ‘Queremos aumentar o poder de gestão na Braskem, mas não estatizar’, diz Magda (Estadão);
- State of Alagoas Outlook Revised To Stable From Negative On Improving Fiscal Consolidation; 'BB-/brAA+' Ratings Affirmed (S&P Global);
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Preciso entrar na nova emissão do meu FII? Especialistas explicam quando vale a pena (InfoMoney);
- Fundos imobiliários (FIIs) despescam com risco de taxação no radar (Money Times);
- CPTS11 conclui 13ª oferta com captação abaixo do esperado; confira o valor (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Venda de veículos elétricos em maio no Brasil cresce 22% ano contra ano | Café com ESG, 11/06
- O mercado fechou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,5% e 0,6%, respectivamente;
- No Brasil, (i) o mercado de veículos eletrificados no Brasil cresceu 22,3% em maio de 2025 em relação ao mesmo mês de 2024, apontou a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) - ao todo, foram 16.641 unidades vendidas no mês, representando 7,76% de todos os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no país em maio; e (ii) mesmo com o resultado da chamada para aquisição de biometano aberta pela Petrobras vindo acima do esperado, a companhia levantou dúvidas sobre a capacidade do mercado local de atender o mandato inicial previsto na lei do Combustível do Futuro - nesse sentido, a estatal defendeu ontem que as metas de descarbonização sejam bem calibradas e que haja um regime transitório, de um a três anos, para implementação do programa;
- No internacional, o Vietnã lançou ontem a fase piloto de seu esquema de comércio regulado de emissões - segundo o governo do país, o objetivo é incentivar os setores aço, cimento e energia térmica a reduzirem a quantidade de dióxido de carbono gerada em suas produções;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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