IBOVESPA -0.20% | 119.622 Pontos
CÂMBIO +0,40% | 4,79/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaques do dia
A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) sobre a taxa básica de juros brasileira é destaque hoje (21). Também segue no radar a votação do relatório do arcabouço fiscal. O projeto, que teve algumas alterações em relação ao texto aprovado na Câmara, deve ser levado à apreciação no plenário do Senado ainda nesta quarta-feira. Lá fora, mercados devem acompanhar pronunciamento de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), no Congresso dos EUA.
Decisão do Copom
Esperamos que o Copom mantenha a taxa Selic em 13,75% pela sétima reunião consecutiva, mas o comunicado pós-decisão deve ser ajustado para incorporar a melhora recente nas perspectivas de inflação. Ao mesmo tempo, como as estimativas de inflação continuam acima da meta, o comitê tende a manter a “guarda alta”, sem se comprometer com a próxima decisão. Com isso, nosso cenário-base considera um corte de 0,25 p.p. na taxa Selic em agosto, seguido de cortes de 0,50 p.p., até o juro básico atingir 11,00% no 1º trimestre de 2024. Veja mais sobre as expectativas do nosso time de macroeconomia no Esquenta do Copom.
Arcabouço fiscal no Senado
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal se reunirá para votar o relatório do arcabouço fiscal apresentado pelo relator Omar Aziz (PSD-AM). Algumas mudanças foram apresentadas em relação ao texto aprovado na Câmara dos Deputados, dentre as quais destacamos a retirada do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), da complementação da União ao Fundeb e das despesas com Ciência e Tecnologia do limite de despesas da nova regra fiscal. A nosso ver, a retirada desses itens acaba por fragilizar todo o arcabouço. Primeiro, porque essas despesas passam a crescer sem qualquer restrição. Além disso, as alterações colocam pressão sobre a possível exclusão de outras despesas do limite. Para uma análise detalhada a respeito das mudanças, clique aqui.
Mercado no Brasil ontem
Na expectativa para a decisão da Selic hoje, o Ibovespa fechou a terça-feira em queda de 0,2%, aos 119.622 pontos. O movimento de baixa foi puxado principalmente pela Vale (VALE3), que caiu 2,6% com a desvalorização nos preços do minério de ferro ao longo do dia. As taxas futuras de juros fecharam sem direção única, com o leilão do Tesouro Nacional sendo bem absorvido pelo mercado e pressionando para baixo os vencimentos mais curtos, enquanto o embate sobre o arcabouço fiscal evitou baixas também nas pontas mais longas. DI jan/24 foi de 13,015% para 13,00%; DI jan/25 passou de 11,135% para 11,095%; DI jan/26 oscilou de 10,515% para 10,525%; e DI jan/27 foi de 10,52% para 10,555%.
Mercados Globais
Bolsas internacionais amanhecem mistas. Nos EUA, os futuros do S&P 500 negociam no zero a zero. Os principais índices americanos tiveram o segundo dia de baixa, interrompendo a sequência de altas impulsionada pelas big techs. Além da participação do presidente do Fed, Jerome Powell, em audiência no Congresso americano, investidores devem ficar atentos a discursos de outros cinco diretores do banco central dos EUA ao longo do dia. Do lado corporativo, o FedEx (FDX) cai quase 3% no pré-mercado, depois de apresentar uma projeção de lucro mais pessimista do que esperado.
As Bolsas europeias operam sem direção definida, com o Stoxx 600 negociando de lado depois que os dados de inflação ao consumidor de maio do Reino Unido vieram acima das expectativas em 8,7% a/a, aumentando pressão para que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) siga com uma postura dura. O BoE anunciará sua decisão de política monetária amanhã (22), e uma elevação na taxa de juros é amplamente esperada.
Na Ásia, os índices também fecharam mistos. No Japão, o Nikkei 225 subiu 0,6%, mas, na China, o CSI 300 e o Hang Seng fecharam em queda de 1,5% e 2,0%, respectivamente, antes de um feriado, e ainda repercutindo o corte de juros menos agressivo que do esperado.
Super Clássicos da Bolsa 2023
Por fim, hoje teremos o debate entre HAPVIDA (HAPV3) e Rede D’Or (RDOR3), às 13hrs no Super Clássicos da Bolsa. Clique aqui para assistir.
Veja todos os detalhes
Economia
Inflação do Reino Unido continua bastante pressionada; no Brasil, decisão do Copom no centro das atenções
- No Brasil, atenções voltadas para a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central). A taxa Selic deve ser mantida em 13,75% pela sétima reunião consecutiva, mas o comunicado pós-decisão tende a ser ajustado para incorporar a melhoria recente nas perspectivas de inflação. Segundo as nossas estimativas, a projeção do Copom para o IPCA de 2023 – no cenário de referência – diminuirá de 5,8% para 5,1%, enquanto a projeção para o IPCA de 2024 deve ceder de 3,6% para 3,3%. Ao mesmo tempo, como as expectativas de inflação continuarão acima da meta, o comitê tende a manter a “guarda alta”, sem se comprometer com a próxima decisão. Dito isso, nosso cenário base considera um corte de 0,25pp na taxa Selic em agosto, seguido de cortes de 0,50pp até o juro básico atingir 11,00% no 1º trimestre de 2024;
- Ainda sobre a agenda desta quarta-feira, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal se reunirá para votar o relatório do arcabouço fiscal apresentado pelo relator Omar Aziz (PSD-AM). O projeto deve ser levado à apreciação no plenário do Senado ainda hoje. Algumas mudanças foram apresentadas em relação ao texto aprovado na Câmara dos Deputados, dentre as quais destacamos a retirada do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), da complementação da União ao Fundeb e das despesas com Ciência e Tecnologia do limite de despesas da nova regra fiscal. A nosso ver, a retirada desses itens acaba por fragilizar todo o arcabouço. Primeiro, porque essas despesas passam a crescer sem qualquer restrição. Além disso, porque as alterações colocam pressão sobre a possível exclusão de outras despesas do limite. Para uma análise detalhada a respeito das mudanças, clique aqui (link);
- No exterior, os agentes de mercado acompanharão o pronunciamento do Presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, perante a Câmara dos Deputados dos EUA. Outros cinco diretores do Fed têm agenda pública hoje. Conforme já publicado nesta manhã, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido subiu 0,7% em maio ante abril, novamente acima das expectativas do mercado (consenso: 0,5%), o que manteve a taxa de variação de 8,7% no acumulado em 12 meses. Este resultado representou o quarto mês consecutivo de surpresas altistas. A medida de núcleo da inflação – exclui itens de alimentos e energia – registrou aumento de 0,8% em maio e de 7,1% em 12 meses (estava em 6,8% em abril), o patamar mais alto desde 1992. Com isso, os mercados passaram a atribuir probabilidade ao redor de 40% de que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) reacelere seu ritmo de alta de juros para 0,50pp na decisão de política monetária a ser anunciada amanhã (22). A inflação do Reino Unido é a mais elevada entre as principais economias desenvolvidas.
Empresas
Construtoras | Novas atualizações para o programa MCMV aprovadas
- O Conselho Curador do FGTS aprovou três atualizações para o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) em uma reunião ordinária na manhã desta terça-feira (20 de junho). Destacamos:
- Uma redução de 25 pontos-base nas taxas de juros do financiamento imobiliário para mutuários com renda familiar de até R$ 2 mil;
- Um aumento no limite do subsídio para as faixas 1 e 2, de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil;
- Um aumento no teto de preços para R$ 350 mil para a faixa 3 (unificado para todos os recortes populacionais).
- Vemos as atualizações como positivas para empresas voltadas para o segmento de baixa renda, e as mudanças nos tetos de preço podem ser positivas para as margens, com um potencial aumento no poder de precificação dentro do programa;
- Clique aqui para o relatório completo.
Data Expert | Unboxing the Week: Tracking Semanal de Madeira, Papel & Celulose da XP
- Uma semana mista para empresas de papel e celulose, com as ações subindo 5% na América Latina, 1% na América do Norte e 3% Europa (em dólares);
- Segundo a Norexeco, os preços da celulose caíram na China e na Europa, com BHKP em US$ 500/t (+4% M/M) e NBSK em US$ 662/t (-2% M/M) na China, enquanto na Europa, BHKP está em US$ 990/t (-9% M/M) e NBSK em US$ 1,250/t (-3% M/M);
- Apesar disso, vemos a Suzano e a Klabin negociando a múltiplos atraentes com EV/EBITDA 2023 de 5,3x e 6,8x e múltiplos EV/ton de US$ 2,057/te US$ 2,034/t, respectivamente (~ 10 – 13% de desconto vs. média de 5 anos para ambas ações);
- Clique aqui para o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Por que é tão difícil cortar juros do cartão? (Valor);
- Caixa suspende cobrança do Pix para pessoa jurídica após determinação de Lula (Estadão);
- Estrangeiros aportam R$ 357,8 milhões na Bolsa em 16 de junho (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Para captar mais clientes, 2W levanta R$ 22,1 milhões e amplia aposta em tecnologia (Valor);
- Brasil supera média mundial em engajamento com jogos eletrônicos, diz estudo (Valor);
- PPPs reivindicam participação em caso de nova dissolução da Oi (telesintese);
- Telcomp também pede equilíbrio competitivo com empresas de Internet (TELETIME);
- Clique Aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- São Paulo trava acordo para unificar cobrança de ICMS de compras feitas em plataformas de vendas online (O Globo);
- Em processo de reestruturação, Via faz demissões no alto escalão (Estadão);
- Camicado registra recorde de expansão em programa de vendas corporativas (Mercado e Consumo);
- Varejistas fecham quase 150 lojas em um ano, na esteira dos juros altos (O Globo);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- BREAKING: Acionistas da Light propõem novo conselho. (Brazil Journal);
- SG/Cade aprova venda de participações da Cemig em hidrelétricas para Furnas. (Valor Econômico);
- Reajuste médio da Copel fica em 10,5%. (Canal Energia);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Petrobras distribui dividendos ‘como o Papai Noel’ e a orientação mudou, diz Rui Costa (Valor Econômico);
- MME defende que corte em preço dos combustíveis chegue aos consumidores (Valor Econômico);
- Importação de petróleo da Rússia para a China bate recorde em maio (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Decisão do Copom, falas de Powell no Congresso dos EUA, arcabouço fiscal na CAE do Senado e mais destaques do mercado hoje (Infomoney);
- Dívida externa de empresas emergentes está mais barata que ações (Valor Econômico);
- Medidas do FGTS devem impulsionar Minha Casa Minha Vida (Valor Econômico);
- Moody’s Local coloca ratings do Hospital Care em revisão para rebaixamento (Moody’s Local);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Ainda vale a pena apostar nos fundos imobiliários indexados à inflação? (Money Times);
- 13º dos FIIs: fundos imobiliários devem ter dividendos turbinados em julho; vale a pena comprar agora? (InfoMoney);
- Os Fiagros vão pagar menos dividendos com o início do corte dos juros? (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Alckmin reafirma compromisso com o mercado regulado de carbono | Café com ESG, 21/06
- O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o Ibov em queda de -0,19%, enquanto o ISE subiu +0,59%;
- Do lado da regulação, um ano após o desenvolvimento de seu selo de investimento sustentável (IS), a Anbima lançou novas regras para fundos multimercados, de direitos creditórios (FIDCs) e ETFs se enquadrarem na modalidade – além disso, no lado da supervisão, a instituição criou um formulário para identificar e corrigir desvios nas alocações dos que já receberam o selo, relatório que deverá ser feito ao fim de cada exercício social do fundo;
- Na política, (i) o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou ontem que o Brasil pode ter ganho de 5% do PIB com o mercado regulado de carbono, o que seria equivalente a US$ 120 bilhões – segundo ele, o governo tem uma minuta de projeto de lei pronta regulamentando o mercado de carbono em processo de análise pela área jurídica das pastas envolvidas com o tema e deve ser concluída nas próximas semanas; e (ii) o Ministério da Fazenda está empenhado em montar um “Plano de Transição Ecológica”, como vem sendo chamado provisória e internamente um pacote de medidas “verdes”, com foco principalmente nas indústrias grandes e de setores mais poluentes – a criação do mercado regulado de carbono, taxonomia sustentável e regulamentação e emissão de títulos verdes são peças importantes da estratégia;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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