IBOVESPA -2,9% | 99.825 Pontos
CÂMBIO 2,0% | 5,15/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaques da semana
A semana começa com os mercados fechado nos EUA na segunda-feira por conta do feriado de Juneteenth. Mesmo assim, a agenda econômica estará cheia. No cenário internacional, os destaques serão os discursos do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, repercutindo a decisão de juros da semana passada. Além disso, teremos a divulgação as prévia de junho de índices de gerentes de compras (PMI) de países desenvolvidos, que darão sinalizações importantes quanto à atividade econômica global. Já na agenda doméstica, os destaques serão a divulgação da ata da última reunião do Copom, o IPCA-15 de junho e a arrecadação federal de maio. Adicionalmente, os mercados devem continuar a focar na política de preços da Petrobras.
Resumo da semana anterior
A semana passada foi marcada pela forte queda nos mercados globais após a alta de juros por vários bancos centrais, principalmente pelo Federal Reserve nos EUA. O Fed subiu os juros em 0,75 p.p., a maior alta desde 1994, elevando a taxa básica de juros americano para o intervalo entre 1,50-1,75%. No Brasil, o COPOM também anunciou a elevação da taxa Selic em 0,5 p.p. para 13,75%. Com isso, o Ibovespa encerrou a semana com uma queda de -5,4% abaixo dos 100 mil pontos, pressionado também pelo aumento de preços de combustíveis anunciados pela Petrobras e a forte pressão da classe política contra esse aumento.
O Dólar fechou a semana com alta de +3,33% em relação ao Real, em R$ 5,15/US$. Na Renda Fixa, a curva de juros sofreu muita volatilidade e encerrou a semana com abertura nas taxas, principalmente no “miolo” da curva (vencimentos de médio prazo). Parte do movimento foi explicado pela combinação da disparada dos rendimentos dos títulos de dívida dos EUA, valorização do dólar, preços do petróleo acima de US$ 120 e o anúncio de reajuste de preços pela Petrobras.
Mercados hoje
Os mercados globais amanhecem positivos (EUA +0,7% e Europa +0,3%) após o S&P 500 registrar sua pior performance semanal desde 2020, em virtude do aumento das preocupações com uma possível recessão americana. As bolsas permanecerão fechadas hoje nos EUA por conta do feriado de Juneteenth. Na Europa, a inflação ao produtor na Alemanha atingiu 33,6% no acumulado anual em maio, marcando um novo recorde. Na China, ambos os índices CSI 300 (+0,5%) e Hang Seng (+0,4%) encerraram em leve alta após o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmar durante o final de semana que conversará em breve com o presidente da China, Xi Jinping, sobre a remoção de algumas tarifas impostas em produtos chineses. Além disso, investidores seguem esperançosos com os prospectos de novos estímulos econômicos após os governos locais de Zhengzhou e Wenzhou oferecerem subsídios para a compra de imóveis. O sentimento positivo foi levemente compensado pela manutenção das taxas de juros imobiliários de 1 e 5 anos em 3,7% e 4,45%, respectivamente.
Aperto monetário global deve continuar
Os principais bancos centrais provavelmente continuarão apertando a política monetária nos próximos meses. O membro do board do Fed, Christopher Waller, disse que apoiaria outro aumento de 0,75 p.p. na reunião de julho se os dados econômicos vierem como ele espera. Na Europa, o BCE sinalizou que começará a subir os juros em julho, enquanto o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, afirmou que o movimento não levará o continente a mais uma crise de dívida soberana. Nesse cenário, um número crescente de analistas de mercado está prevendo uma recessão nos EUA ou na Europa nos próximos trimestres.
Impostos em petrolíferas
No Brasil, a mídia local diz que o governo planeja aumentar os impostos sobre o lucro das empresas petrolíferas. Segundo o jornal Folha de SP, ainda não está claro o destino dessa receita adicional. Mas provavelmente irá financiar um programa adicional de transferência de dinheiro para motoristas de caminhão, taxistas e pessoas de baixa renda para comprar combustível e gás de cozinha. Para acomodar tal gasto, será necessária nova flexibilização no teto constitucional de gastos.
Transição energética & metais Verdes
Por fim, publicamos ontem um relatório sobre transição energética e os metais verdes (link). Vemos esse movimento como uma tendência global e estrutural, ao mesmo tempo em que reconhecemos que os metais podem estar associados a uma variedade de desafios ESG. Dito isso, os investidores não têm escolha a não ser buscar pelas empresas de mineração com altos padrões ESG. Nesse sentido, selecionamos 3 companhias que vemos como bem posicionadas no tema: (i) Sigma Lithium; (ii) Freeport; e (iii) CBA.
Veja todos os detalhes
Economia
Os riscos de recessão aumentam à medida que o aperto monetário global continuará à frente. No Brasil, a imprensa reporta que governo planeja aumentar impostos sobre o setor de petróleo
- Os principais bancos centrais provavelmente continuarão apertando a política monetária nos próximos meses. O membro do board do Fed – banco central americano – Christopher Waller, disse que apoiaria outro aumento de 0,75 pp na reunião de julho se os dados econômicos vierem como ele espera. Na Europa, o BCE sinalizou que começará a subir os juros em julho, enquanto o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, afirmou que o movimento não levará o continente a mais uma crise de dívida soberana. Nesse cenário, um número crescente de analistas de mercado está prevendo uma recessão nos EUA ou na Europa nos próximos trimestres;
- Os casos de Covid continuam a diminuir na China. No entanto, um único caso identificado em Shenzhen desencadeou testes em massa e bloqueios pontuais na região. A persistência da política Zero-Covid na China é uma das razões para que o ferro ou os preços caiam hoje;
- A Colômbia elegeu no domingo seu primeiro presidente de esquerda da história. Gustavo Petro, ex-guerrilheiro, foi eleito presidente depois de prometer combater a desigualdade e a pobreza, e aumentar o papel do Estado na economia. Analistas de mercado vão monitorar de perto agora quem Petro vai nomear como Ministro das Finanças. Os mercados estão fechados hoje devido a um feriado na Colômbia;
- No Brasil, a mídia local diz que o governo planeja aumentar os impostos sobre o lucro das empresas petrolíferas. Segundo o jornal Folha de SP, ainda não está claro o destino dessa receita adicional. Mas provavelmente irá financiar um programa adicional de transferência de dinheiro para motoristas de caminhão, taxistas e pessoas de baixa renda para comprar combustível e gás de cozinha. Para acomodar tal gasto, será necessária nova flexibilização no teto constitucional de gastos.
Empresas
Petrobras (PETR4): Chegamos ao fim da festa para as empresas de Óleo & Gás?
- Até a semana passada, os mercados pareciam preocupados com a escassez não apenas de petróleo, mas também de derivados. O consenso do mercado era de que os preços dessas commodities seriam mais altos por mais tempo. Mas agora o sentimento mudou, e os investidores estão mais preocupados que uma desaceleração econômica possa mudar os mercados de petróleo e gás de sub para sobre ofertados;
- Vemos algumas tendências positivas de demanda que podem compensar uma desaceleração econômica: o consumo ainda está 1% abaixo dos níveis pré-covid; A demanda do 2T22 foi atingida por lockdowns severos na China; há um padrão sazonal de maior consumo global durante o 3º trimestre; os estoques estratégicos de petróleo terão de ser reconstruídos. Deve-se notar que o preço futuro do petróleo depende não apenas da demanda, mas também da oferta e muitas dúvidas permanecem sobre os aumentos futuros da OPEP, Rússia e EUA;
- Na sexta-feira (17), a Petrobras anunciou uma nova rodada de aumento dos preços dos combustíveis e que gerou fortes reações políticas e levantou, novamente, temores sobre sua independência para fixar os preços dos combustíveis. Podemos dizer que a Petrobras está “não apenas” protegida contra interferências pelo seu estatutos e pela “lei das empresas estatais” (13.303/2016), mas também de limites físicos (a escassez de combustíveis é ainda mais impopular do que os altos preços dos combustíveis);
- Mesmo se pensarmos em um cenário de estresse para a Petrobras (preços abaixo da paridade de importação, estouros de orçamento de investimento e alíquota de imposto de renda mais alta) chegaríamos a um preço alvo de R$ 31,30 por PETR3/PETR4 e US$ 12,50 por PBR/PBR.A (ainda superior aos preços de mercado atuais);
- Acesse nosso relatório completo aqui.
WEG (WEGE3): Entenda o Motivo Por Que Achamos o Valuation Atual Atrativo
- Após o desempenho relativo da WEG mais fraco nos últimos meses (-30% no acumulado do ano vs. -5% do IBOV), recebemos alguns questionamentos de investidores questionando se agora seria um ponto de entrada atrativo para a ação – o que acreditamos ser;
- Embora uma contração dos múltiplos deva ser razoável após o aumento recente das taxas de juros, não vemos os níveis atuais de valuation refletindo as fortes perspectivas de crescimento e spreads de retorno da WEG, com PEG (múltiplo P/L ajustado por crescimento) de 1,8x como atrativo, em nossa visão, quando comparado às tendências recentes (múltiplo PEG atual implica espaço para múltiplos aumentarem ao ajustar o valuation por spreads de retorno – veja a Figura 1 para mais detalhes);
- Reforçamos nossa visão positiva em relação à WEG, vendo a empresa como um raro alinhamento de crescimento e retorno;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Vamos (VAMO3): Poder de Precificação Refletido nos Números
- Concluímos que a Vamos está aumentando seus yields de acordo com as taxas de juros mais altas no Brasil. Vemos essa conclusão como especialmente relevante visto que a Vamos continua a surpreender positivamente o mercado com crescimento de volume (R$1,6 bilhões em capex contratado no 1T22), enquanto o cenário macro impõe um desafio significativo (inflação alta e taxas de juros crescentes);
- Nesse relatório, nós:
- (i) apresentamos nossa análise de yield em detalhes; e
- (ii) revisamos nosso modelo para incorporar o maior nível de crescimento, assim como maior custo de capital (preço-alvo de R$19,00/ação mantido).
- Reiteramos nossa visão positiva de Vamos (nossa ação top-pick de Transportes);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- A bilionária aposta de Ray Dalio contra Santander, Sanofi e outras empresas europeias (Neofeed);
- Mercado adota conservadorismo e fonte de captação para fintechs seca (Estadão);
- Inadimplência bate recorde e atinge 66,1 milhões de brasileiros em abril, aponta Serasa (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Petz mira expansão no Nordeste, Centro-Oeste e Norte com novo centro de distribuição. (Estado);
- Vendas do varejo devem continuar crescendo no mês de junho. (Mercadi & Consumo);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- AB InBev planeja reajuste de preços nos EUA e no Brasil (Valor);
- Com ‘empurrão’ do preço do boi, confinamento pode ter leve alta (Valor);
- As estratégias da ETF para a insegurança alimentar oferecem abordagens divergentes (FT);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Causas e soluções para a confusão no mercado de combustíveis. (Poder360);
- Eletrobras informa renúncia de nove membros do conselho de administração. (Valor Econômico);
- Petróleo fecha em forte queda, pressionado por temores de recessão. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Crescimento de pessoas físicas na Bolsa segue estável no mês de maio – XP Monitor
- Em maio, o número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa brasileira (B3) atingiu 5.129.344. Em relação a abril, houve um aumento de 49.654 investidores PFs, equivalente a um crescimento mensal de +1,0%;
- A maioria dos investidores da Bolsa encontram-se na faixa etária dos 26 a 35 anos, com 1.713.824 contas ativas em março, representando 33,4% de todas as contas. Continuando a tendência vista desde 2013, dados mais antigos disponibilizados, as pessoas estão começando a investir cada vez mais jovens;
- Em relação a regiões, ainda há uma concentração de investidores no Sudeste do país. Os estados de SP, RJ e MG juntos possuem 56,5% do total de investidores, 39,6 pontos percentuais (p.p.) à frente de PR, RS e SC somados (16,9%);
- O número de investidoras na Bolsa alcançou 1.220.315 em maio, o que corresponde a 23,8% do número total de investidores pessoas físicas. Apesar de uma representatividade ainda pequena, o número de mulheres vêm crescendo em ritmo acelerado, com alta de +44,0% desde 2020;
- Por fim, observa-se um grande aumento no número de investidores com interesse em BDRs: são 1,4 milhão representando 26% do estoque. Além disso, em termos relativos, esse foi o produto que mais cresceu nos últimos 12 meses, registrando um aumento de +532% no número de CPFs cadastrados;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Microsoft lança programa para concorrer com o Salesforce
- Microsoft lança programa de gerenciamento de clientes para concorrer com o Salesforce;
- Disney+ pode perder 20 milhões de assinantes na Ásia;
- Ferrari projeta que 80% de suas vendas sejam de veículos elétricos até 2030;
- Ofertas de ações arrecadaram apenas US$ 198 bilhões neste ano, registrando uma queda de 70% vs. 2021;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Devolução de imóveis preocupa setor de construção. (Uol);
- Fundos imobiliários ou cotas de empreendimentos? Veja como o estágio do imóvel mexe com os seus investimentos (Valor);
- Cotistas do FII BCRI11 querem trocar atual gestor do fundo pela Suno Gestora (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
Transição Energética & Metais Verdes: Explorando companhias bem posicionadas para liderar a transição verde
- Em tempos de incerteza global, como a recente guerra na Ucrânia, novas temáticas surgem: o mundo está demandando mais energia, ao mesmo tempo em que as mudanças climáticas exigem emissões mais baixas, e soluções para a transição energética emergem como um caminho para controlar o aumento da temperatura global. Dessa forma, vemos um impulso nos investimentos em energia limpa, dependentes de metais verdes, o que deve intensificar a demanda pelos mesmos adiante;
- No entanto, nem tudo o que reluz é ouro. Os metais verdes podem estar associados a uma variedade de desafios ESG. Assim, os investidores não têm escolha a não ser buscar pelas empresas de mineração com altos padrões ESG;
- Nesse sentido, selecionamos três companhias que, na nossa visão, estão bem posicionadas para se beneficiar da transição energética adiante: (i) Sigma Lithium; (ii) Freeport; e (iii) CBA;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.
Das 404 empresas listadas na B3, 16% possuem metas claras de inclusão | Café com ESG, 20/06
- O mercado fechou o pregão de sexta-feira em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -3,0% e -2,0%, respectivamente. Na semana, o Ibov e o ISE fecharam recuando -5,4% e -4,8%, respectivamente;
- No Brasil, (i) de 404 empresas com ações negociadas na B3, 59% não apresentam ao público metas definidas de inclusão de mulheres, pessoas não-brancas e pessoas com deficiência, e apenas 16% das empresas apresentam metas claras de inclusão – é o que aponta um levantamento realizado pela consultoria Luvi One em parceria com a fintech Arara.io; e (ii) depois de dez anos de estudos, pesquisas de legislações e melhores práticas internacionais, o Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural criou a Escala Cidadã Olga Kos, um selo para medir inclusão social nas empresas, que acaba de ser homologada pelo Inmetro;
- No internacional, na semana passada, o Comitê de Supervisão Bancária da Basileia, um órgão sediado na Suíça que define políticas globais, adicionou uma proposta à versão final da estrutura de mudança climática em que trabalha desde 2020, dizendo que os bancos devem revisar suas estruturas de remuneração e bônus para garantir que sejam consistentes com as metas de longo prazo no combate às mudanças climáticas;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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