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Microsoft lança programa para concorrer com Salesforce – 🌎Radar Global

Disney+ pode perder 20 milhões de assinantes na Ásia, Ferrari pretende que 80% de suas vendas sejam de veículos elétricos até 2030 e Microsoft lança programa de gerenciamento de clientes.

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MACRO

Mercados globais amanhecem positivos (EUA +0,7% e Europa +0,5%) após o S&P 500 registrar sua pior performance semanal desde 2020, em virtude do aumento das preocupações com uma possível recessão americana. As bolsas permanecerão fechadas hoje nos EUA por conta do feriado de juneteenth. Na Europa, a inflação ao produtor na Alemanha atingiu 33,6% no acumulado anual em maio, marcando um novo recorde. Na China, ambos os índices CSI 300 (+0,5%) e Hang Seng (+0,4%) encerraram em leve alta após o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmar durante o final de semana que conversará em breve com o presidente da China, Xi Jinping, sobre a remoção de algumas tarifas impostas em produtos chineses. Além disso, investidores seguem esperançosos com as perspectivas de novos estímulos econômicos após os governos locais de Zhengzhou e Wenzhou oferecerem subsídios para a compra de imóveis. O sentimento positivo foi levemente compensado pela manutenção das taxas de juros imobiliários de 1 e 5 anos em 3,7% e 4,45%, respectivamente.

Coronavírus: O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos autorizou no sábado a vacinação contra a Covid-19 para crianças de até 6 meses, apoiando os imunizantes da Pfizer e da Moderna.

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EMPRESAS

Microsoft lança programa de gerenciamento de clientes para concorrer com o Salesforce: A Microsoft (NASDAQ: MSFT, BDR: BSFT34) lançou o Viva Sales, uma nova ferramenta para conectar seus programas Office e de videoconferência com software de gerenciamento de cliente, um passo que pode ajudá-la a capturar parte da receita do Salesforce (NYSE: CRM, BDR: SSFO34). O programa, disponível para visualização no próximo mês, permite que os usuários de ferramentas de gerenciamento de clientes sincronizem informações como listas de contatos, calendários do Outlook da Microsoft, conferências e bate-papo do Teams. O Viva Sales também usa sistema de inteligência artificial para escanear ligações e interações com clientes, analisando o perfil para ver quais ações e materiais de marketing estão funcionando bem, além de fornecer feedback ao representante de vendas. O Viva Sales será gratuito para quem já usa o software de relacionamento com o cliente Dynamics da Microsoft, os preços para clientes da Salesforce serão detalhados ainda este ano, quando o software estiver disponível.

A Microsoft espera que o programa ajude a eliminar grande parte da entrada manual de dados e da busca de informações feitas atualmente pelos representantes de vendas. O novo produto será uma oportunidade de capturar parte da receita dos usuários do software de gerenciamento da líder de mercado, o Salesforce. A Microsoft já vem nessa tentativa há quase duas décadas, enquanto a concorrente também está adicionando recursos de inteligência artificial a seus programas e, no ano passado, adquiriu o aplicativo de bate-papo comercial Slack para integrar às suas ofertas.

Disney+ pode perder 20 milhões de assinantes na Ásia: A Disney (NYSE: DIS, BDR: DISB34) pode perder até 20 milhões de assinantes do Disney+ depois de perder os direitos de transmissão das partidas de críquete da Premier League Indiana (IPL). A estimativa, da Media Partners Asia, significa que a empresa pode ter problemas para atingir sua meta de 260 milhões de assinantes globais do Disney+ até 2024. Cerca de 50 milhões de assinaturas, mais de um terço dos assinantes em todo o mundo, vêm do Disney+ Hotstar, um produto oferecido na Índia e em outras nações do sul da Ásia, e o críquete tem sido um grande impulsionador disso. O IPL é considerado entretenimento e não apenas esportes pelas famílias indianas. Entretanto, os assinantes do Disney+ Hotstar pagam apenas US$ 0,76/mês em média pelo serviço, contra a taxa padrão de cerca de US$ 8/mês nos EUA para o Disney+. Isso representa uma receita anual de menos de US$ 500 milhões, tornando difícil justificar as altas taxas anuais de direitos de IPL.

Há meses os investidores debatem se a empresa terá que reduzir sua previsão de crescimento. A preocupação começou após um trimestre fraco no ano passado e continuou depois que a Netflix (NASDAQ: NFLX, BDR: NFLX34) relatou em abril sua primeira perda de assinantes em uma década. Embora a Disney tenha perdido os direitos no Disney+, ela manteve os direitos de transmissão nas redes de TV tradicionais, concordando em pagar quase US$ 3 bilhões em cinco anos para transmitir os jogos. A empresa possui cerca de 70 canais na Índia, distribuídos por operadoras de TV a cabo e satélite, onde ainda poderá fazer propaganda do Disney+ Hotstar.

Ferrari pretende que 80% de suas vendas sejam de veículos elétricos até 2030: A Ferrari (NYSE: RACE) anunciou durante o Capital Market Day, um evento para investidores, que investirá cerca de US$ 4,6 bilhões para desenvolver modelos totalmente elétricos e híbridos plug-in que representarão 60% de seu portfólio até 2026, e até 2030 esses modelos devem representar cerca de 80% das vendas da empresa. Para chegar lá, a fabricante italiana planeja 15 lançamentos de novos produtos entre 2023 e 2026, incluindo o SUV Purosangue, que será apresentado em setembro deste ano. A Ferrari também confirmou que seu primeiro carro totalmente elétrico será apresentado em 2025.

A empresa disse que expandirá sua fábrica de Maranello para produzir veículos elétricos e montar baterias. Segunda a companhia, cerca de 25% do investimento de 2025 será direcionado aos motores à combustão tradicionais, enquanto os carros totalmente elétricos receberão 35% do gasto total, acima dos 5% deste ano. Como outros fabricantes de carros esportivos, o desafio da Ferrari vai além de apenas investir em modelos elétricos. As baterias desse tipo de veículo ainda não igualam a potência sustentada dos carros esportivos com motor de combustão. Como seus rivais, a companhia italiana também vende uma experiência para seus clientes de alta renda, centrada no desempenho de seus motores. À medida que realiza essa transição a Ferrari enfrenta mais esse desafio, de garantir que a experiência para seus clientes acompanhe a empreitada da empresa.

ANÁLISE

Fonte: Bloomberg

Ofertas de ações arrecadaram US$ 198 bilhões, queda de 70% em relação a 2021: O gráfico acima, da Bloomberg, mostra que apenas US$ 198 bilhões em ofertas públicas iniciais (IPOs) e follow-on foram precificadas até agora em 2022, uma queda de 70% em relação aos US$ 724 bilhões de 2021. O grande desafio vem sendo encontrar investidores dispostos a tomar risco em um mercado de ações com queda de 20% no ano, à medida que a inflação alta, os aumentos agressivos das taxas de juros dos banco centrais e o risco de uma recessão global corroem o apetite ao risco. Entre as empresas que recentemente desistiram de abrir capital estão a Coca-Cola (NYSE: KO, BDR: COCA34), que atrasou o IPO planejado de uma parte de sua participação em uma engarrafadora africana, e a seguradora asiática FWD Group Holding, que disse ter adiado uma listagem de US$ 1 bilhão em Hong Kong.

Olhando regionalmente, a queda no volume foi particularmente notável nos EUA, onde apenas US$ 47 bilhões em ofertas de ações foram precificadas até agora, uma queda de 85% em relação à 2021, um ano recorde para novos IPOs. As listagens internacionais da China, que já foram vistas como ótimas oportunidade por Wall Street, também estagnaram em meio a um maior escrutínio regulatório após o desastre da Didi em 2021.

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