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Ata do Copom, IPCA, discurso de Powell e temporada de resultados movimentam a semana

Mercado de trabalho dos EUA e tensões com a China são alguns dos temas de maior destaque nesta segunda-feira, 06/02/2023

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IBOVESPA -1,47% | 108.523 Pontos

CÂMBIO +2,03% | 5,14/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Destaques da semana

No Brasil, os mercados vão acompanhar de perto esta semana a evolução das expectativas de inflação, depois que o presidente Lula disse que a inflação de 4% é um nível mais adequado para o país do que a atual meta de 3%. Além disso, o Banco Central publicará a ata de sua última reunião de política monetária amanhã, e os números da inflação do IPCA de janeiro saem na quinta-feira. Do lado corporativo a temporada de balanços do 4º trimestre de 2022 no Brasil começará a ganhar força, com Itaú, Bradesco, Klabin e Multiplan divulgando seus resultados nos próximos dias. Nos EUA, há a expectativa do pronunciamento de diretores do Federal Reserve, com destaque ao presidente Jerome Powell que fala amanhã.

Mundo

Os mercados globais amanhecem negativos (EUA -0,9% e Europa -1,0%) após dados fortes do mercado de trabalho americano renovarem as preocupações com a intensidade do ciclo de altas na taxa de juros. Ainda nos EUA, a temporada de resultados continuará esta semana com: Uber, Disney e Pepsico. Até o momento, das 250 companhias do S&P 500, que já divulgaram seus balanços, 70% superaram as estimativas de lucro, segundo a Refinitiv. Na Europa, o destaque ficará por conta da divulgação dos dados de vendas do varejo na Zona do Euro. Na China, o índice de Hang Seng (-2,0%) encerrou em baixa, impactado negativamente por relatório da Industrial Securities, que revelou que 60% das companhias chinesas perderam dinheiro em 2022 e pelo aumento das tensões geopolíticas entre EUA e China, após balão chinês ser derrubado em solo americano.  

Mercado de trabalho dos EUA

Os números do mercado de trabalho dos EUA em janeiro vieram muito mais fortes do que o esperado na última sexta-feira. O crescimento do emprego acelerou no início do ano, com a criação líquida de 517 mil empregos (188 mil esperados). A taxa de desemprego ficou em 3,4%, seu nível mais baixo desde maio de 1969. Os resultados colocam o Federal Reserve em uma situação difícil, a medida que, na reunião de política monetária da semana passada, o Fed reduziu o ritmo de alta de juros para 0,25 p.p., apostando que a economia já estava esfriando o suficiente para aproximar a inflação da meta.

Tensões entre EUA e China

No final de semana, os EUA derrubaram com um míssil um balão chinês, apontado como um equipamento de espionagem, que sobrevoava território americano. O movimento foi considerado como uma “reação exagerada” pela China, e as tensões entre as duas maiores economias do mundo se elevaram ainda mais depois que uma viagem do secretário de estado Antony Blinken à China foi adiada.

Resumo da Semana

Em semana movimentada por decisões de bancos centrais, dados econômicos importantes e balanço das big techs americanas, o Ibovespa encerrou com queda de -3,4% aos 108.523 pontos. Como destaque negativo, a CVC (CVCB3) acumulou queda de mais de 15% na semana, após a desistência das negociações para a compra da Ōner Travel, startup de viagens. Na ponta oposta, Natura (NTCO3) teve alta de 8,2%, após notícias de que a LVMH e L’Oréal estariam entre as empresas avaliando uma oferta pela Aesop.

Já o Dólar fechou a semana com alta de +0,48% em relação ao Real, em R$ 5,13/US$. E na Renda Fixa, a aversão a risco seguiu elevada no mercado de juros, refletindo em uma abertura significativa da curva na última semana. As recentes diretrizes do novo governo eleito permanecem inibindo o interesse a risco no país. Embora as questões domésticas tenham predominado, o cenário externo também levou os agentes a exigirem um prêmio ainda maior na curva de juros. Como resultado, toda a estrutura a termo da curva de juros voltou ao nível de 13%. DI jan/24 subiu de 13,64% para 13,83%; DI jan/25 avançou de 12,97% para 13,275%; DI jan/26 escalou de 12,81% para 13,165% e DI jan/27 saltou de 12,83% para 13,1.

Veja todos os detalhes

Economia

Mercado de trabalho aquecido coloca o Fed dos EUA em situação difícil. No Brasil, mercados seguirão atentos às expectativas de inflação

  • Os números do mercado de trabalho dos EUA em janeiro vieram muito mais fortes do que o esperado na última sexta-feira. O crescimento do emprego acelerou no início do ano, com a criação líquida de 517 mil empregos (188 mil esperados). A taxa de desemprego ficou em 3,4%, seu nível mais baixo desde maio de 1969. O salário médio por hora cresceu 0,3% mês a mês, em linha com as expectativas. Em um relatório separado, o índice ISM Services de janeiro também superou as expectativas, atingindo 55,2 (50,5 esperado), com o componente de preços pagos permanecendo em robustos 67,8 (leituras acima de 50 indicam expansão). Os resultados colocam o Fed (banco central dos EUA) em uma situação difícil. Na reunião de política monetária da semana passada, o Fed reduziu o ritmo de alta de juros para 0,25 ponto percentual, apostando que a economia já estava esfriando o suficiente para aproximar a inflação da meta. O dólar e os juros dos títulos do Tesouro dos EUA subiram em resposta aos fortes números da atividade. O presidente do Fed, Jerome Powell, fala publicamente amanhã, no Economic Club de Washington;
  • Na Ásia, os mercados estão em baixa reagindo às tensões causadas por um suposto balão espião chinês sobrevoando os EUA. Os EUA decidiram adiar a viagem do secretário de Estado Antony Blinken à China;
  • No Brasil, Aloisio Mercadante toma posse hoje como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mercadante tem dito que suas prioridades serão a criação de um Eximbank, e a ampliação do crédito para pequenas e médias empresas;
  • Os mercados vão acompanhar de perto esta semana a evolução das expectativas de inflação, depois que o presidente Lula disse que a inflação de 4% é um nível mais adequado para o país do que a atual meta de 3%. O Banco Central publica a ata de sua última reunião de política monetária amanhã, e os números da inflação do IPCA de janeiro saem na quinta-feira.

Empresas

e-commerce após Americanas: Mapeando as principais implicações para o setor

  • Neste relatório, endereçamos 5 principais questionamentos e implicações do processo de reestruturação da Americanas para o setor de e-commerce brasileiro;
  • Nossa conclusão é de que Via e Magazine Luiza devem ter melhores resultados no curto prazo, apesar dos fornecedores possivelmente buscarem uma diversificação de canais uma vez que o mercado se estabilize;
  • Além disso, estimamos que as ações já estão precificando grande parte do ganho de participação de mercado oriundo da reestruturação de Americanas, apesar do  ambiente competitivo mais racional poder ser um alento. Entretanto, um cenário competitivo ainda desafiador pode evitar que isso aconteça no curto prazo. Com isso, mantemos nossa recomendação Neutra para MGLU e VIIA;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Feedback da XP Agro Conference

  • Na semana passada realizamos a 2ª edição da XP Agro Conference. As principais conclusões foram:
    • apesar da acomodação nos preços das commodities, os futuros seguem acima das médias históricas;
    • a pressão de custos já foi precificada, então as melhorias recentes são um risco de alta;
    • a jornada de crescimento dos novos players listados não será adiada; e
    • as visões mais pessimistas vêm das perspectivas macro e incertezas fiscais, não relacionadas às empresas.
  • No nosso relatório, trazemos os principais pontos discutidos com SLCE3, AGRO3, SMTO3, JALL3, AGXY3, TTEN3, SOJA3 e VITT3, porém com insights captados de outras empresas não listadas;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Infraestrutura: Destaques Positivos da “XP Agro Conference”

  • Durante a ‘XP Agro Conference’ desta semana, apresentamos um painel sobre ‘Infraestrutura, Logística e Comercialização no Agronegócio’ com: Mauro Mendes (Governador, Mato Grosso); Beto Abreu (CEO, Rumo), Marcelo Lima (Presidente do Conselho, Kepler Weber); e Paulo Souza (CEO, Alvean);
  • As principais conclusões foram:
    • Leitura positiva dos nomes listados (Rumo e Kepler Weber – veja detalhes abaixo);
    • Tanto os investimentos públicos quanto os privados requerem ambiente adequado (menos burocracia e menores taxas de juros);
    • Empresas privadas também podem ajudar umas às outras;
    • Mato Grosso é um modelo a ser seguido (tanto em relação a investimentos públicos quanto privados em infraestrutura).
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Transportes: Feedback do Non-Deal Roadshow nos EUA e Europa

  • Realizamos um non-deal roadshow presencial nos EUA e na Europa. Embora pareça um consenso que os investidores estrangeiros são mais construtivos com as ações do Brasil em comparação com os locais (e notamos isso), vimos o maior otimismo entre os europeus (principalmente com as expectativas de reabertura da China).
  • Em Transportes, os destaques foram:
    • Forte interesse pela CCR (um nome defensivo e sub-propriedade para aguardar taxas de juros mais baixas);
    • Rumo está fora de preferência no curto prazo (apesar do forte momento operacional);
    • Movida continua subponderada (apesar da queda das ações e dos altos juros vendidos).

Sala de Espera XP (Parte 1): Prévia de resultados do 4T22

  • Até o momento, esperamos que as empresas de saúde apresentem resultados de mistos a negativos no 4T22;
    • As operadoras de planos de saúde estão apresentando níveis de sinistralidade extraordinariamente altos causados ​​por uma mudança nas taxas de utilização, que por sua vez estão pressionando os prestadores de serviços com ajustes de preços abaixo da inflação, prazos de pagamento mais alongados e maiores glosas – sendo a Oncoclínicas uma exceção;
    • As empresas farmacêuticas devem apresentar resultados mistos, com a Hypera continuando a entregar crescimento consistente e expansão de margem, e a Blau ainda enfrentando uma forte concorrência no mercado de imunoglobulina.
  • Na primeira parte da nossa prévia de resultados, esperamos que Oncoclínicas e Hypera sejam os destaques positivos;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Notícias Diárias do Setor Financeiro
    • Bolsa tem pior volume para janeiro desde 2020 (Valor);
    • Setor de seguros cresce 16% em 2022 e arrecada R$ 356 bilhões, diz CNSeg (Valor);
    • Bancos não precisam de juros altos para terem lucro, diz presidente da Febraban (Uol);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
    • Lucro das ‘Big Techs’ recua US$ 33,6 bilhões (Valor);
    • V.tal fará 4 milhões de HPs com fibra no ano, ou menos que em 2022 (Teletime);
    • Vendas de smartphones somarão US$ 13 bi no Brasil em 2023 (Mobile Time);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Americanas nega estar em negociações para venda do Hortifruti Natural da Terra (Valor);
    • Processo de venda da Aesop pela Natura será finalizado entre março e abril (Estadão);
    • A Vivara quer criar uma “casa de marcas”. E já escolheu sua joia da coroa (NeoFeed);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Alimentos e Bebidas
      • Entre o ovo e a galinha, americanos têm escolhido a galinha – Valor;
      • CEE abre cota para importação de carne bovina sem tarifa em 2023, a maior parte da Rússia – Valor.
    • Agro
      • Fabricantes de biodiesel admitem “evolução gradual” da mistura – Valor;
      • Colheita de soja 2022/23 do Brasil mantém atraso, dizem analistas – Notícias Agrícolas.
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
    • Pessoa física vai sentir efeito da desvalorização de debêntures da Light (Valor Econômico);
    • Petrobras pede mais prazo para vender refino (Valor Econômico);
    • PDV da Eletrobras trará economia de R$ 1,1 bi ao ano (Canal Energia);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Mercados

Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Receita da Tesla com veículos fabricados na China aumenta 18% em janeiro

  • Receita da Tesla com veículos fabricados na China aumenta 18% em janeiro;
  • iPhones estão sendo vendidos com descontos em solo chinêse;
  • Vendas da Foxconn aumentam em janeiro, após fim da política de zero-Covid;
  • Acesse aqui o relatório internacional.

Renda fixa

De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa

  • Mercados
    • Brasil perdeu o posto de melhor emergente, diz XP (Valor Econômico);
    • Dados dos EUA redefinem maior risco para mercados (Valor Econômico).
  • Noticiário Corporativo
    • Bancos credores das Americanas devem se reunir com Lemann, Telles e Sicupira nesta semana, dizem fontes  (Valor Econômico);
    • Pessoa física vai sentir efeitos da desvalorização de debêntures da Light (Valor Econômico).
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • Fundo imobiliário de tijolo ajuda e índice volta a sorrir em 2023 (MoneyTimes);
    • Selic em 13,75%: veja os 10 fundos imobiliários que mais podem se beneficiar dos juros mantidos elevados (InfoMoney);
    • MXRF11, HGLG11 e XPLG11: veja os FIIs que vão pagar dividendos em fevereiro (Suno);
    • Clique aqui para acessar o relatório.

ESG

Brunch com ESG: O “E” do ESG cresce para GMCO34 e BNDES; Fundo Amazônia é retomado

  • Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os sábados pelo time ESG do Research da XP, que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana no Brasil e no exterior, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial);
  • Na última semana, destacamos: (i) General Motors (GMCO34) faz guinada com foco em veículos elétricos, com o lítio ainda em alta; (ii) BNDES reforça estratégia em prol de crescimento verde; e (iii) a Alemanha oficialmente reinstaura Fundo Amazônia;
  • Clique aqui para ler o conteúdo completo.

Cargill e Banco do Brasil firmam parceria para financiar projetos sustentáveis| Café com ESG, 06/02

  • O mercado encerrou o pregão de sexta-feira em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -1,5% e -2,1%, respectivamente. Ambos os índices acumularam queda na semana de -3,4% e -2,7%, respectivamente;
  • No lado das empresas, (i) a Cargill, uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, informou que fez uma operação financeira com o Banco do Brasil que permitirá o direcionamento de R$ 240 milhões a setores exportadores do país, como alimentos e energia – a operação inaugura o “ESG Time Deposit” na América Latina; (ii) a BMW, montadora alemã, tem investido em tecnologias de baixa emissão, desenvolvendo soluções a base de hidrogênio verde e aumentando a produção de baterias – de acordo com o CEO, o objetivo é oferecer veículos movidos a hidrogênio para 30% dos consumidores;
  • Na política, o ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, pediu cooperação em investimentos verdes entre a Europa e os Estados Unidos, antecipando uma pauta chave das reuniões em Washington na próxima semana entre o governo alemão e a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, e outras autoridades;
  • Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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