A busca atual é por investimentos que geram impacto, diz Jean Case

No primeiro painel da sessão da tarde do segundo dia da Expert ESG 2021, Jean Case, Presidente do Conselho da National Geographic, CEO da Case Impact Network, CEO da Case Foundation, filantropa, líder em investimentos de impacto e autora do best-seller “Não Tenha Medo: 5 Princípios Para uma Vida de Epifanias e Grandes Objetivos”, compartilhou sua visão de mundo e seus princípios.

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“Pessoas comuns fazem coisas extraordinárias”, diz Jane Case

No livro “Não Tenha Medo: 5 Princípios Para uma Vida de Epifanias e Grandes Objetivos”, Jean aborda as principais qualidades de grandes transformadores, do passado e do presente, de inventores a revolucionários. Ela elenca cinco características que todos eles tinham em comum: todos escolheram fazer uma “grande aposta”, correr riscos ousados, aprender com seus fracassos, ir além de suas bolhas e deixar a urgência vencer o medo.

Contando sobre o seu preferido, “Deixe que a urgência conquiste o medo”, ela diz que “na América existe um mito de que as pessoas têm que fazer algo surpreendente para ser inovador”, mas precisamos deixar o nosso senso de urgência falar mais alto do que o medo de criar algo.

Afinal, se o medo é o de fracassar, devemos trazer a memória que a trajetória da inovação é uma trajetória cheia de fracassos. Quando questionada sobre a característica “aprender com seus fracassos”, Jean traz um exemplo do que vivemos recentemente: as vacinas contra o COVID-19. O fracasso fez parte da sua elaboração. Ele foi necessário para chegar mais perto do objetivo final.

Alinhando propósito e lucro

“Millenials normalmente querem adequar o seu dinheiro aos seus valores. Normalmente, eles mesmos já demandam princípios ESG atrelados aos seus investimentos. Existe uma pressão que já vêm do próprio sistema.”

Jean Case

Cada vez mais bancos e instituições financeiras serão pressionados a abrir o leque de opções de investimento de impacto. A busca não é apenas por investimentos com um título ou “rótulo” sustentável, mas sim, pelo impacto que o investidor pode causar. Segundo ela, a grande questão está no equilíbrio entre o retorno e o impacto esperado pelo investidor. “Os investidores podem (e devem) provocar essa pressão”. Os investimentos de impacto têm a intenção clara, medição clara e transparência na divulgação.

O mesmo deverá ser verdadeiro para o ESG. Para que essa agenda seja implementada nas empresas, como Jean disse muito bem, “It´s up to us!”, ou seja, depende de nós mesmos. É necessário que os investidores estejam dispostos a prestar atenção nos vieses das empresas em que investem e abertos para incluir em seus investimentos empresas que se preocupam com a temática ESG. Precisam estar atentos às companhias e analisar se elas estão realmente cumprindo suas palavras, assim como entender a diferença entre os três pilares Ambiental, Social e Governança que compõem a sigla ESG (do inglês, Environmental, Social, and Governance).

Por parte das empresas, é importante que tenham intenções claras, formas de medir sua evolução nos parâmetros ESG e serem transparentes para que os investidores saibam o que a companhia tem feito.

Diversidade e Otimismo

Jean ressalta que grandes consultorias, como Mckinsey e Delloite, já possuem estudos comprovam que quanto maior a diversidade, maior o desempenho da empresa. Inclusive, destaca a importância da diversidade (diferentes backgrounds) na promoção de inovação.

Em um conselho para mulheres, ela diz: “você tem que ser destemida e não se deixar ser perseguida pelo fracasso. Faça uma grande aposta, seja ousada e, se fracassar, levante-se novamente.”

Assim como John Elkington afirmou no primeiro dia da Expert ESG, Jean Case também demonstra otimismo com relação à geração que está por vir:

“Nossa geração é mais idealista. Agora, a que está por vir já está transformando pensamentos em ações. A nova geração já está no caminho para a construção de um mundo melhor.”

Jane Case

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