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Política em destaque: Votação do PL do mercado de carbono e éolicas offshore | Café com ESG, 24/10

Mercado de carbono pode ser votado na Câmara até novembro; PL das eólicas offshore deve avançar

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,6% e 0,1%, respectivamente.

• Do lado das empresas, a Orizon, por meio de sua subsidiária Orizon Energia e Gás Renovável (BioE), anunciou que vai instalar uma planta de biometano no aterro sanitário de Piratininga (SP), de propriedade da Estre Ambiental – o projeto, que amplia a carteira de projetos de biometano da Orizon, prevê uma produção de cerca de 25 mil m3/dia a partir de 2027.

• Na política, (i) o líder interino do governo no Senado, Otto Alencar, afirmou ontem que o projeto de lei que regulamenta o mercado de créditos de carbono pode ser votado na Casa até o fim de novembro – segundo ele, a senadora Leila Bairros, relatora da matéria no Senado, deve apresentar um relatório preliminar ainda hoje e discutir o texto em videoconferência com Aliel Machado, relator da matéria na Câmara dos Deputados; e (ii) o senador Weverton Rocha afirmou que o projeto de lei das eólicas offshore deve ser votado em novembro – o relator da matéria disse estar em negociações com líderes do Congresso Nacional e com o governo para uma versão final do texto.

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Brasil

Empresas

Orizon amplia parceria com Estre e anuncia nova planta de biometano em aterro em São Paulo

“A Orizon VR, por meio de sua subsidiária Orizon Energia e Gás Renovável (BioE), anunciou nesta terça (22/10) que vai instalar uma planta de biometano no aterro sanitário de Piratininga (SP), de propriedade da Estre Ambiental. O projeto prevê uma produção de cerca de 25 mil m3/dia a partir de 2027. A planta será 100% de propriedade da BioE, que comprará da Estre o biogás captado no aterro, num contrato de 20 anos. É mais uma parceria estratégica firmada entre as duas empresas. Em setembro, a Orizon firmou acordo nos mesmos moldes com a Estre, para produção de biometano nos aterros de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (PR) e de Guatapará, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto (SP). Juntos, os projetos produzirão até 170 mil m3/dia de biometano a partir de 2027. A parceria com a Estre amplia a carteira de projetos de biometano da Orizon, que com o acordo entra no Paraná e reforça a sua presença em São Paulo. O pontapé da empresa no mercado de biometano aconteceu em 2022, quando entrou em operação a térmica Paulínia Verde (15,7 MW), contratada no leilão emergencial de 2021. É uma joint venture entre a Mercurio Partners, Grupo Gera e Orizon que consome biometano produzido no aterro local. A empresa decidiu, em seguida, avançar para uma segunda etapa em Paulínia. Formou então uma joint venture com a Compass, do grupo Cosan, para a construção de uma planta de biometano no aterro de Paulínia (SP) com capacidade inicial para produzir 180 mil m3/dia, a partir de 2025, mas que poderá alcançar até 300 mil m3/dia no futuro. A Edge, da Compass, ficará responsável pela comercialização do biometano em si.”

Fonte: Eixos; 23/10/2024

Cade analisa operação da Eletrobras para instalação de usinas solares flutuantes

“A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) analisa a formação de joint-venture entre a Eletrobras e suas subsidiárias (Chesf, Eletrosul e Eletronorte) e a Gosolar, titular de projetos de geração distribuída e subsidiária da Goener. O objetivo é a implementação de usinas fotovoltaicas flutuantes sobre a superfície de reservatórios das subsidiárias da Eletrobras em Sapucaia (RJ) e nos municípios baianos de Jequié, Paulo Afonso e Sobradinho. Segundo a Gosolar, “a operação está em linha com sua atividade principal e representa uma boa oportunidade de capitalização”. Já a Eletrobras disse que a formação da joint-venture está alinhada com os objetivos estratégicos “de investir em soluções renováveis e de baixa emissão de gases de efeito estufa (GEE)”.”

Fonte: Eixos; 23/10/2024

Fiat lançará no dia 5 seu primeiro carro híbrido produzido no Brasil

“A Stellantis marcou para o próximo dia 5 o lançamento do seu primeiro modelo híbrido produzido no Brasil. Será um modelo da marca Fiat que poderá ser abastecido com etanol. O sistema que marcará a estreia da Stellantis na produção local de modelos eletrificados será um híbrido leve, que combina um motor de combustão interna, um motor elétrico e uma bateria de 1KWh. A combinação não permite a experiência plena da condução elétrica porque o motor elétrico não atua sozinho. Mas oferece melhor eficiência no consumo de combustível e, consequentemente, reduz a emissão de poluentes na comparação com o veículo só a combustão. A vantagem é que esse tipo de veículo custa menos do que um híbrido convencional, no qual motor a combustão e elétrico se alternam. A Toyota foi a primeira a lançar um híbrio flex produzido no Brasil, em 2019. No caso da montadora japonesa, são modelos híbridos convencionais. Já a CAOA Chery também produz carros híbridos leves em Goiás. A chegada do híbrido flex da Fiat ao mercado brasileiro marca o início do novo programa de investimento da Stellantis no país, que totalizará R$ 30 bilhões.”

Fonte: Valor Econômico 23/10/2024

Pátria planeja captar R$ 400 milhões para energia solar

“O Pátria Investimentos planeja captar no mercado R$ 400 milhões para investir em projetos relacionados à geração solar. A captação para esse fundo, o PIER11, tem como foco ativos maduros do setor. A gestora tem tradição de financiar projetos de infraestrutura e possui em seu portfólio ativos em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). O PIER11 já tem cerca de R$ 700 milhões investidos no setor de energias renováveis. “Buscamos aumentar o tamanho e a diversificação do fundo. Estamos confiantes de que esta nova captação permitirá continuar entregando retornos sólidos e contribuindo para a diversificação da matriz energética brasileira”, afirma Marcelo Souza, sócio do Pátria Investimentos. O alvo dos futuros recursos captados será a aquisição de participação em ativos espalhados pelos estados Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso. As usinas de geração solar distribuída eletivas ao investimento pertencem à Equatorial PI, Enel CE, Neoenergia Cosern, Neoenergia Coelba e Energisa MT. A energia gerada é vendida aos consumidores. Souza explica que, por serem ativos já em produção, os riscos como licenciamento, produção e comercialização de energia já estão superados. “A gente já consegue ver a performance daqueles ativos. Qual é a geração que eles apresentam, por exemplo. O que remanesce é o risco operacional de um ativo como esse, que é basicamente a performance dos equipamentos e qualidade da operação”, diz o sócio do Patria Investimentos.”

Fonte: Valor Econômico 23/10/2024

CEO da Natura: precisamos monetizar a natureza brasileira

“João Paulo Ferreira, presidente da Natura Cosméticos, fala com serenidade, mas é possível discernir uma ponta de frustração quando ele pede urgência na criação de um mercado regulado de carbono no Brasil. “Estamos vendo o empresariado se mobilizando. É mais que a visibilidade reputacional associada ao tema. Existe um desejo crescente da sociedade e do empresariado para capturar valor para o país”, disse ele ao Reset. Ele se referia especificamente ao capital natural brasileiro: do carbono estocado nas árvores aos bens da biodiversidade que são pouco estudados e ainda menos explorados comercialmente. Trata-se de uma riqueza incomparável, diz Ferreira, mas tirar vantagem dela vai exigir uma “ação combinada do setor privado, do governo em todas as suas esferas, do terceiro setor, para destravar os gargalos”. Um dos exemplos mais claros disso são os mercados de carbono – tanto o regulado, que vai impor obrigações sobre os setores mais poluentes da economia, quanto o voluntário. O primeiro é objeto de um projeto de lei que já tomou várias formas nos últimos anos e bateu na trave algumas vezes, mas se recusa a sair. A versão mais recente está parada no Senado desde o começo do ano. No segundo, onde companhias sem requisitos regulatórios fazem a compensação dos gases de efeito estufa que emitiram, a crise parece não ter fim – e empresas que atuam na conservação dos nossos biomas convivem com preços deprimidos e compradores melindrados. “As preocupações com a integridade [dos créditos de carbono] são legítimas, mas não são um obstáculo nem de longe intransponível”, afirmou Ferreira.”

Fonte: Capital Reset; 24/10/2024

CBI atualiza padrão para dívidas ESG do agro

“A Climate Bonds Initiative (CBI) anunciou uma atualização dos critérios para certificação de operações financeiras, empresas e ativos ligados ao agronegócio com base em sustentabilidade. A entidade, com sede no Reino Unido, é referência na avaliação de dívidas sustentáveis. Além das medidas tradicionais de emissões de carbono, os critérios incluem biodiversidade, uso da água e impactos sociais. A metodologia leva em conta ainda medidas voltadas à resiliência, algo cada vez mais relevante com a aceleração da mudança do clima. O padrão se aplica para certificação de green bonds (cujos recursos são carimbados para um uso específico) e dívidas vinculadas à sustentabilidade (mediante objetivos definidos pelo emissor). Também é possível certificar ativos ou entidades. “Isso significa certificar uma área produtiva ou de uma política de uso de insumos, ou então uma empresa”, afirma Leonardo Gava, gerente-sênior de transição agrícola da CBI no Brasil. Neste último caso, a ideia é obter um aval que demonstra o alinhamento da companhia com os objetivos do Acordo de Paris. “Isso é especialmente relevante em um setor sob constante escrutínio”, diz Gava. A sofisticação dos critérios para a avaliação de sustentabilidade permite o acesso a gestores sujeitos a mandatos mais rígidos em relação aos ativos em que podem aplicar seus recursos, afirma Gava. Mas o caminho do agro no mercado de capitais tem outros obstáculos a superar. Apesar de responder por quase um terço de todas as emissões de gases de efeito estufa global, o setor agrícola representa uma parcela muito pequena do total dos títulos ESG emitidos tanto no Brasil quanto no mundo, afirma Gava.”

Fonte: Capital Reset; 24/10/2024

Brasil lança plataforma para financiamento de projetos verdes

“Os Ministérios de Minas e Energia (MME), Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC), Meio Ambiente (MMA) e Fazenda (MF), lançaram, nesta quarta-feira (23/10), a Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP), como antecipado pela agência eixos. O lançamento ocorreu durante a 4ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, em Washington. A plataforma foi desenvolvida em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Bloomberg Philanthropies, a Aliança Financeira de Glasgow para o Net Zero (Gfanz) e o Fundo Verde para o Clima (GCF). A BIP tem o objetivo de atrair novos investimentos estrangeiros privados para projetos de transição energética considerados prioritários e alinhados às políticas lançadas pelo governo, como os relacionados a combustíveis sustentáveis e hidrogênio de baixa emissão de carbono. “Antes da plataforma, só com duas iniciativas, Fundo Clima e Eco Invest, que são recentes e que podem ter várias rodadas, nós já alavancamos R$ 55 bilhões de investimentos, sendo R$ 10 [bilhões] no Fundo Clima e R$ 45 [bilhões] no Eco Invest”, disse o ministro da Fazenda Fernando Haddad durante o evento. “Essa plataforma tende a potencializar esses números, porque às vezes você tem o investidor e não tem o projeto. Às vezes você tem o projeto e não tem o investidor. Então nós estamos fazendo um match entre essas duas pontas, e com financiamento inclusive externo”, concluiu. A ministra do MMA, Marina Silva, enfatizou a importância dos investimentos na transformação ecológica.”

Fonte: Eixos; 23/10/2024

PL das eólicas offshore deve ser votado em novembro, diz relator

“O senador Weverton Rocha (PDT/MA) afirmou que o projeto de lei das eólicas offshore deve ser votado em novembro. O relator da matéria disse estar em negociações com líderes do Congresso Nacional e com o governo para uma versão final do texto. Rocha disse, em um vídeo divulgado nas redes, que o projeto será uma das prioridades para o próximo mês. “Eu quero dizer a todos que nós estamos bastante atentos a esse tema. É um tema importante, estratégico para o Brasil e para o mundo. Nós temos aqui o orgulho e podemos dizer que a condição de ter várias matrizes energéticas não só reguladas, mas também com condições de ajudar a gerar riqueza para o nosso país”, afirmou. A proposta precisa ser aprovada na Comissão de Infraestrutura do Senado, onde Rocha é o relator, para depois seguir para o plenário. “Tenha certeza que eu estou me debruçando, terminando de falar com os líderes da nossa casa, da Câmara dos Deputados, do governo federal e, em meados de novembro, nós vamos dar desfecho a esse importante projeto”, disse. O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados em 2023. Em fala na Comissão de Meio Ambiente (CMA) nesta quarta-feira (23/10), o diretor do Departamento de Descarbonização e Finanças Verdes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), João Francisco Paiva, disse que os jabutis presentes no texto podem ser entraves ao projeto das eólicas offshore. “O apoio do Congresso é fundamental — não só o apoio, mas o não atrapalhar também. A gente sabe que o PL das eólicas offshore está, enfim, sendo mantido refém, com alguns jabutis que estão colocados lá, de incentivo ao uso do gás e do carvão”, disse durante uma audiência pública sobre a participação do Brasil na COP29.”

Fonte: Eixos; 23/10/2024

Ministro do agro acena para práticas sustentáveis, mas critica barreiras ambientais

“O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tem defendido o combate às mudanças climáticas pelo setor agropecuário, mas trava uma queda de braço – dentro e fora do governo – com barreiras impostas ao setor com base em critérios ambientais.  Ele criticou a medida do Conselho Monetário Nacional (CMN) que restringe crédito por embargo ambiental e a lei antidesmatamento da União Europeia, e elogiou o governo do Mato Grosso pela promessa de sancionar a lei que proíbe benefícios fiscais a empresas que aderirem à moratória da soja. Ele foi amplamente questionado pela imprensa sobre as ações da pasta na pauta climática nesta quarta-feira (23), após breve fala na abertura do Congresso Nacional das Mulheres do Agro, em São Paulo. As mudanças climáticas não podem mais ficar só no discurso. O negacionismo se perdeu, ninguém mais consegue defender que as mudanças climáticas não chegaram e estão aí de forma muito severa”, disse Fávaro ao ser questionado sobre o texto do grupo de trabalho de agricultura do G20, que defendeu o enfrentamento das mudanças climáticas pelo setor. Ele destacou a intensidade dos efeitos das mudanças climáticas no campo, ao lembrar que em um intervalo de seis meses o país saiu de situações de enchentes para uma das piores secas das últimas décadas. “Isso afeta muito a produção de alimentos e energia.” Ao defender o protagonismo do Brasil em políticas energéticas e no compromisso com o desmatamento zero, porém, ele criticou barreiras comerciais.”

Fonte: Capital Reset; 23/10/2024

Brasil detalha conquistas pós Marco da Biodiversidade, mas segue devendo plano de ações

“O Ministério do Meio Ambiente (MMA) acaba de publicar um relatório com suas conquistas, avanços e objetivos desde o Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal. O documento vem como resposta às críticas recebidas pelo Governo Federal por conta da falta de atenção ao tema durante a aproximação da COP16, a Conferência da ONU sobre a biodiversidade, que começou nesta segunda, 21. Atacado por chegar à COP16 sem sua Estratégia e Planos de Ação Nacional de Biodiversidade (NBSAP, sigla em inglês, ou EPANB), o Brasil resolveu tentar mostrar o que tem sido feito. Conforme o relatório, o país está no caminho para a criação e implementação do seu plano de ações e estratégias nacionais pela biodiversidade, que considera as metas estabelecidas na última COP da biodiversidade, em 2022. Na carta de apresentação do documento, Marina Silva, ministra do meio ambiente, afirma que desde 2023, a redução do desmatamento da Amazônia superou os 50%, evitando a emissão de 250 milhões de toneladas de CO2. Outro exemplo citado é o programa Bolsa Verde, que oferece benefícios econômicos para famílias de baixa renda que trabalhem pela conservação ambiental em áreas rurais. Em um ano, o programa teria atingido mais de 40 mil famílias, das quais 65% são lideradas por mulheres e em 90% dos casos, formadas por pessoas negras. Também foi destacada a iniciativa Cidades Verdes Resilientes, criada para aumentar a qualidade das florestas e a resiliência das cidades brasileiras frente os impactos das mudanças climáticas.”

Fonte: Exame; 23/10/2024

Marco legal do crédito de carbono pode ser votado até o fim de novembro, afirma Otto Alencar

“O líder interino do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), afirmou nesta tarde que o projeto de lei que regulamenta o mercado de créditos de carbono pode ser votado na Casa até o fim de novembro. Ele acrescentou que a senadora Leila Bairros (PDT-DF) será a relatora da matéria no Senado. A declaração foi feita após reunião no gabinete da liderança com o relator da matéria na Câmara dos Deputados, Aliel Machado (PV-PR). Segundo Alencar, a senadora deve apresentar um relatório preliminar amanhã e discutir o texto em videoconferência com Machado. Também participará dos debates o senador Efraim Filho (União Brasil-PB), que foi designado pela cúpula das duas casas como mediador para viabilizar um texto de consenso que agilize a votação. Outra meta, segundo Alencar, é um texto que também alcance o consenso do Palácio do Planalto, a fim de que quando a matéria seguir para a sanção, não haja vetos. Uma preocupação, segundo Machado, é que as garantias para proteção dos créditos de carbono em áreas de proteção ambiental, bem como em territórios indígenas e quilombolas, estejam previstas no marco legal. O governo defende que isso fique para regulamentação posterior por decreto, mas Machado insiste que seja registrado no texto da lei. A proposta foi aprovada na última sessão de 2023 na Câmara dos Deputados e estava parada no Senado até então. O projeto cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece tetos para emissões de gases do efeito estufa para empresas e institui um mercado de venda de títulos.”

Fonte: Valor Econômico 23/10/2024

Planalto prevê anunciar acordo com a Vale sobre Mariana na sexta-feira, e Lula deve participar

“O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia que são necessárias soluções urgentes para a crise climática e que a transição ecológica exige um grande esforço, especialmente de comunicação. Segundo o ministro, a crise climática é uma realidade e não deveria envolver divisão partidária, deveria ser um tema de convergência. “A ciência está correndo para apresentar soluções ecológicas viáveis e mais baratas”, disse Haddad em evento de lançamento da Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica (BIP) nesta quarta-feira na capital americana. “Essa plataforma visa ser mais um instrumento de facilitação do encontro do projeto com financiamento”, acrescentou. A apresentação do instrumento de financiamento climático ocorre paralelamente à 4ª reunião de ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20, em Washington, sobre a qual Haddad disse que será aprovado um segundo comunicado do G20. Notou que houve avanços nas propostas e países e organismos multilaterais têm se aliado. “Paralelamente têm acontecido reuniões colegiadas, não necessariamente entre os 20 membros do G20, mas isso tem ajudado nas pautas climáticas e vai ajudar o Brasil na COP30”, disse Haddad. Haddad disse que projeto de ‘blended finance’ em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) foi um avanço importante nessa agenda de instrumentos e ainda é possível avançar com uma plataforma de soluções financeiras muito ricas que o país está buscando. Ainda nesta quarta-feira, Haddad vai presidir a mesa de discussão sobre dívida global soberana e participará de encontros de FMI e Banco Mundial.”

Fonte: Valor Econômico 23/10/2024

Internacional

Financiamento climático atual não é suficiente para atingir as metas globais de redução de emissões, alerta relatório

“Com a ameaça do aquecimento global, países ao redor do mundo estão intensificando suas ações para limitar as mudanças climáticas, aplicando políticas de crédito de carbono, regulamentações, subsídios e investimentos diretos. No entanto, o financiamento climático atual não é suficiente, alerta um novo relatório divulgado nesta quarta-feira (22), que afirma que os países devem fazer mais se querem atingir as metas globais de redução de emissões. O documento — intitulado “Trabalhando Juntos por uma Melhor Ação Climática” — é um estudo conjunto da Organização Mundial do Comércio (OMC), do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e do Banco Mundial. “Aumentar o financiamento climático, garantir acesso a tecnologias existentes e desenvolver novas tecnologias são fundamentais para alcançar as metas do Acordo de Paris”, afirma o relatório. “Existe uma grande lacuna entre o financiamento atual de mitigação climática e o que é necessário para alcançar um caminho de 1,5°C”. O FMI afirma no relatório que o investimento em mitigação, tanto público quanto privado, precisaria aumentar seis vezes globalmente e cinco vezes em países em desenvolvimento para cenários de emissão líquida zero até 2050. As necessidades totais de investimento em clima e desenvolvimento são de US$ 1,2 trilhões a US$ 1,7 trilhões por ano para economias emergentes e em desenvolvimento (excluindo a China) em um cenário global de emissão líquida zero para 2050, afirma o relatório.”

Fonte: Valor Econômico 23/10/2024

Anfitrião da COP29, Azerbaijão deve ter grande alta na produção de combustíveis fósseis na próxima década

“O Azerbaijão, que será o anfitrião da próxima conferência do clima da ONU, a COP29, deverá expandir sua produção de gás em 12 bilhões de metros cúbicos até 2023 em relação à produção de 2023, marcando uma forte expansão na produção de combustíveis fósseis em um momento em que cientistas dizem que o aumento de gases de efeito estufa na atmosfera podem colocar em xeque o “futuro da humanidade”. O relatório elaborado pelo centro de estudos alemão Urgewald afirma que o aumento da produção de combustíveis fósseis pelo país anfitrião da COP29 deve ligar sinal de alerta para os negociadores não serem influenciados por aqueles “com um interesse pessoal em manter o mundo dependente dos combustíveis fósseis.” Segundo o relatório, a Socar, a empresa estatal de gás e petróleo do Azerbaijão, deve aumentar a produção de gás do país de 37 bilhões de metros cúbicos em 2023 para 49 bilhões de metros cúbicos até 2033. A expansão acontece em um momento em que o país irá aumentar em 17% a exportação de gás para a União Europeia. A Socar lançou uma “divisão de energia verde” algumas semanas após o Azerbaijão ser nomeado anfitrião da COP29, prometendo investimentos em tecnologias de energia eólica, solar e captura de carbono. Porém, as operações de energias renováveis da Socar permanecem insignificantes e, em 2023, a empresa direcionou 97% de seu investimento de capital para projetos de petróleo e gás, segundo o relatório.”

Fonte: Valor Econômico 23/10/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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