Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O Ibovespa e o ISE terminaram a semana subindo 2,11% e 1,68%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira encerrou com o IBOV recuando 0,32%, e o ISE também caindo 1,15%.
• No Brasil, (i) o diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, disse na última sexta-feira que a companhia projeta a produção de combustível sustentável de aviação a partir de óleo vegetal ou de gordura animal em duas refinarias – segundo ele, serão instalados módulos dedicados para a produção de SAF nas refinarias RPBC (Cubatão), em São Paulo, e no Polo Gaslub, no Rio de Janeiro; (ii) ainda sobre a Petrobras, a companhia estima que o Brasil é capaz de estocar anualmente 250 milhões de toneladas de carbono em aquíferos salinos ao longo de 50 anos – o volume corresponde a cinco vezes as emissões anuais das operações da estatal, que são de cerca de 50 milhões de toneladas.
• Ainda no país, segundo o superintendente de securitização e agronegócio da CVM, Bruno Gomes, a regulamentação definitiva dos Fiagros, que permitirá que um único fundo invista em diferentes tipos de ativos criando uma espécie de “Fiagro multimercado” deverá sair até outubro – durante painel no GAFFFF, evento patrocinado pela XP, Gomes também reforçou que o texto focará no pilar da sustentabilidade, com a inauguração do ‘Fiagro de baixo carbono’.
Gostaria de receber os relatórios ESG por e-mail? Clique aqui.
Gostou do conteúdo, tem alguma dúvida ou quer nos enviar uma sugestão? Basta deixar um comentário no final do post!
Brasil
Empresas
Petrobras irá produzir ‘combustível verde’ para aviação em duas refinarias, diz diretor
“O diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, disse, nessa sexta-feira (28), que a companhia projeta a produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) em duas refinarias. Segundo disse ele, no Fórum Ibef-Rio – Óleo e Gás para um Futuro Sustentável, serão instalados módulos dedicados para a produção de SAF nas refinarias RPBC (Cubatão), em São Paulo, e no Polo Gaslub (antigo Comperj, no Rio de Janeiro). As refinarias produzirão SAF a partir de óleo vegetal ou de gordura animal. As unidades entrarão em operação, respectivamente, a partir de 2028 e 2031. Tolmasquim destacou que a perspectiva da entrada em vigor de regras mais rígidas de emissões de carbono por companhias aéreas abre mercado para o SAF brasileiro, que tem matéria-prima competitiva. “É preciso dominar a produção para dominar o mercado”, disse Tolmasquim.”
Fonte: Valor Econômico; 28/06/2024
Como a MyCarbon foi de um TCC para a descarbonização da Minerva
“No final de seu Advanced Management Program na Harvard Business School em 2022, o CFO da Minerva, Edison Ticle, precisava entregar um plano de negócios para o trabalho de conclusão de curso. Na hora de definir o tema, ele se lembrou de uma discussão que tivera com o CEO Fernando Queiroz e o diretor de relações institucionais, João Sampaio: a possibilidade de criar uma empresa para aproveitar o momento de alta dos créditos de carbono – e ainda ajudar no processo de descarbonização da própria Minerva, que quer ser carbono neutro até 2035. Foi assim que nasceu a MyCarbon, a subsidiária da Minerva para originação e comercialização de créditos de carbono. “O DNA da Minerva é de trading, de uma exportadora. Então fazia todo o sentido criar uma subsidiária que pudesse cuidar de toda a descarbonização da Minerva e do setor,” Ticle disse ao Brazil Journal. O objetivo da MyCarbon é desenvolver um setor que, além de pequeno, também sofre com a falta de credibilidade por conta do surgimento de múltiplas fraudes. Até o momento, a Minerva já investiu R$ 25 milhões na companhia e outros US$ 10 milhões em projetos que retornarão em forma de créditos. Uma das frentes que recebeu esse investimento foi o Programa Renove, criado pelo própria Minerva para atuar na recuperação de terras e pastagens. A MyCarbon vem atuando diretamente com os fornecedores da Minerva para educá-los no tratamento da terra – desde a necessidade de rotação de sementes, utilização de produtos mais eficientes até o cercamento das áreas degradadas. “Mas vamos operar sempre em um modelo asset light. A ideia é não precisar comprar terras,” disse Ticle. Para esse público, a empresa criou uma parceria com a Yara, uma das líderes globais de fertilizantes, que ajudará na consultoria no uso de adubos que ajudem a terra a absorver o carbono.”
Fonte: Brazil Journal; 28/06/2024
Fiagros: norma com “multimercado” e pegada sustentável deve sair até outubro, diz CVM
“A regulamentação definitiva dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros), que permitirá que um único fundo invista em diferentes tipos de ativos criando uma espécie de “Fiagro multimercado”, deverá sair até outubro, disse nesta sexta-feira (28) o superintendente de securitização e agronegócio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Bruno Gomes. “A regulamentação nova do Fiagro vai permitir que os fundos façam tudo que a lei prevê. Certificados de recebíveis, imóveis, participação em empresas, tudo em um único fundo”, afirmou, durante painel no GAF (Global Agrobusiness Festival), evento de agronegócio promovido pela Datagro e patrocinado pela XP, que ocorre no Allianz Parque, em São Paulo (SP). As normas que deverão reger o novo tipo de fundo, que unificará características dos atuais Fiagro-FII, Fiagro-FIDC e Fiagro-FIP, teve consulta pública encerrada no começo do ano. Segundo Gomes, outro pilar do texto será o da sustentabilidade, com o “Fiagro multimercado” inaugurando também o “Fiagro de baixo carbono”. Atualmente, tramita no Congresso um projeto de lei que propõem a criação do Certificado de Recebíveis Ambientais (CRAM), que serão lastreados em créditos de carbono. Os títulos deverão ser emitidos por securitizados – as mesmas que emitem os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). “Será um incentivo para melhorar os processos produtivos dos produtores rurais, para que eles gerem créditos de carbono em suas linhas de produção. Dessa forma, é possível conseguir um financiamento duplo, por meio das Cédulas de Produtor Rural (CPR) para a emissão de CRAs e por meio do crédito de carbono para a emissão de CRAMs”, diz Gomes.”
Fonte: InfoMoney; 28/06/2024
Petrobras estima potencial para armazenar 250 milhões de toneladas de CO2 por ano no Brasil
“A Petrobras estima que o Brasil é capaz de estocar anualmente 250 milhões de toneladas de carbono em aquíferos salinos ao longo de 50 anos. O volume corresponde a cinco vezes as emissões anuais das operações da estatal, que são de cerca de 50 milhões de toneladas. Os dados foram compartilhados pelo diretor executivo de Transição Energética da companhia, Maurício Tolmasquim, que reforçou a intenção de capturar as próprias emissões e oferecer a captura de CO2 como um serviço a outras indústrias. “Se mostrar que é algo viável, que faz sentido, temos um novo potencial de negócio muito grande”, afirmou durante participação em debate promovido pelo jornal O Globo. A estatal já conduz conversas com grandes empresas do setor de siderurgia que têm metas voluntárias de redução de emissões para oferecer esse serviço. A expectativa é que com a aprovação do mercado de carbono o potencial desse negócio cresça. “Com o mercado de carbono, vamos poder precificar esse CO2”, disse o executivo a jornalistas após o evento. A Petrobras aprovou a implantação de um projeto-piloto de captura e armazenamento de carbono (CCS) em aquíferos salinos no norte do estado do Rio, com capacidade para armazenar 100 mil toneladas de CO2 por ano. A iniciativa usa a infraestrutura da região do Terminal de Cabiúnas (Tecab) para movimentar e estocar CO2 na região. O projeto vai usar recursos dos investimentos obrigatórios em pesquisa e desenvolvimento (P&D) exigidos das petroleiras nos contratos de concessão de exploração e produção assinados com a Agência Nacional do Petróleo (ANP). “Se realmente ficar de pé e for confiável, tem um potencial enorme, porque a gente pode descarbonizar algumas indústrias”, acrescentou o executivo.”
Fonte: Epbr; 28/06/2024
Conselho aprova novos diretores da Petrobras
“A Petrobras anunciou, nesta sexta (28/6), que o Conselho de Administração elegeu os novos membros para a Diretoria Executiva da empresa. A presidente da estatal, Magda Chambriard, indicou Renata Faria Rodrigues Baruzzi Lopes como diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação; e Sylvia Maria Couto dos Anjos para a diretoria de Exploração e Produção. Serão responsáveis pelo principal negócio da companhia, a produção de óleo e gás. O novo diretor Financeiro, Fernando Melgarejo, ficará encarregado do relacionamento com investidores e fica no lugar de Carlos Rechelo Neto que havia assumido o cargo de CFO de forma interina, desde a saída de Sérgio Caetano Leite, demitido junto com Jean Paul Prates. Renata Baruzzi, funcionária de carreira da Petrobras e que até então era gerente da área de gestão integrada da logística, substituirá Carlos Travassos. É formada em Matemática pela Unicamp, com especialização em Gestão Estratégica de Tecnologia pela Coppe/NCE e Administração pelo IBMEC. Ingressou na Petrobras há 38 anos, atuando inicialmente nas refinarias de Cubatão e Paulínia. A partir de 2001, assumiu assumiu cargos gerenciais, destacando-se na Engenharia, e recentemente, gerenciava a área de Gestão Integrada da Logística. Sylvia dos Anjos assume o lugar de Joelson Mendes. A executiva é geóloga formada pela UFRJ, com mestrado e PhD pela University of Illinois at Urbana-Champaign. Com mais de 42 anos de experiência na estatal, ocupou diversos cargos gerenciais na área de E&P, incluindo a gerência geral de tecnologias do ativo de Libra, na Bacia de Santos. Fernando Melgarejo ocupa o cargo de diretor de Participações da Previ, o fundo de previdência do Banco do Brasil, desde 2022, onde foi também o administrador estatutário em 2023.”
Fonte: Epbr; 28/06/2024
Brasil em vias de perder investimentos em eólicas offshore
“Até abril de 2024, o Brasil contava com pouco mais de 234 GW distribuídos em quase 100 parques eólicos offshore com pedidos de licenciamento no Ibama. Quase metade deles com sobreposição a algum outro na costa brasileira. Esses projetos dependem de uma série de definições legais para se concretizarem e a longa espera por um marco regulatório já começa a desmotivar investidores – inclusive de outras indústrias correlacionadas. Em entrevistas à agência epbr, agentes do mercado avaliam que a demora na aprovação do marco das eólicas offshore (PL 576/2021) pode gerar uma série de impactos negativos nas cadeias de suprimento e em outras indústrias que poderiam se beneficiar do desenvolvimento de projetos no país, como o hidrogênio verde. Sem um arcabouço regulatório claro, investimentos estão parados e algumas empresas começam a realocar recursos humanos e financeiros, migrando para mercados com legislações mais avançadas. É o caso da Copenhagen Offshore Partners (COP), que decidiu encerrar temporariamente suas atividades no Brasil, embora enxergue o país como um mercado estratégico. O plano da COP no Brasil projeta investimentos de pelo menos US$ 6 bilhões no desenvolvimento de quatro parques eólicos em alto mar, com 7 GW. Enquanto a definição política não vem, o grupo decidiu realocar seus recursos humanos para Taiwan e Filipinas. Leia na reportagem de Gabriel Chiappini. O marco das eólicas offshore está emperrado no Senado Federal, sob relatoria de Weverton Rocha (PDT/MA). Falta uma definição do governo Lula (PT) sobre a permanência ou não das emendas inseridas durante a tramitação do projeto na Câmara.”
Fonte: Epbr; 28/06/2024
Demora na lei das eólicas offshore impacta desde indústria de suprimentos até hidrogênio verde
“A demora na aprovação do marco das eólicas offshore (PL 576/2021), emperrado no Senado Federal, também pode gerar uma série de impactos negativos nas cadeias de suprimento e em outras indústrias que poderiam se beneficiar do desenvolvimento de projetos no país, como o hidrogênio verde, avaliam executivos do setor. A falta de um arcabouço regulatório claro está paralisando investimentos e causando a realocação de recursos humanos e financeiros para outros países com legislações mais avançadas. Diogo Nóbrega, CEO da Copenhagen Infrastructure Partners e Copenhagen Offshore Partners (CIP/COP) no Brasil, destaca que, embora a CIP – fundo de pensão dinamarquês – veja o Brasil como um mercado estratégico, as atividades da COP – desenvolvedora de projetos offshore – foram encerradas temporariamente no país. No Brasil, a empresa espera investir pelo menos US$ 6 bilhões para o desenvolvimento de quatro parques eólicos em alto mar, com 7 GW. Os recursos humanos da COP foram realocados para países como Taiwan e Filipinas, onde o desenvolvimento de projetos offshore está em estágio mais avançado. “Quando a regra estiver pronta, a gente retoma as atividades aqui”, afirma Nóbrega à agência epbr. A leitura do CEO é que a regulamentação das eólicas offshore pode demorar mais dois anos, o que pode afetar toda a cadeia de fornecimento e logística. “É tudo é impactado. Toda a cadeia de fornecimento. Toda a cadeia logística. Porque é tudo limitado para a demanda que existe hoje no mundo”, diz. “Se a gente não andar, da mesma maneira que eu realoquei essas pessoas do Brasil para Filipinas e para Taiwan, em algum momento, os barcos, até os próprios fabricantes de equipamentos vão realocar suas capacidades”, completa.”
Fonte: Epbr; 28/06/2024
Por que os preços de carros elétricos e híbridos usados estão despencando
“As vendas de carros elétricos e híbridos zero-quilômetro dispararam em 2024 no mercado brasileiro, impulsionadas pelos preços competitivos de montadoras chinesas. Se você está pensando em comprar um automóvel novo com esse tipo de propulsão, é bom saber que, provavelmente, terá dificuldades na hora de revendê-lo. Conforme estudo inédito da plataforma de compra e venda de veículos InstaCarro, elétricos e híbridos usados e seminovos têm ofertas até 16% menores que carros à combustão e até 30% abaixo da Tabela Fipe. De acordo com este levantamento, em 2024, o Toyota Prius 2018 é anunciado, em média, por apenas 69,5% do valor da Fipe. Em contraste, o Hyundai HB20 2022 alcança ofertas médias de 86% do preço de mercado. Por que tanta desvalorização? Essa diferença nas ofertas pode parecer surpreendente, mas reflete as incertezas que ainda cercam os veículos elétricos e híbridos. A preocupação com a durabilidade e o custo de manutenção do sistema elétrico é um dos principais fatores que influenciam essa desvalorização. Afinal, a substituição de componentes como a bateria de um veículo elétrico pode representar um investimento significativo. Além disso, a falta de infraestrutura de suporte e a escassez de informações claras sobre a vida útil desses sistemas contribuem para a hesitação dos consumidores e lojistas. Essa desconfiança é o motivo alegado pelo empresário José Eduardo Affonso para não trocar seu Caoa Chery Tiggo 5 por um modelo eletrificado. Affonso diz que não tem nada contra os híbridos, pois já teve um Ford Fusion Hybrid 2014 – porém, vê com certo ceticismo a viabilidade de um carro elétrico puro.”
Fonte: Uol; 28/06/2024
Parceria de empresas e Senai promete bateria íon-lítio nacional
“No próximo mês, Curitiba vai ganhar uma fábrica-piloto de baterias de íon de lítio para carros elétricos. Resultado de uma parceria entre a academia e o setor privado, a iniciativa faz parte de um dos projetos do Instituto Senai de Inovação, criado há 12 anos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial para sustentar a área de pesquisa e desenvolvimento nas empresas. O Senai já tem 26 institutos de inovação em operação e dois em fase de implantação, que abrangem áreas de diversos segmentos industriais, como automação, energias renováveis, biodiversidade, biossintéticos, logística, química verde e sistemas avançados de saúde. “Cada um deles possui o domínio profundo de uma área que interessa à indústria”, destaca Gustavo Leal, diretor-geral do Senai. No caso da linha de baterias, o projeto interessa principalmente à indústria automotiva num momento em que o setor, globalmente, passa por uma das mais importantes e profundas transformações da sua história, com a eletrificação assumindo papel importante na descarbonização do transporte. Sejam os carros puramente elétricos ou híbridos, as baterias passarão a ser o “coração” das próximas gerações de veículos. E o Brasil ainda depende da importação desse produto. “Precisamos aprender a produzir baterias; hoje somos dependentes da China”, destaca Marcos Berton, pesquisador-chefe do Instituto Senai em Eletroquímica. O instituto liderado por Berton é o responsável pelo projeto-piloto de baterias, que ocupará uma área de 800 metros quadrados dentro do próprio instituto, em Curitiba. A duração do projeto será de três anos. Essa “linha de produção” foi criada pelo Senai junto com 27 empresas, entre as quais estão montadoras como Stellantis, Volkswagen, General Motors e Marcopolo, e fornecedores de componentes como WEG, Moura e Tupy, além de Petrobras, Companhia Brasileira de Alumínio e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).”
Fonte: Valor Econômico; 01/07/2024
“A Polícia Federal interceptou conversas de um empresário que negocia créditos de carbono tratando de supostos pagamentos de propina a funcionários públicos federais e estaduais. Os repasses, de acordo com a investigação, foram feitos para viabilizar a grilagem de terras e a falsificação de dados em cartórios. Preso preventivamente desde o início de junho, Ricardo Stoppe Junior é apontado pela PF como líder de um suposto esquema de fraudes na comercialização de R$ 180 milhões de créditos de carbono com lastro em terras da União griladas no Amazonas. A PF destaca que ele foi “um dos protagonistas” da COP 28, em Dubai, em dezembro de 2023. Segundo a PF, por meio de certificados fraudulentos e inserção de dados falsos em registros de cartórios e órgãos públicos, o grupo liderado por Stoppe Júnior se apropriou ilegalmente de terrenos na Amazônia que totalizam 537 mil hectares, o que corresponde ao território do Distrito Federal. Com essas áreas, o grupo lucrava com a venda do crédito de carbono, valor pago por empresas privadas pelas emissões que deixam de ser lançadas. Os investigadores identificaram supostos pagamentos ilícitos a pelo menos dez servidores públicos do Incra, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e Secretaria de Estado das Cidades e Territórios do governo do Amazonas. As informações constam em um relatório da PF, obtido pelo GLOBO. Em nota, o Incra informou que vem auxiliando as investigações. “O resultado das apurações irá fundamentar as medidas administrativas cabíveis no âmbito da autarquia”, acrescenta o texto. Já o governo do Amazonas afirmou que “não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e ilícitos cometidos” e que as pessoas citadas não fazem mais parte da administração estadual.”
Fonte: O Globo; 01/07/2024
Política
Governo publica regulamentação de novas regras do Selo Biocombustível Social
“O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta sexta (28/6) a portaria que atualiza definições e critérios a serem seguidos por produtores de biodiesel em seus contratos com a agricultura familiar e, assim, poderem pedir enquadramento nos benefícios fiscais do Selo Biocombustível Social. O documento, assinado em 18 de junho, regulamenta mudanças previstas em decreto de 30 de janeiro deste ano. Pelo novo texto, ficou estabelecido o aumento do leque de opções de compras da agricultura familiar para produtores de biodiesel que querem obter o selo. As alterações permitem contabilizar as aquisições de produtos que não fazem parte da cadeia do combustível renovável, nas regiões Norte e Nordeste e no Semiárido. Antes, apenas matérias-primas para produção de biodiesel eram válidas para qualificação no selo que, além de benefícios fiscais, dá aos usineiros uma garantia de mercado: 80% do volume de biodiesel comercializado no país tem que vir de indústrias inseridas no programa. Agora, para conquistar o selo é possível adquirir outros produtos da agricultura familiar, incluindo oleaginosas e gorduras para destinos que não têm relação com a produção de biodiesel. A liberação é válida para o Norte, Nordeste e Semiárido. O texto aprovado pelo presidente Lula (PT) inclui entre os objetivos do programa o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar e a busca pela “diversificação produtiva, redução de desigualdades, mitigação dos impactos climáticos e a promoção da segurança energética e da segurança alimentar”.”
Fonte: Epbr; 28/06/2024
Governo destina R$ 3 bi para instalar painéis solares em residências do MCMV
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministros de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD), e das Cidades, Jader Filho (MDB), assinaram, nesta sexta-feira (28/6), a destinação de R$ 3 bilhões para instalação de painéis solares em unidades habitacionais. Serão contemplados 500 mil unidades consumidoras em residências do Minha Casa Minha Vida (MCMV). O decreto foi assinado durante evento em Belo Horizonte (MG), ao lado de diversos ministros e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG). São recursos do Orçamento Geral da União. Os painéis solares serão instalados em unidades existentes ou que serão lançadas, a partir de fases anteriores do MCMV. Na mudança do MCMV feita em 2023, Lula vetou a instalação dos painéis solares e à época, o governo sinalizou que as novas unidades poderiam ser atendidas pelo modelo de geração distribuída remota, em que a energia solar é gerada fora da unidade consumidora. O Senado Federal discute um projeto batizado de Programa Renda Básica Energética (Rebe), que prevê usar recursos, hoje financiados pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), para dar acesso à energia solar aos consumidores de baixa renda. As instalações dos painéis vão começar por Minas Gerais, atendendo a cerca de 16 mil famílias em 40 municípios do estado, segundo o MME. Lula está em uma maratona de eventos na região metropolitana de Belo Horizonte desde ontem. O deputado petista Rogério Correia é pré-candidato à prefeitura da capital. Vai concorrer com Fuad Noman, do PSD de Silveira e Pacheco. “Esta é a transição energética na prática, levando energia limpa e renovável e combatendo a pobreza energética, levando resultados diretamente na vida das pessoas”, disse Silveira.”
Fonte: Epbr; 28/06/2024
Brasil propõe ao G20 que medidas de proteção ambiental não restrinjam comércio internacional
“O Brasil levou às discussões do grupo de trabalho de Comércio e Investimentos do G20 uma proposta de princípios comuns a serem adotados para evitar que eventuais medidas de proteção ambiental internas dos países tenham efeitos negativos sobre o comércio internacional. A presidência do grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo e convidados é ocupada pelo Brasil em 2024, com a previsão de que os líderes se reúnam em novembro, no Rio de Janeiro. “Há um risco de uma multiplicação de normas, uma fragmentação do comércio, com custos elevados para operadores, sem que haja a contrapartida, o ganho ambiental, na proporção esperada. Este é um dos desafios que está sobre a mesa”, disse a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, em coletiva de imprensa no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (28/6). O tema tem ganhado as atenções da indústria nacional. Um dos receios do agronegócio, por exemplo, é que a eventual criação de um imposto sobre emissões de navios torne as exportações brasileiras menos competitivas no mercado externo. Por isso, o Brasil tem priorizado em negociações internacionais a defesa dos biocombustíveis como alternativa para descarbonizar o transporte marítimo, por exemplo. “Nós estamos diante de um duplo desafio: por um lado, os países se preocupam com o chamado protecionismo ambiental, por outro lado, precisam adotar medidas e políticas públicas, com o objetivo de proteger a área ambiental”, disse Prazeres. Segundo a secretária do MDIC, o Brasil levou às reuniões do grupo de trabalho uma proposta “ambiciosa” para a adoção de princípios comuns nas regras ambientais de modo a evitar danos ao comércio internacional.”
Fonte: Epbr; 28/06/2024
Internacional
Empresas
O mix de energia da UE em 2024 será o mais verde até agora, mostram os dados do setor
“Três quartos da eletricidade da União Europeia foram gerados por fontes livres de emissões de CO2 até o momento este ano, tornando-a a combinação de energia mais verde do bloco até o momento, mostraram dados do setor na segunda-feira. As fontes livres de emissões produziram 74% da eletricidade da UE de janeiro a junho, dos quais 50% foram provenientes de fontes renováveis, como eólica e solar, e 24% da nuclear, informou a associação do setor Eurelectric. “A geração de eletricidade da Europa nunca teve um perfil tão baixo de carbono antes”, disse o secretário-geral da Eurelectric, Kristian Ruby, à Reuters. O carvão produziu 9% da eletricidade da UE e o gás 13% – as menores participações de cada combustível fóssil no mesmo período em qualquer ano até o momento. O principal impulsionador da mudança no mix de energia da Europa é a rápida instalação de capacidade de energia renovável. A UE construiu 56 gigawatts de nova capacidade de energia solar em 2023 – a maior em qualquer ano até o momento – e 16 GW de nova capacidade eólica. No entanto, a demanda de eletricidade da Europa também diminuiu, facilitando que as fontes verdes cubram uma parcela maior do mix geral. A demanda de energia da UE foi 5,8% menor no primeiro semestre deste ano do que no mesmo período de 2021. Os preços da energia na Europa atingiram níveis recordes em 2022 depois que a Rússia reduziu o fornecimento de gás para a Europa. A crise energética resultante forçou os setores e os consumidores a usar menos energia para reduzir suas contas – com alguns setores ainda não tendo recuperado a produção para os níveis anteriores à crise, o que reduziu seu consumo de energia.”
Fonte: Reuters; 30/06/2024
Expansão do mercado de carbono da UE aumentará os preços do diesel
“Os motoristas da União Europeia deverão pagar pelo menos 50 centavos de dólar a mais por litro de diesel a partir de 2031 para cobrir os custos de carbono, de acordo com uma nova análise que levanta o temor de novos protestos contra as leis climáticas. Os fornecedores de combustível serão obrigados a comprar licenças a partir de 2027 para cobrir suas emissões de dióxido de carbono e deverão repassar esse custo aos consumidores. A Veyt, uma empresa de análise do mercado de carbono, espera que o esquema acrescente 14 centavos de dólar ao litro de diesel em 2027, com o prêmio chegando a 54 centavos de dólar por litro em 2031, à medida que mais medidas forem sendo implementadas. As emissões do combustível para aquecimento de edifícios também precisarão ser pagas, elevando os preços do carvão em 68 centavos de dólar por kg até 2031, segundo a Veyt. Em 2022, a UE concordou em criar um segundo sistema de comércio de emissões (ETS2) para abranger o transporte e a habitação como parte de um conjunto ambicioso de reformas destinadas a reduzir as emissões de gases de efeito estufa da UE em 55% até 2030. Ele funcionará da mesma forma que o ETS original de limite e comércio do bloco, que abrange as emissões de geradores de energia e da indústria pesada. No ETS2, não serão emitidas licenças gratuitas para cobrir as emissões de carbono. No entanto, uma parte das receitas geradas pelo imposto será canalizada para um “fundo social para o clima” para ajudar as famílias de baixa renda e as pequenas empresas a cobrir os custos de isolamento, eficiência energética ou transporte descarbonizado. O fundo, que promove o uso de combustíveis com menor intensidade de carbono, também busca evitar a repetição dos chamados protestos dos gilets jaunes na França em 2018, em parte motivados por um aumento nos impostos nacionais sobre o diesel com o objetivo de reduzir as emissões de CO₂ do país.”
Fonte: Financial Times; 01/07/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
Ainda não tem conta na XP? Clique aqui e abra a sua!