Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,8% e 1,0%, respectivamente.
• No Brasil, (i) segundo a Casa Civil, o governo federal pretende vetar a emenda aprovada pelo Congresso Nacional no marco legal da energia eólica offshore que concede incentivos para geração a carvão e gás natural, e está disposto a judicializar o caso se o veto presidencial for derrubado pelos parlamentares - de forma geral, a legislação aprovada estende até 2050 contratos de termelétricas a carvão e viabiliza novas contratações de termelétricas a gás natural em locais longe da produção do insumo, o que encarece o custo final da energia; e (ii) a Petrobras foi aceita em um programa da agência espacial americana, a Nasa, em parceria com a Organização Indiana de Pesquisa Espacial, para desenvolver e lançar, em 2025, um sistema de coleta de imagens voltado para o monitoramento do ambiente marinho e costeiro na Margem Equatorial.
• No internacional, de acordo com a Reuters, a equipe de transição do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está trabalhando em uma nova política para cortar os incentivos a veículos elétricos e estações de recarga e fortalecer medidas que bloqueiam a entrada de carros, componentes e materiais de bateria da China - a equipe de transição também recomenda a imposição de tarifas sobre todos os materiais de bateria globalmente, uma tentativa de impulsionar a produção dos EUA.
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Brasil
Empresas
Casa dos Ventos e RIMA firmam acordo de R$ 1 bilhão pelo fornecimento de energia eólica
"A RIMA Industrial, mineradora focada na produção de ligas de silício e magnésio, e a Casa dos Ventos, empresa especializada na produção e comercialização de fontes eólica e solar, acabam de firmar um novo contrato de fornecimento de energia no montante de R$ 1 bilhão. Durante 15 anos, a Casa dos Ventos abastecerá a operação da RIMA em Várzea da Palma (MG) com fontes eólicas, processo que busca acelerar a descarbonização da indústria brasileira. Ao fim da obra, o projeto terá 756 MW de capacidade instalada – o que evitará anualmente a emissão de mais de 1,2 milhão de tonelada de CO2 equivalente na atmosfera. A operação com a RIMA tem início em 2026, e o próximo ano deve ser marcado pelo fim da instalação dos complexos eólicos, que atualmente estão em estágio avançado. Para a RIMA, o volume de energia eólica negociado representa 40% do seu consumo no longo prazo. Trata-se do segundo acordo entre as empresas, que já haviam assinado sobre o fornecimento de 20 MW em setembro deste ano, entregue antes do prazo estipulado. Com a ampliação da parceria, a demanda da unidade fabril será atendida pelos complexos eólicos de Serra do Tigre e Rio do Vento, no Rio Grande do Norte – Estado em que a Casa dos Ventos já conta com 2 GW de capacidade instalada entre diferentes ativos. O diretor-executivo da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, contou com exclusividade à EXAME sobre o acordo entre as empresas e as expectativas ambientais e econômicas envolvidas. “Hoje, com 3,4 GW de capacidade instalada entre operação e instalação, priorizamos os contratos de longo prazo para garantir a previsibilidade”, conta."
Fonte: Exame; 16/12/2024
Petrobras entra em programa da Nasa para monitorar Margem Equatorial
"A Petrobras foi aceita em um programa da agência espacial americana, a Nasa, em parceria com a Organização Indiana de Pesquisa Espacial, para desenvolver e lançar, em 2025, um sistema de coleta de imagens voltado a monitorar o ambiente marinho e costeiro na Margem Equatorial. As imagens da região entre Amapá-Pará-Maranhão serão utilizadas pela Petrobras no projeto Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ), com início previsto para o próximo ano, desenvolvido no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), junto com institutos locais. A tecnologia permitirá o mapeamento periódico de alterações como erosão e deposição de sedimentos na costa, correntes oceânicas, velocidades do vento, localização dos navios e até sinais de petróleo nas águas, informou a estatal em nota. Segundo a Petrobras, a missão espacial medirá padrões de mudanças nos ecossistemas, superfícies e massas de gelo da Terra, fornecendo informações sobre biomassa, riscos naturais, aumento do nível do mar e águas subterrâneas. Também haverá destaque para os manguezais, ecossistema costeiro importante no contexto das alterações climáticas. O satélite irá funcionar de maneira constante, com fonte própria de energia, e é capaz de mapear dados mesmo com pouca incidência de luz. Conforme a Petrobras, o projeto irá disponibilizar informações atualizadas da Margem Equatorial para diversas áreas da empresa, além de órgãos ambientais."
Fonte: Valor Econômico; 16/12/2024
Petroleiras veem US$ 2 bilhões em investimentos após aprovação de marco das eólicas ‘offshore’
"O IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) estima que a regulamentação do projeto de lei das eólicas “offshore”, aprovado na quinta-feira (12), deve destravar US$ 2 bilhões (R$ 12 bilhões) em investimentos no país, principalmente na região Nordeste. Esse seria o valor previsto para os primeiros projetos, disse nesta segunda (16) o presidente da entidade, Roberto Ardenghy. A expectativa é que sejam leiloados pelo governo entre 2026 e 2027. “Vemos esse setor com muito otimismo”, afirmou. O projeto ainda depende de sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de regulamentação do MME (Ministério de Minas e Energia), o que deve ocorrer ao longo de 2025, disse Ardenghy em encontro com jornalistas na sede da entidade. As petroleiras têm grande interesse nesse segmento, que tem sinergias com a exploração e produção de petróleo em alto-mar. Em março, a Petrobras e a norueguesa Equinor, por exemplo, anunciaram parceria para avaliar sete projetos de eólicas “offshore” no Brasil. Já existem hoje diversos pedidos de licenciamento ambiental para exploração de energia eólica em alto-mar, que em alguns casos conflitam com poços de petróleo, cabos de internet, habitat de baleias e tubarões, rota de aves e abrigos de animais ameaçados, como a “Folha” mostrou. Ceará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul concentram a maior parte dos pedidos, que têm sobreposição entre si — mais de 20% das áreas são disputadas por mais de uma empresa. Ardenghy diz que uma série de plataformas de produção de petróleo que seriam desativadas na região Nordeste podem ser usadas como base para a instalação das gigantescas turbinas eólicas."
Fonte: Valor Econômico; 16/12/2024
Gestora HIG deve obter quórum para OPA da Kora
"A HIG Capital, gestora de private equity (que compra participação em empresas), deve conseguir realizar a oferta pública de ações (OPA), após tentativa frustrada na metade do ano, e tirar a rede de hospitais Kora, do qual é controladora, do Novo Mercado, maior nível de governança corporativa. Na época, os minoritários foram contra a oferta, que precificava o papel a R$ 7. Isso porque, segundo fontes, a HIG conseguiu fechar um acordo prévio com um grupo de minoritários, que, juntos, representam 32% dos votos para uma aprovação favorável à operação. Ontem, os papéis da Kora encerram com alta de 12,50% cotados a R$ 7,56. No domingo, a controladora da rede de hospitais apresentou uma proposta de OPA com a ação a R$ 8,80. Na oferta anterior, o fundo propôs o equivalente a R$ 7 (em setembro, a empresa passou por um grupamento de ações na proporção de 10 para um). Ainda segundo fontes, os minoritários da companhia não foram atraídos pelo aumento da oferta e, sim, pelos riscos da Kora, que está alavancada. Na semana passada, a companhia anunciou um reperfilamento da dívida de R$ 2 bilhões (debêntures), com expansão de prazos de amortização. Os fundadores do grupo, Bruno Moulin Machado e Ivan Lima, que detinham 10,6% das ações (metade do “free float”, de 20,3%), continuam impedidos de votar na assembleia, por decisão da B3, por terem um acordo de acionistas com o controlador e tomarem decisões em conjunto. Eles também não poderão votar agora - esse foi um dos motivos dos imbróglios entre HIG e minoritários."
Fonte: Valor Econômico; 17/12/2024
Política
Governo planeja vetar "jabutis" em PL da eólica offshore e pode judicializar o caso
"O governo federal pretende vetar a emenda aprovada pelo Congresso Nacional no marco legal da energia eólica offshore que concede incentivos para geração a carvão e gás natural, e está disposto a judicializar o caso se o veto presidencial for derrubado pelos parlamentares, informou a Casa Civil nesta segunda-feira. O texto, aprovado pelo Congresso na semana passada sob críticas pelo forte impacto na conta de luz, pode representar um retrocesso para a agenda verde do Brasil, que conseguiu avanços significativos este ano para implementar programas e legislações voltados à transição energética global. O governo Luiz Inácio Lula da Silva vinha trabalhando desde o ano passado pela aprovação de um pacote amplo que incluiu a criação de um mercado de carbono, programas para apoiar a produção de combustíveis sustentáveis e hidrogênio verde, e a regulamentação para parques eólicos no mar. Esses projetos ganharam sinal verde no Congresso e tiveram sua essência praticamente preservada pelos parlamentares, exceto no caso da eólica offshore. Originalmente pensada para permitir a exploração da tecnologia, essa proposta ganhou várias emendas "jabutis" que beneficiam fontes fósseis e podem até mesmo desincentivar novas instalações renováveis. A legislação aprovada estende até 2050 contratos de termelétricas a carvão -- fonte que representa menos de 2% da matriz brasileira -- e viabiliza novas contratações de termelétricas a gás natural em locais longe da produção do insumo, o que encarece o custo final da energia. Essas usinas, além de aumentarem as emissões de carbono do setor, terão geração inflexível, isto é, ficarão ligadas a maior parte do tempo."
Fonte: Reuters; 16/12/2024
CRVE pode ser porta de integração global dos mercados de carbono, diz secretário da Fazenda
"A regulação do Certificado de Redução ou Remoção Verificada de Emissões (CRVE) pode ser, futuramente, a porta de integração do mercado global de carbono, afirmou nesta segunda-feira o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. "Nesse primeiro momento, no entanto, pensamos o instrumento mais como um mecanismo para regular preços para o mercado regulado, fazer o 'offset' [recompensa]. Se o preço do mercado regulado começar a ficar muito caro, o CRVE vai ajudar a equilibrar esse preço", afirmou Mello, que participou nesta segunda-feira da edição Fóruns de Valor sobre Mercado de Carbono no Brasil. "O modelo que a gente criou dialoga com o que está sendo feito no mundo e prepara o Brasil para o momento de internacionalização dos mercados de carbono, que certamente está perto". Na lei aprovada pelo Congresso na semana passada, o CRVE é equivalente a um crédito de carbono - uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (tCO2 e) - que foi gerado no mercado voluntário e que pode ser negociado no mercado regulado, até uma certa cota. O secretário da Fazenda destacou que o mecanismo é importante em um momento em que a regulação do mercado de carbono avança também em âmbito internacional na hora de discutir questões como a taxação do carbono emitido na produção de bens comprados de fora da União Europeia - conhecido pela sigla CBAM. "O CBAM é uma iniciativa que faz sentido do ponto de vista econômico. O que nos preocupa é que esse instrumento pode e tende ser usado como estratégia de protecionismo comercial e não podemos usar instrumentos tão importantes como meramente desglobalizantes", disse Mello."
Fonte: Valor Econômico; 16/12/2024
Câmara pode votar projeto de regulamentação da reforma tributária nesta terça-feira
"A Câmara dos Deputados pode votar nesta terça-feira (17) um dos projetos que regulamenta a reforma tributária. Trata-se do Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24, do Poder Executivo, que especifica reduções de alíquotas para diversos setores. Em sessão do Plenário marcada para as 13h55, os deputados vão analisar as mudanças feitas pelo Senado no texto. O relator do projeto, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), apresentou nesta segunda-feira (16) parecer favorável à maior parte das mudanças propostas pelos senadores. “Todas as mudanças que não acatamos caminham no sentido de manter a alíquota geral de referência em 26,5%. Optamos, por exemplo, por restabelecer a incidência do Imposto Seletivo sobre bebidas açucaradas, que tem um impacto de 0,07% na alíquota geral”, exemplificou Lopes. O projeto contém detalhes sobre cada regime de tributação favorecida com redução ou isenção de incidência, a devolução de tributos para consumidores de baixa renda (cashback), a compra internacional pela internet e a vinculação dos mecanismos de pagamento com sistema de arrecadação. Reginaldo Lopes explicou brevemente 34 rejeições de trechos propostas pelos senadores e/ou restabelecimento dos trechos aprovados anteriormente pela Câmara."
Fonte: InfoMoney; 17/12/2024
Internacional
Empresas
Órgão de fiscalização da UE libera títulos verdes das regras de nomeação de fundos
"Os fundos de títulos verdes na União Europeia estão livres para continuar investindo em títulos vendidos por grandes poluidores, como empresas de energia e de eletricidade, depois que o órgão de fiscalização de valores mobiliários introduziu permissões em suas novas diretrizes de nomeação de fundos. A Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA) esclareceu na sexta-feira que os administradores de fundos poderiam continuar a manter títulos verdes ou outros usos de recursos que atendam a determinados critérios de exclusão de sustentabilidade sem alterar os nomes de seus fundos ou alienar ativos. Em outubro, o órgão de fiscalização provocou uma reação negativa do setor com novas regras que, segundo os investidores, tornariam mais difícil para as empresas de serviços públicos e de energia arrecadar dinheiro para descarbonizar, especialmente por meio de títulos verdes. As regras, que se aplicaram a novos fundos a partir de novembro, definiram como os fundos que usam palavras como “verde”, “ambiental” ou “impacto” poderiam se rotular como sustentáveis. As regras impedem que os fundos invistam em petróleo, carvão e empresas que obtenham mais de 50% de sua receita do gás, bem como nas empresas de eletricidade mais poluentes. Os administradores de fundos devem mudar os nomes de seus fundos ou vender ativos que violem os critérios, um processo que já foi iniciado. No entanto, a ESMA excluiu os títulos verdes emitidos de acordo com seu Green Bond Standard, que será lançado em 21 de dezembro, de suas diretrizes de denominação de fundos, disse em seu esclarecimento."
Fonte: Reuters; 16/12/2024
BHP e Rio Tinto construirão uma planta piloto de ferro de baixo carbono na Austrália Ocidental.
"As australianas BHP e Rio Tinto desenvolverão em conjunto uma planta piloto para produzir ferro de baixo carbono a partir de minérios de Pilbara, enquanto tomam medidas para acelerar a descarbonização na indústria do aço, disseram as empresas em um comunicado conjunto na terça-feira. A instalação utilizará energia renovável e tecnologia de ferro reduzido direto (DRI) em um forno de fusão elétrica (ESF) para produzir ferro fundido, com uma produção anual potencial de 30.000 a 40.000 toneladas. A instalação será desenvolvida com a BlueScope Steel no polo industrial de Kwinana, na Austrália Ocidental. Se bem-sucedida, a tecnologia poderá permitir operações com intensidade de emissões de gases de efeito estufa quase zero para os produtores de aço que utilizam minério de ferro australiano para atender à demanda global, afirmaram as empresas. A produção de aço, um material chave para a infraestrutura e a transição energética para a neutralidade de carbono, atualmente contribui com cerca de 8% das emissões de carbono globais. O projeto piloto de ‘ferro verde’ entre Rio, BHP e BlueScope Steel foi anunciado em fevereiro para ajudar a reduzir as emissões dos produtores de aço ao redor do mundo que dependem do minério de ferro australiano. O projeto agora finalizou a localização e os detalhes, incluindo a produção prevista, após avaliar várias localidades na Austrália. A Woodside Energy também está prestes a se juntar como participante igualitário e fornecedor de energia para a colaboração, chamada ‘NeoSmelt’, aguardando os arranjos comerciais finais."
Fonte: Reuters; 17/12/2024
"As montadoras europeias estão aumentando os preços dos carros a gasolina e preparando descontos em veículos elétricos, enquanto se preparam para mais um desafio - regras de emissões mais rígidas que ameaçam reduzir ainda mais os lucros do setor em dificuldades. A União Europeia reduzirá drasticamente seu limite de emissões de dióxido de carbono automotivo a partir de 1º de janeiro, o que significa que pelo menos um quinto de todas as vendas da maioria das montadoras deverá ser de veículos elétricos para evitar multas pesadas. Mas, até agora, neste ano, apenas 13% de todos os veículos vendidos na região foram elétricos, segundo dados do grupo de lobby da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA). “A lacuna é realmente grande”, disse Marc Mortureux, diretor do lobby automotivo francês PFA. As regras mais rígidas surgem no momento em que o setor já está lidando com o excesso de capacidade devido às vendas sem brilho e à crescente concorrência chinesa, o que levou a avisos de lucro da Volkswagen, Stellantis e outras nos últimos meses. Agora, as empresas precisarão vender mais VEs, cuja fabricação é mais cara do que a dos veículos tradicionais, em um momento em que as incertezas políticas e econômicas e a redução dos subsídios para VEs estão desencorajando o consumo, disse Mortureux. Em um sinal da crescente preocupação com as regras, o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, demitiu-se abruptamente este mês, em parte devido a um desacordo com a diretoria sobre como lidar com a questão."
Fonte: Reuters; 17/12/2024
Política
Equipe de Trump planeja reversão das políticas de Biden para veículos elétricos
"A equipe de transição do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está recomendando mudanças para cortar o apoio a veículos elétricos e estações de recarga e fortalecer medidas que bloqueiam a entrada de carros, componentes e materiais de bateria da China, de acordo com um documento visto pela Reuters. As recomendações, que não foram relatadas anteriormente, ocorrem em um momento em que a transição dos veículos elétricos dos EUA está estagnada e o setor de veículos elétricos da China, altamente subsidiado, continua a crescer, em parte devido à sua cadeia de fornecimento de baterias superior. Na campanha eleitoral, Trump prometeu flexibilizar as regulamentações sobre carros movidos a combustíveis fósseis e reverter o que ele chamou de mandato de VE do presidente Joe Biden. A equipe de transição também recomenda a imposição de tarifas sobre todos os materiais de bateria globalmente, uma tentativa de impulsionar a produção dos EUA e, em seguida, negociar isenções individuais com os aliados, mostra o documento. Em conjunto, as recomendações são um grande afastamento da política do governo Biden, que procurou equilibrar o incentivo a uma cadeia de suprimentos de baterias domésticas, separada da China, com uma rápida transição de VE. O plano da equipe de transição redirecionaria o dinheiro que agora flui para a construção de estações de recarga e para tornar os VEs acessíveis para as prioridades de defesa nacional. As propostas vieram de uma equipe de transição de Trump encarregada de elaborar uma estratégia para a rápida implementação de novas políticas automotivas."
Fonte: Reuters; 16/12/2024
Nova meta de energia renovável da UE enfrenta bloqueio nuclear
"Os planos da União Europeia para uma nova meta de energia renovável sofreram resistência inicial na segunda-feira por parte dos governos pró-nucleares, que indicaram que não apoiariam uma meta que exclua a energia atômica. Os 27 países membros da UE têm opiniões opostas sobre a energia nuclear, e as disputas políticas sobre a fonte de energia atrasaram as recentes medidas da UE para lidar com os altos preços da energia e impulsionar a transição da Europa para fontes de energia de baixo carbono. Embora as usinas nucleares não emitam dióxido de carbono, elas geram resíduos tóxicos que, segundo alguns governos e ativistas, significam que a energia atômica não deve ser classificada como verde. Os planos para estabelecer uma meta de energia renovável da UE para 2040 voltaram a provocar tensões, depois que a Comissão Europeia, neste mês, fez da meta um acréscimo surpresa ao resumo, abre nova aba do novo comissário de energia da UE, Dan Jorgensen. A ministra francesa da energia, Agnes Pannier-Runacher, disse que os ministros expressaram a Jorgensen sua preocupação com o fato de a meta excluir a energia nuclear, em uma reunião em Bruxelas com 15 países, 12 deles parte de uma aliança pró-nuclear. “É mais importante ter uma meta específica para as energias renováveis (…) onde é possível alterar as estatísticas, por exemplo, fechando usinas nucleares? Ou a principal meta é a produção de energia limpa e livre de fósseis na Europa?”, disse a ministra de energia da Suécia, Ebba Busch, que também participou da reunião pró-nuclear."
Fonte: Reuters; 16/12/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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