Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território misto, com o IBOV recuando 0,3%, enquanto o ISE avançou 0,7%.
• No Brasil, a Petrobras informou ontem ao Ibama que recebeu as licenças prévia e de instalação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá para a Unidade de Estabilização e Despetrolização em Oiapoque (UED) - a construção da UED é uma das exigências do órgão ambiental para a aprovação do Plano de Proteção à Fauna e da licença ambiental para a perfuração na bacia da Foz do Amazonas.
• No internacional, (i) Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York, anunciou hoje que a Bloomberg Philanthropies, sua organização filantrópica, em conjunto com outros financiadores do país, cobrirá as obrigações financeiras dos EUA com o Acordo de Paris após a retirada de Donald Trump - além disso, ele reforçou que garantirá que o país cumpra suas obrigações de relato de emissões para o órgão; e (ii) a Casa Branca disse que a ordem do presidente Donald Trump, nesta semana, de interromper o desembolso de fundos destinados a Lei de Redução da Inflação (IRA) se aplica principalmente a programas que desencorajam o desenvolvimento de combustíveis fósseis ou impulsionam os veículos elétricos - os fundos destinados a outros programas, como pontes, trânsito e rodovias, não devem ser afetados.
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Brasil
Empresas
Aeroporto de Congonhas testa combustível que pode substituir 100% do diesel nas operações terrestres
"O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), firmou uma parceria com a Be8, produtora brasileira de biocombustíveis, para testar o biodiesel premium, que pode substituir integralmente o diesel nas operações terrestres do aeroporto. O combustível pode abastecer viaturas operacionais, equipamentos de movimentação de cargas e aviões, além de geradores. “Congonhas tem orgulho de liderar iniciativas que unem tecnologia e sustentabilidade”, afirmou o diretor executivo do aeroporto, Kleber Meira. O anúncio ocorreu na terça-feira (21/1), durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça. A colaboração é parte da estratégia para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEEs) do aeroporto. Chamado de BeVant, o biodiesel desenvolvido pela Be8 é bidestilado e aditivado, o que permite o uso puro (100%) sem necessidade de adaptações nos motores. Segundo a companhia, é capaz de reduzir em até 50% as emissões em relação ao diesel tradicional. O combustível foi aprovado recentemente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que autorizou a produção comercial na unidade de Passo Fundo (RS), com capacidade inicial de 28 milhões de litros anuais. Segundo a Be8, o biocombustível combina características do diesel verde (HVO), mas com custos significativamente menores e já está disponível no mercado. “É ideal para empresas que desejam uma solução imediata e eficiente para cumprir metas de descarbonização sem necessidade de grandes investimentos em infraestrutura ou alterações em seus equipamentos”, explica o vice-presidente de operações da Be8, Leandro Zat."
Fonte: Eixos; 22/01/2025
Petrobras inicia obra exigida pelo Ibama para licença na Bacia da Foz do Amazonas
"A Petrobras informou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), nesta quarta-feira (22/01), que recebeu as licenças prévia e de instalação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá (Sema-AP) para a a Unidade de Estabilização e Despetrolização em Oiapoque (UED-OIA). A empresa também informou ao órgão ambiental que iniciou as obras do empreendimento em dezembro de 2024. A construção da UED é uma das exigências do órgão ambiental para a aprovação do Plano de Proteção à Fauna (PPAF) e da licença ambiental para a perfuração na bacia da Foz do Amazonas. Outras exigências do Ibama incluíram a capacitação das equipes para atuar no Centro de Reabilitação de Fauna; a conclusão das adequações do espaço físico do Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) de Belém (PA); e a habilitação da instalação como centro de manejo de fauna silvestre. A petroleira tem enfrentado dificuldade para conseguir a licença e já fez cinco revisões do PPAF. Em maio de 2023, o Ibama negou a licença e a Petrobras recorreu, apresentando os novos planos. A Margem Equatorial é a principal aposta para substituir as reservas do pré-sal. Segundo estimativa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o volume de óleo in place na bacia da Foz do Amazonas é de 23,1 bilhões de barris de petróleo, dos quais 10 bilhões de barris são recuperáveis. A EPE estima, de forma conservadora, que o pico de produção de 303 mil barris/dia será atingido após 14 anos do início da produção. Ao todo, o plano de negócios 2025-2029 da Petrobras prevê US$ 3 bilhões em investimentos em exploração na Margem Equatorial, com a perfuração de 15 poços."
Fonte: Eixos; 22/01/2025
Política
Brasil debate fronteiras energéticas em Davos, com governo e empresas
"Recém-chegado para integrar a delegação brasileira no Fórum Econômico Mundial, o Ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira participou na manhã desta quarta-feira (22), do painel que abriu a programação da Brazil House em Davos. Durante o debate com foco em benefícios socioeconômicos dos biocombustíveis, ao lado de Felipe Bottini, Managing Director ESG da Accenture, e Erasmo Battistela, CEO da Be8, o ministro reforçou em muitas de suas falas, o compromisso do país com a transição energética. "O Brasil aposta e apostou há muitos anos na política da transição, especialmente nos últimos dois anos de forma mais rigorosa", afirmou Alexandre Silveira, lembrando ainda que o país possui 90% de energia renovável na matriz e buscará avançar ainda mais em suas potencialidades naturais. O ministro também destacou avanços regulatórios relativamente recentes, como a regulamentação do hidrogênio verde. Sobre biodiesel, Silveira enfatizou a meta de alcançar 15% na mistura, exaltando a viabilidade econômica do setor. O cenário foi avalizado por Erasmo Battistela, CEO da Be8, que apresentou uma série de dados relevantes sobre biocombustível. "O biodiesel já era 4 vezes mais eficiente que a produção do diesel fóssil", comentou o executivo. "Estamos fazendo transição energética gerando PIB, riqueza, emprego e ainda reduzindo as emissões em no mínimo 6 vezes." Battistela lembrou também do impacto social do setor: "Com biodiesel, etanol e diesel verde, a gente gera emprego. Em minha opinião como empresário, a geração de emprego é o melhor programa social que o mundo pode ter.""
Fonte: Exame; 22/01/2025
Aneel derruba liminar no STJ contra corte de geração eólica e solar
"Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) conseguiu derrubar, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a liminar contra as ordens de cortes na geração por usina eólica e solar, chamado no setor de “curtailment”. A ação judicial foi movida por donos de usinas dos dois segmentos, que reclamam da perda de receita e cobram ressarcimento da ordem de R$ 1 bilhão. O recurso no STJ, contra a decisão original do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), foi protocolado pela Advocacia Geral da União (AGU). Na decisão, obtida pelo Valor, o presidente STJ, ministro Herman Benjamin, afirma que o tema “exige conhecimentos técnicos especializados, fora da disciplina estritamente jurídica”. Ele também alerta, no documento assinado nesta quarta-feira (22), que “os eventuais prejuízos financeiros que possam ser causados às empresas que atuam no Sistema Interligado Nacional (…) poderão, em sendo o caso, ser objeto de repactuação”, para eventual restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos. A decisão do STJ faz referência à simulação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) sobre o impacto bilionário da suspensão da regra da Aneel que vem sendo aplicada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O valor alcança R$ 1,103 bilhão referente aos cortes de geração entre outubro de 2021 e novembro de 2024 na oferta de energia eólica e entre abril e 2024 a novembro de 2024 na energia solar, representando um aumento de 336% no ESS. Os cortes de geração têm partido do ONS com a justificativa de manter a segurança na operação do sistema elétrico."
Fonte: Valor Econômico; 22/01/2025
Brasil tem novo recorde de geração solar no Sistema Interligado Nacional, diz ONS
"O país teve 12.676 megawatts médios na produção da fonte solar diária, 5,3% maior do que a máxima anterior, anotada em 7 de outubro de 2024, de 11.899 megawatts médios. Também houve recorde de geração fotovoltaica instantânea, de 36.364 megawatts às 11h53, o que representa energia suficiente para atender 37,4% da demanda do SIN naquele período. A máxima anterior, também de 7 de outubro de 2024, era de 36.283 megawatts. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste teve percentual inédito também na terça (21), com produção solar diária de 6.621 megawatts médios, 13% da demanda da região. O recorde anterior era de 6.511 megawatts médios em 9 de dezembro de 2024."
Fonte: Valor Econômico; 22/01/2025
Internacional
Empresas
Um quinto dos negócios privados do ano passado foi “sustentável”, diz executivo do UBS
"Um quinto dos negócios privados em 2024 teve algum elemento de sustentabilidade, disse a presidente do UBS para a região EMEA aos delegados do Fórum Econômico Mundial em Davos, na quarta-feira. “No espaço privado, cerca de 20% de todos os negócios que vimos em 2024 estão, de uma forma ou de outra, ligados à sustentabilidade”, disse Beatriz Martin Jimenez, que também é líder de sustentabilidade e impacto da diretoria executiva do UBS."
Fonte: Reuters; 22/01/2025
Filantropia da Bloomberg cobrirá as taxas climáticas dos EUA após a retirada de Paris
"A iniciativa filantrópica do ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg e outros financiadores dos EUA disseram na quinta-feira que cobrirão as obrigações financeiras dos EUA com a estrutura climática da ONU depois que o presidente Donald Trump pediu que os EUA se retirassem - pela segunda vez - do acordo climático de Paris. Bloomberg, um bilionário da mídia que também atua como enviado especial da ONU para as mudanças climáticas, anunciou que a Bloomberg Philanthropies cobrirá novamente a quantia de dinheiro que os EUA devem a cada ano à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e garantirá que os EUA cumpram suas obrigações de relatório de emissões para o órgão, apesar do recuo da diplomacia climática global sob Trump. “De 2017 a 2020, durante um período de inação federal, cidades, estados, empresas e o público enfrentaram o desafio de manter os compromissos de nossa nação - e agora, estamos prontos para fazê-lo novamente”, disse Bloomberg, que acrescentou que sua organização também investe no apoio a líderes locais, reforçando os dados para rastrear as emissões e construindo coalizões entre os setores público e privado para levar adiante a ação climática dos EUA. Trump disse que iria retirar os EUA do acordo climático de Paris e encerrar todos os compromissos financeiros internacionais do país com relação ao clima em uma de suas primeiras ordens executivas na segunda-feira. Para preencher o vazio, vários estados, cidades e empresas dos EUA se comprometeram a continuar a atingir as metas climáticas de Paris. Os EUA pagaram sua contribuição obrigatória de 7,2 milhões de euros (US$ 7,4 milhões) para o secretariado da UNFCCC para 2024 e também pagaram um atraso de 3,4 milhões de euros para 2010-2023."
Fonte: Reuters; 23/01/2025
Política
Em Davos, Guterres diz que crise climática e IA são ameaças que exigem mais atenção
"O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que atualmente a crise climática e a expansão descontrolada da inteligência artificial (IA) são as novas ameaças que exigem “muito mais atenção e ação globais”, considerando a ameaça de “desestabilizar a vida”. Em discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta quarta-feira, 22, ele nomeou as mudanças climáticas como “caos”, destacou os impactos na economia e infraestrutura, e afirmou que a dependência por combustíveis fósseis é “um monstro que não poupa ninguém”. “Energia fornecida por renováveis é uma oportunidade econômica extraordinária e beneficiará pessoas em todos os países”, defendeu Guterres. Ele disse que instituições que estão retrocedendo em compromissos climáticos estão adotando uma posição egoísta e estão “do lado errado da história”. Na segunda-feira, a Casa Branca informou que o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá retirar o país do acordo climático de Paris. Sobre a IA, o representante disse que a tecnologia pode perturbar economias e mercados de trabalho, minar a confiança em instituições, além de aprofundar as desigualdades ao excluir aqueles sem os recursos. “Estamos trabalhando com governos, indústria e sociedade civil para garantir que a IA se torne uma ferramenta de oportunidade, inclusão e progresso para todas as pessoas”, pontuou."
Fonte: InfoMoney; 22/01/2025
"A Casa Branca disse que a ordem do presidente Donald Trump, nesta semana, de pausar o desembolso de fundos apropriados sob as leis climáticas e de infraestrutura assinadas por seu antecessor, se aplica principalmente a programas que desencorajam o desenvolvimento de combustíveis fósseis ou impulsionam os veículos elétricos. Como parte de uma enxurrada de ordens executivas horas depois de assumir o cargo na segunda-feira, Trump ordenou que os órgãos do governo pausassem os fundos, abrindo uma nova aba que flui da Lei de Redução da Inflação e da Lei de Investimento em Infraestrutura e Empregos. O Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca esclareceu em um memorando, datado de terça-feira, que a ordem de Trump só se aplica a fundos que violam uma lista de objetivos políticos declarados, que incluem incentivar mais produção de energia em terras federais e eliminar o apoio a VEs. Os fundos destinados a outros programas, como pontes, trânsito e rodovias, não serão afetados. Não está claro se a ordem coloca muito financiamento em risco. O governo de Biden havia dito antes da posse de Trump que a grande maioria dos subsídios para programas de energia limpa apropriados sob o IRA, por exemplo, já havia sido obrigada e estava protegida, com apenas US$ 11 bilhões pendentes. A maior parte do apoio da IRA para energia limpa e veículos elétricos, por sua vez, deriva de créditos fiscais que só podem ser revogados por meio de uma lei do Congresso. Robert Moczulewski, diretor da consultoria tributária Baker Tilly, disse que a ordem de Trump poderia enfrentar obstáculos legais se atrasasse qualquer financiamento significativo."
Fonte: Reuters; 22/01/2025
"A escolhida pelo presidente Donald Trump para dirigir o Departamento de Agricultura, Brooke Rollins, liderou uma organização que se opunha às exigências do etanol e aos subsídios agrícolas, programas importantes que ela poderia influenciar se fosse confirmada, de acordo com uma análise da Reuters das declarações de política do grupo. Esse histórico pode colocar Rollins em desacordo com os legisladores dos estados agrícolas em sua audiência de nomeação na quinta-feira e reavivar as preocupações dos poderosos lobbies do milho e dos biocombustíveis sobre o histórico misto de Trump em relação ao etanol durante seu primeiro mandato. “A audiência é uma ocasião perfeita para renunciar às declarações enganosas e comprovadamente falsas feitas sobre o etanol por alguns de seus colegas há mais de uma década”, disse Geoff Cooper, presidente e CEO da Renewable Fuels Association, um grupo comercial de etanol. Rollins foi presidente e CEO da Texas Public Policy Foundation de 2003 a 2018, período em que a organização sem fins lucrativos apoiada pelo setor de petróleo argumentou que o apoio do governo ao etanol contribuía para o aumento das emissões e dos preços dos alimentos e dos combustíveis. O setor petrolífero vê o etanol como uma ameaça à sua participação no mercado de gasolina e afirma que um mandato federal exigindo que o biocombustível seja misturado ao suprimento de combustível do país lhe custa uma fortuna em custos de conformidade."
Fonte: Reuters; 22/01/2025
A retirada climática de Trump cria uma rara discórdia com as grandes petrolíferas
"Os produtores de petróleo e gás dos EUA estão entusiasmados com o fato de o presidente Donald Trump querer incentivar o desenvolvimento da energia doméstica, mas afirmam que sua decisão de retirar os Estados Unidos da cooperação internacional sobre o clima não ajudará seus planos de investimento na transição global para uma energia mais limpa. A posição reflete uma rara nota de discórdia entre Trump e o Big Oil, um de seus eleitorados mais importantes e há muito tempo considerado o principal vilão por trás das mudanças climáticas por bombear e vender os combustíveis fósseis que impulsionam o aquecimento planetário. Retirar os Estados Unidos do acordo climático de Paris pela segunda vez foi uma das várias medidas tomadas por Trump no primeiro dia, com o objetivo de aumentar a produção doméstica de energia, que já é recorde, enviando um sinal para o resto do mundo de que os EUA não participarão mais dos esforços multilaterais para combater as mudanças climáticas. Ele chamou o pacto de uma década para limitar o aquecimento global de “roubo” que coloca os EUA em uma desvantagem competitiva em relação à China. As grandes empresas petrolíferas dos EUA, no entanto, acreditam que a retirada apenas limita a capacidade de Washington de influenciar uma transição energética global em andamento e as expõe a um ambiente regulatório desigual, de acordo com entrevistas da Reuters com representantes do setor. Marty Durbin, presidente do Instituto de Energia Global da Câmara de Comércio dos EUA, que representa as empresas de energia dos EUA, disse que seus membros teriam preferido que Trump mantivesse os EUA envolvidos no pacto."
Fonte: Reuters; 22/01/2025
Itália planeja voltar a usar energia nuclear até o final de 2027, diz ministro
"A Itália pretende finalizar até o final de 2027 um plano que permita o uso da energia nuclear novamente, depois de ter sido banida há quase 40 anos, disse o ministro da Energia, Gilberto Pichetto Fratin, em uma entrevista publicada na quinta-feira pelo jornal italiano Il Sole 24 Ore. O governo de direita da primeira-ministra Giorgia Meloni afirmou que pequenos reatores modulares e reatores modulares avançados poderiam ajudar a descarbonizar os setores mais poluentes da Itália, incluindo aço, vidro e fabricação de azulejos. As usinas de energia nuclear são proibidas na Itália após referendos realizados em 1987 e 2011, mas o governo está agora elaborando regras para suspender a proibição por meio do uso de novas tecnologias de energia nuclear. “A Itália está pronta para retornar à energia nuclear, uma escolha crucial que não substituirá as energias renováveis, mas as complementará, garantindo um mix de energia equilibrado e sustentável”, disse Pichetto Fratin, acrescentando que um primeiro projeto de lei será submetido à aprovação do gabinete nas próximas duas semanas. A Itália estima que economizaria 17 bilhões de euros (US$ 17,67 bilhões) no custo da descarbonização da economia até 2050 se a energia nuclear compusesse pelo menos 11% de sua matriz energética. Pichetto Fratin disse que o plano italiano de energia e clima (PNIEC) estimou essa parcela em até 22%. A Itália manteve a experiência fundamental no setor nuclear. A Enel, concessionária de serviços públicos controlada pelo Estado, opera usinas nucleares na Espanha e a Eni, grande empresa de energia, está investindo em um projeto para desenvolver um reator de fusão nuclear nos Estados Unidos."
Fonte: Reuters; 23/01/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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