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Economia em destaque: Seu resumo semanal do cenário econômico internacional e doméstico

Semana marcada por Selic a 2% ao ano, medidas de isolamento na Europa e expectativas eleitorais nos EUA

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Cenário Internacional

No cenário internacional, o principal destaque segue sendo a segunda onda de contágio pelo coronavírus. Ao longo da semana, França, Alemanha e Bélgica anunciariam medidas mais restritivas de isolamento social que seguirão em vigor por no mínimo um mês. Enquanto escolas seguirão abertas, determinou-se o fechamento de bares, restaurantes e varejo não essencial. A trajetória das fatalidades, por ora proporcionalmente menor em relação ao número de contaminados se comparado à primeira onda, segue o principal indicador a ser monitorado.

A cautela com a segunda onda de isolamento social acabou quase que ofuscando os dados melhores do que o esperado para a primeira leitura do PIB do terceiro trimestre na região. Itália, França, Alemanha e Espanha apresentando desempenho melhor do que as expectativas nas leituras preliminares, assim como o PIB da região da Zona do Euro – que mostrou um crescimento de 12.7% (est 9.6% q/q) no trimestre encerrado em setembro.

Enquanto isso, as novas restrições já começam a ser sentidas nos indicadores mais recentes, como ilustrado pela queda observada no índice de confiança do empresariado alemão referente ao mês de outubro. Nesse sentido, crescem as chances de um “mergulho duplo” na atividade econômica da região no último trimestre do ano, além das preocupações sobre comportamento similar em outras partes do mundo.

Já nos EUA, mercados seguem voltados para a corrida eleitoral, a poucos dias da eleição de 03 de novembro. O candidato democrata Joe Biden segue na dianteira da disputa, mas o cenário continua acirrado não apenas à nível presidencial, mas também à nível legislativo. A construção de uma maioria forte no Senado pelos democratas segue sendo o cenário de maior volatilidade esperada, diante da percepção de que propostas apoiadas pela ala mais radical do partido ganhariam força, como o aumento de impostos para pessoa jurídica e a imposição de barreiras para a exploração de gás de xisto.

Afora o cenário eleitoral, a semana também trouxe os dados do PIB do terceiro trimestre dos EUA. O crescimento de 7,4% de julho a setembro em relação aos três meses anteriores superou as expectativas, com destaque para o consumo das famílias e investimentos privados como os principais motores da retomada.

Enquanto isso, no Brasil

No Brasil, o destaque ficou para a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), e a bateria de indicadores que foram divulgados ao longo da semana.

A começar pela decisão de política monetária, o Copom decidiu manter a taxa básica Selic em 2,00% ao ano, como amplamente esperado pelo mercado. O comunicado que acompanhou a decisão manteve as principais mensagens da reunião anterior: i) “a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado”; ii) a Selic deve permanecer estável enquanto as expectativas de inflação não se aproximarem das metas, desde que o regime fiscal não mude (forward guidance). A decisão é consistente com nosso cenário de Taxa Selic em 2,00% a.a. até o segundo semestre de 2021, subindo gradualmente até 3,00% a.a. no final do ano.

Tivemos também a divulgação de dados do resultado primário do governo central e do setor público consolidado referentes a setembro. No que tange a União, o déficit primário do governo central alcançou 9,7% do PIB no acumulado em 12 meses, levemente acima do consenso de mercado, diante de resultados melhores do que o esperado do lado da arrecadação.Já o resultado do setor público consolidado atingiu 9,1% do PIB na mesma métrica, influenciado positivamente pela performance de estados e municípios, cuja arrecadação já alcançou níveis observados no pré pandemia, e tiveram em setembro a última parcela das transferências extraordinárias pela União (conforme a LC 173).

Finalmente, dados divulgados do Caged e PNAD ilustraram que o ritmo de recuperação do mercado de trabalho brasileiro continua heterogêneo. Enquanto o Caged indica um ritmo mais acelerado de recuperação das vagas formais (com a criação de 311,5 mil novos postos de trabalho), a PNAD tem apontando para um mercado bastante frágil – passando de 13,8% no trimestre encerrado em julho para 14,4% no trimestre encerrado em agosto. Com o término do Benefício de Manutenção de Emprego e Renda (BEm) e das parcelas do auxílio emergencial, que são as principais fontes de incerteza ao cenário de recuperação da demanda agregada, esperamos que a informalidade seja ainda maior no ano que vem. Os resultados divulgados são compatíveis com a nossa projeção de taxa de desemprego de 15,5% ao final de 2020 e de 14,5% ao final de 2021.

O que esperar?

A ata da última reunião de política monetária do Banco Central do Brasil e a divulgação de indicadores de inflação (IPCA e IPC Fipe mensal) e de atividade econômica (PMI e atividade industrial) serão os principais destaques da agenda econômica doméstica na próxima semana. No cenário internarional, as eleições americanas, a decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Reino Unido e a divulgação dos PMI's das principais economias serão os principais destaques.

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